Exemplos de Missão e Comunhão fazem parte de relatório da Igreja
O irmão Luiz Claudio Campos e a irmã Solange Camargo são citados em relatório da Assembleia Quadrienal da Associação Planalto Central da Igreja Adventista do Sétimo Dia
A Associação Planalto Central (APlaC), sede administrativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia que atende o território do Distrito Federal e alguns Municípios de Goiás, como Águas Lindas de Goiás, Luziânia e Formosa, entre outros, realizou nos dias 29 e 30 de novembro a VI Assembleia Quadrienal com o tema “Movidos pela Esperança”.
O objetivo da Quadrienal é a apresentação de um Relatório Integrado – que compreende os anos de 2013 a 2016 –, relatando o crescimento e o avanço para o cumprimento da missão da Igreja no alcance de pessoas que foram e são transformadas pelo poder do Espírito Santo em verdadeiros discípulos de Jesus Cristo.
E ser discípulo, conforme descreve o relatório, é ser amigo de Deus, ansiar por uma vida significativa de intensa e profunda comunhão e ser amigo dos membros da comunidade, buscando pessoalmente novas e genuínas amizades para seu círculo de convivência e, o mais importante, para Deus. Com este objetivo, o relatório da VI Assembleia Quadrienal tem foco em três aspectos fundamentais na experiência da igreja e de cada seguidor de Cristo: a comunhão, o relacionamento e a missão.
Como exemplo destes aspectos fundamentais, o relatório cita os testemunhos de vida do irmão Luiz Claudio Campos (eleito Coordenador de Evangelismo do Ministério Pessoal para o ano de 2017) na sessão Missão e da irmã Solange Camargo (eleita Diretora Associada para o Ministério de Conservação e Resgate e para o Ministério de Saúde) na sessão Comunhão, membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia Central de Taguatinga. Veja na íntegra o relato publicado de cada um.
Luiz Claudio Campos
Meu nome é Luiz Claudio Campos, tenho 47 anos, sou servidor público. Casado com a Marlene da Silva Matos Campos, temos duas filhas: Emilly e Adrielly. Conhece a igreja através da minha esposa, enquanto ela recebia estudos bíblicos. O testemunho dela dentro de casa me despertou o desejo de conhecer o Deus que ela estava conhecendo. Então, comecei a estudar a Palavra de Deus por conta própria e resolvi me batizar. A partir daquele momento, tive um desejo muito grande de levar o evangelho a outras pessoas.
Eu carregava a televisão e o vídeocassete no ombro para dar estudos bíblicos para vizinhança, inclusive em outras igrejas. Em uma dessas congregações, uma pastora se batizou e vários outros membros também.
Além disso, hoje dou estudos bíblicos para menores infratores na Unidade de Internação de Saída da Sistemática (Uniss), no Recanto das Emas, DF. Tenho um vínculo muito especial com eles. Às vezes os meninos me ligou de madrugada e falam: “Pastor (eles me chamam de pastor), eu vou aprontar aqui, eu vou roubar…”. E respondo: “Rapaz, para com isso!”. Mantenho contato diário com os pais desses garotos por meio de um grupo no aplicativo WhatsApp. Com isso, tenho visto várias transformações na vida destes meninos e também da minha própria família, pois sempre procuro levar o conhecimento sobre Deus para essas famílias. É muito gratificante.
Quando morava numa casa, distribuía livros missionários para comunidade. Era fácil fazer entrega desses livros. Depois de muito meditar sobre como poderia continuar fazendo este trabalho, agora que me mudei para um apartamento, tive uma ideia. Então peguei esses livros missionários, tirei uma foto da minha família, coloquei o número do meu apartamento e inseri dentro do livro. No bilhete havia um espaço para pedidos de oração. Tive esse cuidado para sermos conhecidos no prédio, trocarmos ideias e criar um relacionamento. A resposta que tive de meus vizinhos foi muito interessante, pois os encontrava dentro do elevador e perguntava se eles haviam recebido livro. Algumas pessoas nos reconheciam. Eu aproveitava para dizer que se tivessem algum pedido de oração, colocassem dentro da caixinha do correio. Quando abri tinha alguns pedidos. Então os chamei pra fazer parte do nosso Pequeno Grupo. Hoje temos aqui três famílias, nos reunimos uma vez por semana e estudamos a Bíblia.
Pela graça de Deus, mais de 70 pessoas se batizaram como fruto do nosso trabalho.
A igreja tem feito a sua parte a orientar, capacitar e dar a oportunidade para que cada pessoa se envolva usando seus dons na missão. Eu vejo que muitas pessoas se empolgam no momento dos projetos, mas não dão continuidade. Eu pediria que não parem o trabalho, porque os frutos vão surgir. Por onde passo, levo a mensagem porque isso me motiva a cada dia mais a continuar, é a minha proteção espiritual para manter viva a chama da conversão. Quanto mais eu falo do amor de Cristo, mas tenho vontade falar. Esse é o combustível.
Solange Camargo
Meu nome é Solange Camargo, nasci em Paracatu, interior de Minas Gerais, em 1954. Meu pai era carpinteiro e pedreiro. Éramos em 10 irmãos, cinco homens e cinco mulheres. E minha mãe se dedicava a cuidar da gente. Eu queria mais da vida. Por isso, me dediquei a estudar e cursei o Magistério. Em 1974 me casei e mudei pra Brasília. Tivemos quatro filhos. Depois deles criados, fiz faculdade de Pedagogia e também especialização em Gestão e Coordenação Escolar.
Sempre tive o desejo pessoal de ter um contato mais intenso com Deus e com as coisas espirituais. Buscava uma verdade, uma igreja certa para seguir. E minha busca, passei por outras religiões. Queria saber quem era Jesus e não tive essa resposta. Pedia que Ele me revelasse quem Ele era. Comprei uma Bíblia, comecei a ler e estudar, e continuei orando muito. Foi coordenadora de oração em outra igreja durante 10 anos. O desejo da minha alma era saber quem era Deus.
Certo dia, descobri os “Dez Mandamentos”, ao abrir a Bíblia em Êxodo 20. Intuitivamente, senti que o Deus que eu buscava era o Deus daquela verdade. Isso ficou muito claro quando li o quarto mandamento. Depois disso, não podia mais continuar na igreja em que estava, mas não sabia para onde ir. Orava a Deus pedindo que me ajudasse a encontrar o Seu povo.
Um dia, minha cunhada Isabel me convidou para estudar a Bíblia com ela e uma colega de trabalho que era adventista, a Maria Augusta. Ela trouxe um bloco de estudos. Eu não conhecia essa religião. Comecei a ter estudos da Bíblia na casa da Isabel e amei tudo o que aprendi. Estudamos sobre o sábado e o meu coração palpitou forte. Sentir algo muito especial. Foi um choque quando parei de frequentar o grupo de oração da igreja. Era uma média de 300 pessoas, toda quarta-feira. A liderança questionou minha fé e quando eu disse que estava estudando a Bíblia com os adventistas, me fizeram escolher.
Aceitei o convite para visitar a igreja de Taguatinga Centro. Era uma semana de oração com o pastor Alejandro Bullón. Mesmo tendo abandonado minha outra igreja, eu não atendia aos apelos do pastor porque sentia que estaria traindo a minha antiga igreja e a Jesus. Sofri com isso. Cheguei a orar: “Jesus, não me deixe levantar deste banco, não quero Te trair!” Naquele momento fui empurrada, mas quando olhei para traz, não vi ninguém. Creio que foi meu anjo que me empurrou. Nesse momento, o pastor veio para o meu lado, me abraçou e disse que Jesus estava me colocando onde Ele desejava que estivesse. Depois disso, minha vida mudou completamente. Me batizei, e há 21 anos sou adventista.
Hoje, tem o hábito de acordar às 4h30 para fazer a minha meditação. Começou com Reavivados Por Sua Palavra, depois estudo a Lição da Escola Sabatina, Espírito de Profecia e outras leituras devocionários. Isso leva cerca de 2h00, mas ainda acho pouco, pois estar em comunhão com Deus me dá muito prazer.
Atualmente, ajudo no Ministério do Resgate buscando aqueles que se afastaram da igreja; por isso tem um hábito de orar pelas pessoas. A oração Intercessora é o ministério que Deus me deu. Gosto muito de ir aos hospitais, aos lares de idosos e também onde tem crianças carentes para orar com elas. Por onde eu vou as pessoas sempre me pedem: “Solange, ore por mim!” Tenho uma lista de nomes para oração especial para esses pedidos.
A oração é meu primeiro alimento. Se acontecer alguma coisa e eu não conseguir buscar a Deus em primeiro momento, não me sinto bem. E realmente não me alimento fisicamente enquanto não busco a Deus. Felizmente, é algo que hoje faz parte de mim. No início era uma obrigação, mas quando entendi que não é pelas obras que somos salvos, mas pela graça, nunca mais fiz isso obrigada. Tem o hábito de parar ao meio-dia e por volta das 18h00 para orar. Sou muito grata a Deus por ter conhecido a mensagem adventista e ter uma vida de comunhão real com Ele!
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