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Lição 9: Os ritmos do descanso
Sábado: Os ritmos do descanso
Mais uma vez volto a afirmar que o primeiro ato criativo de Deus foi a semana de sete dias incluindo o sábado para o descanso do ser humano com o Seu Criador. A semana foi criada na medida exata das necessidades do homem e, com ela pronta, Deus prosseguiu com a criação do mundo seguindo a sequência dos dias da semana. Já abordamos anteriormente que Deus poderia ter criado tudo num estalar de dedos, mas Ele preferiu criar o mundo de uma forma didática para que o homem pudesse compreender melhor que toda a criação foi executada pensando em mim e em você.
Caso a humanidade aceitasse o sábado como dia de descanso e o observasse conforme a orientação bíblica, com certeza todos desfrutariam de melhor saúde e, consequentemente de melhor qualidade de vida. Geralmente os que guardam outro dia, além de observarem um dia não orientado por Deus, não o fazem de tal modo que o descanso neste dia seja mesclado com atividade de cunho pessoal que não proporcionam o verdadeiro descanso físico, mental e espiritual. Geralmente as pessoas fazem do domingo o dia para ver a casa ou o carro que pretendem compra. E o dia de ir à feira e fazer a compra da semana ou assistir a um jogo de futebol.
O objetivo de Deus com o sábado é que afastando das atividades corriqueiras o homem tenha um dia na semana para estreitar o seu relacionamento com Deus. E esse relacionamento que nos vai proporcionar o verdadeiro descanso.
Domingo: Prelúdio ao descanso
Já estive presente em algumas apresentações de orquestras. Quando chegamos mais cedo para o evento, vemos cada músico afinando o seu instrumento, tirando sons esporádicos, ou cantarolando a música a ser executada logo depois. O prelúdio é um misto de expectativas tanto dos músicos como dos expectadores a respeito do que será apresentado.
A semana da criação foi o prelúdio da apresentação do sábado como dia especial de descanso. É curioso que, antes que ele chegasse, ao ajeitar o palco, todas as realizações de Deus eram acompanhadas de um sonoro “muito bom”. Deus estava contente ao contemplar as coisas criadas, que iam surgindo ao longo da semana partindo do nada.
Quando vemos a apresentação do sábado para Adão e Eva podemos ter a ideia de que o Senhor criou o homem só para descansar. Pois esta foi a primeira ação do homem. Criado na sexta feira, Deus orientou que no dia seguinte repousasse “conforme o mandamento”. Adão tinha que dar nome aos animais, precisava se inteirar de suas atividades no Jardim e estabelecer uma rotina de trabalho. Mas, no primeiro dia após ser criado a ordem era descansar.
Algumas pessoas afirmam que Deus não Se cansa e nem Se fadiga descansou sem estar cansado. Mas note que esta é a mesma situação do homem: também descansou sem estar cansado. Aquele sábado foi o prelúdio de um descanso que se repetiria a cada semana ao longo de milênios. Podemos acrescentar que o sábado é o prelúdio do descanso que Deus em breve vai outorgar aos Seus filhos fiéis.
Segunda-feira: A ordem para descansar
As datas dos bons momentos de nossas vidas são inesquecíveis. Comemoramos o dia do nosso nascimento, o dia de nosso casamento, a data de nossa formatura e outros acontecimentos que marcaram as nossas vidas com o carimbo de “muito bom”. Deus acabava de criar o mundo e tudo o que nele passou a existir, inclusive nós. E depois de contemplar cada coisa criada, com um suspiro de realização, o Senhor exclamou: “Tudo é muito bom”.
Na sequência Deus planejou fazer do sábado um dia inesquecível para Ele e para as Suas criaturas. O sábado se tornou um dia especial no Universo. De um lado Deus comemorando a Sua criação e do outro as criaturas jubilosas comemorando o seu nascimento. Deus fez deste dia um dia completamente diferente dos demais. Diz o texto bíblico que Ele “descansou, abençoou e santificou o dia de sábado”.
Eu tinha um sobrinho que dizia: “para ganhar dinheiro eu trabalho qualquer dia”. Para Deus não é bem assim. O sábado é um dia diferente dos demais dias da semana. Deus descansou, abençoou e santificou este dia. Ele é o marco de nossa criação e Deus o separou para ser comemorado. E para não passar despercebido, Deus iniciou o mandamento com um solene “lembra-te”.
Deus nos dá a ordem para trabalhar: “Seis dias trabalharas”. Mas junto com esta ordem vem o lembrete para descansar no sétimo dia.
Terça-feira: Novas circunstâncias
Após quatrocentos anos as setenta pessoas que desceram para o Egito com Jacó se transformaram em mais de dois milhões de seres humanos. Umas vinte gerações se sucederam e se multiplicaram no deserto. Com certeza a maioria dos princípios herdados de Jacó já haviam sido esquecidos. As circunstâncias agora eram bem diferentes.
Provavelmente a vivência de escravidão no Egito e servindo a outros deuses, os fizessem esquecer de como cultuar a Deus não só no que tange a adoração com a oferta de sacrifícios como também a observância de princípios como a guarda do sábado. E Deus os tirou de lá justamente para reavivar neles as bênçãos de um relacionamento mais íntimo.
No caso de não cair o maná no sábado parece que Deus estava dizendo “Eu também quero descansar.” Caso olhemos para o Novo Testamento e vemos os discípulos apanhando espigas no sábado, a primeira ideia que temos é de que não haveria mal nenhum os israelitas apanhar o maná no sábado. Será que os princípios no novo testamento foram afrouxados como muitos imaginam?
O problema é que Israel estava passando por uma reeducação quanto a guarda do sábado e, agindo assim, Deus estava didaticamente mostrando para eles que o dia de sábado é diferente. Essa atitude divina tinha também o propósito de os preparar para receberem os dez mandamentos, incluindo o quarto mandamento com orientações claras quanto à guarda do sábado.
Quarta-feira: Outro motivo para descansar
O mandamento do sábado em Êxodo começa com a palavra “lembra-te” e em Deuteronômio, já às margens da terra prometida, Deus usou a palavra “guarde”. Com isso Deus tinha em mente fazer com que os israelitas fizessem deste dia um marco de sua libertação do Egito, onde os seus ancestrais foram escravos. Creio que em meio as muitas razões que temos para observar o sábado, a nossa conversão, é um evento que deve ser comemorado a cada semana.
A nota da lição esclarece: “O Êxodo é visto como símbolo da libertação do pecado, ou seja, da redenção. Por isso, encontramos no sábado um símbolo tanto da criação como da redenção”. E conclui: “De maneira muito real, então, o sábado nos aponta para Jesus, nosso Criador e Redentor”.
É interessante que em Êxodo Deus pede para lembrarmos sempre do sábado e em Deuteronômio Ele pede para que guardemos este dia. O texto pode ser entendido como guardar no sentido de descansar e guardar no sentido de o sábado ser um presente especial que deve ser guardado com todo o cuidado para que ninguém nos roube.
Quando estes dois princípios são praticados o sábado se torna, como afirma Isaías, um dia “deleitoso”. E o profeta continua apresentando as bênçãos que repousarão sobre nós. Diz o texto: “Então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse” (Isaías 58:14).
Quinta-feira: Guardando o sábado
A palavra sábado em português tem seis letras, parece que uma para cada dia da semana. O sábado deve ser lembrado diariamente durante os seis dias da semana, para que no final dela estejamos em ordem para adentrarmos os seus portais certos de que estamos entrando em um oásis de bênçãos reservadas para nós.
Certa vez, quando estudava no antigo CAB (Colégio Adventista Brasileiro), hoje Unasp (Centro Universitário Adventista Engenheiro Coelho) Campus 1, ouvi um sermão feito pelo saudoso pastor Flávio Garcia. Na época ele era o regente do Coral Carlos Gomes e diretor do conservatório musical da instituição. Seu sermão tinha por título “Um instrumento de dez cordas” e tinha como texto base Salmos 92:3 onde lemos: “Sobre um instrumento de dez cordas e sobre o saltério; sobre a arpa com som solene”. No sermão ele enfatizou que o cristão faz dos Dez Mandamentos uma orquestra com dez instrumentos. Acrescentando, ele disse que o sábado não só é um dia de guarda, mas também uma oportunidade que temos, a cada seis dias, de estamos juntos com o Senhor para que Ele afine os nossos instrumentos.
Ainda ontem eu mencionei Isaías 58:13 e sempre ao falar sobre o sábado eu afirmo que, caso não tivéssemos na Bíblia um mandamento específico sobre o sábado e tivéssemos apenas os versos 13 e 14 do capítulo 58 de Isaías, seria suficiente para observarmos o sábado sem levantar qualquer questionamento. Observar o sábado é dever nosso, mas Deus em Seu infinito amor por nós faz dessa observância o dia mais feliz da semana. Guardar o sábado não é obrigação, mas uma grande bênção.
Sexta-feira: Estudo adicional
Quando eu trabalhava nas lavouras de abacaxi tinha um ritmo desgastante. O trabalho, às vezes feito debaixo de chuva o dia todo ou sob Sol escaldante era executado de uma maneira rápida contínua por dois motivos. A fruta madura tinha que ser colhida o mais rápido possível do contrário se perderia e, em segundo lugar, o trabalho se tornava em uma competição pois cada trabalhador se esforçava o máximo para que nenhum colega o superasse em produção. No final da semana eu estava todo quebrado e o sábado era aguardado com muito afã para uma pausa no tempo.
Um detalhe que não devemos esquecer: guardamos o sábado não para sermos salvos, mas porque fomos salvos. Veja que o sábado é o memorial da criação e ao mesmo tempo o memorial da redenção. Assim como Deus pediu para o povo de Israel guardar o sábado como lembrança do livramento do cativeiro egípcio, devemos observá-lo hoje com lembrança do nosso resgate do cativeiro do mundo.
Ellen White nos lembra de que “uma das razões pelas quais o Senhor libertou Israel da servidão do Egito foi para que o povo pudesse guardar o Seu santo sábado” (From Eternity Past, p. 549). Parece que Deus estava com saudades do seu relacionamento semanal com Seus filhos e para praticá-lo com o Seu povo sendo escavo no Egito seria impossível.
Lição 8: Livres para descansar
Sábado: Livres para descansar
Creio que nunca oramos a favor de cura como nestes dois anos. O Corona vírus tirou o poco descanso que existia. Todos estão presos dentro de casa e, se saem às ruas, existe um protocolo a ser cumprido. Manter distanciamento, lavar com frequência as mãos e ter sempre um frasco de álcool gel em nossa mochila ou bolsa. O sorriso não é mais visto como antes. Coberto por máscaras o rosto não mais exterioriza a realidade vivida por cada pessoa. Com frequência ouvimos de amigos ou parentes que se sucumbiram a ação nefasta do vírus.
O isolamento dentro de casa desenvolveu doenças psiquiátricas e mexeu com o humor de muitas pessoas. Muitos vivendo isolados dentro de casa sem fazer nada se queixam de cansaço. Milhões convivem com o receio de se contaminarem. A pandemia abraçou todo o mundo de uma vez e generalizou o pânico e jogou o sossego pela janela.
A lição desta semana aborda dois acontecimentos. Um do Velho Testamento e outro do Novo Testamento. O primeiro é uma réplica antecipada de muitas pessoas nos dias de hoje. Um homem consagrado e que estava de contínuo contato com Deus, entra em depressão diante de uma ameaça de assassinato. O outro é um paralítico que, sem condições de se locomover é levado a Jesus pelos seus amigos. Mas tanto Elias, preso dentro de uma caverna, como o paralítico preso a uma cama, eram portadores de uma necessidade básica em comum: Descanso mental. Elias atormentado pelas ameaças de Jezabel e o paralítico sufocado em seus pecados. Para ambos Jesus proporcionou liberdade para descansar. Eles creram na providência divina e obtiveram a liberdade e o descanso de que tanto necessitavam.
Domingo: Descanso que cura
A humanidade sempre teve a ideia de que o sofrimento é resultado de algum pecado cometido. Quem deixa essa teoria clara para nós são os amigos de Jó. Para eles não havia dúvidas de que o patriarca tinha alguma dívida vultosa no tribunal do Céu. Para eles o sofrimento não viria sem uma causa específica. Ou melhor: O sofrimento é o resultado punitivo de Deus ao pecador impenitente.
Nas últimas férias que colportei fui pessimamente mal nas vendas. O diretor de colportagem daquela missão me chamou para uma conversa particular e me fez uma pergunta enfática: “O que de errado há em sua vida que você não está conseguindo vender livros?”. Pouco antes papai havia trabalhado para um colportor campeão de vendas. Ele visitava com frequência a nossa igrejinha. Este senhor nunca cumpriu um compromisso financeiro com o meu pai na data certa. Ficou devendo para pessoas na região e nunca pagou. Os seus sermões eram vazios e não tinha nenhuma experiência missionária de seu trabalho. No momento que aquele chefe me fez aquela pergunta não me contive e perguntei que santidade havia naquele colportor para ele ser tão bem-sucedido.
Às vezes, Deus, em Seu amor, nos conduz por caminhos difíceis esperando o nosso retorno. A Bíblia diz: “Eu castigo e repreendo e todos quanto amo”. Mas em suma, via de regra, os nossos percalços de enfermidades não são punição de Deus por alguma falta cometida. Nos que vivemos em um mundo manchado pelo pecado estamos sujeitos a doenças e desastres sem que isso seja punição divina. Podemos sim, ser afetados pelas consequências de vícios mesmo depois de havê-los abandonado. Um ex-fumante pode ter um câncer de pulmão, mas longe de ser uma punição é uma consequência de seu vício.
O paralítico provavelmente estava preocupado com o seu restabelecimento físico, mas sem a cura interior poderia fazer voltar tudo de novo ou provocar situações piores do que a anterior. No seu caso o perdão era prioritário.
Segunda-feira: Tratando a raiz do problema
Jesus estava sempre acompanhado de dois grupos de pessoas. Um sedento de ouvi-Lo e presenciar os Seus milagres e o outro formado da elite religiosa de Seu tempo. O objetivo do primeiro grupo era estreitar comunhão com o Mestre dos mestres e o objetivo do segundo era documentar alguma atitude de Cristo que, para eles, estivesse de encontro com os princípios bíblicos dentro da ótica deles.
Diante daquele quadro, nunca visto, de ver alguns homens descendo um paralítico pelo telhado, a primeira atitude de Cristo seria restabelecer os movimentos daquele homem efetuando um grande milagre. Mas não foi isso que aconteceu. Jesus ao ver aquele homem viu que a dor que mais atormentava aquele coração sofrido, não provinha das articulações enrijecidas, mas de uma consciência culpada. Ele viu naquele paralítico, a sua real necessidade.
As palavras de Cristo: “Perdoados estão os seus pecados” causou não só espanto como também indignação a toda a liderança da igreja daquela época. Mas para o paralítico foi a mensagem que ele sonhava ouvir um dia. Naquele momento Jesus demonstrou que: “o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16:7).
Jesus sabia qual era verdadeira raiz do problema que atormentava aquele homem. Um coração ferido pela culpa necessitava de alívio imediato. A cura física, naquele momento era secundaria. “Enfermidades mentais prevalecem por toda parte. Nove décimos das doenças das quais os homens sofrem têm aí sua base” (Ellen White; Mente, Caráter e Personalidade, vol.1, p. 59).
Terça-feira: Fuga
Certa vez ouvi de uma senhora que estudava a lição conosco na Escola Sabatina que “pessoas deprimidas são pessoas destituídas de fé e que ao invés de procurar a Cristo para lhes resolver os problemas se envolvem com psicólogos”. Felizmente esta cultura está mudando. Sabemos muito bem que a depressão, longe de ser falta de fé, é uma doença que está grassando em nossos dias afetando pessoas cultas, analfabetas, ricas e pobres. Ela afeta o irmão simples como ataca sem misericórdia pastores e lideranças.
Como enfermeiro cuidando de pacientes psiquiátricos, um dos problemas detectados era de pacientes que ao irem no Hospital e receber as medicações e orientações necessárias, retornavam piores do que quando vieram a primeira vez. Ouvíamos relatos de pregadores que orientavam que estes pacientes jogassem fora os medicamentos porque Deus iria curá-los. Situação que felizmente tem mudado para melhor.
Quem diria que um homem como o profeta Elias chegaria ao ponto de desistir da vida e pedir a Deus que o matasse. Amedrontado e se sentindo indefeso, Elias se escondeu em uma caverna. Afinal a sua atitude exterminando os profetas de Baal, realmente atiçou a ira de Jezabel ao ponto de jurar a morte do profeta dentro de vinte e quatro horas. A autora da lição diz: “assim como Elias fugiu para a caverna, hoje pessoas deprimidas fogem para a geladeira causando transtornos em seu regime alimentar ou recorrem ao sono e para disfarçar foge do contato com as pessoas. Ela nos lembra de que a depressão chega de modo silenciosos e imperceptível. Sem que a pessoa se dê conta está completamente envolvida.
Ao detectarmos situações depressivas em pessoas devemos estar atentos para ajudá-las. Deus enviou um anjo para socorrer Elias e, da mesma maneira Ele está prono a socorrer cada um de nós.
Quarta-feira: Cansados demais para fugir
Depois que Deus decretou uma grave estiagem como punição aos desatinos do rei Acabe, o Senhor se preocupou em preservar com vida o Seu servo Elias. Orientou que ele fosse para junto do ribeiro de Querite, onde ele teria água para beber e seria alimentado por corvos. O ribeiro secou e, mais uma vez Deus fala com o profeta e o orienta a caminha até Serepta onde uma viúva o sustentaria.
Mais uma vez Deus aparece a Elias e o orienta a repreender o rei Acabe explicar-lhe o porquê da estiagem. Depois de falar abertamente sobre a apostasia do rei, o profeta propõe um desafio com os profetas de Baal e, em consequência, todos foram mortos e Jezabel, furiosa, decretou a morte do profeta.
Elias faz uma caminhada de uns trinta quilômetros e, sob a sombra de um Zimbo. Ali ele foi despertado por um anjo. foi alimentado e com a força daquele alimento ele fez uma caminhada de quarenta dias e quarenta noites que perfazem mais de mil quilômetros e, exausto, se refugiou em uma caverna. Perseguido, desalentado Elias pediu a Deus a morte. Deus não atende o seu pedido, pelo contrário, exige que ele saia da caverna e volte pelo mesmo caminho que ele usou para chegar ali. Ele deveria ungir Jeú, o substituto do rei Acabe e escolher também Elizeu para substituir o seu ministério.
O curioso é que aquele profeta que, cansado de fugir, pediu a Deus para morrer, não experimentou a morte e foi transladado vivo para o Céu. Ele disse que não era melhor do que os seus pais que morreram e ele morreria também. Mas com ele Deus fez completamente diferente.
Quinta-feira: Descanso e mais
Elias que pediu a Deus para morrer foi poupado da morte, sendo transladado vivo para o Céu. E lá faz companhia para Enoque e Moisés. Com certeza eles já conversaram muito junto ao rio da vida, ou talvez sentados na sombra de um pé de Zimbro.
Deus conhece as nossas dores e sabe que neste mundo teremos aflições. Ele sabe o que é ser perseguido e o que é depressão e está pronto a socorrer a cada filho Seu que se encontra em desespero. O que para Elias representava o fim de sua vida, eram os alvores da eternidade anunciando um descanso eterno no Céu. A autora da lição enfatiza que jamais Elias imaginou que o melhor estava por vir.
Em uma carruagem de fogo o profeta cansado parte para o descanso no lar celestial experimentando as coisas que os seus olhos humanos nunca haviam visto e experimentando coisas que jamais havia imaginado o seu pensamento.
A vida de Elias oferece uma lição valiosa, principalmente para nós, que vivemos nos últimos dias deste mundo, quando a depressão tem se apresentado como o mal do século. Ao receber a incumbência de substituir Elias e, diante das águas caudalosas do Jordão Elizeu pergunta: “Onde está o Deus de Elias?” (2 Reis 2:14). Deus estava bem ali ao seu lado e abriu as águas para que Ele atravessasse.
Sexta-feira: Estudo adicional
A lição desta semana nos mostrou dois exemplos de pessoas que necessitavam muito do descanso oferecido por Cristo e o conseguiu. No caso do paralitico, além de ele mesmo guardar ressentimentos quanto ao seu passado, provavelmente as pessoas o olhavam com desconfiança e, talvez fizessem comentários de que ele estava daquele jeito por merecido castigo. A sua necessidade de cura espiritual sobrepujava a necessidade de cura física.
O profeta Elias, aos olhos do mundo de então estava em permanente contato com Deus e jamais alguém poderia imaginar que ele estivesse experimentando uma angústia tamanha capaz de levá-lo a desejar que Deus lhe tirasse a vida.
No caso do paralítico, Jesus surpreendeu a plateia de líderes religiosos que o acompanhava com o objetivo de O apanhar em alguma palavra. Eles foram surpreendidos pois jamais imaginavam que o Nazareno fosse tão longe ao ponto cometer, segundo eles, a audácia de perdoar pecados. Jesus conhecia o coração daquele homem e identificou a sua mais urgente necessidade. Um detalhe curioso é que os amigos daquele homem deixaram de lado as suspeitas humanas e, a duras penas, colocaram aquele paralítico aos pés de Cristo.
Para Elias estava tudo acabado e morrer pelas mãos do Senhor era preferível do que ser eliminado por uma mulher ímpia e cruel. Elias não sabia que aquilo que para ele parecia ser o fim de sua vida era o prenuncio da eternidade que ele estava prestes a experimentar.
Tanto o paralítico como Elias foram socorridos por Cristo que atuou de maneira milagrosa para devolver a ambos aquela “paz que excede a todo o entendimento”.
Lição 7: Descanso, relacionamentos e cura
Sábado: Descanso, relacionamentos e cura
Vivemos em um mundo doente, onde as enfermidades oriundas da mente crescem dia a dia. Sempre nos deparamos com pessoas recalcadas que, ao longo da vida parecem estar carregando pesados fardos. Hoje li a meditação escrita em 1967, onde o autor conta a história da existência de um banco onde se vendia tempo. Ele relata a história de pessoas chorosas querendo comprar vinte, trinta ou mais anos de tempo. Diziam que durante a vida fizeram tudo errado e gostariam muito de começar de novo. O mundo está lotado de pessoas assim.
Há poucos dias fui ao sepultamento de uma jovem de 34 anos. O seu pai, um motorista de ônibus, falou junto do caixão: “Tenho a consciência tranquila de que, ao longo da vida, fiz por ela tudo o que estava ao meu alcance”.
Certa vez, o barulho de um helicóptero nas imediações de minha casa me chamou a atenção. Ao chegar na rua me deparei com uma mulher que aos prantos dizia: “Filha me perdoe, me perdoe!”. A garotinha de dois anos havia morrido afogada na piscina da casa.
José havia perdoado aos seus irmãos, mas depois da morte do pai, a dúvida tirou deles a paz e o sossego. Imaginavam que o perdão de José não era real e que agora, depois da morte do pai, ele arquitetasse vingança. José os tranquilizou mostrando que o seu perdão era de verdade. Creio que só depois deste encontro eles conseguiram a paz de que tanto necessitavam. Muitos cristãos estão levando pesadas cargas porque duvidam do perdão que Jesus oferece.
Domingo: Enfrentando o passado
José, depois ser atirado em uma cisterna foi retirado de lá e vendido para os ismaelitas. Longe da família ele amargava a solidão na qualidade de escravo quando, de repente foi preso por um crime que não cometeu. Na prisão interpretou o sonho do copeiro de Rei e o sonho do padeiro. O primeiro escapou vivo da prisão, mas no que pese os rogos de José, este se esqueceu de seu benfeitor. Agora, pela providência divina, José era o Primeiro-Ministro do Egito.
A fome vassalou toda a Terra e Canaã não foi poupada, mas no Egito tinha alimento. Os irmãos de José fazem o mesmo caminho que José fizera alguns anos atrás. Ao chegarem no Egito é recebido pelo próprio José, mas não o reconhecem. José tinha força para se vingar não só de seus irmãos, mas também da mulher de Potifar e do copeiro. Mas José não age com vingança. Como dizem por aí, ele “passou a régua”.
José ao reconhecê-los usa de alguns artifícios para se certificar se houve mudança de vida entre eles. Eles deveriam ficar presos e um voltaria sozinho à casa do pai e traria Benjamim. Depois de três dias detidos, José propõe que apenas um fique preso e os outros retornem para Canaã com a promessa de trazerem Benjamim. Simeão é algemado diante deles e foi preso, provavelmente na mesma prisão onde esteve José.
Eles imaginavam que estavam pagando o pecado do que fizeram com José. Tinham certeza de que Deus estivesse cobrando as atrocidades cometidas com o caçula da família. Parece que uma mudança estava operando em cada um deles e José aguardava aflito que essa mudança fomentada pelo perdão, acontecesse por completo.
Segunda-feira: Preparando o terreno
Na nota da lição de hoje a autora da lição escreveu uma frase solene: “José provavelmente nunca teria prosperado no Egito se não os tivesse perdoado.” O perdão foi a chave que abriu a porta de um futuro promissor para o jovem hebreu. Antes era José que levava relatório dos irmãos para o pai. Agora são os irmãos de José que levam relatório de José para o pai.
Com o objetivo de aplacar a ira do governante do Egito, Jacó preparou um presente com sete produtos da terra (Gênesis 43:11) e deu nas mãos de seus filhos para levarem até José. Antes de dar a conhecer a seus irmãos, José usou de vários artifícios que levaram os seus irmãos e, até mesmo o seu pai, a compreenderem que a salvação não se consegue em troca de presentes, frutos da Terra. Eles precisavam entender que Salvação é perdão em forma de graça. Parece que o presente não funcionou e Benjamim, acusado de ter furtado o copo de prata de José ficaria preso, enquanto os outros retornariam para casa. Judá ficou angustiado e se colocou como responsável pelo jovem. Diante da situação dramática que se instalou Judá faz um sério questionamento: “Como nos justificaremos?”.
Os irmãos de José conheciam bem a rotina dos sacrifícios. Eles sabiam de cor e salteado tudo que se desenrolava ao redor do altar, mas eles não sabiam o que é ser ovelha sobre o altar pronta para o sacrifício. Foi o que Judá se propôs a fazer para livrar Benjamim. Que experiência amarga experimentaram os irmãos de José para compreenderem o que é perdão e o que é graça.
Terça-feira: Perdoar e esquecer
Carla Picolotto, uma senhora católica, escreveu sobre o perdão: “O perdão é um remédio. Na hora, pode ser amargo, mas faz bem, alivia o mal-estar interior. O perdão é uma graça que Deus nos dá para prosseguirmos no caminho após um ferimento profundo. O perdão age como uma cauterização, curando de dentro para fora. Sim, a cicatriz permanece, pois as lembranças são a garantia de que temos uma história. E a palavra “cura” aplica-se perfeitamente neste caso, visto que, por algum motivo, houve uma ferida, e o perdão sobre essa ferida evita, metaforicamente, infecção e até necrose”.
Ao falar sobre “perdoar e esquecer” gostei do pensamento deste psiquiatra: “Perdoar simplesmente é dar um novo significado para um evento, ou seja, continuaremos com a lembrança daquilo que nos fazia mal, porém, já não faz mais”. Ele está dizendo que esquecer uma ofensa é impossível, mas a lembrança dela não mais nos entristece ou altera o nosso humor. É como a cicatriz de uma ferida. Existe, mas não dói mais.
Ellen White fala permanecer remoendo injustiças e decepções: “Não é sábio ajuntar todas as penosas recordações da vida passada – injustiças e decepções – e falar tanto sobre elas e lamentá-las tanto, que nos sintamos esmagados pelo desânimo. Uma alma desalentada acha-se rodeada de trevas, excluindo a luz de Deus de si própria, e lançando sombras sobre o caminho dos outros.” (Caminho a Cristo, p. 117).
Esse lembrar de uma ofensa sem que essa lembrança afete o nosso humor é como conseguir fé: “não vem de vós, é dom de Deus”. Com a ajuda de Deus, José soube perdoar e esquecer.
Quarta-feira: Tornando prático
Ontem fui ao médico. Ao entrar em seu consultório ele me perguntou: “Tudo bem?”. A nossa tendência é confirmar que tudo está bem. Mas como que tudo está bem? O simples fato de eu estar ali já afirma que nem tudo está bem comigo. A tendência é ignorar para as pessoas o mal que nos afeta. Mas, por dentro ele está corroendo a nossa paz e a nossa saúde.
Caso uma pessoa seja ofendida por outra e não sente nada é algo anormal. Somos carnais e quando pisam em nosso calo dói. E é por isso que existe o perdão. Um produto difícil de usar. É como chá de boldo: amarga, mas cura.
Alguém afirmou: “perdoar é uma escolha nossa” e afirma: “Escolhemos perdoar”. Essa escolha não é fácil. Mas é o que Jesus nos exorta a fazer. Diz Ele: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:44).
A autora da lição afirma: “A cruz é o melhor exemplo de quanto custou ao próprio Deus nos perdoar. Se o Senhor pôde passar por isso por nós, mesmo sabendo que muitos O rejeitariam, então certamente podemos aprender a perdoar.” (Lição do Professor, p. 88).
Quinta-feira: Descanso após o perdão
O título do estudo de hoje poderia ser Saúde após o perdão. Não podemos ignorar os resultados positivos que o perdão proporciona para o perdoado e para o perdoador. Quando os amigos do paralítico o desceram pelo telhado, esperavam ver de imediato o restabelecimento daquele homem. Mas ouviram uma frase que deve soar em muitos ouvidos nos dias de hoje: “Perdoados são os teus pecados”.
Os irmãos de José passaram dezessete anos carregando o peso da culpa e o temor de serem justiçados por José. Quanta dor e preocupação eles acalentaram durante estes anos só porque não acreditaram no perdão oferecido. Convivendo com José no Egito por dezessete anos, só da morte de Jacó é que a paz realmente reinou nos corações de seus irmãos.
Quantos, membros da igreja, estão sofrendo por situações não resolvidas, simplesmente porque carregam dúvidas se realmente foram perdoados. São pessoas que importunam a Cristo com repetidos clamores de perdão, quando este perdão já foi oferecido há muitos anos.
O convite de Jesus continua soando por entre as árvores do jardim: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês” (Mateus 11:28). Jesus nos convida não para um encontro casual, mas Ele externa o desejo de caminhar junto conosco “todos os dias até a consumação dos séculos”. Diz Ele: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:29 e 30). Creiamos de coração na promessa: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).
Sexta-feira: Estudo adicional
A parte de sexta feira apresenta um paralelo de José com Jesus. José e Jesus foram vendidos por seus irmãos. Os dois foram acusados de crimes que não cometeram e demonstraram humildade diante de seus torturadores. Mas há uma diferença entre os dois. No momento crucial, os irmãos de José mataram um cordeiro, banharam a sua capa no sangue e depois mentiram para o seu pai de que provavelmente uma fera o matara. José foi substituído por um cordeiro. Isso não aconteceu com Cristo. Ele morreu e Se tornou o Cordeiro.
Quando, em minha vida pareceu que tudo estava dando errado encontrei alento na mensagem de Ellen White: “Deus nuca dirige os Seus filhos de maneira diferente daquela pela qual eles mesmos prefeririam ser guiados, se pudessem ver o fim desde o início e perceber a glória do plano que estão realizando como Seus colaboradores” (O Desejado de Todas as Nações, pp. 224 e 225).
Lição 6: Encontrando descanso nos laços familiares
Sábado: Encontrando descanso nos laços familiares
Na lição desta semana vamos estudar um pouco sobre o ambiente família em que Jose foi criado. Se por um lado ele era querido e estimado pelos seus pais, ele experimentava o indiferentismo de seus irmãos que o tinha apenas com um sonhado paparicado pelo papai. Caso olhemos para a atitude de seus irmãos de vende-lo como escravo, José tinha tudo para dar errado na vida, ainda mais quando no Egito foi prezo justamente por ter evitado o pecado.
Mas José, quando criança, teve uma base sólida por parte de seus pais. Foi esta base que o sustentou em momentos difíceis como a sua prisão injustamente. Ele tinha consciência de que estando ao lado de Deus, um dia as coisas que estavam dando tudo errado iriam dar certo. Isso é fé no invisível. O cultivo da fé lhe proporcionou forças ara suplantar todas as dificuldades que a vida lhe proporcionou.
A vida de José deixa algumas lições para nós. Primeiro notamos que a influência de seus pais em sua infância foi determinante para o seu êxito. Por outro lado, vemos os seus irmãos, que embora mais velhos que eles fizeram de tudo para que a vida de José desse errado. A Bíblia afirma que em todos os momentos “o Senhor estava com José”. À primeira vista podemos imaginar de que Deus estando com Ele, claro que tudo correria bem. Mas lembremos de um detalhe: Deus estava com José porque José decidiu estar ao lado de Deus independente do que viesse a acontecer em sua vida.
A história deste jovem nos mostra quão importante são os laços familiares na vida de uma pessoa. Nem todos desfrutam de um ambiente aconchegante no lar, mas unidos a Cristo, essas falhas podem ser superadas como no caso de José.
Domingo: Disfunção no lar
Os ancestrais de José não eram pessoas santas. Sabemos de deslizes que marcaram a vida de seu bisavô Abraão e como foi tumultuada a família de seu avô e a de seu pai. José fazia parte de uma família disfuncional. Os seus irmãos marcados pelo pecado de incesto e assassinatos como os cometidos por Simeão e Levi que eliminaram todos os homens de uma cidade vizinha. O seu pai, na juventude, vivia em guerra com o seu irmão Esaú. Provavelmente José soubesse dos descaminhos que marcaram a vida de sua família. Mas, mesmo vivendo em um contexto desfavorável José se propôs a aceitar as orientações positivas de seus pais que o colocaram mais perto de Deus.
Um detalhe que nos anima é que, mesmo com todo este passado sombrio, estes homens falhos como Abraão, Isaque e Jacó, pela graça de Deus, fazem parte da galeria dos heróis da fé de Hebreus onze. Mesmo entre Seus filhos Deus não “Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam” (Atos 17:30).
Conheço pessoas que, se fossemos olhar pelos seus familiares, teriam tudo para se darem mal na vida em termos de comportamento, mas decidiram ficar do lado do que é certo e correto. Neste particular discordo de pessoas que tentam amenizar delitos cometidos por pessoas de famílias disfuncionais. Foram marcadas por exemplos negativos, mas isso não as inocentam por completo.
Segunda-feira: Escolhendo uma nova direção
No comentário de ontem afirmei: Conheço pessoas que, se fossemos olhar pelos seus familiares, teriam tudo para se darem mal na vida em termos de comportamento, mas decidiram ficar do lado do que é certo e correto. São pessoas que escolheram uma nova direção. O ambiente de José tanto em casa com seus irmãos como no Egito não foi dos melhores. José tinha grandes motivos para se desencaminhar, mas ele decidiu ser diferente e Deus lhe deu forças para permanecer ao Seu lado.
A nota da lição traz um emocionante comentário de Ellen White sobre a viagem dolorida de José para o Egito e afirma: “Então seus pensamentos se voltaram para o Deus de seu pai”. Essa decisão trouxe alento em seu coração. Longe de seus pais, convivendo com uma língua diferente e sendo escravo, José manteve a sua fé na providência divina José encontrou descanso em Deus.
Dia a dia somos acossados pelo inimigo, sempre preocupado em nos desviar do caminho, e temos que toar decisões que traçam o nosso destino eterno. Tudo depende de nossa decisão a cada momento que nos deparamos com uma encruzilhada.
Terça-feira: Encontrando o verdadeiro valor próprio
José era um filho que desfrutava da simpatia dos pais. Usufruía de alguns privilégios não outorgados a seus irmãos. Além de seu pai lhe ter dado uma capa especial, não sabemos se pela idade ou por simples benesse, José não foi enviado ao campo com os seus irmãos e permanecia sempre em casa com os pais. Esse tratamento diferenciado causou a irritação e o ódio de seus irmãos.
Os textos bíblicos apresentados na pergunta 4 da lição mostram o quanto somos especiais para Deus. Embora pecadores e rebeldes, Deus tem especial atenção e cuidado por cada um de nós. O triste da situação é que a maioria despreza este cuidado de Deus e procura viver, com dizem por aí, “as suas próprias custas”.
Hoje a maioria dos livros de autoajuda ignoram Deus como o provedor do homem e exortam que a capacidade de vencer vem toda de dentro de nós e nada de fora. Sabemos que sem Deus em nossa vida “Será inútil levantar cedo e dormir tarde, trabalhando arduamente por alimento. O Senhor concede o sono àqueles a quem ama” (Salmos 127:2).
José tinha a determinação de, com a ajuda de Deus sempre fazer o seu melhor independente das circunstâncias e Deus está sempre pronto a abençoar pessoas com propósitos semelhantes.
Quarta-feira: Relacionamentos aprovados por Deus
Mesmo sendo escravo e preso injustamente em uma terra distante josé manteve a sua fé alicerçada em Deus. Um detalhe curioso da história de José é a declaração bíblica de que “Deus estava com ele.” Deus estava com José porque José estava em íntima relação com Ele.
Mesmo em condições desfavoráveis José desenvolvia as suas atividades com zelo e dedicação. Esse princípio proposto por José foi detectado por Potifar. “Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele, e tudo o que fazia o Senhor prosperava em sua mão, José achou graça em seus olhos, e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha” (Gênesis 39:3 e 4). Agora é a vida de Potifar que prosperava, porque o Senhor era com José.
Por uma calúnia propositada, José é retirado de dentro da casa de Potifar e levado para a prisão. Em uma terra estranha, sem nenhum conhecido por perto, preso por uma acusação séria, José não esmoreceu e manteve a sua fé inabalável na providência divina. Deus estava preparando José para sonhos mais elevados.
Ao administrar a casa de Potifar e depois, ser o chefe do presídio para onde foi levado injustamente foi o estágio que Deus providenciou para que José se preparasse para administrar a nação mais importante do mundo na época.
Quinta-feira: O grande conflito, próximo e pessoal
Estamos inseridos no grande conflito cósmico deflagrado por Satanás, quando ele se propôs a subir acima das altas nuvens e ser semelhante ao Altíssimo. Não há como fugir dessa realidade. E nesse conflito a lua é pessoal. Não dá para fazer favor por ninguém, a não ser orar e estar ao lado de quem está sofrendo. Jesus lutou sozinho no Getsêmani. Um anjo O confortava, mas o cálice Ele teve de beber sozinho.
Cetra vez ouvi de um pai que acompanhou o filho até o quartel do Exército, quando este foi convocado. Ao chegar o comandante perguntou para o pai do jovem o que ele estava fazendo ali. Em resposta, o pai disse que estava simplesmente acompanhando o filho. O comandante respondeu: “O seu filho é maior de idade e sabe o endereço do quartel. Ele não está se apresentando no bar da esquina. Aqui é o Exército Brasileiro. O senhor pode voltar e dormir em paz”. O pai sabia que o treinamento seria exaustivo, mas nada poderia fazer para ajudar, a não ser orar pelo rapaz.
No momento das grandes provas, José estava lutando sozinho em um país estranho. Mas ele estava preparado para a grande prova. Aguardamos para os próximos dias o desfecho do grande conflito. Satanás, bramando como leão desencadeará a grande batalha. Está diante de nós o decreto o decreto dominical e um tempo de angústia qual nunca houve. É tempo de abastecer a nossa candeia com o azeite do Espírito Santo.
Sexta-feira: Estudo adicional
As provações que José enfrentou, foi a maneira escolhida por Deus para colocá-lo no patamar mais elevado que um mortal poderia galgar naquele tempo; e não só isso, Deus o estava preparando para salvar os habitantes de morrerem de fome. A administração da casa de Potifar, a administração da penitenciaria na qual esteve preso foi o estágio antes de assumir a mais alta posição no governo egípcio.
Temos que desenvolver o nosso relacionamento com Deus. Essa é a nossa única maneira de sermos vencedores neste conflito. Em cada prova vencida por José. A Bíblia afirma que o Senhor estava com Ele. Mas Deus estava com Ele porque José buscava em todos os momentos estar ao lado de Deus.
Não há vitórias sem lutas e que, jamais nos assalte o pensamento de que estamos lutando sozinhos. Creiamos, o anjo que esteve com Jesus no Getsêmani continua agindo ativamente em nosso favor e jamais seremos abandonados.
Lição 5: Venham a Mim
Sábado: Venham a Mim
“Venham a Mim”. Este é o convite que soou no jardim do Éden, enquanto Adão e Eva, fugindo de Deus, tentavam fazer vestes de folhas de figueira, e continua soando através dos milênios alcançando palácios e choupanas, jardins iluminados e vales escuros. Esse é o convite que um dia alcançou Davi e alcançou e alcançou também a cada um de nós.
Nesta semana vamos estudar um pouco sobre este convite. Por que Jesus insiste que venhamos até Ele? É porque Ele conhece a situação difícil de cada um de nós. Ele sabe tudo o que passa em nosso coração. Já escrevi certa vez que cada ser humano carrega uma cruz, cujo tamanho e peso não temos condições de avaliar é que somente Aquele que levou a Sua cruz até o Calvário conhece e pode nos socorrer.
Quantos desalentados perambulam por aí sem esperança e sem Deus no mundo. Muitos desgarrados e feridos em desfiladeiros e perdidos em um emaranhado de espinhos. O convite de Jesus é extensivo a todos: “Venham a Mim”. Jesus é o porto seguro onde devemos ancorar as nossas esperanças pois Ele nunca decepcionou um de Seus filhos que Dele se aproxima contrito de espírito.
Domingo: Eu os aliviarei
Estamos vivendo uma situação difícil para o mundo. A pandemia do Corona Vírus está assolando o mundo. Entre nós não há quem não se despediu de um parente ou amigo cuja vida foi ceifada pelo Corona. Pessoas angustiadas dão entrada nas UTIs sem esperança de sair de lá vivos. Nossas agendas de pedidos de oração estão abarrotadas. Quantos perderam o emprego e não tem como dar um pedaço de pão para os seus filhos. De todas as partes vemos suspiros, lamentos e lágrimas. São corações sofridos que clamam por bálsamo e alento.
Para todos Jesus faz a promessa: “Eu vos aliviarei”. Ele não vai evitar a tragédia, mas vai amenizar a dor que cada um sofre. Essa promessa é feita para todos os seres humanos, mas apenas aqueles que aceitam o Seu convite vai experimentar os resultados. Os que aceitam o convite do Mestre respondem com uma exclamação semelhante ao cego sentado à beira do caminho que, ao ser interrogado como foi restaurado respondeu: “Eu era cego e agora vejo”.
Quantos no passado confiaram nessa promessa. Conversemos com Agar vendo o seu filho ser poupado de morrer de fome e de sede. Ouçamos as palavras de Davi: “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos” (Salmos 40:2).
Em muitos casos Jesus não vai eliminar o nosso sofrimento, mas o alívio é certo. Comunhão constante com Cristo já nos vai permitir que vejamos por trás da nuvem escura que porventura nos envolva, os reflexos do Sol de Sua graça. Confiemos em Sua promessa: “Eu vos aliviarei”.
Segunda-feira: Tomem sobre vocês o Meu jugo
Quando leio estas palavras me vem à mente a cena: Isaque levando nas costas a lenha que o consumiria no alto do monte Moriá. Em dado momento Isaque faz a pergunta mais difícil que Abraão ouviu em toda a sua vida: “Onde está o cordeiro?” Mas o que me toca nesta história é o restante do versículo: “Assim, caminharam ambos juntos”. Foi esse caminhar junto com o seu pai desde bebê, e agora, ao lado de seu pai levando a carga até o cume da montanha que fortaleceu a confiança de Isaque em se submeter ao sacrifício.
Muitos rejeitam compartilhar o seu jugo com Cristo e procuram opções alternativas. Confiam em pessoas e às vezes tomam a decisão de levar sozinho as suas cargas e acontece o que já vi algumas vezes na minha infância. Quando eu era criança morava ao lado de uma estrada boiadeira e, com frequência, passava boiadas rumo aos matadouros de São Paulo. À frente da boiada ia “comitiva” de burros que levavam os apetrechos para se fazer uma refeição rápida. O cozinheiro liderava a tropa. Vi algumas vezes animais cansados e feridos pelo peso das bruacas que levam não conseguir se levantar para pôr a caminho. Algumas vezes presenciei o chefe jogar álcool nas feridas e o animal se levantava sob o impacto da dor. Eles não tinham quem os ajudassem a carregar o pesado fardo. Alguns morriam pelo caminho.
Os que insistem em levar o seu fardo sozinho, além do cansativo peso são fustigados constantemente pelo inimigo. Dividir as nossas cargas com Cristo significa desfrutar do alívio que Ele promete a todo o pecador.
Terça-feira: Sou manso e humilde de coração
Muitos recusam a parceria de Jesus para dividir o jugo porque imaginam que apoiar em Cristo é uma prova de fraqueza, e preferem outras opções ou mesmo lutar sozinhos. Quando Jesus afirma ser manso e humilde de coração, creio que Ele está fazendo esta declaração para mostrar que, mesmo nós sendo pecadores e nossa justiça própria ser como trapo de imundícia, Ele se apresenta manso e humilde de coração e não Se envergonha de estar ao nosso lado nos auxiliando a levar a nossa cruz.
Muitos tem vergonha de se identificarem com Cristo, imaginando estar assumindo uma submissão humilhante. Mas é justamente para estes que pensam assim que Ele deixou um recado: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mateus 5:5). A herança da nova terra está assegurada aos mansos.
Lembrando que só a mansidão não é passaporte para ninguém alcançar o Céu. Certa vez o meu pai acertou com um senhor de fazer lavouras de abacaxi por empreitadas. O negócio foi acertado e, também, as datas de pagamento. Mas o patrão nuca cumpriu um compromisso financeiro na data certa e em conversas com ele quanto mais o meu pai se irritava mais humilde ele se apresentava. A humildade deve andar junto com a honestidade.
Aceitar o jugo de Cristo é estar disposto a não só ser humilde como Ele é, mas viver em consonância com os Seus ensinos. Paulo nos adverte: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5:23).
Quarta-feira: Meu jugo é suave
Paulo faz uma solene advertência para os Gálatas: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão” (Gálatas 5:1). Para Paulo existem apenas duas opções: Assumir o jugo com Cristo ou assumir o jugo da escravidão do pecado. O próprio Jesus afirmou: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Lucas 11:23).
Na lição de domingo aprendemos que Jesus não nos livra de nossas cargas, mas torna suave o seu peso sobre nós. Da mesma maneira ele não promete retirar o fardo de cima de nós, mas nos garante muita leveza ao assumirmos. É como o caso de Daniel, Ele não nos livra da cova dos leões, mas nos livra dentro da cova.
O meu pai era bastante bruto para trabalhar. A meu ver, ele escolhia a maneira mais difícil de fazer determinados serviços. Por muitas vezes meus irmãos e eu o ajudamos a fazer cerca de arame farpado. Era comum ele nos escalar para carregar postes de madeira. Como alguns eram muito pesados, as vezes ficávamos junto deles estudando qual a maneira mais prática de colocá-los nos ombros. Papai ficava olhando de longe e quando menos esperávamos ele aparecia e falava conosco: “A gente faz é assim”, e bruscamente erguia o poste, colocava nos ombros e saía tropeçando no meio do mato.
Jesus nos encoraja e leva o fardo junto conosco. Ele é humilde de coração e não Se envergonha de auxiliar alguém falho e desqualificado como eu e você.
Quinta-feira: Meu fardo é leve
Conheci um jovem inteligente, musculoso que tinha um porte de vencedor. Seus pais eram de classe média e não lhe faltaram oportunidades para estudar e vencer na vida. Esse jovem enveredou pelo caminho dos tóxicos e, quando sob efeito deles, tornava violento exigindo força de muitos homens para dominá-lo em seus desatinos. Os seus pais o encaminharam para fazer tratamento em vários hospitais do país, mas parece que todo o esforço era em vão.
Que fardo pesado aquele jovem e a sua família carregaram ao longo da vida. Os que aceitam dividir as suas cargas com Cristo desfrutam de uma leveza que apenas Ele pode proporcionar. O que a gente viu na vida daquele jovem é um exemplo claro de grande parte da humanidade que obstinadamente decide caminhar sozinha por este mundo.
Quando eu era criança tinha uma brincadeira que fazia parte dos momentos de lazer da criançada. Ela consistia em colocar um graveto ou um objeto qualquer sobre um colega sem que ele percebesse, então o grupo cantava: “O meu burrinho carrega carga sem sentir”. Mas é justamente isso que Jesus faz por nós. Ao Seu lado carregamos as cargas sem sentir o real peso delas.
É conhecida a história daquele menino que carregava um garotinho e alguém lhe perguntou: “é pesado?” E ele respondeu com um sorriso: “Não, ele é meu irmão”. Jesus nos leva com carinho e para Ele não somos pesados pois, além de ser o nosso irmão Ele deu a Sua vida por nós. Quando atordoados por situações difíceis não esqueçamos que com Cristo ao nosso lado a nossa vida fica mais leve.
Sexta-feira: Estudo adicional
Nesta semana conhecemos melhor Jesus, o único que pode tornar a nossa caminhada mais suave neste mundo de sofrimento. Podemos imaginar o que representou para aquela mãe da cidade de Naim que levava o seu filho para o cemitério. Que fardo difícil de carregar! Mas Jesus Se coloca ao seu lado e tudo mudou. O seu fardo de tristezas e lágrimas se transformou em um fardo de alegria e júbilo contagiante.
Aceitar o convite de Cristo: “Vinde a Mim” é o grande segredo para uma vida feliz e abundante. Jesus sabe que este mundo é mau e perverso. Ele mesmo o experimentou ao passar por aqui. Ele Se compadece de nossas dores e oferece para estar ao nosso lado ao longo da jornada. Jesus é Maravilhoso conselheiro e, junto conosco nos oferece sugestões de como tornar a nossa caminhada em um trajeto de alegria.
Quando os meus avós se converteram eles moravam há oito quilômetros da cidade. Todos os sábados e mesmo em alguns dias da semana eles vinham a pé para a igreja. O trajeto era percorrido ao som de cânticos e, de longe, as pessoas tinham uma ideia de quem estava passando na estrada. A vida com Cristo é alegre, descontraída e leve. Pena que tantos rejeitam o Seu sonoro convite: Vinde a Mim”.
Lição 4: O custo do descanso
Sábado: O custo do descanso
Nas cidades grandes sempre que alguém procura adquirir ou alugar um apartamento ou casa é comum que se procure saber como são as condições de silêncio do local. Durante alguns anos morei ao lado de uma fábrica de laticínios que, por falta de energia na cidade, tinha um gerador de eletricidade que, gerava também um barulho infernal que prolongava até altas horas da noite. Não era fácil conciliar o sono.
Hoje os órgãos públicos não permitem mais que uma empresa produza ruídos perturbadores como acontecia no passado a não ser que esteja instalada em local apropriando. O descanso está diretamente associado ao silêncio, pois o verdadeiro descanso envolve o físico, o intelectual, o emocional e o espiritual. Sem um desses o descanso não produz os resultados esperados. Jesus é o único que promete o verdadeiro descanso para as nossas almas.
Davi passou por uma fase tumultuada quando o pecado lhe causou momentos de agonia. Ele não desfrutava do descanso que os pardais desfrutavam nos átrios de Deus. Só depois de muita lágrima e sofrimento ele encontrou descanso. Pagou um preço caro com noites não dormidas clamando a Deus por socorro. Deus atendeu a sua oração: Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Salmos 51:10).
Domingo: Cansado e exausto
Já ouvi de muitos pregadores afirmarem que é perigoso pisar na área do inimigo e, apresentam o caso de Eva. Ela sabia que não deveria comer do fruto da árvore, mas se aproximou do fruto proibido e se deteve ali admirando a beleza do mesmo. Satanás aproveitou a ocasião e seduziu Eva ao pecado. Davi estava dentro de sua casa, um palácio confortável que, para a época não faltava nada. Mas mesmo dentro de casa Davi se colocou no terreno proibido de Satanás. Ele não vigiou as janelas da alma. Viu o que não devia e ao demorar na contemplação veio todo o desfecho da história que conhecemos.
Na tentativa humana de acobertar o pecado do adultério ele somou a este, o pecado de um assassinato. Deus enviou o profeta Natã para dar uma chocalhada no rei e fazê-lo consciente de seus pecados. Daquele momento para frente o descanso de Davi foi pelo ralo. Ele viveu momentos de angústia e desespero. Davi era um homem “segundo o coração de Deus”, mas falhou redondamente e o desespero pairou sobre ele.
Foi em um leito que ele consumou o seu pecado e foi em seu leito que ele pagou o amargo preço: “Estou exausto de tanto gemer. De tanto chorar inundo de noite minha cama; de lágrimas encharco o meu leito” (Salmos 6:6). Esse verso nos dá uma ideia das noites de agonia que se sucederam ao seu pecado.
Feliz o pecador que encontra com um profeta Natã pela frente. Com certeza o Deus que nos ama procura erguer o pecador e ele temos Seus meios.
Segunda-feira: Despertando a consciência
Parece que antes de Natã falar com Davi, ele estava com a consciência amortecida e necessitava de um choque de realidade. Natã, orientado por Deus conta a história de um homem pobre que possuía apenas uma ovelha, mas um vizinho seu, rico e proprietário de muitas ovelhas matou a única ovelha do pobre para recepcionar um amigo. Ao ouvir a história Davi ficou furioso e decretou a sentença de morte do homem rico.
Imagino qual não foi o impacto que as palavras “tu és este homem” causou em Davi. Provavelmente essa declaração transformou a vida de Davi em um redemoinho que só foi acalmado após a confissão de seu pecado. Algum tempo depois ele relatou: “Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado” (Salmos 32:5) (Selá).
Já mencionei no comentário anterior que feliz o pecador que encontra com um profeta Natã pela frente. O encontro pode ser pesado e doído, mas o pecador deve se sentir grato por Deus estar Se lembrando dele.
Diz a nota da lição: “A repreensão de Natã tocou o coração de Davi, despertou sua consciência, e a terrível gravidade de seu crime veio à tona” (Patriarcas e Profetas, p. 722).
Terça-feira: Perdoado e esquecido?
Deus perdoou o pecado de Davi e não executou a sentença pronunciada pelo próprio rei, mas não eliminou as consequências do seu pecado. Deus pode eliminar essas consequências, mas para o bem do pecador não é sempre que Ele o faz. Isso não quer dizer que Deus não se esqueceu, mas é um de Seus métodos para o pecador não se esquecer do custo do pecado. A criança oriunda do adultério morreu dias depois, trazendo grande dor ao coração de Davi. Mas não ficou só por aí. A violência marcou a vida de seus filhos e ele próprio foi objeto de ódio de um deles, que Deus o retirou de seu caminho. Absalão encontrou a morte ao tentar eliminar o seu pai.
Um alcoólatra pode deixar a bebida, mas isso não o livra de uma cirrose hepática que pode estar em andamento. A nota da lição adianta: “Contudo, apesar das consequências desse pecado, que afetou inocentes como Urias e a criança recém-nascida, Davi entendeu que a graça de Deus cobriria seu pecado e que um dia todas as consequências seriam eliminadas” (Lição do Professor, p. 48).
O pecado de Davi foi grave. Além de cometer adultério e tirar avida de um inocente, Davi levava o peso de ser o líder do povo de Deus de quem jamais imaginou cometeria duas faltas tão graves. Mas Deus perdoou o Seu servo, não porque fosse Davi. Deus o perdoou como faz com qualquer pecador que se achega a Ele em busca de graça e perdão. O seu empenho é de salvar a todos independente de casta social, nome, etnia ou cor.
Quarta-feira: Algo novo
O pecado levou Davi a uma situação desesperadora. Provavelmente ele contemplou centenas de pessoas jubilosas participando das reuniões no templo, enquanto ele, o grande líder de Israel se sentia triste, arrasado e solitário. Foi do fundo do seu coração que ele orou: “Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste”. (Salmos 51:8). Como Davi sonhava com algo novo em sua vida.
No Salmo 51 Davi derrama a sua alma diante de Deus e manifesta o seu desejo de novamente participar ativamente do culto a Deus. Ele inicia o Salmo implorando pela misericórdia divina. “Tem misericórdia de mim, ó Deus segundo a sua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias” (Salmos 51:1).
Para ter a certeza do perdão temos que exercer fé no grande amor de Deus por nós. Em momento assim de desespero devemos olhar para o Calvário. Ali temos a certeza de que Deus realmente nos ama com um amor incomparável. Ao ver Jesus na cruz salvando um dos ladrões temos a ideia de que Ele iniciou o Seu grande sacrifício salvando e é salvando pecadores como você e eu que Ele concluirá o Seu ministério intercessor no santuário celestial. Ele continua ali para nos oferecer novamente a alegria da salvação.
Quinta-feira: Refletores da luz de Deus
Após ter mergulhado no pecado e sentir a enorme distância que o Seu pecado criou entre ele e Deus, Davi imaginou quantos pecadores desesperados ele poderia ajudar, caso Deus o perdoasse. E ele lança diante de Deus o seu sonho: “Então, ensinarei aos transgressores os Teus caminhos, e os pecadores a Ti se converterão” (Salmos 51:13).
Davi chegou à conclusão de que não era a rotina de sacrifícios no santuário que o livraria do peso de seu pecado e conclui: “Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Salmos 51:16 e 17). Davi concluiu que oferecer ofertas, participar da liturgia da adoração e se envolver nas atividades da igreja, isso de nada valerá se o corão estiver tomado pelo pecado. Ele sentiu que era necessária uma profunda transformação interior. E ele buscou isso com todo o empenho de sua alma. “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Salmos 51:17).
Nada de vanglórias diante de Deus. Temos que reconhecer que a nossa justiça como afirma Isaías é “trapo de imundícia” e que só o perdão oferecido por Cristo pode nos proporcionar aquele descanso que em nenhum outro lugar poderemos encontrar.
Quando o pecador experimenta o perdão oferecido por Cristo ele se torna um refletor dessa bênção e passa a partilhar ela com outras pessoas. Ele compartilha a sua experiência de perdoado com outras pessoas: “Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão” (Salmos 51:13).
Sexta-feira: Estudo adicional
Davi tinha consciência de que os seus pecados por mais que tenha afetado pessoas afetou a Deus. Ele afirma: “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares” (Salmos 51:4). Ele sabia que quando atingimos a alguém, esse alguém é criatura de Deus e que é amada por Ele. “Sendo assim, declara Yahweh dos Exércitos: Ele me enviou para buscar a sua Glória entre as nações que vos saquearam, porquanto qualquer que tocar em vós, fere a menina dos olhos de Deus!” (Zacarias 2:8, Bíblia King James Atualizada Português). Portanto ele necessitava se harmonizar com Deus Pai de toda a humanidade.
Davi sentiu na carne que realmente o pecado nos separa de Deus. O profeta Isaías afirma: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Isaías 59:2). É necessária uma reconciliação “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Romanos 4:10). Davi buscou com todo o fervor essa reconciliação.
Com frequência cantamos em nossas congregações: “É ordem do meu Rei que todo pecador, arrependido já, se volte ao Salvador, e salvação terá, pois Cristo prometeu dar o perdão, por Seu amor” (Hinário Adventista, nº 337). Reconciliação é sinônimo de perdão e raça.
Lição 3: As raízes da inquietação
Sábado: As raízes da inquietação
Tiago foi direto ao ponto ao escrever o verso principal de nossa lição: “Onde há inveja e rivalidade, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins” (Tiago 3:16). Podemos afirmar que a inveja é a mãe da rivalidade. Não existe rivalidade onde não existe inveja. Esse foi o mal que originou o pecado no mundo. A lição nos traz o exemplo de uma planta que cresce durante todo o ano se tornando árvores frondosas e produtivas, e a lição apresenta a razão para isso: ela tem uma formação de raízes profundas que extraem diuturnamente os nutrientes da terra.
Na minha adolescência trabalhei muito limpando quintais em minha cidade. Certa vez, um vizinho me procurou para arrancar uma touceira de bambu. Combinamos o preço e dei início ao trabalho. O que eu imaginava fazer com um dia de trabalho gastei mais de uma semana. Imaginava que usando enxada e enxadão seriam suficientes para fazer o serviço, mas não demorou para em constatar que necessitava de machado, picareta e muito suor. Em todas as estações do ano o bambu sustenta um verde escuro e muita vitalidade. Essa robustez está em suas raízes. Elas formam um emaranhado de nós e sapatas que não só sustentam a ramagem como lhe oferecem os nutrientes para mantê-lo robusto durante todo o ano.
Tanto o álamo como o bambu são as suas raízes que os sustentam frondosos e robustos. A Bíblia nos alerta para os terríveis resultados de agasalharmos raízes de amargura em nossa vida. Diz o texto: “Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos” (Hebreus 12:15).
A lição apresenta alguns exemplos de raízes que causam inquietação e desgaste espiritual com egoísmo, ambição e hipocrisia. Façamos um exame criterioso de nós mesmos para ver se não estamos sendo dominados por raízes nocivas que estão subtraindo a nossa vitalidade cristã.
Domingo: Jesus traz divisão
Quando minha família se tornou adventista não sofremos nenhum tipo de objeção de nossos parentes. Sabemos que em determinadas famílias a resistência vai ao ponto de causar intrigas e separações. Apenas soubemos de um vizinho que, conversando com outro, ao saber que havíamos deixado de comer carne de porco comentou: “Eu imaginava que o Juvenal fosse mais inteligente”. Mas todos nós, creio, já testemunhamos situações delicadas.
Jesus foi claro ao afirmar que Ele causaria separação entre famílias e chegou mesmo a afirmar que não estava trazendo paz, mas sim espada. Já mencionei em outras oportunidades o caso do pastor Otavio Costa que em sua juventude estava colportando em uma cidade vizinha à nossa e, fiéis de uma determinada denominação o botaram para correr da cidade. Tarde da noite e sob chuva torrencial ele saiu às pressas indo se refugiar em nossa casa.
Paulo conhecia bem esta divisão que, normalmente Cristo causa. Ele alertou Timóteo: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Timóteo 3:12). Ao mesmo temo em que Cristo afirma: “A minha paz vos dou”, Ele Se apresenta como um disseminador de contendas.
Segunda-feira: Egoísmo
Jesus foi surpreendido por um jovem aflito. Os seus pais faleceram e o seu irmão, dominado pelo egoísmo, se recusou a partir a herança com ele. Já comentamos que o egoísmo foi a raiz do conflito cósmico no qual estamos inseridos. Quantos males o egoísmo tem causado no mundo!
O egoísmo vem vestido de um desejo incontrolável de superar os demais em cultura, dinheiro e influência causando desavenças e até mortes. Para prevenir o orgulho Jesus apresenta o caminho inverso, se esvaziar e ser uma pessoa desprendida e sem apego a bens materiais. Ele deixou a advertência de que a vida de uma pessoa não consiste na abundância do que possui. Conheci um senhor em minha cidade, proprietário de algumas fazendas, que passava a semana prometendo para os filhos que, caso eles se comportassem direitinho, no sábado ele os levaria na sorveteria para verem os filhos dos ricos tomarem sorvete.
Pessoas assim são como o homem da história apresentada por Cristo. Depois de demolir os celeiros pequenos e construir outros maiores e dizer que tinha abundância para muitos anos a morte o surpreendeu e ele se foi deixando para traz tudo o que acumulara durante a vida. O dicionário assim define o egoísta: “falta de altruísmo; apego excessivo aos próprios interesses; comportamento da pessoa que não tem em consideração os interesses dos outros. Presunção; tendência a excluir os outros, tornando-se a única referência sobre tudo”.
Terça-feira: Ambição
Poderíamos definir o ambicioso como uma pessoa que tem sonhos fantasioso. Ambição, sob medida, nos faz bem. Ela pode ser compara aos sonhos que uma pessoa gasalha dentro de si. Não fará nenhum mal se esse sonho é cultivado sem atropelar terceiros e, se para mantê-lo vivo, a pessoa não venha a sacrificar normas e princípios.
Conheci um jovem que, certa vez, foi levado à nossa casa por dois irmãos da igreja que o encontraram detido em uma delegacia porque estava devendo a um taxista que rodou com ele durante uma semana inteira à procura de uma fazenda para comprar. Meu pai conseguiu o dinheiro emprestado, pagou o taxista e aquele jovem foi liberado.
A ambição nociva foi detectada por Cristo entre os Seus discípulos no momento mais solene para eles quando era realizada a Santa Ceia. Havia disputa entre eles de quem estaria ao lado de Cristo no Céu. Jesus reprovou essa postura. Ela demonstrava o desejo de supremacia sobre os demais.
Esse mesmo pensamento pode surgir no coração de um membro que não foi escolhido para determinado cargo na igreja. Muitas vezes a atitude de uma pessoa assim é denegrir a outra que ocupou o cargo. Não é fácil dominar as nossas ambições de tal modo que elas sejam pautadas pelos princípios do desprendimento e amor ao próximo.
Quarta-feira: Hipocrisia
Talvez essa raiz seja a de resultados mais nocivos. Ela está diretamente direcionada para o membro da igreja. Diz o dicionário: “é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui”. Hipocrisia foi o pecado que Jesus acusou os líderes religiosos de Seu tempo. Eles não praticavam o que diziam. Disse Jesus: “Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem” (Mateus 23:3).
Esse, talvez, seja um dos pecados mais frequentes na vida de um cristão. Facilmente a pessoa passa uma imagem sua que não reflete a verdade. A hipocrisia não é exclusiva da liderança da igreja. Ele pode surgir no coração de um grande líder ou mesmo na vida do irmão mais simples de uma congregação.
A hipocrisia vem sempre acompanhada da mentira ou da falsidade. A pessoa não vive aquilo que fala ou aparenta ser. Esse é um mal que não reside apenas no seio da igreja. Ela existe no campo profissional, político e social, mas se apresenta mais grave quando afeta a postura de algum membro da igreja. O hipócrita é aquele sepulcro caiado por fora ou feito de granito reluzente, mas que guarda em seu interior material putrefato.
Quinta-feira: Eliminando a inquietação
Dificilmente alguém acometido do sentimento de egoísmo, ambição ou hipocrisia tem uma vida isenta de inquietação. Alguma coisa está sempre incomodando as pessoas que desenvolvem estes traços de caráter. A Bíblia diz: “Porém os ímpios são como o mar agitado, incapaz de sossegar, e cujas águas expelem lama e lodo para todo lado!” (Isaías 57:20). Por mais que pessoas dominadas por esses traços de caráter se apresentem sorridentes e felizes, o seu interior está repleto de insegurança, inquietação e amargor.
Jesus é o bálsamo eficaz para todo tipo de ferida que nos importune. Temos de reconhecer que por nós mesmos somos incapazes de romper com os defeitos de caráter que mancham a nossa reputação. Não é por acaso que Jesus nos aconselha: Tomai sobre vós o meu jugo ele é leve e suave. Jesus pode fazer por nós aquilo que sozinhos não conseguimos.
Mais do que nos amparar aqui, Jesus nos promete um lar onde estará conosco para sempre. O Seu sonho é que estejamos onde Ele no Céu longe de toda a tendência para o pecado, onde pela Sua graça o egoísmo, a ambição e a hipocrisia ficarão de fora e nunca mais vai atormentar os eleitos do Senhor.
Sexta-feira: Estudo adicional
Tanto o álamo como o bambu têm as suas raízes bem escondidas na terra, assim como acontece com muitas pessoas que são dominadas pelo egoísmo, a ambição e a hipocrisia. Mas semelhantes às raízes do álamo e do bambu essas manifestações do caráter são ocultadas, alguns por toda a vida. Quando detectadas, Jesus é a saída para vencer essas deficiências e não permitir que estes traços negativos continuem a ditar a maneira de proceder do indivíduo.
Jesus á a âncora que nos mantém seguros no porto. Sem Ele o ser humano não consegue dominar as concupiscências da carne e vive ao sabor dos impulsos de um eu escravo de Satanás. Quando criança ainda me lembro de cantarmos na escolinha: “Com Cristo no barco tudo vai muito bem”. Esse corinho tão antigo continua sendo verdade para todos os cristãos.
A nossa vida deve ser pautada por Cristo. Apenas com Ele podemos vencer o pecado que tão perto nos assedia. A nota da página 38 afirma: Na vida que se centraliza no eu não pode haver crescimento nem frutificação. Temos que nos esquecer do eu e permitir que Jesus seja o piloto de nossa vida. Ele é capaz de eliminar de nossa vida, como afirma Paulo: “Tendo cuidado de que ninguém seja faltoso, e se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e ela muitos se contaminem” (Hebreus 12:15).
Lição 2: Inquietos e rebeldes
Sábado: Inquietos e rebeldes
O comentário da lição do professor traz uma afirmação preciosa para nós. Falando da rebelião dos israelitas no deserto, depois de estarem enfastiados com o maná, diz o texto: “Insatisfeitos, reclamaram com Moisés e imploraram pelas panelas de carne do Egito”. Eles estavam recebendo o melhor pão do mundo, mas estavam insatisfeitos com o Maná e aquele pão que antes era considerado uma bênção, era agora “um pão vil”.
Eles estavam dispostos a voltarem para o Egito e, novamente, se submeterem a escravidão para desfrutarem das panelas cheias de carnes. Passaram a ter saudades dos peixes e temperos que deixaram no Egito. Estavam longe dos alhos e das cebolas de lá. Os escritores da lição afirmam que a inquietação provocou a rebeldia e a rebeldia provocou mais inquietação.
A rebeldia e a inquietação levam as pessoas a tomarem decisões precipitadas como aconteceu com os israelitas. Revoltados exigiam que Moisés resolvesse a situação. Imaginemos a angústia de Moisés diante de seiscentos mil homens revoltados. Deus proveu carne, mas o resultado da rebeldia foi trágico.
A introdução do estudo desta semana nos admoesta que, ao vermos os deslizes do povo de Deus no passado tiremos lições para não repetirmos a mesma conduta. Hoje é difícil as pessoas se contentarem com aquilo que tem. O desejo de ter mais e o consumismo facilmente nos coloca em uma situação de inquietude e às vezes até mesmo de rebeldia. Atentemos para o conselho de Paulo: “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1 Timóteo 6:8).
Domingo: Inquietos em um deserto
“Quem nos dará carne a comer?” Perguntaram os impacientes israelitas. Eles estavam enfastiados do Maná que apelidaram de “Pão vil”. Queriam carne em meio do deserto e julgavam esse pedido impossível de ser atendido. Deus estava oferecendo o melhor para eles, mas a insatisfação generalizou.
Moisés e os demais líderes realmente nada poiam fazer, mas o povo se esqueceu do Grande líder que, com mão forte os tiraram do Egito e abriu o mar Vermelho. Esse Deus não gostou da atitude rebelde de Seu povo. Ele proveu carne, mas veio os Seus juízos e o povo foi dizimado por uma praga. E séculos depois o Senhor exclamou. “Quarenta anos estive desgostado com esta geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não tem conhecido os meus caminhos” (Salmos 95:10).
O casal de autores da lição comenta que o desejo de Israel não era comer carne, mas sim, existia um problema mais profundo que era uma rebelião contra a liderança divina. E nos alerta que quando ela se instá-la em nosso ser a inquietude aflora e a rebelião é uma consequência lógica. É comum pessoas que entram nesse processo de rebelião começar a criticar a liderança da igreja ou mesmo alguns dos irmãos. Para os israelitas Deus tornou-Se culpado de tê-los afastado das panelas de carne do Egito e como não poderiam fisicamente atingir este Deus, eles se rebelaram contra o seu servo Moisés. Ele correu um sério rico de ser apedrejado.
Sempre me lembro com saudades da igreja que conheci aos cinco anos de idade. Parece que existia mais amor, mais união e mais fervor cristão. Mas se eu faço parte da igreja de hoje, o problema está comigo e não com a igreja.
Segunda-feira: É contagioso
A situação tornou-se muito grave no acampamento. Moisés ficou sozinho e os seus irmãos Arão e Miriam que deveriam apoiá-lo se tornaram os seus maiores acusadores. Chegaram ao ponto de afirmarem que Deus não falaria apenas com Moisés, mas poderia usá-los também. Aqui temos dois pontos a considerar. O primeiro é que o queixume e o descontentamento são altamente contagiosos. Uma pessoa descontente com alguma coisa vai desabafar com outra que estiver por perto e a tendência é esta segunda pessoa apoiar a primeira e aí a coisa generaliza.
O segundo ponto é que quem se torna um crítico geralmente se sente mais bem capacitado do que o seu líder. Mas só o fato de ser um crítico convencido já o descredencia para qualquer liderança. Não podemos aqui generalizar. A crítica tem o seu lugar e, se torna benéfica quando feita sem qualquer resquício de egocentrismo.
Arão não era uma pessoa qualquer. Além de ser irmão de Moisés e ter participado de toda a sequência de pragas que acometeram aos egípcios, ele era o sumo sacerdote exercendo uma atividade específica. Ele era o intercessor do povo junto a Deus. E foi justamente esta pessoa que fermentou a crítica e quase provocou um caos na nação eleita. Deus agiu rápido e mostrou claramente o Seu descontentamento ferindo Miriã de lepra. Ao ver a sua irmã sendo retirada para fora do arraial por estar leprosa, Arão se arrependeu e pediu que Moisés intercedesse em favor de Miriã.
Ao ferir Miriã de lepra Deus estava dizendo que o pecado da crítica é tão grave e contagioso como a lepra e só traz infelicidade para quem se habitua a ele.
Terça-feira: Inquietação leva à rebelião
A situação pior estava para vir. O povo estava a poucos passos de entrar na terra prometida. Moisés escolhe doze homens, um de cada tribo, e os envia para inspecionar a futura pátria. Parecia que em breve estariam a salvo do calor escaldante do deserto. Encerraria a sua longa jornada. Mas ledo engano. Dos doze espias, dez trouxeram um relatório pessimista sobre Canaã e o descontentamento generalizou rapidamente entre o povo. Eles estavam inquietos e apreensivos e segundo os autores da lição a inquietação do povo minou a sua fé e foi graças à intervenção divina que Calebe e Josué não foram apedrejados.
Naquele momento Deus Se propôs a exterminar com todo o povo. Disse o Senhor: “Com pestilência o ferirei, e o rejeitarei, e farei de ti povo maior e mais forte do que este” (Números 14:12). Graças a intercessão de Moisés o povo não foi exterminado, mas aos rebeldes e promotores de inquietação e crítica não foi permitida a entrada em Canaã. Tiveram que retornar para o deserto, numa viagem penosa e longa e só depois que todos os rebeldes morreram é que Deus introduziu a nova geração terra prometida.
Estes foram exemplos claros de que a crítica e o descontentamento podem nos impedir de entrarmos na terra que nos espera.
Quarta-feira: Intercessor
Moisés acabava de enfrentar um momento tumultuado. Uma rebelião sem precedentes acabava de ser apaziguada e Deus Se propôs a destruir todo aquele povo e fazer dos descendentes de Moisés o Seu povo especial. Para qualquer um de nós a promessa era alvissareira, Mas Moisés recusa terminantemente a proposta divina e prefere, se for o caso, morrer com o povo.
Moisés arrisca tudo para que a vida do povo fosse poupada. O mais impressionante desta história é que Moisés não tinha garantias nenhuma se depois de terem a vida poupada se os israelitas não se levantariam mais uma vez contra ele. Moisés intercedeu por um povo que poderia provocar uma nova rebelião e ele estaria correndo risco de morte.
Moises ignorou o que de pior poderia acontecer e intercedeu por um povo condenado à morte pelo Juiz celestial. O patriarca queria estar junto com o Seu povo independente das circunstâncias. É fácil intercedermos por pessoas que amamos, ou que pelo menos não nos ofendeu. Mas interceder praticamente por inimigos rivais é algo realmente sublime.
O patriarca insiste com Deus e ao pronunciar mais uma vez a palavra “perdoa”, Deus Se condoeu do grande líder e ouviu a sua oração. Creio que Moisés foi tomado de uma alegria indescritível ao ver o seu povo perdoado. Ele deu um exemplo de verdadeiro cristianismo.
Quinta-feira: Fé versus presunção
O dicionário assim define presunção: “Opinião excessivamente boa acerca de si mesmo; demonstração dessa opinião em público; altivez, arrogância”. Mas quando falamos de fé, creio que a melhor definição está na Bíblia: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hebreus 11:1).
Enquanto a presunção leva a pessoa a agir com a certeza de que as suas convicções estão corretas a fé leva a pessoa a agir como vendo o invisível. Por inúmeras vezes o povo de Israel agiu levados pela presunção. Quantas vezes Deus refez a Sua aliança com o Seu povo e a promessa de fidelidade a Deus era a tônica de cada indivíduo. Imaginavam que por si mesmos seriam obedientes aos reclamos divinos. Mas os resultados foram desastrosos.
Agir pela fé foi a máxima dos heróis do passado. No pior momento da vida de Jó ele demonstrou uma fé inabalável de que: “E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus” (Jó 19:26). Jó estava vendo a sua pele se desfazendo em feridas. Para ele a morte seria certa. Mas pela fé ele demonstrou uma certeza infinda na ressurreição. Para ele aqueles olhos que estavam sendo consumidos pelas feridas veriam a Deus. Nada de prepotência. Mas confiança completa nas promessas divinas.
Sexta-feira: Estudo adicional
Os rebeldes demoraram a compreender quão longe eles foram na rebeldia. Como se diz por aí “depois de dar com os burros n’água” é que eles entenderam quão longe estavam de Deus. Agora, conscientes do pecado cometido, resolveram entrar em Canaã por conta própria. Elegeram um líder e puseram a caminho. O Senhor reafirmou mais uma vez que não estaria junto com eles. E o resultado foi catastrófico. Eles foram feridos pelos habitantes de Canaã.
Satanás os influenciou a conquistar a terra prometida pelos seus próprios esforços. Eles não entenderam bem o que é presunção e deram rédeas aos estímulos do inimigo. Estamos às margens da terra prometida onde entraremos única e exclusivamente pela graça de Deus. O mesmo que aconteceu com Israel no passado pode acontecer hoje. Hoje estive lendo uma das meditações do saudoso pastor Rubens Lessa onde ele fala do perigo de passarmos dos limites orientados por Deus, como aconteceu com Eva. Quando avançamos a linha divisória entramos no terreno escorregadio da presunção. Esse foi o preferido por Satanás e estamos vendo claramente os resultados.
Aceitar, pela fé as orientações divinas é o caminho seguro que nos leva de onde estamos para o lar prometido na Bíblia. Devemos estar bem apercebidos, pois a presunção pode instalar em nós paulatinamente, sem que percebamos. Paulo nos alerta: “Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço” (Lucas 21:34).
Lição 1: Vivendo em uma sociedade que não para
Sábado: Vivendo em uma sociedade que não para
A autora da lição quando escreveu a introdução do estudo deste trimestre, há mais ou menos cinco anos, não imagina que o mundo seria açoitado por uma pandemia que elevaria os índices de depressão da humanidade a um patamar, o dobro do que ela estava presenciando naquele tempo. Disse ela que a sociedade estava inquieta e tomada de incerteza quanto ao futuro. E enfatizou: “há uma preocupação crescente entre os profissionais de saúde mental quanto aos números cada vez maior de pessoas deprimidas” (Ver Lição do Professor, p. 14).
Ela afirma existir em seu tempo, mais de 30 milhões de pessoas deprimidas no mundo e que as mortes causadas por depressão, ultrapassaria as causadas por doenças cardíacas. Esse quadro que há dois anos já era preocupante se agravou com a pandemia. Um estudo feito pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que os casos de depressão praticamente dobraram desde o início da pandemia. Os dados coletados indicam que, com a pandemia, o percentual de pessoas com depressão saltou de 4,2% para 8,0%, enquanto para os quadros de ansiedade o índice foi de 8,7% para 14,9%.
Não há dúvida de que Deus, em Sua onisciência, ao ter conhecimento do mal que atingiria o nosso planeta, orientou os responsáveis pela lição da escola sabatina a abordar o assunto deste trimestre: “Descanso em Cristo”. Creio que nunca esse estudo foi tão oportuno como agora. Há poucos dias eu conversava com um cunhado que tem uma filha de dezesseis anos. “No ano passado”, disse ele, “ela teve que fazer terapia, pois as condições de quarentena estavam deixando-a deprimida”.
Antes, os casos de ansiedade eram provocados por excesso de atividade, mas agora é o contrário, a prisão domiciliar e a incerteza quanto ao futuro está mexendo com a psique de muita gente, e pior, atingindo mais os profissionais da saúde que estão trabalhando acima do limite de suas forças. Como encontrar descanso em meio a tanta agitação? “Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11:29).
Domingo: Exaustos e cansados
Deus deu o sábado para descanso antes do pecado e antes que o homem tivesse trabalhado. Se o sábado era necessário antes do pecado imaginemos a sua importância depois do pecado quando “no suor do teu rosto, comerás o teu pão” (Gênesis 3:19). Depois do pecado veio o trabalho pesado, o cansaço e o desgaste físico. Às vezes começo a imaginar como era o sábado antes do pecado, e chego a conclusão que só terei essa clareza de como era quando estivermos no Éden restaurado.
Quando eu era criança, morava há sessenta quilômetros de Uberlândia. De Monte Alegre lá eram três horas em cima de cargas de caminhão. Hoje, o trajeto é feito em quarenta e cinco minutos em ônibus confortáveis e com ar-condicionado. Naquela época não existia avião a jato e, o carro de boi, era o melhor meio de transporte. Ainda me lembro do primeiro taxi que usei na vida. Era um fordinho 29 que papai fretou para nos levar a um congresso de jovens em Canápolis. Naquela época não tinha leis trabalhistas e as pessoas trabalhavam de Sol a Sol sem férias programadas.
Hoje tudo diferente. Eficientes meios de transporte nos levam rapidamente em qualquer parte do mundo em questão de horas. Temos computadores, internet, celulares, energia elétrica, automatização de muito trabalho manual e justamente agora é que o homem está brigando com o relógio e se estressando para chegar a tempo em seus compromissos. O ritmo de trabalho cada dia se torna mais desgastante e o trânsito em muitas cidades se tornou um entrave sem solução. Costumo dizer que o homem corre, corre e a ninguém socorre. Os dias são estafantes e as semanas pequenas demais para o muito que se tem para fazer. E em meio a essa correia desenfreada que Deus nos dá um recado: “Lembra-te do sábado para santificar”. Quão diferente seria o mundo se o homem atentasse para este conselho. Com certeza teríamos melhor qualidade de vida, menos hospitais e uma longevidade gratificante.
Segunda-feira: Falta de ânimo
A história apresenta Baruque como um homem culto e de origem nobre, que nos dias do cativeiro babilônico viveu ao lado de Jeremias, apoiando o seu ministério profético. Há momentos difíceis nos quais parece que estamos atravessando um vale escuro e sem perspectivas de um novo alvorecer. O estudo de hoje fala de um escriba, auxiliar de Jeremias, que estava atravessando um desses momentos difíceis. Não sabemos por quanto tempo Baruque esteve ao lado de Jeremias, mas sabemos um pouco das agonias que ele experimentou. Com certeza, em muitos momentos ele viu Jeremias chorar e, provavelmente tenha chorado com ele.
Baruque escreveu as advertências de Deus a Judá e Israel, recebidas por Jeremias, a se submeterem ao jugo de Babilônia e testemunhou a repulsa dos líderes do povo que os consideraram como inimigos. Foram presos, maltratados e condenados à morte, mas Deus os livrou da pena capital. Baruque presenciou o rei queimar o livro contendo as advertências de como os judeus deveriam se portar diante da tomada de Jerusalém pelos exércitos de Babilônia. Após a invasão os pobres que permaneceram em Jerusalém exigiram que descessem para o Egito. Jeremias advertiu de que essa não era a vontade de Deus. Eles desobedeceram. Foram para o Egito e obrigaram a Jeremias e Baruque a descerem com eles. Depois de destruir Jerusalém, Babilônia invadiu o Egito e aconteceu o que Jeremias havia predito.
Diante de tantos dissabores, Baruque se desanimou ao ponto de considerar inútil todo o trabalho profético de Jeremias. Disse ele: “Ai de mim agora, porque me acrescentou o Senhor tristeza à minha dor!” E Deus faz uma pergunta intrigante: “E procuras tu grandezas?” Enquanto milhares morriam vítimas dos exércitos invasores, Deus poupou Jeremias e Baruque e mostrou para os dois que o Céu estava sofrendo com o Seu povo.
Terça-feira: Definição de descanso no Antigo Testamento
Deus criou o homem para trabalhar, como afirma Elifaz, o amigo de Jó: “Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar” (Jó 5:7). Na minha adolescência tínhamos fogão caipira em casa e nas lavouras que papai fazia. Quantas vezes tive que manusear os tições para avivar o gogo! Nestas ocasiões um grande número de faíscas se levantava e, por alguns instantes iluminavam a cozinha. Elas erguiam automaticamente e são próprias do momento. Assim via Elifaz o homem. Um ser que nasce pronto para o trabalho.
Todo ser vivo se cansa de suas atividades rotineira, seja o homem ou o animal. Deus. Deus viu isso antes de criar o homem e já proveu um espaço de tempo para o descanso. Neste espaço de tempo que se chama sábado, deve descansar não só os homes, mas também os seus animais. O mandamento é claro: “Não farras nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, ne o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas.
A própria Terra, a cada seis anos descansava dos lavores do homem e cada cinquenta anos era um descanso mais completo com perdão de dívidas e restituição de propriedades adquiridas com o resgate de dívidas. A vida do homem está tão ligada ao trabalho que ao morrer, a Bíblia afirma que vai descansar com os seus pais. O descanso, físico e mental é algo necessário para a longevidade da vida.
Quarta-feira: Descanso no Novo Testamento
O descanso é tão importante para o ser humano, que Deus que “não Se cansa e nem Se fadiga” descansou para os dar exemplo e Jesus levou bastante a sério a importância do descaso para os Seus discípulos. “Vinde a um lugar à parte e repousai um pouco” ordenou o Mestre fazendo sessar o frenesi evangelístico em que eles estavam envolvidos.
Jesus não Se preocupou apenas com o descanso físico de Seus filhos. Ele viu que a necessidade do descanso espiritual era, quem sabe o mais necessário. Ele viu milhares curvados sob o peso de seus pecados e preocupações e fez um convite extensivo a toda a humanidade de todos os tempos: “Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). E em Mateus 11:30 Ele acrescenta: “Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Em meio a correia e agitação do mundo na qual estamos inseridos Paulo afirma que, para nós os que no momento descansamos em Cristo ainda “resta um repouso para o povo de Deus”. Mesmo com o repouso físico e espiritual oferecidos por Cristo, resta para o filho fiel o descanso do eterno sábado.
Jesus é a nossa âncora que nos proporciona o verdadeiro descanso na medida em que necessitamos. Durante todo o trimestre vamos estudar o descanso que Jesus nos proporciona com a promessa de que se ouvirmos os Seus conselhos será a nossa paz como um rio. (Isaías 48:18).
Quinta-feira: Fugitivo e errante pela terra
Quando leio a história de Caim me vem a mente a história de um Senhor que conheci aos dez anos de idade. Morávamos no município de Monte Alegre de Minas, na margem da estrada que liga Uberlândia em Minas à Itumbiara em Goiás. Era comum passar por ali andarilhos que pediam água, comida e, às vezes, até pousada. Foi em uma dessas situações que um senhor se aproximou da cerca e pediu um copo de água. Papai o chamou para dentro de casa e o convidou para sentar-se. Em uma rápida conversa papai o convidou para ficar conosco e arrumou trabalho para ele. Ficou conosco por dois anos e era como alguém de nossa casa.
O senhor Severino, era o seu nome, contou a sua história. A sua família morava em Belo Horizonte e ele saiu de casa com o propósito de deixar a bebida. Dizia ter vergonha de estar bêbado diante de sua família, segundo Ele, “pessoas respeitáveis e honestas”. Severino era analfabeto e, com frequência, pedia para o meu pai escrever uma carta para a sua esposa. Depois que ele foi embora nunca mais tivemos notícias.
Embora alcoólatra, Severino era um homem honesto. Não se sentia bem-estar bêbado junto de uma família sóbria e honrada e saiu, à semelhança de Caim, errante pelo mundo. Diante do grave pecado cometido Caim se sentiu envergonhado de estar junto com os seus pais e saiu a vagar pelo mundo. Imagino que jamais ele teve descanso emocional. Agora além do peso do pecado cometido, amargava a saudade de tudo que ficou para trás.
Severino disse que jamais imaginava ser acolhido por alguém. Pensava que seria sempre a escória da sociedade. Disse que a atitude de meu pai marcou para sempre a sua vida. Com tudo o que Caim fez, Deus continuou amando Caim, tanto é que colocou uma marca nele pera que não fosse agredido e morto. O Senhor espera que a igreja acolha os desvalidos e marcados pelo pecado e lhes ofereça o Verdadeiro descanso, Jesus.
Sexta-feira: Estudo adicional
Lembro-me de uma historiazinha muito conhecida em minha juventude. Um elefantinho representava uma rede de supermercados, uma distribuidora de gasolina e uma marca de extrato de tomate. Certa vez, ele chegou tarde e cansado em casa e a esposa perguntou: “Por que você está tão estafado?” E ele respondeu: “Não aguento mais essa jornada tripla. De manhã na Industria, à tarde no posto de gasolina e a noite no supermercado”. Fazem algumas dezenas de anos que essa historiazinha surgiu. Mas hoje parece que todos nós somos aquele elefantinho.
Todo mundo está correndo atrás de tantas coisas e falta tempo para aquele descanso tão sonhado, mas na realidade tão distante. Gosto do hino: “Ó Mestre, o mar se revolta”. Hoje parece que o mar mais revolto que existe é o ser humano. Ele corre, vai e volta, se debate, espuma e esbraveja. Mas, semelhante ao mar continua no mesmo lugar. Para esses corações inquietos e cansados vem o convite do Mestre: “E Ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer” (Marcos 6:31). O curioso é que Jesus nos convida a repousarmos junto com Ele. Ele é o porto seguro onde encontramos descanso completo.
Muitos estão indo para o sepulcro antes do tempo porque estão no frenético ir e vir e não dispõem de tempo para estar com Cristo e de se alimentar de Sua palavra. Chega de andar errante por aí. Tiremos um tempo de qualidade para estarmos com Aquele que nos oferece descanso e paz.
Lição 13: A vida na nova aliança
Sábado: A vida na nova aliança
Estamos concluindo o estudo do trimestre durante o qual o Senhor nos mostrou o Seu empenho em nos salvar. Das muitas coisas que aprendemos foi ressaltada a paz que envolve aqueles que depositam em Deus a sua esperança. Desde que começou a pandemia temos notado o testemunho de pessoas angustiadas fazendo interrogações sobre tudo o que está acontecendo. Um manto de angústia e apreensão envolve a humanidade. Felizmente a Bíblia nos oferece luz sobre esse momento. Falando dos sinais que anunciarão a breve volta de Jesus a Palavra diz: “Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu” (Lucas 21:11).
Mesmo acossados por tribulações e momentos de provações os que confiam no Senhor permanecem tranquilos e seguros diz a Palavra: “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre” (Salmos 125:1). Essa é a vida de uma pessoa que aceita os termos da nova aliança.
A vida dos que aceitam os termos da nova aliança é repleta de bênçãos que apenas a comunhão com Cristo pode oferecer. Jesus é a fonte de vida e vida com abundância. Disse Ele: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância” (João 10:10).
Não tem como ser diferente com os que estão em Cristo Jesus. A nova aliança que é a confirmação da promessa de Deus lá no Éden é real para nós. Enquanto no passado os pecados eram perdoados quando o pecador punha as suas mãos sobre o cordeiro a ser imolado, confiando que um dia Jesus viria dar a Sua vida em nosso favor, a nova aliança torna aquelas expectativas em realidade.
Domingo: Alegria
João inicia a sua primeira carta esclarecendo que Jesus Se tornou real entre nós. Ele afirma que temos visto, ouvido e que as “nossas mãos tocaram a Palavra da vida. Parece que a sua intensão era tornar a presença de Jesus bem real na vida de seus ouvintes e, quando isso acontecesse, eles seriam tomados de uma grande alegria. Assim se expressa o apostolo: “Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra” (1 João 1:4).
Não há motivos para quem está alicerçado na promessa da nova aliança viver tristonho ou preocupado com as coisas desta vida. Nesse momento me vem a lembrança de uma historinha que ouvi na minha infância. Uma família cristã vivia em uma fazenda. Lá existia um burro que, normalmente, estava de pé com a cabeça voltada para o solo. Um garotinho disse: “O nosso burrinho não está indo para o Céu, pois ele está sempre triste”.
Realmente esse não é o perfil daqueles que estão caminhando rumo a Canaã celestial. Não se sabe quem escreveu o hino 490 (“Caminhando”, do Hinário Adventista). Mas o hino retrata a alegria de quem aceitou o convite de Cristo e abraçou as promessas da Nova aliança. Diz a primeira estrofe: “Alegre eu já vou para o lar celestial, caminhando, caminhando; pois não me encanta mais o prazer terrenal; caminhando para aquele lar”.
Segunda-feira: Livres da culpa
A história fala de Charles Ray Finch, um homem que, depois de ser condenado à morte, lutou por 43 anos para provar a sua inocência. E aos 81 anos de idade foi finalmente libertado. Podemos imaginar a sua emoção de se sentir livre não só da prisão, mas do estigma de um crime que ele não cometeu. O caso é parecido conosco com a diferença que Charles provou que era inocente e nós, realmente merecedores da morte eterna, fomos perdoados.
Escrevendo aos Filipenses, Paulo fala dessa maravilha de sermos filhos de Deus e inculpáveis. Diz o texto: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Filipenses 2:15). Esse título de “inculpáveis” nós não merecemos, ele nos é outorgado quando aceitamos o sacrifício de Cristo em nosso favor.
Podemos imaginar o alívio que sentiu o ladrão na cruz ao ouvir de Jesus “te digo hoje, estarás comigo no paraíso”. Mesmo pendurado na cruz, sofrendo as dores da morte e depois tendo as suas pernas quebradas, o seu coração desfrutava de uma leveza que só o perdão oferecido por Cristo pode proporcionar. Que exclamemos como Davi: “Grande paz têm os que amam a tua Lei: para eles não há tropeço!” (Salmos 119:165).
Terça-feira: Nova aliança e novo coração
Na primeira nota do estudo de hoje temos este comentário do autor: “Nas lições anteriores deste trimestre vimos que, na nova aliança, o Senhor põe a lei em nosso coração (ver Jeremias 31:31 a 33). Não apenas a lei está em nosso coração, mas de acordo com os textos de hoje, Cristo também está, e isso faz sentido, pois Cristo e Sua lei estão intimamente ligados” (Lição do professor, p. 165).
Lembram que comentei em lições anteriores que ao receber a lei no Sinai, No mesmo instante, Deus orientou que Moisés construísse o santuário e que as transgressões da lei poderiam ser perdoadas no santuário, por meio do sacrifício de um cordeiro, cerimônia oficiada pelo sacerdote. O simples fato de os israelitas ver um animal inocente morrer em seu lugar, levaria cada pessoa a fugir do pecado. Paulo faz essa exclamação: “que é Cristo em vós, esperança da glória” (Colossenses 1:27).
Antes da lei estar gravada em nosso coração algo de especial deve acontecer veja: “Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações” (Efésios 3:17). Cristo morando em nosso coração nos oferece a força necessária para observarmos a Sua lei. Aquele que tem Cristo no coração, diz o texto bíblico: “Aquele que roubava não roube mais” (Efésios 4:28). Na nova aliança Cristo é o Cordeiro de Deus sendo oferecido no Calvário, pondo um ponto final não na lei dos dez mandamentos, mas na lei cerimonial. Após a ascensão de Jesus ao Céu, o santuário terrestre deixou de existir. Cristo é o Sacerdote e ao mesmo tempo o sacrifício e faz ali a intercessão por cada pecador arrependido.
Quarta-feira: Nova aliança e vida eterna
Ontem estudamos sobre Nova aliança e coração, hoje o estudo é Nova aliança e vida eterna, e amanhã estudaremos Nova aliança e missão. O autor da lição achou por bem finalizar o estudo deste trimestre ligando a as bênçãos que a aliança nos proporciona ao nosso dever de anunciar esta mensagem para o mundo.
Estudamos durante o trimestre que o sonho de Deus é restaurar o jardim do Éden criando um novo Céu e uma nova Terra e colocando o homem novamente no paraíso. Para que isso aconteça, Deus colocou em ação o plano da redenção. Esse plano centralizado na morte de Cristo, o Cordeiro de Deus, desde Adão até o Calvário foi apresentado ao homem em vários momentos, para que o pecador arrependido pudesse ter os seus pecados perdoados e a certeza de que Deus estava sempre atendo em redimir o pecador.
Desde que o homem perdeu o Éden é propósito da trindade devolver não só o Éden, mas lhe agraciar novamente com a eternidade. Vida eterna e abundante. Vida junto com Jesus e os anjos. Costumo dizer que não me interessa as ruas de ouro da nova terra e nem os seus portais de pérolas. Pois se estamos com Jesus, creio, não haverá tempo e nem interesse em desviar a nossa atenção. Vida eterna! Que vida! Em um lugar onde “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Coríntios 2:9). Quantas surpresas nos esperam! Pela graça de Deus eu quero estar lá.
Quinta-feira: Nova aliança e missão
Não existe maior presente do que a eternidade que Deus espera nos outorgar. É um privilégio nascer em Cristo. Ter um novo coração e uma nova maneira de pensar. Ter um sonho em mente, morar para sempre com Jesus, o Autor e consumador de nossa fé. Hoje mesmo atordoados por epidemia, lutas e aflições, continuamos caminhando firmes, semelhante ao Abraão de outrora, rumo a nossa Canaã celestial.
Comentaristas afirmam que ao longo do caminho de Abraão, centenas de pessoas, ao conhecerem a sua história, foram tocadas pelo seu testemunho de fé e se juntaram a ele, sonhando o mesmo sonho e vivendo a mesma fé.
Esse mesmo quadro Deus espera ver acontecendo em cada um de nós. Ele espera que a nossa alegria nas promessas da nova aliança contagie outras pessoas e seja o mais forte apelo para que elas se juntem a nós. Esse propósito de Deus se firma em dois aspectos: o primeiro é que como pecadores resgatados e envolvidos nas promessas da nova aliança temos muito o que contar para os que estão ao nosso redor. E, em segundo lugar, Deus sabe que essa nossa participação vai nos fortalecer ao longo do caminho.
O recado de Deus para nós é o mesmo que Jesus deu ao homem liberto dos demônios da terra dos gesarenos: “E aquele homem, de quem haviam saído os demônios, rogou-lhe que o deixasse estar com ele; mas Jesus o despediu, dizendo: Torna para tua casa, e conta quão grandes coisas te fez Deus. E ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito” (Lucas 8:38 e 39). Vai e conta quão grandes coisas Deus fez por ti.
Sexta-feira: Estudo adicional
A proposta de aliança que Deus propôs ao homem lá no jardim do Éden e que com o passar dos anos Ele foi renovando com os Seus filhos é o único caminho para a salvação. Podemos até ligar o estudo deste trimestre com o do próximo, pois quem aceita os termos da aliança desfruta de uma paz que o mundo não dá. Jesus ´foi e é o penhor desta aliança. Ele foi prometido no Éden como o Cordeiro de Deus que viria para tirar o pecado de todos aqueles que O aceitam como Salvador. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).
A nova aliança é o cumprimento das promessas de Deus apresentadas ao homem no Éden, a Noé, a Abraão, no Sinai e, por fim no Gólgota onde a promessa se cumpriu de maneira cabal e completa. Ela é caracterizada por um profundo desejo do pecador de obedecer a lei eterna de Deus. Esse desejo leva o pecador a tê-la escrita no coração. Ou seja: quem aceita o sacrifício vicário de Cristo mantem m desejo profundo de atender aos reclamos de Sua lei.
Aceitando o Cordeiro da aliança, o pecador passa a desfrutar de inúmeras bênçãos. Entre elas a lição desta semana destaca quatro. João inicia o seu evangelho mostrando o que Jesus fez por nós. Deixou a Sua glória Se revestiu de nossa humanidade, para cumprir o que Deus havia prometido lá no Éden. Tal atitude nos enche de alegria pois não estamos mais mortos, mas vivificados em Cristo.
Essa alegria se fundamenta na premissa que uma vez aceitando Cristo estamos livres da culpa que nos condenava à morte. O nosso coração de pedra foi transformado em um coração de carne sensível ao amor de Deus. O objetivo da nova aliança é nos proporcionar vida eterna, e essa é uma dádiva que Deus espera que todos os participantes da nova aliança a reparta com toda a humanidade.
Lição 12: Fé da aliança
Sábado: Fé da aliança
Se tinha um povo que poderia se orgulhar de sua religiosidade era o povo de Éfeso. Eles tinham o maior templo do mundo dedicado à sua deusa Diana. Diz o relato histórico que “O edifício ficava em um lote de cerca de um hectare. Ao seu redor, havia 127 colunas sustentando-o, cada uma com 6 metros de espessura e 37 de altura.”, relata o pastor evangélico George Wood. Para estes irmãos oriundos de uma crença de que suas magnificas obras os validavam junto aos seus deuses, Paulo notando que essa postura começava a influenciar os irmãos em Éfeso, ele foi claro: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8 e 9).
A salvação é dom de Deus, e para aceitar esse dom é necessário exercitar a nossa fé. E como modelo de fé a lição nos apresenta Abraão. O que Deus pediu para Abraão não foi coisa fácil. Acomodado em sua terra natal, com suas propriedades em franco progresso, Deus o chama para ser um andarilho, rumo a uma terra que apenas Deus sabia onde estava. Mas ele “saiu sem saber para onde ia”. A fé apresentada por Abraão é algo que nos desafia. Mas é uma fé semelhante que nos vai habilitar para o Céu.
Em sua jornada rumo a terra prometida, Abraão confiou inteiramente em Deus. Foi essa fé exercitada desde a sua mocidade que o levou a responder a difícil pergunta de Isaque: ‘Onde está o cordeiro?” E a resposta veio sem esboçar dúvida: “Deus proverá.”
A promessa de que o Cordeiro de Deus viria ao mundo e seria oferecido no altar do Calvário para salvação de todos os que Nele cressem permeava todas as renovações da aliança proposta por Deus no Éden. Temos que aceitar a grande verdade que as nossas justiças são “trapos de imundícias”. Uma fé inabalável no Jesus que selou a sua aliança conosco no Calvário é o nosso único meio de escape.
Domingo: Reflexões sobre o Calvário
A lição de hoje não tem nenhuma pergunta a não ser a que se encontra no rodapé da página. Parece que a intensão do autor é nos conduzir a uma meditação mais profunda sobre o Calvário e tudo que o envolve. A lição fala que todos nós temos uma dívida para com a lei de Deus. E o autor acrescenta: “Só os que não entendem a gravidade do pecado creem que Deus teria obrigação de nos salvar. Ao contrário,” afirma o autor e acrescenta: “Se existe uma obrigação é a nossa dívida para com a lei transgredida.” Essa dívida está fora do nosso alcance e Jesus a assumiu por nós.
Quanto amor o Calvário nos revela. Um Deus santo, inculpável abriu mão de Sua glória e se propôs assumir a morte de cruz, sendo antes chicoteado, escarnecido, cuspido e humilhado, sim, é Esse Cordeiro que Se apresenta no topo do Calvário, e de braços abertos nos convida para a salvação. É esse Deus que manifesta o Seu desejo de que “todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4).
No Calvário Jesus concretizou tudo que a Seu respeito foi prometido nas diversas vezes que Deus renovou a Sua aliança com o Seu povo. Ali o tipo encontrou o Antítipo. Ali o que era sombra se transformou em luz. Na nota da lição Ellen G. White apresenta algumas de suas citações sobre o Calvário. Compensa conferir.
Segunda-feira: A aliança e o sacrifício
A nossa dívida contraída pelo pecado é impagável com o uso de tesouros terrestres. Conforme palavras de Pedro, prata e ouro não são capazes de nos livrar da dívida. A Bíblia declara que: “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22).
Para que a aliança de Deus com Seus filhos fosse restabelecida tinha que ser resolvido o problema do pecado. Sem a solução deste problema toda a raça humana seria eliminada para sempre. A Bíblia declara: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Neste verso a Bíblia apresenta o resultado do pecado culminando com a morte eterna do pecador, mas ao mesmo tempo apresenta a alternativa do Céu para evitar o extermínio do ser humanos.
Essa possibilidade de perdão e consequente vida eterna é oferecida a todo o pecador. É apenas uma questão de aceitar ou recusar o sacrifício de Cristo em nosso favor. Para muitos aceitar esse favor imerecido é sinal de fraqueza e desprezam a última chance oferecida pelo Céu. Há poucos dias li comentários de algumas pessoas criticando uma mulher porque ela pediu orações para o seu namorado que se encontrava grave com covid. Fatos assim mostram como a rejeição do plano divino de salvação é recusado por milhares no mundo.
O preço do pecado é a vida do pecador, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna oferecida a todos os seres humanos. É apenas uma questão de aceitar ou recusar.
Terça-feira: A fé do patriarca Abraão: parte 1
Por várias vezes, durante este trimestre, estudamos sobre a vida de Abraão, e mais uma vez vamos recordar alguns aspectos de sua vida. O estudo de hoje começa com a enfática afirmação: “Abraão creu no Senhor.” Essa é uma declaração pouco vista na prática nos dias de hoje. Mesmo nós que, no meu caso que fui criado com a Bíblia nas mãos, essa crena em Deus nos moldes de Abraão deixa a desejar.
A crença de Abraão em Deus não era algo que se alterava de acordo com as circunstâncias. Era uma fé sólida e inabalável, provada várias vezes ao longo da vida do patriarca. Não sei qual das provas foi a mais forte, sair de sua terra natal, deixando para trás a sua família, os seus amigos e o seu torrão natal em busca de um lugar que ele mesmo não sabia onde ficava e se existia de verdade; ou se foi a prova do monte Moriá em que Deus exigia que ele sacrificasse o seu filho. Em todos esses momentos podemos ver algo de especial na vida deste patriarca: “Abraão creu no Senhor”.
Essa crença inabalável em Deus levou Abraão a ações ousadas e impensáveis para nós mortais. A Bíblia é clara que ao Deus pedir para que ele saísse de sua terra e de sua parentela, ele não questionou nada e “saiu sem saber para onde ia.” A fé vivida por Abraão lhe proporcionou forças para atender as exigências do Céu. E essa disposição em fazer a vontade de Deus lhe foi imputada como justiça. Deus prometeu e Abraão pela fé obedeceu.
Quarta-feira: A fé do patriarca Abraão: parte 2
“E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça” (Gênesis 15:6). Abraão não merecia o título de justo. Ele mentiu algumas vezes e aceitou a proposta de Sara para ajudar a Deus cumprir a promessa de um filho feita ao casal. Mas Deus viu na vida deste servo uma vontade imensa de fazer o Seus querer. Pela lei Abraão era pecador e a lei lhe imputava a pena de morte. Mas Deus reverteu essa pena de morte e lhe imputou justiça. Deus o considerou justo pela fé que ele exerceu em Suas promessas.
A nota da lição nos ajuda a entender a graça divina: “A maravilhosa verdade – de que somos declarados justos, não por causa de nossos atos, mas unicamente pela fé no que Cristo fez por nós – é a essência da expressão “justificados pela fé”. Não temos justiça a apresentar. Isaías fala que a nossa justiça “é trapo de imundícia”. Mas quando aceitamos o sacrifício de Cristo na cruz ´Ele nos imputa a Sua justiça. Isso é algo maravilhoso.
O pecador que arrependia de seu pecado e procurava o sacerdote em busca de perdão, oferecia um animal. É interessante que a oferta de que tipo de animal seria oferecido tinha a ver com o pecado cometido e a situação financeira do ofertante. Além desses cuidados, Deus orientou claramente o que o sacerdote deveria fazer com o sangue e com o animal sacrificado. O sacrifício ofertado por um pecador era algo bastante sério e deveria seguir as orientações divinas de como fazê-lo pois, ele representava Cristo, o Cordeiro de Deus.
É interessante que durante a viagem de Abraão rumo a terra prometida, em cada parada que ele fazia era construído um altar. Assim, qualquer pessoa que desejasse sair de Ur dos caldeus e se dirigir à terra de Canaã era só seguir os altares construídos por Abraão. Deus espera que em nossa viagem para o lar celestial construamos marcos que facilite o caminho para aqueles que vem depois de nós.
Quinta-feira: Descansando nas promessas
Uma vida livre do peso dos pecados cometidos. Essa é a promessa de Deus para todos os pecadores que aceitam o sacrifício de Jesus na cruz. Mas no cristianismo de hoje, muitos acreditam que os nossos pecados são pagos e não perdoados. Esse pagamento se faz, segundo acredita, por sucessivas reencarnações ou pelo sofrimento e sacrifícios voluntários com o propósito de amortecer a sua conta para com Deus.
As passagens bíblicas agendadas para hoje afirmam que a nossa salvação acontece, não pelos nossos méritos, mas pelo sacrifício de Cristo na Cruz. Essa é uma verdade que todo o ser humano deve conhecer. Quantos corações turbados por aí, vagando sem Deus e sem esperança. Falando de nossa salvação e da ressurreição dos justos Paulo nos adverte: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (1 Tessalonicenses 4:18).
Há poucos dias ouvi de um famoso palestrante católico de que todo o ser humano passa pelo purgatório e, só depois de purgar ali os seus pecados é que irão para o Céu. As pessoas que estão lá tem s seus pecados pelo sofrimento próprio ou pela intercessão dos vivos aqui na Terra. A Bíblia firma que com a morte encerra todo o processo salvífico do ser humano. Diz Paulo que, enquanto estivermos vivos, temos que “desenvolver a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2:12 e 13).
Aqueles que confiam nas promessas bíblicas do perdão descansam na paz que apenas Jesus pode proporcionar.
a sua pátria. Nós vamos retornar à nossa pátria pelos méritos do sangue de Cristo.Sexta-feira: Estudo adicional
Em todos os momentos em que Deus procurou renovar a Sua aliança com o ser humano Ele deixou claro que cabe a nós desenvolvermos fé em Suas promessas. Desde Adão até os nossos dias a salvação é oferecida, única e exclusivamente, pelo sacrifício de Cristo na cruz. Tem pessoas que acreditam que antes de Cristo a salvação era outorgada pela obediência a Lei de Deus e que, agora é oferecida por Cristo. Creiamos, a salvação desde que surgiu o pecado é oferecida unicamente por Cristo.
No verso principal da lição Paulo nos adverte: “E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé” (Gálatas 3:11). Na aliança está explícita a promessa de Deus de salvação para toda a humanidade que aceitar o sacrifício de Cristo, o “Cordeiro de Deus morto desde a fundação do mundo”.
A nossa salvação não depende de sofrimentos e provações que tenhamos experimentado como aconteceu com o guerreiro de Tróia que, depois de muito sofrimento os deuses lhe permitiram retornar a sua pátria. Nós vamos retornar à nossa pátria pelos méritos do sangue de Cristo.
Lição 11: O santuário da nova aliança
Sábado: O santuário da nova aliança
O santuário da nova aliança está no Céu. Ele foi mostrado a Moisés como modelo do santuário terrestre. Na morte de Cristo véu do templo rasgou em dois de cima para baixo, tornando impossível a atuação dos sacerdotes e a sua intercessão em favor do pecador.
Depois da ressurreição, Jesus subiu ao Céu e ocupou o Seu lugar no santuário celestial. Agora o pecador que almeja o perdão não vai mais oferecer um cordeiro. Jesus é o Cordeiro que foi morto, ressuscitou e no Céu está à disposição do pecador arrependido. O escritor de Hebreus encoraja os pecadores a se dirigirem a Ele: “Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno” (Hebreus 4:16).
Jesus teve que Se submeter à morte de cruz para ser o nosso mediador a atuar no santuário celestial da nova aliança. Foi a sua morte na cruz e Sua ressurreição que lhe garantiu este status. Da morte de Cristo dependia a salvação de toda a humanidade desde Adão até os nossos dias. Caso Cristo não morresse estava falido o plano da salvação e não faltou empenho de Satanás para que isso acontecesse. A todos que aceitarem o Seu convite está assegurado a promessa de vida eterna.
Domingo: Relacionamentos
Deus ordenou a Moisés que construísse um santuário e o instalasse no meio do arraial. Além da parte litúrgica que envolveria as atividades no santuário, era objetivo do Criador fazer deste santuário para que Eu “possa andar no meio deles”. E o texto bíblico afirma: “E porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma de vós não se enfadará. E andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo” (Levítico 26:11 e 12). Como pode um Deus santo habitar no meio de pecadores? E ainda promete: “Não Me aborrecerei de vocês”.
Era propósito de Deus manter com o Seu povo um relacionamento parecido como que Ele tinha com Adão e Eva no jardim do Éden, onde todas as tardes Ele passeava com o casal. Como aconteceu no Jardim do Éden onde um cordeiro morto restituiu o relacionamento entre Criador e criatura, no santuário terrestre ocorreria o mesmo.
Ao afirmar que “não mais Me aborrecerei de vocês” Deus estava dizendo que quando o pecador recorresse ao santuário e arrependido oferecesse um cordeiro, o seu pecado seria perdoado e, ele não era mais um pecador, e Deus Se sentiria à vontade em estar com essa pessoa, pois o relacionamento foi restaurado.
Quando conhecemos a Cristo passamos a andar, como disse Paulo, “assim andemos nós também em novidade de vida” (Romanos 6:4). Perseguindo esse ideal vamos aprimorando o nosso relacionamento com Cristo e, assim, nos manteremos próximo do que será na eternidade.
Segunda-feira: Pecado, sacrifícios e aceitação (Hebreus 9:22)
Dentro da arca no santíssimo estava as tabuas da lei de Deus. E a tampa da arca era o propiciatório onde uma vez no ano o Sumo sacerdote oferecia o sacrifício de um bode pelos seus pecados e pelos pecados que os israelitas cometeram durante o ano. Dentro da arca estava a Lei de Deus exigindo a morte do pecador. Os sacrifícios substituíam a morte deste pecador.
João afirma que pecado é a transgressão da lei: “Todo aquele que pratica o pecado transgrede a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei” (1 João 3:4). E Paulo afirma que o pecado acarreta a morte do pecador: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23). Estes servos de Deus apenas repetiram as palavras de Deus a Adão e Eva no jardim do Éden: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:16 e 17).
O pecador arrependido confessava o seu pecado e para obter o perdão oferecia um sacrifício. Era uma cerimônia solene e Deus aceitava a sua confissão. A Bíblia afirma: “e o sacerdote tudo isto queimará sobre o altar; holocausto é, oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor” (Levítico 1:13). A Bíblia ao dizer que o sacrifício era “cheiro suave ao Senhor” (Levítico 1:9) não quer dizer que Deus se comprazia na morte do animal, mas que o sacrifício representava mais um pecador arrependido que voltava para os braços do Pai. É a Bíblia que afirma: “Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se” (Lucas 5:7).
Terça-feira: A substituição
Certa vez encontrei com um senhor que, com um cigarro aceso na mão dizia: “Eu fumo, bebo, participo de noitadas e estou salvo porque Jesus morreu em meu lugar para perdão de todos os meus pecados. Essa é uma compreensão muito limitada da substituição Cristo ao morrer pelo pecador. Ele se esqueceu de que a pessoa que aceita o sacrifício de Cristo passa a “viver em novidade de vida” (Romanos 6:4).
Antes da criação do homem dotado de livre arbítrio Deus tinha um plano B caso o homem pecasse. “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pedro 1:19 e 20).
A Bíblia afirma que Jesus Se ofereceu para substituir eu e você das consequências do pecado que é a morte. Por coincidência estou escrevendo este comentário durante a Páscoa, dias em que os cristãos comemoram a morte de Cristo. Não sei se todos compreendem que o real motivo de Jesus ter morrido foi para que todos os que aceitarem o Seu sacrifício sejam poupados da morte eterna.
Apenas o sangue vertido de um ser justo poderia substituir o sangue de um pecador. A bíblia afirma: “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22).
Quarta-feira: O Sumo Sacerdote da nova aliança
Desde o Éden os pecadores arrependidos ofereceram sacrifícios de animais que, segundo a Bíblia, substituíam a morte destinada aos pecadores. O serviço sacerdotal foi instituído logo que a lei foi entregue no Sinai. Quando dentro da arca no lugar santíssimo ela exigia a morte do transgressor, a morte de um cordeiro satisfaria essa exigência. Existia algumas exigências para alguém ser ungido a sacerdote. O homem não poderia ter defeito físico, como os animais oferecidos também. O sacerdote tinha que ser da tribo de Levi.
Os sacerdotes atuavam no santuário com sangue de animais, o que não acontece com Cristo que entrou no santuário celestial usando o Seu próprio sangue vertido no Calvário. O santuário onde Jesus assumiu o Seu sacerdócio, diz a Bíblia, “não foi feito por mãos de homens” (Atos 17:24).
Jesus fez o sacrifício máximo em favor do pecador e foi esse sacrifício que O credenciou a assumir as Sua função intercessora no santuário celestial. O sacerdócio exercido no santuário terrestre era apenas sombra do verdadeiro e original. É nesse aspecto que a Bíblia fala: “Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo” (Hebreus 10:9).
Alguns aplicam esse texto para pregar a nulidade do Velho Testamento, e que a salvação antes baseada na lei agora é apenas pela graça, pois a lei foi abolida. Sabemos que não tem nada a ver uma coisa com a outra. Se existe a intercessão de Jesus no santuário celestial, Ele só pode estar intercedendo em favor de alguém que transgrediu a lei. E se não houvesse lei não seria necessário a salvação e muito menos pela graça. Jesus é o Sumo Sacerdote da nova aliança. Lembrando que em todos os momentos que Deus renovou a Sua aliança com o Seu povo, era lembrado que um dia Jesus viria como o Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo.
Quinta-feira: Ministério celestial (Hebreus 9:24)
Com a morte de Jesus, o pecador não fica mais à mercê do inimigo. Ele tem a quem recorrer em caso de cometer pecado. E o escritor de Hebreus é enfático ao afirmar: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus 4:16).
É superinteressante o que Paulo escreveu a Timóteo: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” (1 Timóteo 2:5 e 6). Desde o Éden até os nossos dias o único meio de salvação é Cristo Jesus. Deus não teve um método de salvação diferente antes de Cristo. Todos os sacrifícios feitos desde o Éden até a cruz, eram sombras do que Jesus faria no Calvário.
Quem está diante de Deus intercedendo por nós é alguém que passou por este mundo e aprendeu o que é padecer em favor do pecador. Ele comparece diante do Pai apresentando o Seu sangue vertido na cruz e não como diz: “porque é impossível que o sangue de touros e bodes remova pecados” (Hebreus 10:4).
A nota da lição esclarece: “Jesus não apenas pagou a penalidade pelos nossos pecados, tendo-os levado sobre Si na cruz (ver 1 Pedro 2:24), mas agora Ele está na presença de Deus, como Mediador entre o Céu e a Terra, entre a humanidade e a Divindade.” (Lição do Professor, p. 141).
Sexta-feira: Estudo adicional
Nenhum ser criado poderia salvar o homem e, sendo Deus eterno, Ele deveria assumir a forma humana e viver entre nós, e foi isso que Jesus fez. Ele reuniu as credenciais para nos representar diante de Deus no santuário celestial. E Lucas afirma: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).
Hoje muito se fala da salvação pela graça e pouco se fala do santuário celestial, onde Jesus está exercendo o Seu ministério em nosso favor. Ninguém terá o perdão de Seus pecados sem adentrar o santuário celestial. E Paulo nos exorta: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus 4:16).
A Bíblia afirma que Jesus não permanecerá para sempre intercedendo pelo pecador no santuário celestial. Pouco antes de Sua volta a este mundo Ele vai depor as Suas vestes sacerdotais e envergar as Suas vestes de Rei dos reis e juiz. Ele então apresentará para o Universo todos os que recorreram ao Seu sacrifício para se salvarem.
Nos dias do santuário terrestre o pecador arrependido, depois de ofertar o seu sacrifício e confessar o seu pecado, ele era visto por Deus como se nunca tivesse pecado. É isso que Ele nos oferece hoje. Quando recorremos a Ele no Santuário celestial Ele nos acolhe e lança os nossos pecados nas profundezas do mar (Miquéias 7:19).
Lição 10: A nova aliança
Sábado: A nova aliança
A nova aliança é interpretada por muitos como a anulação da velha da aliança. Esse é um ponto delicado e que merece toda a nossa atenção. Abordei na introdução geral da lição deste trimestre de que a aliança de Deus feita com o homem no Jardim do Éden é a mesma até a morte sacrifical de Cristo. A aliança foi apresentada em momentos diferentes para pessoas diferentes considerando a época e as pessoas envolvidas. Mas a mensagem é uma só, porque em todos os momentos Deus enfatizou a salvação do homem e o Seu plano de salvação é o mesmo para Adão, Abraão, Davi e para nós nos dias de hoje.
A aliança proposta por Deus no Jardim do Éden envolveu a morte de um cordeiro que apontava para Jesus que um dia viria a este mundo e morreria em lugar do pecador. Ao Jesus morrer concretizou-se a maior participação de Deus na aliança. Em todos os momentos em que Deus renovou a Sua aliança com os seres humanos, o ponto focal foi a promessa da vinda do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
A promessa de Deus relatada por Jeremias é de que com a morte de Cristo foi confirmada a promessa de Deus feita no Jardim do Éden e repetida ao longo dos séculos. O sacrifício de Cristo substituiu a rotina do santuário terrestre construído nos dias em que a Lei foi repetida no Sinai. Hebreus define como “superior aliança”, não porque Deus tenha alterado o método de salvação. Com a morte de Cristo sessou a lei cerimonial que consistia no sacrifício de animais. Eles apontavam para Cristo é o Cordeiro e ele mesmo é o sacerdote que intercede por nós no santuário celestial. Lógico que Cristo confirmou uma superior aliança.
Domingo: Eis aí vêm dias
Quando Deus fala por intermédio de Jeremias de Ele escreveria a lei no coração é bom lermos Ezequiel 36:26, diz o texto: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e, em troca, darei um coração de carne.” Alei será escrita no coração transformado pela graça de Cristo. Jeremias quer dizer que depois da conversão o crente tem a lei em seu coração, ou seja, o seu desejo agora é fazer a vontade de Deus expressa na lei.
A nova aliança será firmada mediante a conversão do pecador. Essa nova aliança tem como fundamento o sacrifício de Cristo na cruz. O crente contempla o que o Céu foi capaz de fazer para salvá-lo e se propõe amar a Cristo de todo o seu coração. Essa decisão provoca a alteração de seu coração de pedra em um coração de carne. Feito isso ele está disposto a seguir o Cordeiro por onde quer que Ele vá. Não tem como essa transformação acontecer sem que o pecador aceite a operação do Espírito Santo em sua vida.
Essa transformação de um coração de pedra em um coração de carne deve transformar a religião de boca em religião prática vinda do coração. As pessoas não seriam sepulcros caiados por fora, mas no íntimo emana o desejo de viver “em novidade de vida.”
No desejo de fazer a vontade de Deus, cumpre as palavras de Davi: “A Lei de Deus está no seu coração, e seus passos não vacilam” (Salmos 7:31).
Segunda-feira: Obra no coração
Parece que Deus já estava cansado de propor aliança com o Seu povo e vê-lo afastar-se dos princípios propostos ao homem. Vez após vez o povo fracassou em manter vivo o seu compromisso da aliança. O Senhor esperava que com o sacrifício de Cristo essa postura mudasse. O Seu plano era que ao contemplar o Calvário o pecador teria o seu coração de pedra despedaçado. Isso aconteceu na vida de muitos, mas a liderança judaica não aceitava Jesus como o Messias Salvador.
A troca do coração de Pedra por um coração de carne nem sempre é uma coisa fácil. Podemos ver o que ela custou para Pedro, que só depois daquele olhar fulminante de Jesus por ocasião do julgamento foi capaz de derreter o coração de pedra de Pedro e transformá-lo em um coração de carne. Vemos também o que essa troca causou na vida de Paulo. Cego, humilhado o antigo perseguidor é conduzido a Ananias o seu coração que antes apenas respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor (ver Atos 9:1) teve o seu coração de pedra transformado. E com a lei de Deus no coração Paulo tem uma ideia de quão longe estava a sua vida da lei que agora ele abraçou.
A promessa de Deus em oferecer um poder capaz de transformar um coração perverso em um guardião da Lei de Deus foi apresentada por Oséias, Ezequiel e Jeremias como algo de especial que aconteceria no futuro. Com a morte de Cristo tornou-se possível o pecador, por amor a Ele, amar e fazer a Sua vontade.
Terça-feira: A antiga e a nova aliança
É importante a segunda nota da lição de hoje onde lemos: “Embora a nova aliança seja chamada de ‘superior’, não há diferença nos fundamentos da antiga e da nova aliança” (Lição Professor, p. 126). A nova aliança, como as demais, foi estabelecida com a casa de Israel e sempre foi responsabilidade do Israel de Deus, compartilhar as maravilhas da aliança com o mudo. Lá no início Deus disse a Noé que convidasse todo o povo para participar entrando na arca. Com Abraão Deus disse que ele deveria ser uma bênção para a humanidade. E no Sinai era propósito de Deus que os termos da Aliança fossem conhecidos e praticados em todo o mundo.
A nova aliança é denominada de superior porque ela é o âmago para onde apontavam as demais confirmações firmadas entre Deus e a humanidade ao longo dos milênios. Ou seja, desde o Éden, todas indicavam para Cristo, o Cordeiro de Deus que veio para tirar o pecado do mundo. Ele é superior porque não foi confirmada com sangue de ovelhas, mas com o sangue de Cristo.
Desde o Éden a salvação sempre foi oferecida a todos os homens e na rotina de oferecer um cordeiro o pecador confirmava a aceitação do futuro sacrifício de Cristo. Mas Israel não entendeu assim. Para os judeus os gentios estavam excluídos do plano da salvação e muito menos eles reconheceram Cristo como o Salvador do mundo. Esse procedimento lhes tirou o título de povo especial.
Na nova aliança proposta por Cristo, mais uma vez, Deus convida toda a humanidade a participar. O plano da salvação sempre foi estendido a judeus e gentios. Mais do que nunca a promessa de Deus a Abraão continua sendo real: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3).
Quarta-feira: Aliança superior (Hebreus 8:6)
É difícil ter uma nota da lição que esclareça tanto o assunto do dia como as duas notas que fazem parte do estudo de hoje. Em todas as renovações da aliança apresentadas no Velho Testamento o foco é a fé em um Deus que perdoa nossos pecados, somente por Sua graça.
Desde Adão até a morte de Cristo a aliança foi confirmada com sacrifício de cordeiros que apontavam para Cristo, o Cordeiro de Deus, que um dia viria ao mundo morrer pelo pecador. No Velho testamento o ritual de sacrificar um cordeiro no lugar do pecador, era uma sombra do sacrifício de Cristo, que morreu sem pecado, em favor de todos os homens. Lógico que a renovação da aliança proposta por Cristo é superior porque Ele é cumprimento de todos os momentos em que a aliança foi confirmada.
Hebreus afirma que esta aliança não foi confirmada com sangue de bodes e novilhos, mas por Cristo (ver Hebreus 9:12). Assim ela é superior porque concretiza todas as confirmações anteriores oficializadas com o sangue de animais.
A segunda nota da lição enfatiza: “O problema da antiga aliança não era a aliança em si, mas o fracasso do povo em aceitá-la pela fé” e afirma: “A salvação oferecida na antiga aliança é a mesma oferecida na nova”; completando: “É superior no sentido de que tudo o que havia sido ensinado por meios de símbolos e tipos no Antigo testamento teve o seu cumprimento em Jesus.” (Lição do professor, p. 127).
Quinta-feira: O Sacerdote da nova aliança
No santuário construído por Moisés os sacerdotes oficiavam as cerimônias de sacrifícios e intercediam ao mesmo tempo pelo povo. Nesta cerimônia três coisas estavam em evidência: O sacerdote oficiante, o cordeiro ofertado e o pecador arrependido.
Não sei se você prestou atenção que a palavra Sacerdote no título do tema de hoje inicia com letra maiúscula. O texto fala de um Sacerdote especial e o escritor de Hebreus o qualifica com “Grande Sacerdote”: “Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos” (Hebreus 4:14). Fazem algumas dezenas de anos preparei um sermão, que deve estar perdido por aí na poeira do tempo, no qual tentei mostrar porque Jesus é o Grande Sumo sacerdote.
O Sacerdote da nova aliança difere em vários aspectos dos sacerdotes levíticos que atuavam no santuário terrestre usando sangue de animais. Jesus entrou no santuário celestial com o Seu próprio sangue. Ao mesmo tempo em que Ele intercede por nós Ele é o Cordeiro que morreu para salvar o pecador arrependido.
A nova aliança é superior porque a confirmações da aliança desde Adão Até Cristo apontavam para Ele, o Cordeiro de Deus. A antiga aliança era sombra da realidade instalada com a morte de Cristo. Os termos da aliança continuam os mesmos. Cristo exercendo a Sua parte intercedendo pelo pecador e oferecendo o perdão e o pecador tem a sua parte a desempenhar. Aceitar o sacrifício de Cristo e se tornar uma nova criatura e andar em novidade de vida.
Sexta-feira: Estudo adicional
O resumo da lição nos lembra de que a nova aliança é uma revelação maior, mais completa e superior do plano da redenção. Participamos dela pela fé que se expressa em obediência à lei escrita no coração. Com Cristo morto na cruz o pecador tem uma ideia mais clara do amor de Deus e tenta corresponder esse amor fazendo a vontade de Deus. A lei é gravada em seu coração porque o seu desejo máximo e fazer a vontade de Deus nela expressa.
Ter a lei escrita no coração não quer dizer que o ser humano jamais a vai transgredir. Mesmo com os olhos fitos no sacrifício de Jesus é possível que em algum momento nos desviemos da lei que guardamos no coração. Quando isso acontece temos o conselho de João: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1).
O mesmo Jesus que escreveu a lei em nosso coração e que continua no santuário celestial é o nosso advogado para nos defender junto ao Pai e nos oferecer perdão. Assim com os israelitas tinham o santuário terrestre no meio do acampamento e era para onde se dirigia o pecador arrependido. O pecador de hoje pode e deve se dirigir ao santuário celestial onde o nosso Grande Sumo Sacerdote está como nosso advogado está pronto para interceder por cada pecador arrependido.
Lição 9: O sinal da aliança
Sábado: O sinal da aliança
Alguém que não seja adventista ao ver o tema desta semana poderá estar pensando: “Já vem os adventistas com essa história de sábado logo no estudo da aliança. Não foi o objetivo de Deus tirar de nossos ombros o peso da lei que Ele nos proporcionou a “nova aliança”? Ele pregou a lei na cruz e vem vocês com história de sábado, uma tradição do Velho Testamento.”
Na aliança com Noé Deus colocou o arco Íris nas nuvens como o sinal de Sua aliança com as gerações pós dilúvio. E na sua aliança no Sinai Ele enfatizou a observância do sábado, não porque o sábado não existisse antes do Sinai, lembramos que no término da criação, Deus o instituiu. Ele sempre foi um sinal e sempre será o sinal que identifica os filhos de Deus. Diz o texto bíblico: “E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica” (Ezequiel 20:12).
Esse sábado esquecido, as vezes até debochado por parte de alguns, é o sábado que Deus instituiu lá no Éden e, na Sua lei inicia com uma advertência: “Lembra-te”. Deus sabia que, com o decorrer de milênios a humanidade iria se esquecer do sábado e substituí-lo por preceitos de homens. Quem lembra do sábado está lembrando do Deus criador. Teria melhor sinal do que esse para identificar aqueles que aceitam entrar em aliança com Deus?
Domingo: Origens
Deus termina a criação no sexto dia. Poderia ter ficado tudo por aí, mas Ele dá um passo além e cria mais um dia destinado ao descanso do homem criado. E para enfatizar a importância deste dia Ele descansou, não porque estivesse cansado. Diz a Bíblia: “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento” Isaías 40:28. Ele descansou para nos dar o exemplo e estar vinte e quatro horas com os Seus filhos em seu primeiro dia de vida. E o Criador do sábado quando esteve entre nós foi claro: “Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15).
Há poucos dias eu vi uma reportagem na qual um pastor de uma das igrejas da prosperidade fazia deboches de cristãos que veneram Nossa Senhora. Imaginei comigo, como debochar de alguém que me cedeu um lugar em seu barco? Todo o evangélico que aceita o domingo como dia de guarda, aceitam uma criação Católica e não bíblica. O professor Aquino, grande escritor e palestrante da Igreja Católica, fala da inspiração de santo Agostinho de Hipona que viveu de 354-430 dC ao redigir os mandamentos como se vê no Catecismo Católico. Ele fez a redação dos dez mandamentos segundo a igreja Católica e atendendo também o pensamento do imperador Constantino que em sete de março de 321 proclamou o domingo como dia de descanso, cumprindo a profecia bíblica de Daniel que diz: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo” (Daniel 7:25).
Observar o dia que Deus escolheu para ser o sinal da aliança nos proporciona uma tranquilidade em limites. Estamos em conformidade com o livro sagrado. Assim como a aliança é eterna, o sinal que a identifica também é eterno.
Segunda-feira: O sábado antes do Sinai
Quem já leu meus comentários anteriores deve ter a ideia de que, partindo de mim, o título do estudo de hoje seria: O sábado antes da criação. Toda a criação e, também a semana com o sábado foram criados em função do homem. Primeiro, Deus planejou a semana pensando na criação de homem. Ele poderia ter criado o mundo em um estalar de dedos, mas preferiu fazer de uma forma didática usando períodos de vinte e quatro horas para cada fase da criação. No sétimo e último dia não tinha mais nada para criar e Ele estabeleceu esse dia para interagir com o homem, sua coroa da criação.
A semana da criação foi criada com períodos compostos de dia e noites que se adequariam perfeitamente às atividades do homem. Essas atividades sessariam no sábado. A ciência provou que o homem necessita de um dia semanal para descansar. Em 1792 a França criou a semana de dez dias, mas durou pouco mais de treze anos. A semana de sete dias se adequa ao ser humano “como uma luva.” Apenas um detalhe: o dia de repouso para que ele seja realmente um repouso completo, deve prover descanso físico, intelectual e espiritual. No descanso dominical o indivíduo sai da igreja e passa no supermercado ou na feira envolvendo os seus pensamentos com as coisas desta vida.
Ao instituir o sábado Deus planejou cada detalhe para que ele fosse uma bênção completa para os adoradores. Apenas o descanso sabático conforme orienta a Bíblia proporciona ao homem um verdadeiro refrigério. Diz Isaías: “Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras” (Isaías 58:13).
Terça-feira: Sinal da aliança
Deus estabeleceu um sinal que deve caracterizar os Seus filhos no mundo. E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus” Ezequiel 20:20. E mais: “Entre mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério” (Êxodo 31:17).
E para o tempo do fim fala Apocalipse que todos serão assinalados. Os ímpios terão o seu sinal criado pelo homem e os filhos de Deus terão o sinal criado por Deus antes da criação do mundo. Vejamos: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (Apocalipse 13:16 e 17). Paralelo ao sinal dos ímpios, Deus está selando os Seus filhos: “E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel” (Apocalipse 6:3 e 4).
Estudei por alguns anos em escola pública e, com frequência tinha aulas na sexta-feira à noite. Para completar a minha formatura do ensino médio foi marcada para uma sexta feira. No domingo seguinte pedi permissão para visitar o local onde a cerimônia foi realizada. O ambiente estava mesmo para final de festa com muitos papeis esparramados pelo chão. Em meio ao lixo me chamou a atenção um papel enrolado. Eu o apanhei e me emocionei ao ver ali, em meio ao lixo, o meu diploma do curso médio.
O sábado é um sinal de que aceitamos a salvação pela fé. Observamos o sábado não para sermos salvos, mas porque fomos salvos. Além de um sinal ele é uma bênção para os adoradores do Criador do Céu e da Terra.
Quarta-feira: Sinal de santificação
Quando Deus instituiu o sábado a Bíblia afirma que Ele descansou, abençoou e o santificou. Será que se Ele descansou, abençoou e o santificou sendo um simples dia da semana, Ele não vai abençoar e santificar aqueles que observam o Seu santo dia? Claro que sim. Isso não é salvação pelas obras e sim, descansar nas promessas de Deus de que Ele suprirá as nossas necessidades.
O sábado é um sinal externo. Mas ele demonstra aquilo que já aconteceu em nosso coração. Mas as a Sua obra santificadora é uma realidade porque é Ele o Deus criador que promete: “E guardai os meus estatutos, e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos santifica” (Levítico 20:8).
Quando propomos observar o dia do Senhor sinalizamos que estamos dispostos a caminhar nos caminhos do Senhor. Mostramos para Deus e para o mundo que houve uma profunda transformação interna. É uma demonstração de que nos propomos a adorar o Senhor em Espírito e em verdade.
A nota da lição ao falar do fato de uma pessoa conhecer sobre o sábado e decidir observá-lo é uma demonstração clara de que essa pessoa conhece o Senhor do sábado e o que esse Senhor já fez pela nossa salvação. Observar o sábado mais do que obediência é o reconhecimento do que o Deus de amor fez por nós.
Sabemos que se aproxima o dia em que o sábado será o grande divisor de águas entre os que servem a Deus e os que aceitam tradições dos homens. Que o Senhor nos fortaleça para que neste tempo de prova permaneçamos firmes.
Quinta-feira: Lembrando do sábado
Deus conhece o presente e o futuro e Ele sabia que os homens iriam esquecer do Seu santo Dia. Então Em Sua sabedoria Ele iniciou o mandamento com a palavra: “Lembra-te”. E foi realmente esse o mandamento esquecido. Lembrar do sábado, implica em ter ele presente em nossa vida em todos os dias da semana. Desde domingo devemos ter em mente: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra” (Êxodo 20:8 e 9).
Sabemos que existe um movimento mundial e que já está bem adiantado, para estabelecer o domingo como dia mundial de guarda. Governos, sindicatos, entidades sociais e o papado estão caminhando a passos largos nesta direção. Diz Ellen G. White: “A igreja remanescente terá de passar por grande prova e aflição. Aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e de suas hostes. Satanás reputa por súditos seus os habitantes do mundo; adquiriu domínio sobre as igrejas apóstatas; mas eis um pequeno grupo que resiste à sua supremacia” (Eventos finais, p.256).
Que o Senhor nos dê a compreensão necessária para defendermos esse dia santo, se algum dia formos convocados a fazê-lo, e que o Senhor nos conceda a força necessária para mantermos fiéis.
Sexta-feira: Estudo adicional
Sempre que escrevo sobre Isaías 58:13 e 14, afirmo que estes dois versículos seriam suficientes para observarmos o sábado com alegria independente que qualquer mandamento que ordene a sua observância. No verso 13 Deus identifica o sábado como “meu santo dia.” Assim como o dízimo o sábado não é nosso. Ele pertence a Deus e o Senhor o identifica como “santo.”
Antes de Se apresentar como o Senhor do sábado e de afirmar que esse dia é santo ele nos adverte para desviarmos o pé de pisotear o Seu santo dia. E Deus vai mais longe ao nos advertir: “e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia”. Lógico que aqui o profeta está enfatizando dar asas aos interesses materiais.
O Senhor afirma que o sábado é “digno de honra” e você honra este dia “não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras” (Isaías 58:13). Veja as nossas ações neste dia devem estar voltadas exclusivamente para Deus incluindo ações, pensamentos e palavras.
No verso 14 temos a sobremesa: “Então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu Pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse” (Isaías 58:14). Que bênção é reservada para os observadores do sábado! Não é por acaso que a observância do santo sábado faça parte de nosso compromisso na aliança proposta por Deus.
Lição 8: A lei da aliança
Sábado: A lei da aliança
Falamos ontem que a lei entregue a Moisés no Sinai será a norma a ser seguida no juízo final. Deus não deu a Moisés uma lei nova ou temporal com prazo de validade agendado que, ao cabo de anos seria anulada. A lei de Deus é eterna como eterno é o Seu Autor. A aliança do Sinai é a parte que nos toca na renovação da aliança. Aliás, essa lei contestada por milhões é a mesma que fundamenta as constituições de todos os países do mundo.
Imaginemos se não tivéssemos nenhuma norma ou princípio que nos norteasse em nossos relacionamentos com as pessoas e com Deus. O mundo seria uma balburdia. Apenas confusão. Imagina o que é meu sendo dos outros e o que é dos outros sendo meu. Um mundo sem regras no qual a força arbitrasse as decisões.
Já escrevi que temos um Deus ciumento e que já pagou caro para nos mostrar o Seu ciúme. Ele não aceita amor dividido Ele espera que o amemos de maneira incondicional, e para que isso aconteça Ele nos deu a Sua lei, um código de conduta irretocável. Davi exclamou: “A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma” (Salmo 19:7).
Para quem advoga que a lei foi anulada na cruz ficam alguns questionamentos: Não havendo lei não existe pecado e se não existe pecado perde o sentido da religião que prega a salvação. Não havendo lei não haverá transgressores e todos estão salvos independentes de suas contas e posturas.
Domingo: A eleição de Isarael (Deuteronômio 7:7)
O Senhor tinha dois objetivos principais ao escolher Israel para ser seu povo. Primeiro Ele precisava preparar o caminho para o nascimento de Jesus, o Salvador do mundo e, em segundo lugar, Ele precisava de um povo que O representasse nesse mundo, mostrando o Seu amor e empenho para que ninguém se perca. O objetivo de Deus é salvar toda a humanidade e deveria existir alguém para desempenhar essa missão especial.
Deus poderia ter escolhido outro povo? Claro que sim! Deus escolheu Israel porque desde o princípio ele se apresentou afinado com os Seus ensinamentos. Desde os descendentes de Abel, passando por Noé, Abraão, Jose e os demais patriarcas demonstraram empenho em cumprir os estatutos da aliança apresentada por Deus no Éden. Foram perfeitos em assumir o papel delegado pelo Céu? Não! Mas era o povo da Terra que mais se aproximava do ideal de Deus.
Parece que antes de Deus escolher Israel, Israel com todas as suas imperfeições escolheu servir ao Criador. Deus não poderia contar com nações idólatras para exercer essa nobre missão. Deus escolheu alguém não pelo seu tamanho e influência no mundo de então, mas escolheu alguém que procurava representá-Lo no mundo. Diz a Bíblia: “O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos” (Deuteronômio 7:7).
Segunda-feira: Laços que unem
Ao Deus propor uma aliança com o homem após o pecado, Ele demonstrou o Seu desejo de restaurar aquele convívio experimentado com o ser humano no Jardim do Éden antes do pecado. Essa aliança firmada diante de um cordeiro morto deveria perdurar por gerações seguidas até a volta de Jesus. Em vários momentos ela foi confirmada obedecendo a situações do momento, mas visando o Seu relacionamento com o homem.
No Éden Deus demostrou mais amor que exigências apresentando o futuro sacrifício de Cristo como o ponto alto da promessa. No caso de Noé Ele exigiu fé na sua promessa de salvação oferecida a toda a humanidade, proporcionando a vida a todos os que aceitassem a salvação oferecida.
Na renovação da aliança com Abraão Deus exigiu uma fé traduzida em obras ao Abraão ser exigido sair de Sua terra para lugar que ele não conhecia.
Já na renovação proposta a Moisés, lembrando que os israelitas saíram de uma terra pagã onde foram escravos por quatrocentos anos. Agora era necessário que Israel tivesse uma noção de quem estava propondo a aliança e Deus inicia o Seu pacto relembrando o povo de todas as maravilhas que Ele operou desde o Egito até aquele momento. Como o povo não estava acostumado a exercer fé e nem normas que pautassem esse relacionamento Ele apresentou as normas escritas nos Dez Mandamento para que o povo mantivesse sempre ligado a Ele
Para que Israel entender o sentido da Lei Ele ordenou a construção do Santuário. O lugar onde o pecador recorria e, com o sacrifício do cordeiro, a aliança era restabelecida. A Lei e o Santuário formavam os elos dessa aliança eterna que perduraria até o Calvário quando, este Laços terão o seu desfecho final. “Ele lhes anunciou a sua aliança, os Dez Mandamentos. Escreveu-os sobre duas tábuas de pedra e ordenou que os cumprissem” (Deuteronômio 4:13).
Terça-feira: A lei dentro da aliança (Deuteronômio 10:12 e 13)
Algumas pessoas interpretam a aliança como uma isenção de responsabilidades. Dizem que na nova aliança Jesus pregou a lei na cruz e extinguiu a sua validade. Para essas pessoas a lei é algo temporal que nasceu com prazo de validade até a morte de Cristo. Não é assim que a Bíblia nos ensina. A lei determina a nossa responsabilidade para com Deus e o próximo.
Em todos os momentos que Deus se propôs a renovar a Sua aliança com a raça humana é porque ou as pessoas haviam se distanciado de Seus princípios ou em face de que isso pudesse acontecer Deus trabalhou de maneira preventiva como no caso de Abraão. Deus o retirou de Ur dos caldeus para preservá-lo integro e fiel aos Seus princípios.
O nome aliança já envolve algum dever ou responsabilidade das duas partes envolvidas. Caso os deveres sejam unilaterais não caracteriza uma aliança. Em um casamento marido e mulher assumem responsabilidades e deveres um para com o outro e, quando essa reciprocidade falta no relacionamento o casamento entra em crise.
O objetivo de Deus manter a lei ou princípios em nossa aliança com Ele ´motivado simplesmente pelo Seu amor para conosco. Os princípios da lei nos mantêm permanentemente unidos a Ele. Caso não existisse a lei na aliança essa aliança deixaria de ser aliança. Que bom temos um Deus que nos ama e o Seu desejo é que sejamos somente Dele por toda a nossa vida. A nossa obediência a lei mensura o quanto O amamos.
Quarta-feira: A estabilidade da lei de Deus
Esse é um assunto polêmico. Como já falamos antes, muitos tem na lei algo com tempo de validade vencido, o que é um triste equívoco. Diz o comentário da lição elaborado pela Casa Publicadora Brasileira: “Antes que a Terra fosse chamada à existência, já existia a lei de Deus. Os anjos são governados pelos princípios divinos, e, para que a Terra esteja em harmonia com o Céu, as pessoas também devem obedecer às leis de Deus. No Éden, Cristo deu a conhecer ao ser humano os preceitos da lei “quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). A missão de Cristo na Terra não era destruir a lei; mas, pela graça de Deus, levar novamente a humanidade à obediência de seus preceitos.”
Se a lei existia antes da criação do mundo e Cristo assegurando que “não veio destruir essa lei, não tem como afirmar que ela foi anulada. Essa é a lei que vai nortear o juízo final. Quando Jesus voltar Ele vai dizer para uma parcela de cristãos: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:22e 23). Caso a lei fosse anulada por Cristo em que base Ele vai condenar os professos cristãos em Sua volta?
O Senhor afirmou: “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois destruídos” (Malaquias 3:6). Deus é imutável e eterno e a Sua lei também é eterna.
Quinta-feira: Se…
Já relatei em outras oportunidades que no início de cada ano o meu pai tinha uma conversa com os seus trabalhadores rurais. Ali era proposta uma aliança. Cada trabalhador que durante todo o ano trabalhasse exclusivamente para o meu pai recebia, recebia, além do salário, seis sacas de arroz que eram entregues na casa de cada um. Esse era um compromisso feito sem nenhuma linha escrita, só de palavra.
O meu pai frisava bem o “se”. “Se vocês trabalharem todo o ano comigo receberão o arroz”, dizia ele. Essa conjunção subordinativa condicional estabelecia os parâmetros para que a promessa da doação do arroz se realizasse. Deus sempre usou esse método em reação ao homem. Em vários momentos em que a aliança com a humanidade foi renovada, essa condicional estava presente.
A conjunção condicional não existia no Egito. Lá eles não tinham escolha. Deus não trabalha assim. Os Seus filhos são dotados do livre arbítrio. Podemos escolher atender as orientações de Deus ou recusá-las. O Senhor nos proporciona liberdade de ação. Posso cumprir ou não os estatutos da aliança.
Quantas vezes Israel se esqueceu das orientações divinas e suas promessas de proteção e amparo foram permutadas por viverem expostos aos caprichos de seus inimigos. Mas com toda a recusa de Israel de fazer a vontade de Deus os atos de Deus em permitir que eles fossem entregues aos seus inimigos, não se tratava de uma ação punitiva e sim educativa. Diz a Bíblia: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Apocalipse 3:19).
A lei da liberdade é eterna e está diante de nós hoje. E a promessa bíblica é: “Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra” (Deuteronômio 18:1).
Sexta-feira: Estudo adicional
O resumo conclusivo de nossa lição esclarece bem esse assunto. Diz o texto: “A lei de Deus era parte integrante da aliança. E assim a aliança era fundamentada na graça. No entanto, isso jamais invalida a necessidade da lei. Ao contrário, a lei é um meio pelo qual a graça é manifestada e expressa na vida dos que recebem a graça” (Lição do Professor, p. 103).
Imaginemos se Deus não agisse conosco por amor. A bíblia diz: “Se o Senhor não estivesse do nosso lado quando os inimigos nos atacaram, eles já nos teriam engolido vivos, quando se enfureceram contra nós” (Salmo 124:1 a 3).
É necessário entendermos que desde a criação Deus sempre procurou manter um relacionamento amável com o homem. Não fomos criados à imagem e semelhança de Deus, para depois vivermos jogados na sarjeta. Deus fez e faz de tudo para interagir conosco, e o Seu propósito em nos dar a Sua lei é fazer com que estejamos sempre unidos a Ele. A lei nos mostra se estamos unidos a Ele ou se estamos distantes de Seu amor. Sem a lei não haveria a aliança.
Graças a Sua misericórdia somos filhos de um Pai que ama a Seus filhos e deseja estar sempre ao nosso lado e é esse desejo incontrolável que levou Deus a estabelecer conosco uma aliança que custou a Sua própria vida.
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