Ministério da Melhor Idade

Dicas +60

Pesquisadores pediam que voluntários fizessem o teste o mais rápido possível

Um teste simples envolvendo desenhos e números pode ajudar a prever o risco de morte depois de um primeiro derrame entre homens mais velhos, de acordo com um estudo desenvolvido pela Universidade de Uppsala, na Suécia.

O teste é feito entre homens saudáveis e pede que os voluntários tracem linhas entre números em ordem ascendente e o mais rápido possível.

Os estudos foram realizados em um grupo de mil homens entre as idades de 67 e 75 anos, ao longo de 14 anos.

Os homens que fizeram uma pontuação mais baixa no teste tinham três vezes mais chances de morrer depois de um derrame, quando comparados aos homens que alcançaram pontuações mais altas.

Dos 155 homens do grupo que tiveram um derrame, 22 morreram dentro de um mês, e mais da metade morreu em uma média de tempo de dois anos e meio.

Os pesquisadores acreditam que esse teste consegue captar os danos em vasos sanguíneos do cérebro antes do aparecimento de outros sinais mais óbvios ou sintomas do problema.

O estudo foi publicado na revista especializada BMJ Open.

‘Simples e Barato’

Para a médica Bernice Wiberg, que liderou a pesquisa na Universidade de Uppsala, o novo teste auxilia o diagnóstico do derrame.

“Como os testes são muito simples, baratos e de fácil acesso para o uso clínico, eles poderão ser uma ferramenta importante, junto com métodos tradicionais como medir a pressão sanguínea (e) perguntar sobre fumo, para identificar o risco de derrame, mas também como um possível indicador importante de mortalidade depois do derrame”, afirmou.

Wiberg também disse que o teste pode melhorar o fornecimento de informações aos pacientes e suas famílias.

Clare Walton, da Associação Britânica de Derrames, alertou que são necessárias mais pesquisas a respeito, mas ressaltou: “O estudo é interessante, pois sugere que podem ocorrer mudanças antecipadas no cérebro, que colocam uma pessoa em um risco maior de ter um derrame fatal”.

“Este é um estudo pequeno, e as causas de pouca habilidade na tarefa de desenho não são conhecidas. Apesar de serem necessárias mais pesquisas, esta tarefa tem o potencial de examinar quem tem um maior risco de um derrame grave ou fatal antes que ele ocorra”, afirmou.

Fonte: BBC

Sabe aquele idoso que, mesmo com alguma dificuldade, consegue circular pela casa? Nem sempre ele adota medidas de segurança para evitar quedas e isso é péssimo. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo revela que, se o indivíduo em questão for homem e tiver mais de 75 anos, seu risco de morte é três vezes maior. “Os que ainda conseguem se locomover tentam realizar as tarefas caseiras mesmo correndo perigo”, diz a enfermeira Flávia de Oliveira Motta Maia. Para afastar acidentes, a especialista faz recomendações valiosas. Veja abaixo:

Segurança Máxima

Dicas para evitar quedas dentro de casa:

    O ideal é que um especialista ou enfermeiro vá à casa do idoso e faça uma análise dos ambientes para sugerir mudanças adequadas.
    Os armários da cozinha devem ter uma altura que permita ao idoso pegar alimentos e utensílios sem a necessidade de subir em escadas ou bancos.
    O piso deve ser antiderrapante. Cera, nem pensar!
    Os sapatos têm de ser baixos, confortáveis e com solado de borracha para evitar escorregões. Fechados na parte de trás, dão mais firmeza.
    Coloque faixas antiderrapantes na beirada dos degraus. Melhor ainda se forem coloridas. Assim tornam-se mais visíveis. Desníveis dentro ou fora de casa são desaconselhados.
    Barras de segurança são bem-vindas em corredores extensos, no boxe do chuveiro e nas escadas.
    O espaço entre os móveis deve permitir livre circulação caso a pessoa utilize bengala ou andador.
    Esqueça mesas de centro ou peças de decoração de baixa altura. Elas aumentam a probabilidade de tropeções.
    Nada de tapetes soltos. Se for usá-los, prefira os auto-adesivos ou compre fitas colantes de dupla face para fixar sob as peças.

    Fonte: Revista Saúde

Velhice está deixando de ser sinônimo de doença…. A melhora na expectativa de vida nos Estados Unidos é um fato. Hoje quem tem 50 anos espera chegar aos 100 anos e com boa saúde. A doença crônica não é uma conseqüência inevitável da idade, mas, o resultado de escolhas de estilos de vida. As maneiras de se alcançar a longevidade estão ao nosso alcance. O segmento de pessoas centenárias cresce muito rapidamente nos Estados Unidos. Hoje há 61.000 pessoas com ou mais de 100 anos, o que representa aumento de 16 vezes em seis décadas. Há um século a probabilidade de sobreviver até os 100 anos era de 1:500 e atualmente é de 1:26. O que surpreende é que os idosos norte-americanos estão vivendo com boa saúde, com importante diminuição de suas incapacidades. Está sendo observada uma diminuição na incidência de hipertensão arterial, aterosclerose e demência entre pessoas com mais de 70 anos, sendo interessante observar uma tendência de melhora da saúde quando comparado com pessoas entre 50-70 anos. Hoje os grandes centros que estudam o envelhecimento estão mais preocupados com a qualidade de vida do idoso do que com aspectos de saúde….

A alimentação correta, as atividades físicas e o bom estado psicológico formam a base destas mudanças. O sal e a gordura animal são os grandes vilões da alimentação e devem ser evitados. A atividade física feita com regularidade produz inúmeros benefícios com destaque para as doenças cardiovasculares. A depressão, o stress, a ansiedade são muito prejudiciais para nossa saúde, repercutindo inclusive em nossa imunidade e devem ser combatidas. A utilização constante de nossa mente é fundamental, tão importante quanto os exercícios físicos.

No Brasil o crescimento da população de idosos está ocorrendo da mesma forma que nos Estados Unidos e Europa, mas de uma maneira mais rápida e, infelizmente, sem recursos. Os números do censo do IBGE (1996) mostram uma queda da taxa de crescimento de nossa população aonde o número de idosos tende a aumentar e o de jovens a diminuir. Hoje em dia a população de pessoas com mais de 65 anos de idade representa 5,4% da população brasileira ( estimada em 157 milhões) e no ano 2020 será em torno de 9%. A aumento da participação de idosos na população sem duvida muda o perfil de nosso país, com a revisão de suas prioridades. E como ficará nossa força produtiva? O número de trabalhadores com relação a aposentados também está diminuindo, sendo atualmente 1,9:1.

O setor de Previdência Social deverá ser violentamente atingido, e o setor de Saúde, por sua vez está totalmente despreparado para esta realidade, pois ainda está voltado para as crianças e os jovens, sem falar na formação profissional do medico que ignora totalmente a terceira idade.

Nossa sociedade também está recebendo as modificações positivas que estão ocorrendo no mundo desenvolvido e por isso nosso idoso deverá também ser mais saudável, como o norte-americano, mas devemos lutar para combater os aspectos negativos do mundo subdesenvolvido, como a miséria, a desnutrição e doenças infecciosas. Medidas realistas devem nortear as mudanças de nossos sistemas de saúde e previdenciário. Este é um desafio que temos para enfrentar nos próximos anos.

Fonte: Dr. João Roberto D. Azevedo (Médico Neurocirurgião)

O exercício de força, com a supervisão de um profissional habilitado de educação física, é um dos melhores remédios para a manutenção da qualidade de vida do idoso.

O envelhecimento é um processo degenerativo que acontece progressivamente. Decorrente de um estilo de vida saudável ou não, a velocidade destas alterações no organismo varia de indivíduo para indivíduo.

A partir dos 35 anos, o organismo do homem começa a ter alguns déficits funcionais alterando a sua qualidade de vida. E, se o indivíduo for sedentário, este quadro tende a ficar pior.

Veja alguns exemplos:

  • Sistema muscular: há reduções na massa e força muscular, podendo causar limitações nas atividades rotineiras do idoso, como andar, segurar objetos e cuidar da própria higiene pessoal.
  • Sistema ósseo: perda de massa óssea, que pode causar osteopenias/osteoporoses, aumentando a possibilidade de fraturas em mínimos choques.
  • Sistema cardiovascular: uma pessoa não ativa tem mais chances de desenvolver doenças crônicas degenerativas, como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, entre outras, se comparada a uma pessoa que foi mais ativa durante sua vida.

O exercício de força, com a supervisão de um profissional habilitado de educação física, é um dos melhores remédios para a manutenção da qualidade de vida do idoso. É aí que a musculação deixa de assumir um papel de estímulo estético e passa a auxiliar, e muito, em nossa saúde funcional, definida como a capacidade de realizar as tarefas do cotidiano.

É muito importante lembrar que o idoso requer uma atenção especial. Por isso, antes de iniciar exercícios com pesos, é recomendável consultar um médico para atestar se você está apto a praticar exercícios físicos, bem como um nutricionista, pois a nutrição é de grande importância para quem vai iniciar esse tipo de atividade.

Já chegou aos 60 anos e nunca fez uma atividade física? Nunca é tarde para começar. Mude seu estilo de vida. Já pratica alguma atividade? Parabéns! E não desanime, o seu corpo agradece.

Fonte: Tiago Andrijauskas Dionysio

“Não me rejeites na minha velhice, quando me faltarem as forças, não me desampares.” Salmos 71:9.

Rejeição e desamparo. Palavras terríveis. Sentimentos que estremecem as entranhas de qualquer mortal. Duras realidades de um mundo de pecado. Tudo que começa, chega ao fim. O tempo é irreversível. Implacável. Os ponteiros do relógio não param. Quando um dia você se olha no espelho, descobre que a beleza da juventude foi embora e a força da mocidade fugiu.

A maioria dos países latinos preocupa-se pouco com as pessoas idosas. Ser velho, em alguns lugares, é sinônimo de agressão. Anciãos acabam rejeitados e desamparados. No verso de hoje, o salmista não mostra preocupação pela rejeição e o desamparo humano. Não dos homens. Afinal de contas, ele disse muitas vezes nos salmos que não temeria o que o homem pudesse lhe fazer. A sua preocupação é com Deus. É isso o que realmente conta.

A vida com Cristo é bela e gratificante em todas as suas etapas. Ser criança tem suas vantagens e desvantagens. Você pode dormir e brincar o dia todo sem preocupação, mas não pode ir aonde quer. A juventude chega trazendo suas coisas boas e más. Você toma suas próprias decisões, tem força, energia, pode escalar o pico mais alto ou mergulhar nas águas cristalinas do mar à procura de corais. Mas não tem a experiência que só a vida dá. Muitas vezes você paga um preço muito alto por isso.

Um dia, a velhice chega. Aposentado, você vê suas responsabilidades cumpridas e seus filhos grandes e prósperos. Mas sente o peso dos anos. A visão se apaga, a audição diminui e as forças minguam.

Essa é uma realidade da qual ninguém escapa. Você precisa de sabedoria para administrar a velhice e desfrutar as coisas boas que a vida lhe reserva. O que importa é o que Davi pede no salmo de hoje: “Não Te ausentes de mim, ó Deus.” Verso 12.

Uma vida sem Deus é uma vida vazia, oca e sem sentido. Uma velhice sem Ele é uma tarde cinzenta. Anuncia a chegada de trevas, solidão e desamparo. Vale a pena viver cada minuto da existência em comunhão com o Deus da vida.

Hoje, não importa que etapa da vida você esteja vivendo, diga em seu coração: “Não me rejeites na minha velhice, quando me faltarem as forças, não me desampares.”

Fonte: Pr. Alejandro Bullón (Meditações Diárias 2007, p.170)

“Acordo bem cedo todos os dias, tomo uma refeição saudável, com pão integral, suco de frutas naturais, iogurte desnatado, queijo branco, mamão, banana, morango ou outra fruta”, descreve a advogada e representante comercial, Nivalda Maria Lavechia Nogueira. Aos 61 anos de idade aparenta disposição, elegância e saúde. Ela chegou muito bem à terceira idade e jura que não toma remédios. “Bebo, todos os dias, apenas um suplemento alimentar à base de frutas. Sinto que faz maravilhas em mim”, garante. Muitos profissionais de saúde recomendam a suplementação nutricional por ser essencial à prevenção de doenças e para combater o cansaço, o estresse e os radicais livres tão prejudiciais à memória e ao envelhecimento.

Nivalda sempre se preocupou com a alimentação que põe no prato. “Evito frituras, açúcares e massas”, diz. Afinal, uma dieta correta não exige conhecimentos profundos sobre nutrição. As bases são as mesmas em qualquer fase da vida apesar de, em cada uma, haver cuidados especiais. Na terceira idade, o cuidado deve ser um pouco mais específico em função da diminuição das atividades do organismo.

Engana-se, porém, quem pensa que a advogada consome seu tempo sentada numa cadeira de balanço no vai-e-vem de infindáveis carreiras de tricô e de crochê. Sua atividade física vai muito além. “Diariamente caminho pelo bairro onde moro na zona norte de São Paulo e faço alongamento para me manter sempre bem”. Além disso, concilia os afazeres de dona de casa (mora com o marido Wilson, 62 anos e com a filha) e de mãe (de Paula Daniella, 21 anos) com seu trabalho. Quem vive na agitada capital paulista, sabe que aliar muitas tarefas e tempo é praticamente impossível, mas ela garante que dá conta do recado direitinho e com disposição. Graças aos exercícios físicos, reúne forças ainda para pintar, costurar e passear, principalmente nos fins de semana.

Coisas da idade

Mas nem sempre é fácil chegar à terceira idade com tanta disposição e saúde. É que com a maturidade podem começar os problemas. Por exemplo, o sistema digestivo do idoso sofre alterações como diminuição da motilidade e a possibilidade de surgir a gastrite atrófica. “Essas mudanças não são uma regra, mas é preciso que o médico fique atento para fazer um claro diagnóstico, caso elas apareçam”, diz Pedro Saddi, endocrinologista e professor da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.

De acordo com o médico, a obstipação pode aparecer ou piorar no idoso. Ela é resultado de um conjunto de alterações que inclui mudanças dos movimentos do intestino, mas também porque esse indivíduo é propenso a diminuir suas atividades físicas. Então, ocorre naturalmente a redução da musculatura da parede abdominal. “Nessa fase da vida, a intolerância à lactose é bastante comum. Não se trata de uma doença, mas quase todos têm em menor ou maior grau. O leite pode causar diarreia no idoso e por isso, é bom evitá-lo”, diz.

Entretanto, é importante diferenciar o idoso sadio do frágil e as necessidades de cada um. A atividade física, o exercício das faculdades mentais e o tratamento correto e eficiente de doenças que aparecem ao longo da vida podem possibilitar o envelhecimento saudável.

Com a idade, o metabolismo basal cai. Então, a necessidade de alimentar-se é menor. “O fator positivo nisso é que, se continuarmos comendo aos 60 anos a mesma quantidade de calorias que consumíamos aos 40, certamente engordaremos”. Por outro lado, comer menos pode ser um problema do ponto de vista da saúde porque menor ingestão de alimentos significa diminuição de aportes energético, proteico, de vitaminas e de minerais, levando ao baixo peso e a situações mais críticas como a desnutrição. A ingestão calórica abaixo do normal pode ocorrer devido a diversas modificações normais do processo de envelhecimento.

A criança e o adolescente, por estarem em fase de crescimento, precisam de um aporte calórico e nutricional maior. O mesmo ocorre com mulheres grávidas. Na vida adulta, a necessidade de vitaminas e sais minerais é mais ou menos constante e é possível obtê-los com uma dieta balanceada, recomendada para todas as idades e rica em frutas, legumes e vegetais. O mesmo acontece em relação ao idoso. “Uma situação comum que causa alteração do apetite, tanto para mais quanto para menos, são os quadros depressivos”, enfatiza o endocrinologista.

Alimentos e água

A opinião de Priscila Moreira, nutricionista da faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista – UNESP de Botucatu é praticamente a mesma: “De acordo com a pirâmide dos alimentos, para o idoso as recomendações em relação aos grupos e porções diárias de ingestão (carboidratos, frutas, verduras, legumes, leguminosas, laticínios, doces e gorduras) são as mesmas oferecidas ao adulto”, diz.

Entretanto, alguns pontos devem ser reforçados, como ingestão de água (cerca de dois litros ao dia se não houver contraindicação como doença cardíaca), suplementação (quando a ingestão alimentar não atingir o recomendado) de cálcio e das vitaminas D e B12. “Acredito ser importante priorizar os carboidratos integrais e as gorduras insaturadas, presentes no azeite de oliva, nozes, castanhas, óleos de girassol e canola, ricos em gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas (ômega 3 e ômega 6)”, diz.

As vitaminas, assim como em qualquer outra fase da vida, são necessárias para o adequado funcionamento do organismo e desempenham diversos papéis. Ela explica: “A vitamina A é fundamental para a visão, crescimento e desenvolvimento ósseo, manutenção do tecido epitelial e função imune. As do complexo B participam do metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos. A vitamina C tem função antioxidante, como a vitamina E, além de estar envolvida na biossíntese de colágeno. A vitamina D é importante para o metabolismo do cálcio, a vitamina E apresenta função antioxidante e a vitamina K é importante como fator de coagulação sanguínea”, informa.

A necessidade de cada um

A nutricionista esclarece ainda que as necessidades de energia são calculadas através de fórmulas nas quais são consideradas a idade, o peso, a altura e o nível de atividade física de cada indivíduo (muito ativo, ativo, pouco ativo, sedentário). Depois, é realizada a distribuição percentual dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos).

Os carboidratos correspondem de 45 a 65% do total da necessidade energética do indivíduo e cada grama equivale a quatro calorias. Para exemplificar, se o idoso necessita de 2000 calorias por dia (valor encontrado pela fórmula mencionada acima), ele precisará ingerir de 900 a 1300 calorias diariamente na forma de carboidratos (de 225 a 325 gramas). O mesmo cálculo vale para as proteínas (de 10 a 35% do total de energia; quatro calorias/grama) e os lipídeos (de 20 a 35% do total de energia; nove calorias/grama).

Em relação às necessidades de vitaminas e minerais, as alterações na ingestão diária recomendada pela DRI – Dietary Reference Intakes são para vitaminas D e B6, e cálcio (maior ingestão para indivíduos acima de 51 anos); cromo e ferro são necessários em doses menores quando comparadas às necessidades da população de até 51 anos.

Nesse sentido, a nutricionista Priscila se refere a um estudo em andamento na Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, supervisionado pelo professor e geriatra Paulo Fortes Villas Boas, onde foram avaliados 126 idosos residentes na comunidade. Nele, foi encontrada elevada taxa de sobrepeso (38,8% do total de registrados), elevado percentual de inadequação da relação cintura-quadril (índice que pode sugerir possíveis problemas cardiovasculares), pouca prevalência de dependência para as atividades cotidianas e alto índice de estresse oxidativo. “Os dados sugerem que, apesar de a população estudada não apresentar níveis consideráveis de dependência, ela está com sobrepeso. Esse problema, assim como a desnutrição, também é comum no idoso”, esclarece o médico.

Não há um cardápio específico para a turma da terceira idade. “O que se deve considerar ao programar a alimentação do idoso são as recomendações já citadas anteriormente. Caso o indivíduo tenha alguma doença, também são verificadas as indicações dietoterápicas”, complementa o geriatra.

O que é essencial

Os especialistas da UNESP de Botucatu consideram que alimentos integrais não devem faltar à mesa de ninguém. Além dos cereais integrais que contêm maior quantidade de fibras, vitaminas e minerais como, por exemplo, aveia, trigo, arroz e milho, não devem faltar frutas variadas, principalmente as de época, verduras e legumes, especialmente por apresentarem ácidos graxos e ômega 3, vitaminas do complexo B, zinco, ferro e água. Exceto para o idoso que apresentar algum problema, o leite (de preferência o desnatado ou o semi-desnatado) é recomendado porque contém menor teor de colesterol, gorduras total e saturada. Seus derivados (queijo branco e iogurte, fontes de cálcio e vitamina B12)
também são bem-vindos à mesa.

A nutricionista do Hospital Nossa Senhora de Lourdes e do Hospital da Criança, Tânia Regina da Silva, também forneceu algumas recomendações extras para essa fase da vida e dicas de alimentação como mostram os quadros “Dicas para o cardápio do idoso” e “Fatores prejudiciais à boa nutrição do idoso”.

Para concluir, a alimentação correta e balanceada é um dos fatores de maior influência na saúde e no bem-estar de qualquer pessoa e pode até aumentar a longevidade. Por fornecer energia, é fundamental para a manutenção de todos os processos vitais. Por outro lado, comer de forma inadequada pode acelerar o envelhecimento. Nesse sentido, é importante atentar para o que se ingere desde cedo, e assim não ter prejuízos na terceira idade.

Fonte: Vida e Saúde

Pesquisas dizem que quanto mais velhos somos, mais felizes ficamos. A Universidade de Warwick estudou os níveis de felicidade de 10 mil americanos e britânicos e descobriu que ela é uma curva em formato de U ao longo dos anos, tendo a sua parte mais baixoa perto dos 45 anos de idade e atingindo um pico na velhice.

Foram usadas 8 percepções, dentro delas a saúde em geral, dores, funções sociais e saúde mental. Por exemplo, o estudo constatou que pessoas que dormem entre 6 e 8 horas por noite tendem a ter uma saúde física e mental melhor do que as que dormem menos de 6 ou mais de 8 horas.

A conclusão foi que a felicidade pode aumentar junto com a idade pelo fato de pessoas mais velhas saberem lidar melhor com situações negativas. Pelo pensamento de ter “pouco tempo de vida”, os mais experientes também deixam de lado as pressões pessoais e profissionais, buscando ficar livres para fazerem o que curtem.

O interessante é que enquanto o corpo físico entra em declínio, a saúde mental cresce cada vez mais! Você está pronto para curtir a sua velhice em um pico de felicidade?

Fonte: Blog da Saúde

Frequentadores de academias carregam o estereótipo de cultuadores do físico, sempre em busca de um corpo malhado, magro e dentro dos “padrões”. Mas nem todos que circulam pelos aparelhos de ginástica seguem essa filosofia. Nos últimos dez anos, cresceu o número de pessoas que procuram apenas o bem-estar e a prevenção de problemas – como os idosos.

Ao longo de uma década, esse grupo aumentou de 5% para 30% entre os “malhadores”, segundo a Acad (Associação Brasileira de Academias). Pesquisa feita em 2010 em parceria com a PUC-SP mostrou que 65,1% dos estabelecimentos paulistas já oferecem atividades específicas para esse público. Além disso, a capital conta com endereços exclusivos para quem tem mais de 60 anos.

É o caso da Estação do Exercício, na zona leste, aberta em 2011 pela geriatra Janise Leite, 32, e pelo treinador Carlos Alberto Silva, 27. Cerca de cem alunos vão ao local duas vezes por semana e usam aparelhos adaptados com a supervisão de profissionais. “Sempre gostei de trabalhar com os mais velhos, mas comecei a pensar em ter uma academia ao ver o tempo passar para os meus 24 tios”, diz Janise.

A maioria dos alunos chega por indicação de médicos que veem no exercício uma maneira de os pacientes fortalecerem a musculatura e até de viverem melhor com os problemas que aparecem com a idade.

Seguindo orientação médica e da família, Isaura Faria Carreiras, 72, “malha” há um ano. “Meus problemas de circulação e pressão melhoraram. Também parei de cair à toa, agora tenho mais equilíbrio”, conta a frequentadora da Estação. “Nem cheguei a procurar outro lugar porque sei que as outras academias não têm os mesmos equipamentos daqui.”

O sistema utilizado no local, desenvolvido pelo fisiatra e reumatologista José Maria Santarém, não inclui atividades de impacto como corrida em esteira. O médico elaborou uma linha de equipamentos (vendidos pela empresa CyberGym) que substituem o sistema de cabos pelo de alavancas, o que diminui a sensação de sobrecarga nas articulações.

Eles têm bases amplas e pretendem ser mais seguros, já que é descartado o risco de o usuário soltar sobre si um peso que não consegue segurar. Em seu centro de treinamento, o Instituto Biodelta, o médico ministra cursos sobre doenças, envelhecimento e suas relações com a atividade física.

Apesar de ter os produtos com o selo de seu instituto em mais de 70 academias, José Santarém diz que o importante é os professores serem capacitados para adaptar os movimentos de acordo com a necessidade do aluno. “A musculação é uma atividade segura e eficiente. Mas o alongamento, a ioga e o pilates têm posições difíceis que podem causar lesões”, pondera.

Entre as academias não exclusivas para idosos, a rede Bio Ritmo mantém há sete anos o programa Bio Master, que inclui musculação, exercícios aeróbicos e alongamento para a terceira idade. Abrahão Lindenbojn, 79, procurou a unidade de Higienópolis, na região central, há dois anos, quando cansou de fazer apenas caminhadas.

O aposentado diz não ter problemas de saúde, mas ainda assim optou por integrar o grupo da terceira idade. “Gosto de ter um acompanhamento. Assim a gente não se excede.”

Para a coordenadora do Bio Master, Júlia Michelin, as atividades de impacto são indicadas para quem tem mais de 60 anos desde que sejam supervisionadas. “Todos têm restrições, o professor está treinado para orientá-los.”

Segundo o presidente da Acad, Kleber Pereira, a procura pela musculação entre idosos cresceu nos últimos cinco anos, mas hoje as atividades mais praticadas ainda são hidroginástica, pilates e alongamento.

Fonte: Folha

“Coroa de honra são as cãs, quando se acham no caminho da justiça.” Provérbios 16:31

“Na velhice há sabedoria”, costumavam dizer as pessoas quando eu era criança. Essa frase era a dedução lógica de que, quanto mais se vive, mais se aprende. As pessoas normalmente procuram conselho com outras mais velhas. Nos tempos bíblicos, os reis viviam rodeados de conselheiros, todos homens idosos.

Mas, no livro de Provérbios, a sabedoria não é patrimônio dos anciãos. É verdade que uma pessoa que viveu muito passou por experiências que devem ter-lhe ensinado algo, mas nem sempre é assim, porque experiência não é simplesmente o que acontece com você, e sim o que você faz com o que lhe acontece.

A declaração bíblica de hoje é enfática: “Coroa de honra são as cãs.” Quer dizer, ter vivido muito, além de bênção, é um privilégio. Se você tem vivido bastante, tem um capital valioso, uma riqueza extraordinária de vivências, um acúmulo fabuloso de conhecimento. Mas isso é suficiente? Do ponto de vista bíblico, tudo isso tem valor quando a pessoa idosa “se acha no caminho da justiça”.

Sem o temor de Deus, com o tempo você acumula anos e talvez conhecimento, mas não sabedoria. Conheço jovens com sabedoria assombrosa, e pessoas idosas que até o último dia da vida vivem cometendo um erro atrás do outro.

Errar nem sempre é falta de sabedoria. É parte do processo através do qual Deus permite que o ser humano cresça. A pessoa que não comete erros geralmente nada faz. Só quem vive com Jesus tem a capacidade de capitalizar o erro, de aprender, crescer e amadurecer com Ele.

Se você já viveu muito e está sentado hoje, fisicamente incapacitado de andar, não permita que o sentimento de inutilidade se apodere de seu coração. As cãs de sua cabeça ou a ausência do cabelo que o tempo levou são demonstração da coroa de sabedoria que você recebeu, se Jesus faz parte de sua vida.

Ah, Senhor! Ajuda-me a envelhecer sabiamente, a aprender com as derrotas e as vitórias, com os erros e os acertos, para ser conselheiro útil aos mais jovens, porque “coroa de honra são as cãs, quando se acham no caminho da justiça”.

Fonte: Pr. Alejandro Bullón

O Brasil tem imensa população de idosos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 2010, são mais de 14 milhões de pessoas acima dos 65 anos de idade. A estimativa, segundo o instituto, é de que nos próximos 30 anos esse número aumentará em até 28% podendo alcançar 50 milhões de pessoas.

Se por um lado esses dados representam aumento na expectativa de vida bem como a qualidade de vida dessas pessoas, por outro ainda existem desafios para o país. A situação de milhares de idosos ainda é preocupante, muitos ainda morrem devido às dificuldades do sistema de saúde brasileiro. Fatores sociais e familiares também expõem muitos a situações de constrangimento e risco de sobrevivência.

Para o presidente da Associação dos Aposentados de Campinas, José Alves, a violência que os idosos sofrem é diária. Atitudes simples como ceder poltronas no transporte público ainda é algo complicado. “Falta respeito por parte dos mais novos, os idosos continuam trabalhando e contribuindo com o país”, ressalta.

Para garantir e reforçar a proteção legal aos idosos foi estabelecido em 2003 o Estatuto do Idoso. A iniciativa contribuiu para a manutenção de políticas públicas a favor do idoso. Recentemente a presidente da República, Dilma Roussef, alterou a lei 10.741, que rege o estatuto do idoso, acrescentando um parágrafo que responsabiliza instituições de saúde públicas ou privadas por atos de violência durante o atendimento a essas pessoas.

A nova formulação da lei define como ato de violência contra idosos “qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico”.

Para o advogado Carlos Hess o Estatuto do Idoso contribui para o estabelecimento de melhorias como, por exemplo, preferência em filas e direitos nos transportes. Ele, porém, lembra que na saúde muitos idosos continuam sofrendo. No entanto, não vê necessidade de novos parágrafos ou complementos na lei. “A partir do momento em que as autoridades, no cumprimento da legislação existente forem mais efetivas, colocarem em prática o que a lei prevê haverá uma qualidade melhor para todos”, defende.

A falta de informação adequada faz com que muitos idosos desconheçam os direitos disponíveis na lei. “Por volta de 90% nem sabem o que é o estatuto do idoso. Nós temos problemas seríssimos na saúde e nos transportes, não há um mecanismo do idoso para reivindicar seus direitos”, afirma Alves.

Somente no primeiro semestre de 2011 o serviço Disque Direitos Humanos registrou em todo o Brasil 3.049 denuncias de violência contra idosos. Para denunciar casos semelhantes basta discar 100 de qualquer telefone fixo ou móvel e passar o caso para as autoridades competentes. O sigilo e anonimato são garantidos.

Fonte: ASN

Seja um simples rádio ou uma TV estéreo de tela grande, um liquidificador ou o último carro — tudo que compramos vem com o manual de instruções. O fabricante espera que você leia o manual antes de começar a usar sua nova aquisição. Você recorre ao manual tão freqüentemente quanto necessário a fim de compreender o mecanismo e a operação do produto e para ter certeza que ele funciona melhor e dura mais tempo.

Se assim é com um simples liquidificador ou um carro, quanto mais cuidado devíamos dar ao nosso corpo, talvez o sistema mais complexo que conhecemos?

A Bíblia nos informa que “formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2:7). O Criador também nos deu Seu manual para o cuidado apropriado de nosso corpo. Esse manual é a Bíblia e somos todos encorajados a lê-la para melhor compreender a mordomia do corpo. Paulo diz: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo…? Glorificai, pois, a Deus, no vosso corpo” (I Coríntios 6:19 e 20). Além de outros significados que este verso possa ter, um que interessa à nossa discussão é o que comemos e bebemos.

A Epidemiologia dos Adventistas

Durante as últimas décadas, organizações relacionadas com a saúde dentro dos Estados Unidos e alhures (por exemplo, os Institutos Nacionais de Saúde, a Sociedade Americana de Câncer, a Associação Americana de Cardiologia, o Departamento de Saúde e de Serviços Humanos, a Organização Mundial da Saúde, etc.) têm fornecido evidência epidemiológica do mundo inteiro quanto às características do estilo de vida que promove saúde e detém o progresso da enfermidade. Parte desta evidência vem de pesquisa sobre saúde entre adventistas do sétimo dia. Pesquisas de saúde têm se concentrado nos adventistas por duas razões. Primeira, eles tendem a ser mais homogêneos em muitas escolhas de estilo de vida, tais como a abstenção de álcool e tabaco. Segunda, são mais heterogêneos em hábitos de nutrição: são geralmente vegetarianos (nada de produtos animais na dieta) ou lacto-ovo-vegetarianos (cuja dieta inclui lacticíneos e ovos, mas não carne). Mais de 250 artigos científicos têm sido publicados ao redor do mundo sobre a vantagem adventista em matéria de saúde. A maior parte do que é descrito abaixo refere-se à pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Loma Linda sobre adventistas da Califórnia. Resultados semelhantes, porém, têm sido publicados quanto a adventistas na Noruega, Holanda, Polônia, Dinamarca, Japão, Austrália e outros países.

O Estudo da Mortalidade Adventista

longevidade dos adventistasO primeiro principal estudo epidemiológico dos adventistas começou em 1958. É conhecido como o Estudo de Mortalidade Adventista, envolvendo 22.940 adventistas não-hispânicos, brancos, residindo na Califórnia [1]. Os resultados deste estudo sobre os adventistas foram comparados a um estudo semelhante de não-adventistas efetuado pela Sociedade Americana de Câncer durante o mesmo período de tempo. Ambos os estudos envolveram voluntários na Califórnia que eram relativamente bem educados comparados à média dos californianos. Ambos os estudos obtiveram cópias de certidões de óbito de participantes no estudo que tinham morrido durante os anos subseqüentes aos da pesquisa. As similaridades entre estes dois grupos eram importantes porque descobriu-se que indivíduos que se oferecem para tais estudos tendem a ter melhor saúde que a população geral, e as pessoas das classes econômicas mais altas tendem a ter proporções mais baixas de enfermidade em geral. Assim, o Estudo da Mortalidade Adventista e o Estudo da Sociedade Americana de Câncer forneceram uma comparação razoavelmente boa entre adventistas e não-adventistas.

A comparação revelou o seguinte: Se a mortalidade por câncer no Estudo da Sociedade Americana de Câncer era 100, a mortalidade entre adventistas era de 60 para homens e 76 para mulheres. Isso significa que depois de ajustar para diferenças nas distribuições de idade nos dois estudos, os homens adventistas tinham um índice de mortalidade por câncer significantemente mais baixo para um grupo de certa idade comparado ao que se podia esperar de um grupo semelhante. Isto significa que homens adventistas ainda morriam de câncer, mas numa idade muito mais avançada do que os homens não-adventistas. O mesmo pode ser dito de mulheres adventistas. Visto não haver razão a priori para crer que os adventistas da Califórnia fossem geneticamente diferentes dos não-adventistas, a hipótese é que uma ou mais caraterísticas de estilo de vida ou influências do ambiente podem ser responsáveis pelo atraso na morte por câncer.

Visto que o fumar tem sido comprovado ser um fator importante em causar câncer, pesquisadores do Estudo de Mortalidade Adventista compararam os índices de mortalidade de não-fumantes de ambas as populações. Como era de esperar, os índices de mortalidade destes não-adventistas eram mais próximos aos dos adventistas. Contudo, uma vantagem para os adventistas sempre persistia que não podia agora ser explicada por diferenças no uso de tabaco no passado. Assim, outras craterísticas dos adventistas, fora sua condição de não-fumantes, tais como dieta e talvez apoio social, são igualmente importantes em reduzir o risco de enfermidade.

Os adventistas também pareciam ter um adiamento de mortes cardiovasculares. Se o índice de morte por enfermidade do coração no estudo da Sociedade Americana de Câncer é considerado como 100 por cento, então os homens adventistas apresentavam apenas 66 por cento do que era de se esperar. Mulheres adventistas mostraram apenas uma pequena redução, com 98 por cento. Homens adventistas também morrem de enfarte, mas seu índice de mortalidade é de apenas 72 por cento comparado aos não-adventistas. Para mulheres adventistas, sua mortalidade por enfarte era de 82 por cento do de não-adventistas.

Portanto, segundo estes estudos, é bem evidente que o estilo de vida adventista provê alguma proteção contra o câncer e outras moléstias fatais. Mas diferenças em índices de mortalidade entre adventistas e outros podem ser devidas a pelo menos dois fatores: (1) Os adventistas podem apanhar uma doença específica na mesma proporção que os outros, mas sobrevivem mais tempo com a doença por causa de melhor acesso a cuidado médico ou um sistema imunológico superior ou um melhor estilo de vida; e/ou (2) os adventistas realmente adoecem em proporção menor do que os não-adventistas. Pode ser que ambas as possibilidades contribuam aos índices de mortalidade mais baixos observados entre adventistas. Mas estudos de mortalidade como o de Loma Linda não podiam resolver a questão. O Estudo de Mortalidade Adventista levantou várias questões interessantes. Que havia em seu estilo de vida que permitia aos adventistas viver mais tempo? Teriam as diferenças em estilo de vida adventista por si mesmas produzido diferentes riscos para contrair doenças específicas tanto fatais como não-fatais?

O Estudo de Saúde Adventista

O Estudo de Saúde Adventista é o segundo estudo importante de adventistas na Califórnia. Subsidiado pelo Instituto Nacional de Câncer e pelo Instituto Nacional de Coração, Pulmão e Sangue, o estudo começou em 1974 e foi dirigido pelos pesquisadores da Universidade de Loma Linda. O estudo incluía a incidência (isto é, novos casos) de câncer e doença do coração na pesquisa sempre em expansão do estilo de vida adventista que permite aos adventistas ter uma “vantagem em matéria de saúde”. À semelhança do outro estudo, certidões de óbito foram obtidas para documentar a causa de morte dos membros que morreram durante o estudo. Registros hospitalares foram usados para todos os casos não-fatais. O índice de resposta de brancos, não-hispânicos, ao questionário sobre estilo de vida enviado por correio foi o mais elevado de todos os grupos étnicos e totalizou 34.198. Esse grupo tornou-se a porção do “estudo de incidênada” [2] para descobrir que componentes do estilo de vida adventista deram proteção contra a enfermidade.

Não tinha sido seu objetivo comparar os índices de incidência de enfermidade ou mortalidade entre adventistas e não-adventistas. Foi planejado principalmente para descobrir variações em estilo de vida entre os próprios adventistas e como estas variações se traduziam em mudanças de risco de enfermidade.

Esta pesquisa acrescentava também uma investigação detalhada de dieta comparada com o questionário da Sociedade Americana de Câncer de 1960 usado pelo Estudo de Mortalidade Adventista. Além disso, seu questionário incluía perguntas sobre o histórico médico antecedente, terapia de drogas, atividade física e uma variedade de perguntas psico-sociais. Quando a coleta dos dados foi concluída, 32 mil hospitalizações (por qualquer razão) tinham sido declaradas representando mais de 18 mil participantes diferentes. Dos hospitais envolvidos, 698 eram na Califórnia e 960 eram fora do estado. Todos esses hospitais foram contatados no estudo subseqüente de seis anos de todos aqueles que completaram o questionário básico de estilo de vida.

Um perfil básico da população do Estudo de Saúde de Adventistas mostrava uma idade média de 51 anos para homens e de 53 para mulheres. A proporção de pessoas que tinham sido diagnosticadas por um médico como hipertensas era próxima do que se podia esperar para uma população adulta. Embora um número modesto de pessoas admitiu ter fumado antes — geralmente antes de se unir à Igreja Adventista — não havia praticamente fumantes atuais na população. Uma proporção relativamente grande pretendia fazer exercício com freqüência moderada. A população sob estudo, composta de 60% de mulheres, tendia a ser bem instruída. Um pouco mais da metade dos participantes na pesquisa disse que comia carne menos de uma vez por semana. A maioria era lacto-ovo-vegetariana.

Influência do estilo de vida

Que revelaram esses estudos sobre a influência do estilo de vida na redução de índices de enfermidade e de mortalidade?

Câncer do pulmão. De longe o maior risco de câncer do pulmão é o contato crônico com fumaça de tabaco, tanto de fumantes ativos como de fumantes passivos ou de segunda mão. Trabalhar ou viver com um fumante foi demonstrado aumentar a probabilidade de uma pessoa contrair câncer do aparelho respiratório. O estudo de saúde de adventistas demonstrou [3] que indivíduos podiam ainda mais reduzir sua probabilidade de desenvolver câncer do pulmão não só diminuindo a exposição à fumaça de tabaco, mas também incluindo em sua dieta uma variedade de frutas, muitas das quais contêm componentes (por exemplo, vitaminas antioxidantes) considerados capacitadores do corpo para combater o câncer. Adventistas que consumiam frutas duas ou mais vezes por dia tinham apenas 25 por cento de probabilidade de adquirir câncer do pulmão comparados aos indivíduos que consumiam fruta menos de três vezes por semana. Esta vantagem de saúde pelo consumo de frutas foi observada em adventistas que tinham deixado de fumar anteriormente bem como em adventistas que nunca tinham fumado.

Câncer da próstata. Segundo estimativa, [4] 29 por cento de todos os novos casos de câncer diagnosticados entre homens americanos em 1998 tinham que ver com a próstata, e a incidência desta enfermidade tem crescido durante as últimas décadas. Relações altamente protetoras foram observadas [5] em homens adventistas que consumiam quantidades moderadas de legumes (tais como feijão, lentilhas, ervilhas), frutas cítricas frescas, fruta seca (por exemplo, passas e tâmaras), e tomates.

Câncer da mama. Em meados da década de 1980, câncer do pulmão ultrapassava o câncer da mama, sendo o câncer mais comumente diagnosticado em mulheres americanas. [6] Contudo, nas populações não-fumantes, como a dos adventistas do sétimo dia, o câncer da mama é ainda o câncer mais comumente diagnosticado. Os fatores de risco conhecidos para o câncer da mama incluem: crescente contato com estrogênio e/ou hormônios do tipo progesterone, menstruação precoce, menopausa tardia e obesidade em mulheres após a menopausa. Fatores que podem proteger quanto à incidência de câncer da mama incluem: menor contato com estrogênio ou hormônios do tipo progesterone, primeira gravidez em idade jovem, lactação e atividade física. No estudo de saúde adventista, as mulheres que faziam exercício vigoroso tinham uma redução de 21 por cento no risco de câncer da mama e um atraso médio de 6.6 anos na idade na qual este câncer é diagnosticado comparado às mulheres que exercitavam pouco [7]. A inatividade física teve mais importante efeito sobre a idade em que o diagnóstico é feito do que sobre o risco em todo o período de vida. O efeito protetor da atividade física sobre o risco de câncer da mama é mais pronunciado em idade mais jovem, pois os benefícios do exercício não foram vistos claramente em mulheres de pós-menopausa.

Câncer da bexiga. Fumar cigarro é um forte fator de risco para câncer da bexiga. Adventistas que tinham fumado antes de se unirem à igreja tinham duas vezes maior risco de câncer da bexiga, comparado àqueles que nunca fumaram. Investigadores anteriores notaram maior risco de câncer da bexiga em pessoas com consumo elevado de alimentos cárneos. Aproximadamente 50 por cento dos participantes no estudo de saúde de adventistas eram ovo-lacto-vegetarianos. Adventistas que evitavam carne, aves e peixes tinham menos da metade do risco de câncer da bexiga, comparados àqueles que comiam estes alimentos três ou mais vezes por semana. [8]

Câncer do pâncreas. O Estudo da Saúde Adventista observou que aumentando o consumo de legumes, frutas secas, e produtos de proteína vegetal (tais como soja, gluten e nozes) diminuía de modo significativo o risco de câncer do pâncreas. [9]

Outros cânceres. O mesmo estudo investigou outros cânceres (do cólon [10], do cérebro e das meninges cranianas [11], de leucemia e de mieloma [12]) e observou que os indivíduos que seguiam o “estilo de vida adventista” mais de perto eram os que tinham menor probabilidade de adquirir qualquer das enfermidades crônicas investigadas.

Enfermidade do coração. Este estudo não só investigou a relação entre vários hábitos de vida e cânceres incidentais e fatais, como também buscou fatores relacionados com enfermidades do coração. Uma fascinante descoberta que tem sido repetida por pesquisadores em outras populações foi a do consumo freqüente de nozes cinco ou mais vezes por semana (uma mão cheia de cada vez) estar associado com um número substancialmente menor de casos fatais de enfermidades do coração e enfartes do miocárdio (ataques do coração) não-fatais, comparados àqueles que consomem nozes menos de uma vez por semana. [13] Entretanto, visto as nozes serem ricas em gordura, consumir grandes quantidades pode não ser tão benéfico.

Adventistas que comiam principalmente pão integral experimentavam uma redução de 40 por cento no risco de ataque do coração, comparados àqueles que comiam mais pão branco. Havia também mais do que o dobro de risco de ataque do coração entre homens que consumiam carne pelo menos três vezes por semana, comparados aos vegetarianos. Adventistas que exercitavam regularmente 15 minutos ou mais pelo menos três vezes por semana experimentavam uma redução significativa no risco de morrer de ataque do coração.

A pirâmide guia da alimentação vegetariana

Baseadas em evidência epidemiológica internacional das últimas décadas, que inclui o resultado de estudos de adventistas, as organizações relacionadas com a saúde ao redor do mundo têm advogado um estilo de dieta que visa diminuir o risco de câncer, doenças do coração e outras doenças crônicas. A pirâmide guia da alimentação mostra a contribuição relativa dos diferentes alimentos. Na base da pirâmide estão os pães integrais e cereais. Em seguida vêm as frutas e vegetais. Muita gente não come o suficiente destes alimentos que têm muitos elementos protetores como as vitaminas. No nível seguinte da pirâmide estão os alimentos que provêem proteínas e minerais. Necessitamos de porções menores destes. Finalmente, no ápice da pirâmide estão os doces, gorduras e óleos, dos quais precisamos bem pouco.

Se estas recomendações são de fato úteis na redução de enfermidades crônicas, então parece lógico que devíamos observar uma redução dessas doenças numa população que tem seguido esses princípios por mais de cem anos. E é exatamente isso que descobrimos nos estudos entre os adventistas do sétimo dia.

A iniciativa é sua

Há mais de 100 anos Ellen G. White, uma das fundadoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia, fez a seguinte observação: “A saúde é um tesouro. É de todas as posses temporais a mais preciosa. Riqueza, ilustração e honra são adquiridas ao elevado preço da perda do vigor da saúde. Nada disso pode assegurar felicidade, se falta a saúde”. [14] Prevenir a enfermidade tem mais sentido do que seu tratamento. Não permita que sua Bíblia se cubra de poeira. Leia seu “manual de instruções” e descubra qual era a intenção do Planejador Mestre para você.

Fonte: Por Larry Beeson

Notas e Referências
[1] F. R. Lemon e R. T. Walden, “Death From Respiratory System Disease Among Seventh-day Adventist Men”, Journal of American Medical Association 198 (1966) 2: 117-126; F. R. Lemon e J. W. Kuzma, “A Biologic Cost of Smoking: Decrease Life Expectancy”, Archives of Environmental Health 18 (1969):950-955; R. L. Phillips, F. R. Lemon, W. L. Beeson e J. W. Kuzma, “Coronary Heart Disease Mortality Among Seventh-day Adventists With Differing Dietary Habits: A Preliminary Report”, American Journal of Clinical Nutrition 31 (1978 Supplement):191-198; R. L. Phillips, L. Garfinkel, J. W. Kuzma, W. L. Beeson, T. Lotz e B. Brin, “Mortality Among California Seventh-day Adventists for Selected Cancer Sites”, Journal of National Cancer Society 65 (980):1097-1107; R. L. Phillips, J. W. Kuzma, W. L. Beeson e T. Lotz, “Influence of Selection Versus Lifestyle on Risk of Fatal Cancer and Cardiovascular Disease Seventh-day Adventists”, American Journal of Epidemiology 112 (1980)2:296-314.
[2] W. L. Beeson, P. K. Mills, R. L. Phillips, M. Andress e G. E. Fraser, “Chronic Disease Among Seventh-day Adventists: A Low-risk Group”, Cancer 64 (1989):57-81.
[3] G. E. Fraser, W. L. Beeson e R. L. Phillips, “Diet and Lung Cancer in California Seventh-day Adventists”, American Journal of Epidemiology 133 (1991):683-93.
[4] S. H. Landis, T. Murray, S. Bolden e P. A. Wingo, “Cancer Statistics, 1998”, Ca-A Cancer Journal for Clinicians 48 (1998)1:6-29.
[5] P. K.Mills, W. L. Beeson, R. L. Phillips e G. E. Fraser, “Cohort Study of Diet, Lifestyle, and Prostate Cancer in Adventist Men”, Cancer 64 (1989)3:598-604.
[6] Ver 4 acima.
[7] G. E. Fraser e D. Shavlik, “Risk Factors, Lifetime Risk, and Age at Onset of Breast Cancer”, Annals of Epidemiology 7 (1997):375-382.
[8] P. K. Mills, W. L. Beeson, R. L. Phillips e G. E. Fraser, “Bladder Cancer in a Low Risk Population: Results from the Adventist Health Study”, American Journal of Epidemiology 133 (1991)3:230-239.
[9] P. K. Mills, W. L. Beeson, D. E. Abbey, G. E. Fraser e R. L. Phillips, “Dietary Habits and Past Medical History as Related to Fatal Pancreas Cancer Risk Among Adventists”, Cancer 61 (1988) 12:2578-2585.
[10] P. N. Singh e G. E. Fraser, “Dietary Risk Factors for Colon Cancer in a Low-Risk Population”, American Journal of Epidemiology 148 (1998) 8: 761-774.
[11] P. K. Mills, S. Preston-Martin, J. F. Annegers, W. L. Beeson, R. L. Phillips e G. E. Fraser, “Risk Factors for Tumors of the Brain and Cranial Meninges in Seventh-day Adventists”, Neuroepidemiology 8 (1989):266-275.
[12] P. K. Mills, G. R. Newell, W. L. Beeson, G. E. Fraser e R. L. Phillips, “History of Cigarette Smoking and Risk of Leukemia and Myeloma: Results from the Adventist Health Study”, Journal of National Cancer Institute, 82 (1990):1832-1836.
[13] G. E. Fraser, J. Sabaté, W. L.Beeson e T. M. Strahan, “A Possible Protective Effect of Nut Consumption on Risk of Coronary Heart Disease”, Archives of Internal Medicine, 152 (1992):1416-1424.
[14] Ellen G. White, Conselhos Sobre o Regime Alimentar (Casa Publicadora Brasileira), p. 20.

O fator mais importante que determina quantos anos você viverá, não são seus genes, mas quão bem você vive. Não se convenceu? Um novo estudo publicado no Jornal Médico Britânico (British Medical Journal) com 20 mil britânicos idosos demonstra que você pode cortar seu risco de ataque cardíaco pela metade simplesmente fazendo 4 coisas: 30 minutos por dia de atividade física, comer 5 porções de frutas e vegetais diariamente, evitar o cigarro e excesso de álcool.

Embora esses são alguns passos óbvios que você pode tomar para viver bem, pesquisadores tem descoberto que os centenários tendem a compartilhar certas características: como eles se alimentam, fazem exercícios, lidam com o stress – coisas que podemos fazer para melhorar nosso processo de envelhecimento. É claro que conseguir viver até os 100 é um tempo consideravelmente maior do que viveram seus pais. Contudo, Thomas Perls, que estuda os que passaram dos 100 anos na Escola de Medicina na Universidade de Boston, acredita que, mesmo se você evitasse os genes de doenças fatais como de ‘Huntington’ (doença hereditária que se desenvolve na idade adulta e termina em demência), “não há nada que impeça você de viver bem até os 90 anos. Imagine que, se seus pais e avós fossem fumantes inveterados, eles poderiam ter morrido prematuramente sem alcançar o verdadeiro potencial do tempo de vida deles, portanto vá em frente e alcance aqueles 3 dígitos (100 anos). Siga esses 10 hábitos e confirme a “previsão do tempo de vida” de Perls.

1. Não se aposente. “Evidências provam que nas sociedades onde as pessoas param repentinamente de trabalhar, há uma explosão da incidência de obesidade e doenças crônicas depois da aposentadoria,” disse Luigi Ferrucci, diretor do Estudo Longitudinal Baltimore sobre Envelhecimento. A região de Chianti na Itália, com alta porcentagem de centenários, tem uma visão diferente do tempo de folga. Depois que se afastam de seus empregos, eles gastam a maior parte do dia trabalhando em seus sítios, cultivando uvas e vegetais. Eles nunca são realmente inativos. Cultivar não é prá você? Seja voluntário em Creches, Escolas, Asilos, ou junte-se a um grupo de voluntários e participe de projetos comunitários.

2. Use fio dental diariamente. Isso pode ajudar a manter suas artérias saudáveis. Um estudo da Universidade de Nova Iorque em 2008 mostrou que usar o fio dental diariamente reduziu na saliva a quantidade de bactérias causadoras de doenças. Essas bactérias entram na corrente sanguínea e começam uma inflamação nas artérias, maior fator de risco para doenças do coração. Outra pesquisa mostrou que, os que tem altas quantidades de bactérias em sua boca, tem mais probabilidade de entupir suas artérias, outro sinal de doenças cardíacas. “Eu realmente penso que as pessoas deveriam usar o fio dental duas vezes ao dia para conseguir os benefícios de maior expectativa de vida,” enfatiza Perls.

3. Mexa-se. “O exercício é a única fonte real da juventude que existe,” afirma Jay Olshansky, um professor de Medicina e pesquisador do envelhecimento na Universidade de Illinois-Chicago. “É como o óleo para o seu carro. Você não tem que usá-lo, mas seu carro definitivamente correrá melhor.” Grande quantidade de pesquisas tem documentado os benefícios do exercício para melhorar seu humor, acuidade mental, equilíbrio, massa muscular, e os ossos. “E os benefícios começam imediatamente após seu primeiro dia de atividade física,” acrescenta Olshansky. Não se preocupe se você não for um ‘rato’ de Academia. Aqueles que recebem os maiores benefícios são os que saem do comodismo e simplesmente caminham na vizinhança ou pela quadra, 30 minutos por dia. Fortalecer os músculos com treinamento de resistência também é ideal, mas exercícios leves e constantes podem dar a você efeitos similares de força e resistência mesmo sem fazer levantamento de peso.

4. Coma cereais ricos em fibra no desjejum. Servir-se de grãos integrais, especialmente pela manhã, parece ajudar os de mais idade a manter estáveis os níveis de açúcar no sangue por todo o dia, conforme um recente estudo dirigido por Ferrucci. Diz ele que “aqueles que fazem isso tem uma baixa incidência de diabetes, um conhecido acelerador da velhice”.

5. Feche os olhos durante seis horas pelo menos. Em vez de dormir menos para ganhar mais horas de atividades por dia, durma mais para acrescentar anos à sua vida. “Dormir é uma das mais importantes funções que seu corpo usa para regular e curar as células,” afirma Ferrucci. “O mínimo de sono que os mais velhos necessitam para conseguir as fases REM curativas é aproximadamente de 6 horas.” Aqueles que alcançam a marca de um século de vida colocam o sono como prioridade máxima.

6. Consuma alimentos integrais, não suplementos. Fortes evidências sugerem que as pessoas com altos níveis no sangue de certos nutrientes – selênio, beta-caroteno, vitaminas C e E – vivem mais e melhor e tem baixo índice de declínio cognitivo. Infelizmente não há evidência que tomar comprimidos com esses nutrientes provê os mesmos benefícios anti-idade. “Há mais de 200 carotenóides, e 200 flavonóides diferentes num único tomate,” destaca Ferrucci, “e essas substâncias químicas tem interações complexas que nutrem a saúde; além do Licopeno e a Vitamina C”. Evite alimentos brancos pobres em nutrientes (pães, farinha, arroz branco e açúcar) e aproveite-se de todas as frutas coloridas, vegetais, cereais e pães integrais, com todo seu “exército” de nutrientes escondidos neles.

7. Seja menos neurótico. Pode funcionar para Woody Allen, que mistura suas preocupações com uma saudável dose de humor, mas o resto de nós neuróticos podemos querer encontrar uma nova maneira de lidar com o stress. “Temos um novo estudo que mostra que os centenários tendem a não internalizar coisas ou enfatizar seus problemas,” diz Perls. “Eles são fortes e flexíveis ao lidar com as adversidades.” Se essa característica inata é difícil de conquistar, encontre outros meios de lidar com o stress. Experimente essas dicas: faça exercícios, meditação, ou apenas respire fundo por alguns momentos. Roer as unhas, mascar chicletes em frente à TV, cair na bebida? Isso tudo é péssimo para a sua saúde.

8. Viva como um Adventista do Sétimo Dia. Os americanos que definem a si mesmos como Adventistas do Sétimo Dia tem uma expectativa média de vida de 89 anos; uma década a mais do que a média nos Estados Unidos. Uma das doutrinas básicas dos Adventistas é que, é importante cuidar do nosso corpo porque pertence a Deus. Isso quer dizer não fumar, não usar bebidas alcoólicas, e não abusar dos doces. Os Adventistas típicos seguem uma dieta vegetariana baseada em frutas, legumes, feijões e nozes; e praticam bastante exercício. Eles também valorizam muito a família e a comunidade.

9. Seja uma criatura de hábitos. Centenários tendem a viver em rotinas rígidas, diz Olshansky, comendo o mesmo tipo de dieta e fazendo as mesmas atividades por toda a vida. Dormir e despertar, nos mesmos horários cada dia é outro bom hábito que mantém seu corpo em constante equilíbrio; mas que pode ser facilmente rompido com o passar dos anos. “Sua fisiologia fica mais frágil quando envelhece,” explica Ferrucci, “e fica mais difícil seu corpo recuperar-se se você, perder algumas horas de sono numa noite ou beber muito álcool. Isso pode debilitar suas defesas imunológicas deixando-o mais susceptível a gripe e infecções bacterianas.

10. Fique conectado. Manter contatos sociais regulares com amigos e familiares é a chave para evitar a depressão. Isto pode levar a morte prematura, fato que é mais comum entre viúvos e viúvas. Alguns psicólogos acreditam que um dos maiores benefícios que os de idade avançada obtêm do exercício são as fortes interações sociais desenvolvidas ao caminhar com um amigo ou participar de exercícios em grupo. Tendo uma conexão diária com um amigo íntimo ou um membro da família, há um benefício adicional, com alguém em quem se apoiar. “Eles avisarão se notarem que sua memória está falhando ou se você parece mais reservado,” diz Perls, “e poderão insistir com você para procurar um médico, mesmo antes de você reconhecer, que precise de um.”

Fonte: U.S. News

Existem mil e uma maneiras de transformar a aposentadoria em tempo produtivo e prazeroso. Escolha a sua.

Cinco décadas atrás o cenário era outro. Aposentadoria significava o fim da carreira e à hora de desfrutar o tempo livre com os prazeres antes negados pela rotina do trabalho. Hoje, há quem deixe para mais tarde a hora de pendurar as chuteiras e, em vez de descanso, a palavra de ordem é recomeço.

O aumento da expectativa de vida é um dos principais responsáveis por tamanhas mudanças. Na década de 50, a aposentadoria era tratada como um dolce far niente. “Isso porque a média de vida dos brasileiros era bem menor e era natural o sujeito vir a falecer ainda exercendo sua atividade profissional”, afirma a psicóloga Raquel Franco.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 20 anos a expectativa de vida aumentou de 63,9 para 71,3 anos. As mulheres vivem, em média, sete anos a mais que os homens. Com esse tempo a mais, é preciso planejar, independentemente do gênero, a hora de parar.

Entram em xeque tanto as questões financeiras como as emocionais, o que inclui rearrumar a rotina de casa. Para evitar mudanças bruscas no estilo de vida, alguns especialistas calculam que o benefício deve ser de, pelo menos, 70% do rendimento da época da ativa. Recorrer aos planos de previdência privada pode ser uma boa alternativa. Não existe idade ideal para aderir, mas quanto mais cedo, melhor.

Outra saída é simplesmente não parar. O carioca João Fonseca, de 64 anos, faz parte do grupo que, mesmo depois de aposentado, preferiu permanecer no batente. A natural disposição para trabalhar, o prazer de continuar lecionando, sem contar a necessidade de manter o padrão da minha família, são os fatores que mais pesaram na minha decisão. Se eu parasse, estaria acabado, pelo aspecto financeiro e emocional, também, pois me sinto em plena forma, afirma.

Desenvolver uma segunda carreira também é um recurso muito utilizado e recomendado até. Pode ser a chance de descobrir dons e aptidões e até mesmo de transformar o que antes era lazer em atividade remunerada. Exemplos de quem já tentou não faltam. É a história do engenheiro paulista Alexandre Albuquerque, de 63 anos. “Sempre fui apaixonado por computadores. Ao me ver livre do trabalho, resolvi transformar meu lazer em segunda profissão. Hoje, dou aulas particulares de informática para crianças”, conta.

Fonte: Maisde50.com.br

Na segurança da casa podem existir verdadeiras armadilhas para os idosos.

Nem sempre lar significa segurança. Estudos apontam que cerca de 75% dos acidentes com idosos ocorrem no ambiente doméstico e as quedas são as mais freqüentes. Ferimentos com arma branca (facas de cozinha e ferramentas cortantes) e queimaduras também endossam as estatísticas. As causas, geralmente, são má iluminação, tapetes soltos, superfícies escorregadias e uso de sapatos inadequados, entre outros. Alterações nos sentidos visual e auditivo, osteoporose, além de patologias cardíacas e neurológicas, também são responsáveis por acidentes.

Tudo isso torna o idoso vulnerável tanto dentro quanto fora de casa. Para se ter uma idéia, os atropelamentos correspondem a 10% das mortes na terceira idade.

Diante desse quadro, é importante conversar com um médico sobre as possibilidades de mudança no ambiente doméstico. Abaixo, seguem dicas úteis que podem melhorar a qualidade de vida e evitar possíveis lesões. Lembre-se de que os acidentes também causam depressão, ansiedade, perda de independência, de autonomia, medo e hospitalizações.

Como prevenir acidentes domésticos:

  • Mantenha-se ativo. A prática regular de exercícios físicos melhora sua auto-estima, seu equilíbrio, sua força, normaliza sua pressão arterial e níveis de colesterol e glicose.
  • Não pratique a auto-medicação. Lembre-se de que pessoas idosas são mais sensíveis aos medicamentos e mais suscetíveis aos efeitos colaterais. O remédio que fez bem ao seu vizinho poderá fazer muito mal a você.
  • Use sapatos com solado antiderrapante ou tênis. Evite o uso de chinelos ou andar de meias.
  • Mantenha sua casa livre de obstáculos nos locais de circulação, principalmente entre o quarto e o banheiro. Caso haja dificuldade visual, disponha de iluminação baixa neste trajeto.
  • A iluminação deve ser adequada em todos os cômodos.
  • Na presença de escadas em sua casa, esta deve estar sempre bem iluminada, sem objetos no seu caminho, ter piso antiderrapante e corrimões bilaterais.
  • Evite tapetes soltos. Observe se ele possui forro antiderrapante ou se há possibilidade de fixá-lo.
  • Fixe os fios soltos às paredes.
  • Dê preferência a pavimentos antiderrapantes. Caso possua chão de madeira, evite o uso de polimento ou cera.
  • Coloque barras de apoio ao lado do vaso sanitário e no chuveiro. Lembre-se de que as lajotas são superfícies extremamente escorregadias. Por isso, utilize tapetes de borracha antiderrapantes nas áreas de uso neste local. Use também uma cadeira no box para ensaboar-se e enxaguar-se.
  • Cuidado extra em locais de pavimentação desconhecida. Calçadas, ruas, praças, ou mesmo no seu quintal e jardim. Locais sem pavimentação sofrem desnivelamento diário por ação dos ventos e das chuvas.
  • Se estiver só, não hesite em pedir ajuda para subir/descer de um ônibus ou atravessar a rua.
  • Considere o uso de bengala ou andador com indicação de seu médico. Lembre-se que tudo aquilo que lhe deixa mais independente deve ser aceito positivamente.
  • Tenha sempre à mão os números de telefone dos serviços de emergência disponíveis em sua cidade. Eles poderão ser úteis um dia.
  • Traga sempre junto de seus pertences uma placa de identificação contendo seu nome, endereço, telefone e nome das medicações que você utiliza. Escreva também nome e telefone de algum parente ou amigo próximo que possa ajudar você no caso de um acidente fora de casa.
  • Evite levantar-se da cama rapidamente. Faça isso após permanecer alguns minutos em repouso.
  • Não use chaves nas portas internas de sua casa.
  • Antes de dormir, certifique-se de que o registro do gás está desligado.
  • Caso utilize bolsa de água quente, verifique se está bem fechada. Envolva a mesma com uma toalha antes de aplicá-la em seu corpo.

Fonte: Roberta da Silva (médica especialista em Geriatria)

Acesse o Calendário de Atividades 2024 atualizado!CONFIRA
Assine para receber nosso boletim semanal
Digite abaixo seu nome e seu e-mail:
Nós não divulgaremos seus dados.