Daniel
Este tópico contém 13 respostas, possui 1 voz e foi atualizado pela última vez por Agência T7 4 anos, 6 meses atrás.
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1 de janeiro de 2020 às 09:00 #15999
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3 de janeiro de 2020 às 23:12 #16010Lição 1: Da leitura à compreensão
1. O livro de Daniel aborda história e profecia. A profecia preditiva é uma visão antecipada da história; e a história é o cumprimento da profecia.
2. A seguir, podemos ver 5 características do livro de Daniel:
2.1. Tema central: Jesus Cristo. Deus está com Seu povo (Daniel 3:25; 7:27; 9:25-27; 12:1).
2.2. Estrutura literária: repetição e expansão. Deus revela-se gradualmente (Daniel 2; 7; 8).
2.3. Tipo de profecia: profecia apocalíptica. Deus escolhe como se revelar (Daniel 7:2; 8:1; 8:15; 9:21).
2.4. Período de tempo: blocos historicistas. Deus intervém na história (Daniel 2; 7; 8).
2.5. Relevância prática: narrativas e predições. Deus age didaticamente (Daniel 1; 3; 4; 6; 10).
3. Jesus Cristo é o centro do livro de Daniel.
3.1. O Nobre que se torna servo (Daniel 1:3; Filemon 2:7).
3.2. A Pedra que estabelece o reino (Daniel 2:35,44).
3.3. O Filho que é Deus conosco (Daniel 3:25; Mateus 1:23).
3.4. O Céu que domina a terra (Daniel 4:26).
3.5. O Juiz que é dono da vida (Daniel 5:23).
3.6. O Senhor que livra (Daniel 6:16,27; 2 Timóteo 4:17).
3.7. O Filho do Homem que traz o reino (Daniel 7:13,14; Mateus 24:30,31).
3.8. O Sacerdote que se compadece (Daniel 8:14; Hebreus 4:14-16).
3.9. O Messias que faz aliança (Daniel 9:27; João 1.29).
3.10. O Arcanjo que vence Satanás (Daniel 10:13; 12:1; Apocalipse 12:7).
4. No livro de Daniel existem 4 ciclos proféticos, que repetem a estrutura básica. Cada um se estende da época da visão até o tempo do fim:
4.1. Daniel 2: Babilônia – Média-Persa – Grécia – Roma – Reino de Deus.
4.2. Daniel 7: Babilônia – Média-Persa – Grécia – Roma – Reino de Deus.
4.3. Daniel 8,9: Média-Persa – Grécia – Roma – santuário purificado.
4.4. Daniel 10-12: Média-Persa – Grécia – Roma – triunfo de Miguel.
5. As profecias apocalípticas e clássicas apresentam características que as distinguem. Algumas delas são:
5.1. Profecia clássica:
5.1.1. Predomínio da “Palavra do Senhor” (Jonas 1:1).
5.1.2. Predomínio do literal (Jonas 3:3).
5.1.3. Cumprimento condicional (Jonas 3:10).
5.2. Profecia apocalíptica:
5.2.1. Predomínio de sonhos e visões (Daniel 7:1)
5.2.2. Predomínio de símbolos (Daniel 2:28-45).
5.2.3. Cumprimento incondicional (Daniel 5:24-30).
6. Os 4 principais métodos de interpretação das profecias apocalípticas são:
6.1. Preterismo: profecias se cumpriram no passado.
6.2. Futurismo: profecias se cumprirão no futuro.
6.3. Idealismo: profecias são símbolos espirituais.
6.4. profecias se cumprem numa sequência histórica ininterrupta até o fim (Daniel 2,7,8; Apocalipse 11).
7. “A validade do historicismo como método para interpretação de Daniel e Apocalipse é fornecida pelo fato de que o anjo intérprete em Daniel usou esse método” (Daniel 2).
8. Em Daniel, a cortina é afastada e poderemos ver um Ser misericordioso que executa Sua própria vontade. Esse é um conhecimento relevante também em nossos dias. Portanto, podemos acreditar que:
8.1. Deus é Soberano (Gênesis 50:20; Jó 19:25; Daniel 6:19-24).
8.2. Deus conduz a história (Daniel 2:44,45; 4:37; 7:26).
8.3. Deus recompensará o fiel (Daniel 12:13; Apocalipse 2:10).
9. Deus deseja que todos sejam salvos (1 Timóteo 2:4). Para isso, ele se comunica com as pessoas e conduz a história do mundo.
9.1. Ele fala aos pagãos (Daniel 2:1).
9.2. Ele fala aos cristãos (Daniel 12:13).
9.3. Ele fala às nações (Daniel 4:29; 6:26).10 de janeiro de 2020 às 21:49 #16023Lição 2: De Jerusalém a Babilônia
1. Essa semana nós estudamos os principais temas do capítulo 1 do livro de Daniel.
2. Os pontos que merecem destaque:
2.1. No verso 2 fica evidente quem é o personagem principal dessa história. Não é Daniel, nem seus companheiros, nem o rei Dario e nem Babilônia; o Senhor é quem exerce domínio sobre todas as pessoas, nações e reis do mundo.
2.2. É Ele quem ajuda seu povo a ser fiel mesmo em terra estranha.
3. O exemplo de Daniel e seus três companheiros nos mostram que é possível ser fiel ao Senhor mesmo em meio as complexidades de uma terra estranha.
4. Daniel e seus companheiros não se sentiram injustiçados por causa do exílio. E houve três razões para isso:
4.1. Os atos de juízo do Senhor só ocorrem após um longo período de apelo. Daniel e seus amigos reconheciam isso.
4.2. Mesmo que os fatos pareçam indicar, o Senhor nunca perde uma batalha; o Senhor é Soberano.
4.3. Daniel e seus companheiros tinham uma informação privilegiada que lhes permitia ver além dos fatos. Essa informação privilegiada se chama cosmovisão – uma visão que abarca o passado, o presente e o futuro. Cosmovisão é o nível mais completo da fé pois reconhece a presença de Deus em qualquer ponto da história.
4.4. O apóstolo Paulo demonstrou que tinha essa visão, a cosmovisão, quando disse: “Eu sei em quem tenho crido…” (2 Timóteo 1:12). Essa é uma referência ao passado, ao presente e ao futuro.- Qual foi o maior erro de Judá? (Judá não aprendeu com a experiência de Israel. Pensaram: isso não vai acontecer conosco; a autoconfiança é um erro fatal)
5. O Senhor deu três oportunidades a Judá: em 605 aC.; em 597 aC. e em 586 aC. Além disso o Senhor enviou os profetas Jeremias e Ezequiel para adverti-los.
- Quais são os principais desafios que Daniel e seus companheiros tiveram que enfrentar em Babilônia?
6. Alguns desafios que Daniel e seus amigos enfrentaram foram:
6.1. O idioma: os idiomas falados em Babilônia eram o aramaico e o acadiano. O acadiano era mais usado para aspectos culturais e religiosos.
6.2. A cultura com todas as suas diversidades: roupas, alimentos, diversões, bebidas, festas, comemorações, etc.
6.3. A história: os babilônios insinuavam que o deus de uma nação que foi vencido numa batalha era um deus inferior ao deus da nação que foi vitoriosa. Isso era estímulo sútil para mudar para que os filhos da nação vencida trocassem de deus e de crença.
6.4. A religião: Babilônia era uma nação idólatra que tinha uma infinidade de deuses. Lembrando que o rei era o representante da principal divindade. Os deuses das nações vencidas eram adicionados à religião babilônica como sub-deuses em razão de terem perdido uma batalha e terem sido humilhados.
6.5. A identidade: a mudança do nome indicava uma nova cidadania.
7. A seguir, podemos verificar o significado dos nomes hebraicos e babilônicos de Daniel e seus amigos:
7.1. O significado do nome hebraico de Daniel, ‘Deus é meu juiz’, mudou para Beltessazar – nome derivado de uma divindade babilônica cujo nome era Balatsu-usur. Este, era o deus que Nabucodonosor representava. O significado do nome desse deus era o protetor da vida. A ideia era que Balatsu-usur foi quem deu a vitória a Nabucodonosor; a sugestão era que Daniel deveria se orgulhar de carregar o nome desse deus.
7.2. Hananias, com significado em hebraico ‘O Senhor é gracioso’, mudou para Sadraque, derivado de Shuduraku – o deus lua que segundo os babilônios era quem estabelecia os decretos.
7.3. Mizael, com significado em hebraico ‘Quem é Deus’, mudou para Mesaque. Sadraque e Mesaque diferem apenas no prefixo; provavelmente os dois nomes fazem referência a lua que era uma divindade Babilônica.
7.4. Azarias, em hebraico significa ‘Deus ajudou’, mudou para Abede-Nego que significa ‘Servo de Nego ou Nebo’, o deus babilônico responsável pela ciência e literatura.- O que devemos fazer quando nossa fé é colocada sob pressão ou severa prova?
- Quais as possíveis razões para os quatro jovens se negarem a comer a comida de Babilônia? (A comida tinha um apelo religiosa e Daniel se negou a comer por uma questão de saúde e motivação religiosa)
- Em que se baseava a convicção de Daniel de que dez dias apenas seriam suficientes para estabelecer uma diferença em favor de sua dieta? (A confiança que ele tinha em Deus)
8. O Espírito Santo deu aos quatro hebreus dons especiais, mas a Daniel deu um dom diferenciado. Isso explica como o Espírito Santo tem liberdade para distribuir os dons conforme os interesses de Deus.
9. A experiência de Daniel e seus três amigos nos ensina que podemos servir a Deus em qualquer lugar e sob qualquer circunstância.- Você já se achou numa circunstância em que servir a Deus parecia uma tarefe impossível?
- Você consegue lembrar de alguma influência ou tendência que nossa cultura atual defende e que nós como povo de Deus não podemos concordar?
10. Daniel não temeu os poderes opressores de sua época que tentaram destruir os seus princípios religiosos e sua identidades como filhos do Único e Verdadeiro Deus.
- Por que o capítulo 1 conclui com uma informação aparentemente irrelevante: “Daniel continuou até o primeiro ano do rei Ciro”?
11. Essa informação oferece uma informação básica para o entendimento dos próximos capítulos. O profeta Jeremias tinha feito uma profecia sobre o próximo episódio da história do povo de Deus (Jeremias 25:12-14): a profecia dos 70 anos.
12. Portanto essa deixa, no final do primeiro capítulo, significa: aguardem os próximos capítulos.
13. Essa história que começou no livro de Daniel ainda não terminou. Faltam somente os últimos episódios.- As escolhas que estamos fazendo hoje indicam que faremos parte daqueles que desfrutarão de um final feliz e eterno?
14 de janeiro de 2020 às 19:11 #16024Lição 3: Do ministério à revelação
1. Quero começar o estudo do capítulo 2 do livro de Daniel defendendo a seguinte premissa: o aspecto que deve receber maior atenção de nossa parte durante o estudo dessa semana não é o sonho de Nabucodonosor, mas o sonho de Deus.
- Alguma vez Deus já lhe comunicou algum coisa através de sonho?
2. Segundo alguns especialistas, os sonhos são conexões ilógicas que ocorrem quando parte de nosso cérebro para de funcionar. A parte de nosso cérebro que para de funcionar quando dormimos chama-se centro lógico; é por isso que a maioria dos nossos sonhos se mostram tão confusos ou irreais. Esses mesmos especialistas creem que os sonhos podem estar associados ao medo, ansiedade, estresse, preocupação, desejos, eventos traumáticos, medicação, doenças, má digestão, etc. Freud acreditava que os sonhos era a expressão de desejos reprimidos.
3. Onirologia é a ciência que estuda os sonhos. No antigo Oriente, os sonhos eram considerados um aviso dos deuses. Os sonhos eram tão valorizados que os reis elegiam alguns especialistas para interpretar os sonhos; existiam livros ensinando como interpretar sonhos.
4. Para os governantes do Oriente, o conhecimento divino era inacessível, exceto por meio de mensagens codificadas que exigiam o entendimento especializado dos adivinhos e sábios com quem os deuses se comunicavam para revelar seus mistérios e desígnios.
5. Mas nessas circunstâncias esses especialistas ficaram impossibilitados de decodificar porque o rei não se lembrava do sonho; se o rei tivesse relatado o sonho eles teriam dado uma interpretação para acariciar o ego do rei.
6. Se você prestou atenção na leitura do capítulo 2, você certamente observou que Daniel não só revelou o sonho e deu a interpretação, mas ele também declarou os pensamentos que estavam na mente do rei.
7. Este adendo fez uma enorme diferença na hora de revelar o sonho e dar a interpretação. Só o rei sabia o que se passava em sua mente e foi o fato de Daniel declarar esse aspecto tão íntimo que levou o rei a adorar a Daniel como se ele fosse a encarnação de alguma divindade.
8. Daniel tentou evitar esse tipo de reação atribuindo os méritos ao verdadeiro Deus. Cristãos são todos aqueles que atribuem a Deus os méritos de suas ações.
9. Daniel procurou atrair a atenção do rei todo tempo para alguns aspectos da Natureza de Deus. Alguns exemplos são: Sua imanência (nada existe independente de Deus; Sua transcendência (Deus é superior à Sua criação); Sua presciência (Deus conhece todas as coisas por antecipação por que Ele não está limitado pelo tempo).
10. O capítulo 2 revela outra grande surpresa: Daniel criou um grupo de oração para interceder por uma resposta de Deus; Deus ouviu a oração dos quatro amigos e escolheu a Daniel para desvendar o mistério do sonho e também sua interpretação.
11. Após a resposta, Daniel ofereceu a Deus outra oração; dessa vez uma oração de gratidão e louvor. Saber agradecer é uma elevada forma de culto.
12. A revelação e a interpretação do sonho em Daniel 2 não é apenas um esboço histórico que fez um rei pagão conhecer o futuro satisfazendo sua curiosidade acerca do futuro.
13. O capítulo 2 de Daniel apresenta um esboço histórico que indica que a história avança em direção a um alvo proposto por Deus. Esse capítulo não deve imprimir medo ou pavor, mas calma e confiança.
14. O propósito fundamental do sonho e sua interpretação vai muito além da sucessão dos acontecimentos em si. A ideia central é mostrar que é Deus quem muda os tempos e estabelece os reis e controla o universo.
15. Deus tem a última palavra. Os impérios que ocuparam sucessivamente o palco da história e deixaram sua marca, não passaram de etapas preliminares que precederam o estabelecimento do reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo.
16. Com frequência ouvimos falar em guerra e rumores de guerra. Muitos temem uma guerra atômica que varrerá boa parte da humanidade; creem que o mundo será esvaziado por um holocausto nuclear.
17. A pedra lançada sem auxílio de mãos humanas indica que quem vai destruir a terra é Deus e não qualquer governante apertando um botão para produzir uma destruição em massa. Vários trechos da Bíblia indicam que o mundo estará vivendo uma condição comum antes da volta de Cristo. Pode-se exemplificar o texto que cita “casavam e davam-se em casamento” (Mateus 24:38,39), que indica um mundo vivendo a rotina de suas vidas tradicionais.
18. Daniel 2 indica que Deus não precisa da ação revolucionária dos homens para realizar seus propósitos.
19. As quatro primeiras partes da estátua indicam o lado efêmero dos homens:
19.1. A cabeça de ouro (Babilônia): de 625 a.C. a 539 a.C.
19.2. O peito e os braços de prata (Média-Persia): de 539 a.C. a 331 a.C.
19.3. O ventre e os quadris de bronze (Grécia): de 331 a.C. a 168 a.C.
19.4. As pernas de ferro (Roma): de 168 a.C. até 476 d.C.
19.5. Os pés em parte de ferro e em parte de barro (representam uma Europa dividida): de 476 d.C. até a volta de Cristo.
20. Cada um desses períodos tem início e fim; mas o reino simbolizado pela pedra nunca jamais terá fim.
21. Portanto o foco do sonho está no que acontecerá nos “últimos dias”.
22. Enquanto, até certo ponto, os metais e o barro podem ser produtos de manufatura humana, a pedra do sonho não é tocada por mãos humanas.
23. A estátua apresenta uma descrição vívida da humanidade e suas realizações. Fica evidente também sua desvalorização: ouro, prata, bronze, ferro e barro).
24. Os pés de ferro e barro que representam o período que antecede o reino da pedra são marcados pela desunião. “Mas a pedra lançada sem auxílio de mãos” indica uma ação sobrenatural que virá a este mundo transitório e a todas as suas realizações.
25. Por muitas razões bíblicas podemos concluir que a pedra representa o reino de Cristo que será implantado a partir de sua segunda vinda (Deuteronômio 32:4; 1 Samuel 2:2; Salmo 18:31; Salmo 118:22; 1 Pedro 2:4 e 7).
26. Somente a segunda vinda de Jesus cumprirá o clímax dessa profecia; a volta de Jesus é a única interpretação sensata para a ação da pedra no fim dos tempos.
27. Portanto, a mensagem de Daniel 2 revela a soberania de Deus e a fragilidade dos homens; mas também mostra um Deus envolvido com a história de todas as nações.- Qual é a mensagem principal de Daniel 2? (É que podemos confiar em Deus em todas as circunstâncias).
28. O sonho de Daniel 2 revela um método de ensino prático que permitiu a Daniel pregar o evangelho num reino de pagãos.
- De que maneira a mensagem transmitida por este sonho nos ajuda a viver a vida cristã com esperança?
31 de janeiro de 2020 às 15:02 #16046Lição 4: Da fornalha ao palácio
1. A lição que estudamos essa semana nos oferece algumas informações curiosas sobre adoração e lealdade.
2. Revela três jovens indo ao extremo para provar a exclusividade de sua adoração.
3. Cerca de 20 anos podem ter decorrido entre o sonho relatado no capítulo 2 e a construção dessa estátua.
4. Essa história revela vários aspectos do caráter dos protagonistas:
4.1. Um rei insatisfeito em ser apenas o que Deus disse que ele era.
4.2. Um rei que desejava evocar seu poder e avaliar a lealdade dos seus súditos.
4.3. Um rei que possuía uma fé inconsistente. Nabucodonosor havia tido duas oportunidades de se familiarizar com o verdadeiro Deus: primeiramente, ele tinha provado os jovens hebreus e os havia achado dez vezes mais sábios do que os sábios de Babilônia. Em seguida, depois que todos os outros especialistas falharam em lembrá-lo de seu sonho e da interpretação, e Daniel relatou: os pensamentos de sua mente, o sonho e sua interpretação.
4.4. Em contraste, os outros protagonistas dessa história são três jovens dispostos a morrer para demonstrar seu amor e lealdade a Deus.
4.5. Os dez mandamentos revelam que nossa lealdade suprema deve pertencer a Deus porque Ele é o único Deus.
4.6. Os três jovens revelaram uma fé autêntica.
4.7. Eles confiaram a vida nas mãos de Deus.
5. De acordo com o calendário profético, viveremos momentos semelhantes aos que esses jovens passaram. De certa forma, nossa fé já está sendo provada, só que de modo muito sútil.
6. Apocalipse 13 revela que situação semelhante vai envolver os habitantes da Terra. Todos serão convidados a adorar a imagem da besta, o que em certo aspectos já começou.
7. A estátua que foi levantada na planície de Dura, de certa forma, representava uma iniciativa “ecumênica”; era uma espécie de culto oferecido por todos os povos a todos os deuses.
8. Nabucodonosor desconhecia o fato de que o culto ao verdadeiro Deus tinha outras características e o Deus verdadeiro é o único Deus que requer exclusividade.
9. O capítulo três, ao ponto que revela um retrocesso, revela também um avanço: se por um lado revela a recaída do rei, por outro revela a supremacia de Deus.
10. Não adorar a estátua de Nabucodonosor era uma afronta grave: revelava falta de lealdade e insubmissão ao rei e ao seu sistema de governo.
11. Quando os três jovens foram denunciados, o rei resolveu dar uma segunda chance. Eles devem ter sido persuadidos a mudar de ideia, ter uma visão mais aberta, mais abrangente, menos preconceituosa, menos fundamentalista, mais holística.
12. Isso nos remonta novamente a Apocalipse 13 quando todas as categorias de pessoas oferecem sua lealdade a Deus. As seis categorias de pessoas revelam união, uniformidade; pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos é uma definição de todo mundo.
13. Pense na seguinte pressão: todos estão fazendo, todos estão se curvando, menos vocês.
14. Há muita semelhança entre os fatos que aconteceram e os que estão profetizados. A estátua foi rigorosamente construída obedecendo o padrão numérico de adoração que valoriza o número seis: 6 côvados de altura por 6 de largura.- Há alguma semelhança entre esse fato e o outro fato descrito em Apocalipse, em relação ao número da besta?
15. O ouro é símbolo de ostentação; a estátua era toda de ouro.
- Há alguma manifestação de ostentação da parte da Babilônia espiritual dos nossos dias?
16. Os três jovens saíram vitoriosos porque fizeram a escolha certa. A aparição de um quarto personagem na fornalha produziu a anulação do poder destruidor do fogo. Deus estava no meio deles; se Deus está conosco nenhum mal definitivo pode nos acometer.
- O que você pensaria dessa história se o desfecho fosse outro? Se os três jovens tivessem perecido no fogo?
- O que é um fé incondicional?
- Quais são as lições mais importantes do estudo da lição dessa semana?
- Quem é Deus para você?
- Até onde você está disposto a ir para demonstrar sua lealdade a Deus?
Complemento
1. Perder a liberdade não significa perder a lealdade. Em Daniel 3:17 lemos a fala de um leal adorador: “se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, Ele nos livrará da fornalha”.
1.1. ‘Nosso Deus’: um adorador tem intimidade com Deus.
1.2. ‘A quem servimos’: um adorador tem submissão a Deus.
1.3. ‘Ele nos librará’: um adorador tem confiança em Deus.
2. As duas estátuas (Daniel 2 e 3) mostram as diferenças entre Deus e o homem em relação a história:
2.1. Deus está no controle da história (Daniel 2:21) x Homem, que força o controle da história (Daniel 3:1-7).
2.2. Deus estabelece um fim na história (Daniel 2:34) x Homem que não enxerga o fim da história (Daniel 2:29).
2.3. Deus reinicia o rumo da história (Daniel 2:44) x Homem que está à mercê do rumo da história (Daniel 2:29).
3. Há uma forte semelhança entre Daniel 3 e Apocalipse 13: tanto Nabucodonosor quanto a Besta do mar impoem uma fala adoração:
3.1. Forçam a adoração sobre si (Daniel 3:4; Apocalipse 13:4,7).
3.2. Determinam sentença de morte (Daniel 3:6; Apocalipse 13:7).
3.3. Dominam as nações (Daniel 3:7; Apocalipse 13:8).
3.4. Enfrentam o remanescente (Daniel 3:12; Apocalipse 13:8).
4. Em Daniel 3, no final da narrativa, o louvor a Deus é reconhecido: “bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-nego…” (verso 28).
5. Nos dois primeiros mandamentos do decálogo, é possível encontrar, no mínimo, quatro ordens de Deus contra a idolatria. Em Daniel 3, Nabucodonosor quebra essas quatro ordens.
5.1. “Não terás outros deuses” (Êxodo 20:3): o rei dez um deus (Daniel 3).
5.2. “Não farás para ti imagem” (Êxodo 20:4): o rei fez uma imagem (Daniel 3:1).
5.3. “Não se prostrarás” (Êxodo 20:5): o rei fez o povo prostrar-se (Daniel 3:5).
5.4. “Não as adorarás” (Êxodo 20:5): o rei fez o povo adorar (Daniel 3:6).
6. A resposta dos servos leais veio do decálogo: “Não serviremos ao teu deus, nem adoraremos” (Daniel 3:17,18).
7. Sobre o Quarto Homem, vejamos o que nos é dito em Daniel 3:19-27:
7.1. O que Ele não fez:
7.1.1. Não livrou os jovens da humilhação (Daniel 3:15).
7.1.2. Não livrou os jovens das amarras (Daniel 3:20).
7.1.3. Não livrou os jovens da fornalha (Daniel 3:23).
7.2. O que Ele fez:
7.2.1. Os jovens foram exaltados na fornalha (Daniel 3:26).
7.2.2. Os jovens foram libertados na fornalha (Daniel 3:25).
7.2.3. Os jovens foram auxiliados na fornalha (Daniel 3:25)>
8. Deus não os poupou da fornalha, mas este com eles na fornalha.
9. A fé não é um mero pensamento positivo, mas uma força que te leva à ação. Ela provém de uma submissão total à Deus.
10. A fé vitoriosa nos leva à:
10.1. Ver o invisível (Hebreus 11:1).
10.2. Ofertas do jeito certo (Hebreus 11:4).
10.3. Fazer o que é incrível (Hebreus 11:7).
10.4. Confiar na providência (Hebreus 11:8,17).
10.5. Ter coragem (Hebreus 11:23).
10.6. Escolher direito (Hebreus 11:24,25).
10.7. Suportar a aflição (Hebreus 11:36,37).
11. Hebreus 11 não menciona Daniel e seus amigos. Porém, é possível enxergar a descrição deles nos versos 36 e 37.
12. Pontos principais de Daniel 3:
12.1. A imagem de ouro é erguida pelo rei (verso 1).
12.2. A sentença para quem não se prostrar (verso 6).
12.3. A denúncia contra os amigos de Daniel (verso 12).
12.4. A postura firme dos cativos hebreus (versos 16-18).
12.5. A sentença de morte é cumprida (versos 20-23).
12.6. A surpresa do rei ao ver os hebreus vivos (verso 24).
12.7. A aparição do quarto homem na fornalha (verso 25).
12.8. A prosperidade dos hebreus em Babilônia (verso 30).31 de janeiro de 2020 às 15:12 #16047Lição 5: Do orgulho à humildade
1. A lição dessa semana nos ensina até onde o orgulho pode levar uma pessoa e até onde a misericórdia de Deus pode ir para alcançar um pecador arrependido.
2. Ilustração: um dia, numa sala de aula, um aluno me fez a seguinte pergunta: “Pastor, se Deus é amor, por que Ele nunca perdoou a Satanás?” – Respondi: “Porque ele nunca se arrependeu, nunca mudou de sentimentos e nem de atitudes”.
3. Na Bíblia a palavra orgulho é sinônimo de arrogância, soberba, vaidade, ostentação, altivez e falta de humildade. Todas essas atitudes revelam uma suposta manifestação de superioridade.
4. O orgulho é a principal característica das pessoas que têm um conceito muito elevado de si mesmo. Orgulho não é auto-estima; auto-estima é a qualidade de quem se contenta com o seu modo de ser. Orgulho é a característica dos que se julgam superior aos outros.
5. O orgulho é uma distância entre o homem e Deus. O orgulho é falta de amor. “o amor é feito de detalhes que o orgulho não nos deixa ver”.
6. O orgulho predispõe o homem a cometer todo tipo de pecado. “O orgulho é o estado mental mais oposto a Deus que existe”.
7. O orgulho foi a primeira semente do pecado (Ezequiel 28: 17). O orgulho de Lúcifer motivou sua queda e deu origem ao pecado.
8. Satanás permitiu que seu orgulho evoluísse tanto ao ponto de se julgar igual a Deus.
9. O orgulho também foi a principal motivação do pecado de Adão e Eva. Satanás conseguiu despertar no coração de Eva o desejo de ser igual a Deus.
10. As três motivações para o pecado de Eva estão relacionadas com o orgulho:
10.1. A árvore era boa para se comer: dedução pessoal baseada no fato de que uma serpente estava falando com ela – ostentação.
10.2. Era agradável aos olhos: conclusão precipitada – arrogância.
10.3. Desejável para dar entendimento: desejo de ser igual a Deus – altivez.
11. O livro de Jeremias (9:24) nos ensina que só existe um motivo para nós sentirmos orgulho: “…que se orgulhe de conhecer e saber que Deus é justo é misericordioso”.
12. Nabucodonosor tinha passado por duas experiências para aplacar seu orgulho: o sonho da estátua e a experiência da fornalha ardente.
13. Pelo visto, as duas experiências não foram suficientes. Deus, então, por meio de um sonho, lhe advertiu sobre as possíveis consequências do seu orgulho.- Quais os motivos do orgulho do rei? (Conquistas militares, poder político, fama internacional, riqueza incomparável, luxo, autoridade absoluta, realizações inigualáveis, como por exemplo, jardins suspensos, aquedutos, grandes construções. Não é sem motivo que Babilônia é reconhecida como uma das sete maravilhas do mundo antigo).
- Você tem algum motivo pessoal para sentir orgulho de si mesmo?
14. O orgulho fez com que cada vez mais Nabucodonosor se tornasse prepotente, um despótico, opressor e tirano. Ttodas as grandes construções foram executadas com mão de obra escrava.
15. O orgulho de Nabucodonosor provinha do persistente erro de ignorar a soberania de Deus.
16. Em Daniel 4:27 encontramos o apelo que Daniel fez ao rei para evitar o cumprimento da profecia.
17. O verso 30 apresenta o momento quando Nabucodonosor subiu ao pódio do seu orgulho. “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?”.
18. O que lemos em seguida revela um ato de juízo e de repreensão a essa tamanha prepotência. Nabucodonosor foi acometido de uma doença conhecida como disforia da espécie, uma disfunção mental patológica, também conhecida como licantropia ou zoantropia clínica – uma espécie de delírio no qual o indivíduo pensa e age como se fosse um animal.
19. Durante sete anos o rei foi humilhado diante de todos aqueles de quem julgava-se superior.- Já lhe ocorreu perguntar por que sete anos? (O número sete tem um significado especial na teologia bíblica. Nela, quando o sete faz referência a Deus significa perfeição e soberania e quando se refere aos homens significa oportunidade).
20. O relato do livro de Daniel descreve que, ao final do sétimo ano, Nabucodonosor levantou os olhos para o céu e reconheceu a superioridade de Deus. Em seguida, num ato público, ele reconheceu sua culpa e exaltou a misericórdia de Deus.
21. Essa história não é tanto sobre Nabucodonosor, mas sobre a misericórdia de Deus; apesar da teimosia de Nabucodonosor, Deus lhe deu uma quarta chance.
22. O ponto da virada ocorreu quando Nabucodonosor deixou de olhar para si mesmo e olhou para Deus; grandes mudanças sempre ocorrem quando levantamos nossos olhos para Deus.
23. As palavras e as mudanças na vida de Nabucodonosor indicam uma verdadeira conversão. Não era comum um rei usar palavras depreciativas contra si mesmo.
24. Que reviravolta na vida de Nabucodonosor: um rei que tinha desafiado, negado e blasfemado contra o Deus do céu, agora fervorosamente procura exaltar e promover o nome desse Deus.
25. Paulo exalta a misericórdia de Deus dizendo: “O Senhor deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4).- Você já foi humilhado por Deus? O que você aprendeu com essa experiência?
- Que contraste você enxerga entre a atitude de Lúcifer e a atitude de Jesus? (Filipenses 2:5-11).
- Devemos esperar ser humilhados para aprender alguma lição pra vida?
- Existe alguma relação do que estudamos essa semana com a devolução do dízimo e a guarda do sábado?
- Qual foi a grande lição que você aprendeu do estudo dessa semana?
7 de fevereiro de 2020 às 20:24 #16056Lição 6: Da arrogância à destruição
1. Existem três maneiras de aprender:
1.1. Com os erros dos outros.
1.2. Com os nossos próprios erros.
1.3. Ouvindo os conselhos de pessoas experientes.
2. Se Belsazar tivesse aprendido com os erros do seu avó, não teria cometido um erro fatal.
3. Existem dois tipos de erros:
3.1. Os erros que podem ser corrigidos.
3.2. E os erros que não podem ser corrigidos.
4. Belsazar cometeu um erro que não pôde ser corrigido. Seu erro custou a derrocada do império babilônico e a sua própria vida.
5. Uma vez Jesus disse aos líderes religiosos que o acusavam de estar realizando milagres pelo poder de Satanás. Eles, portanto, estavam cometendo um pecado imperdoável; ou seja, que não podia ser corrigido.
6. Os milagres de Jesus foram realizados pelo poder do Espírito Santo. Quando os líderes judeus transferiram para Satanás o crédito dos milagres realizados pelo Espírito Santo, cometeram um erro incorrigível.
7. Com essa atitude, os líderes judeus desprezaram a Deus; e o cálice da paciência de Deus se esgotou para com eles.
8. Quando Belsazar utilizou os vasos do templo de Jerusalém que tinham sido dedicados a Deus, em sua festa profana, ele desprezou a Deus; e o cálice da paciência de Deus se esgotou com ele.
9. Mas a queda do império babilônico serve, principalmente, para demonstrar que Deus governa os assuntos desse mundo.
10. Babilônia era uma nação idolatra; a idolatria estava presente em todas as suas práticas. O número seis estava presente em todas as suas formas de culto.
11. Portanto, não foi por acaso que ele utilizou objetos de ouro, prata, bronze, ferro, madeira e pedra. Suas divindades eram classificadas pela ordem de valor desses materiais.
12. Podemos exemplificar: uma divindade feita de ouro, significava que era superior a uma divindade feita de prata. E assim sucessivamente.
13. Observe também que em Daniel 2 (no sonho da estátua de Nabucodonosor), seis materiais foram citados: ouro, prata, bronze, ferro, barro e pedra.
14. Mas, contrariando o sistema de valorização da divindade pelo valor do material em que foi feito, o material que esmiuçou toda estátua foi uma pedra.
15. Curiosamente, lemos o seguinte em 1 Coríntios 10:4: “…E a pedra era Cristo”.
16. Vale fazer um adendo nessa hora: conforme o livro do Apocalipse, o número seis continua recebendo deferência no sistema de culto da Babilônia Espiritual. Tanto que o número da besta é uma sequência de três números seis (Apocalipse 13:18).
17. Essa tríade de seis é uma espécie de contrafação a trindade divina; Deus separou o sétimo dia como símbolo de Seu poder e autoridade. O poder que fará oposição a Deus no fim dos tempos se faz representar pelo número seis e por três poderes coligados: o dragão, a besta e o falso profeta ou os três espíritos de rãs (Apocalipse 16:13).
18. O culto pagão de Beltesazar foi interrompido por uma ação de Deus. A pedra que vai destruir a estátua também prefigura uma ação de Deus.
19. Então houve uma sentença que precisava ser decodificada e precisava de um decodificador; o decodificador faz parte do povo de Deus.
20. O mundo em nossos dias também está convivendo com uma sentença – pesado foste na balança e achado em falta -, só os que estão com Deus podem decodificar essa sentença para alertar a humanidade acerca do perigo iminente.
21. Belsazar ignorou o currículo de Daniel. A rainha mãe, no entanto, chamou a sua atenção. Na verdade, ele ignorou várias mensagens de alerta e quando atentou para esse fato era tarde demais.
22. Podemos extrair grandes lições da história desse rei. Mas, talvez, a lição mais importante que precisamos aprender hoje seja nunca ignorar as oportunidades de Deus.
23. Há um ditado que diz que ‘à justiça de Deus tarda, mas não falha’. Tarda porque Deus é misericordioso, mas não falha porque Deus é justo.
24. Ter que enfrentar a justiça de Deus é a pior coisa que pode acontecer à alguém.
25. Todo aquele que desprezar a Deus e ignorar suas advertências, um dia ouvirá a sentença de Belsazar: “pesado foste na balança e achado em falta”.
26. A queda das duas Babilônia representa o fim de todos os poderes que um dia fizeram oposição a Deus.- Que lições vocês aprenderam do estudo dessa semana?
Complemento
1. A primeira sucessão de reinos predita por Daniel estava prestes a acontecer. Daniel 5 é o juízo final para Babilônia e um esboço das cenas finais da história.
1.1. A arrogância do rei (Daniel 5:1-4) e a arrogância dos ímpios (Apocalipse 13:5).
1.2. A exortação na parede (Daniel 5:5-9) e a exortação final (Apocalipse 14:9).
1.3. O testemunho de Daniel (Daniel 5:13-16) e o testemunho dos justos (Apocalipse 14:12).
1.4. A queda do rei (Daniel 5:19-31) e a queda dos ímpios (Apocalipse 18:2).
2. Esses eventos ocorrem depois das visões do capítulo 7. O período é marcado por grandes cumprimentos proféticos tanto para Daniel quanto para nós.
3. O banquete de Belsazar nos mostra que o brinde do rei é uma paródia do sonho do avô, uma referência à Daniel 2 em que os metais representaram os reinos.
4. Embriagado, o rei os diviniza e os adora.
5. Elemento profano no lugar santo (levítico 10) x elemento santo no lugar profano (Daniel 5).
6. Percebe-se um sincretismo, quando as duas situações acontecem (Apocalipse 17).
7. O vinho está presente nos quatro primeiros versos do capítulo 5. Assim como o vinho embota a mente, as doutrinas de Babilônia inibem o pensamento.
8. Em Daniel 5, a solução para o problema do rei está novamente nas mãos do profeta de Jerusalém. Ao aliviar novamente a angústia de um rei, vemos um padrão:
8.1. Sucesso de Jerusalém (Daniel 1:20a; 2:47-48; 4:8-9; 5:11,29).
8.2. Fracasso de Babilônia (Daniela 1:20b; 2:2, 10-11; 4:6-8; 5:7-8,15).
9. A religião babilônica se baseava em ideias humanas; por isso fracassava diante da revelação divina.
10. “Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço” (Provérbios 1:9-8).
10.1. Conselhos de mãe (1 Reis 15:13; 2 Reis 11:1-3; 24:12; Jeremias 13:18).
10.2. Erros do pai (Daniel 4:17,25,32; 5:21).
11. Três vezes, com a mesma frase, ela exorta-o a lembrar: “nos dias de teu pai… Teu pai, o rei Nabucodonosor… teu pai ó rei” (Daniel 5:11). Ao desprezar o conselho, o rei repetiu os erros do passado.
12. “Sempre existe o perigo de tentar interpretar a Bíblia nos termos do paganismo. da mesma maneira que existe o falso profeta, existe a falsa compreensão” (Heschel).
13. Contra o rei Belsazar, houve três acusações:
13.1. Ignorou o passado (Daniel 5:22).
13.2. Profanou o presente (Daniel 5:23a).
13.3. Negligenciou o futuro (Daniel 5:23b).
14. E, da mesma forma, houve três sentenças:
14.1. Contato (Daniel 5:26).
14.2. Pesado (Daniel 5:27).
14.3. Dividido (Daniel 5:28).
15. Os sábios ‘entenderam’ o que estava escrito, mas não conseguiram fazer a conexão entre as palavras; não conseguiram interpretar. O Espírito Santo é o guia na correta interpretação.
16. Sobre a queda de Babilônia, a historia desta cidade começou com um ato de rebelião contra Deus na construção da torre de Babel (Gênesis 11:1-9) e não poderia deixar de se encerrar com u mato de afronta contra Deus.
17. Sobre Ninrode, podemos constatar:
17.1. Ele conhecia sobre o dilúvio (Gênesis 7:11).
17.2. Ele conhecia a promessa de Deus (Gênesis 9:9-15).
17.3. Ele recebeu o juízo de Deus (Gênesis 11:7-9).
18. Sobre Belsazar, podemos verificar:
18.1. Ele conhecia o juízo sobre o avô (Daniel 5:22).
18.2. Ele conhecia a profecia de Deus (Daniel 2; 4:32; 5:21).
18.3. Ele recebeu o juízo de Deus (Daniel 5:30,31).
19. Em ambos os casos, os dois reis (Ninrode e Belsazar) são indesculpáveis. Ambos tinham conhecimento do poder e da Palavra de Deus.- Por que Deus não deu uma chance a Belsazar como deu a seu avô Nabucodonosor?
20. Através da experiência de seu avô, Belsazar obteve o conhecimento de Deus. Além do que, ele poderia ter evitado seus erros.
21. Para quem já tem a Palavra, não são necessários tantos eventos sobrenaturais.14 de fevereiro de 2020 às 20:41 #16075Lição 7: Da cova dos leões à cova do anjo
1. Os seis capítulos iniciais do livro de Daniel ressaltam o mesmo tema.
- Você sabe qual é o tema? (A importância da fidelidade a Deus)
2. A predominância desse tema, que é a importância da fidelidade a Deus, nos seis primeiros capítulos, parece que tem o propósito de nos preparar para as revelações que virão nos próximos seis capítulos.
3. Na vida temos que lidar com todo tipo de pessoas. E talvez o pior tipo de pessoas que às vezes temos que lidar são com os invejosos.
4. A inveja sempre vem acompanhada de uma série de outros sentimentos igualmente destrutivos: ciúme, cobiça, mentira, orgulho, presunção, vaidade, calúnia, lisonja e prepotência.
5. Se você observar atentamente perceberá que a mensagem dos Dez Mandamentos é uma firme oposição à inveja: a inveja de querer ser igual a Deus; a inveja de tornar o nome de Deus um nome comum; a inveja de ter o próprio dia de culto; a inveja sobre a vida dos outros; a inveja sobre a mulher dos outros; a inveja sobre o nome dos outros e a inveja sobre a prosperidade dos outros.- Você já lidou alguma vez com alguém invejoso?
6. Os invejosos “colegas” de Daniel buscaram um modo para incriminá-lo transformando sua principal virtude em defeito.
7. Para esse plano dar certo, alguns deles combinaram alguns fatores:
7.1. Se aproveitaram da vaidade do rei Dário, estimulando o sentimento de lisonja.
7.2. Apresentaram razões políticas, promovendo lealdade ao monarca.
7.3. Promoveram a unidade; o sistema de governo era descentralizado – havia 120 sedes administrativas – cada uma com um administrador, os chamados sátrapas.
7.4. Promoveram o aspecto religioso. Durante 30 dias, o rei seria o único representante dos deuses.
8. O rei não percebeu que aquilo era uma conspiração contra Daniel.
9. Daniel reconheceu que aquilo não passava de uma conspiração contra a vida dele.- Por que Daniel não mudou seus hábitos devocionais para preservar sua vida?
10. Os judeus costumavam orar com uma janela aberta voltada para Jerusalém. Essa mudança de hábito representaria, de certa forma, negação da fé e falta de confiança no poder de Deus.
11. Com sua atitude, Daniel demonstrou que a lealdade que devia a Deus vinha antes de sua lealdade ao rei e a seu decreto irrevogável.
12. Certamente Daniel via essa esse decreto real não como uma mera questão política, mas como um exemplo da guerra cósmica entre Deus e as forças do mal.
13. A essa altura, Daniel provavelmente já tinha recebido as visões do capítulo 7.
14. Quando Dario percebeu a trama, já era tarde demais. Ainda tentou revogar a sentença, mas as leis dos medos e persas não permitia.
15. Antes de executar a sentença, Dario manifestou uma vaga esperança no Deus de Daniel: “O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que Ele te livre”.
16. Afirmação de Ellen White: “Deus não impediu que os inimigos de Daniel o lançassem na cova dos leões; Ele permitiu que anjos maus e homens ímpios chegassem a realizar seu propósito; mas isso foi para que pudesse tornar o livramento do seu servo mais marcante e mais completa a derrota dos inimigos da verdade e da justiça” (Profeas e Reis, pp. 543, 534).
17. Nem toda história bíblica revela um final feliz assim; muitas histórias de personagens bíblicos não terminaram em livramento.- Como devemos compreender essas diferenças? (Uns morrem, outros são salvos).
18. Os heróis da fé não são apenas aqueles que escaparam da morte como Daniel.
19. Deus enviou um anjo para deter o instinto animal.
20. No outro dia, bem cedo, Dario correu para ver o que tinha acontecido. Para sua surpresa, Daniel estava vivo. Ele exaltou o Deus de Daniel sobre todos os deuses e reverteu seu decreto anterior ordenando que todos tremessem e temessem perante o Deus de Daniel.
21. Em seguida, o rei ordenou que todos os que conspiraram contra Daniel fossem jogados na cova dos leões com suas respectivas famílias; a lei persa incluía a família na punição do culpado.
22. A Bíblia proíbe claramente que os filhos sejam mortos por causa do pecado dos pais (Deuteronômio 24:16).- Se você estivesse no lugar de Daniel mudaria sua forma de orar?
23. Daniel estava disposto a ser devorado por leões em vez de comprometer seu relacionamento com Deus.
- O que você estaria disposto a fazer para não comprometer seu relacionamento com Deus?
- O que essa história revela sobre Deus?
- Que lições você tirou do estudo da lição dessa semana?
21 de fevereiro de 2020 às 20:55 #16077Lição 8: Do mar tempestuoso às nuvens do Céu
1. Se olharmos com atenção, perceberemos que Daniel 7 é apenas uma ampliação do que foi revelado em Daniel 2. No capítulo 7, Deus acrescenta novas informações para que possamos entender o desdobramento da maior profecia bíblica.
2. Daniel 7 nos ajuda a ter uma cosmovisão do Grande Conflito; é como se o foco fosse transferido de uma situação local para uma situação global, de Babilônia para o Mundo.
3. Em Daniel 7 Babilônia perde o papel de protagonista; surgem novas representações e o enredo adquire um abrangência bem maior.
4. O que quero dizer com novas representações:
4.1. Os quatro principais minerais de Daniel 2 (ouro, prata, bronze e ferro) passam a ser representados em Daniel 7 por quatro animais (um leão alado, um urso que se levanta por um dos seus lados e que tem na boca três costelas, um leopardo com quatro asas, e um animal que Daniel não consegue identificar e por isso o chama de terrível e espantoso).
4.2. Alguns elementos que aparecem em Daniel 7 indicam a nova abrangência da visão. (noite, quatro ventos do céu agitando o grande mar) e passam uma ideia de totalidade.
4.3. Quatro animais subindo do mar, sendo todos os animais impuros; animais impuros eram símbolos do paganismo.
4.4. Com exceção do quarto animal, todos os demais apresentam algumas características que facilitam sua identificação.
4.5. Qualquer leitor atento conseguirá identificar os animais se observar as pistas que são oferecidas:
4.5.1. O leão descrito na visão teve suas assas arrancadas, foi levantado e posto em dois pés como homem e recebeu coração de homem. Uma descrição perfeita de Babilônia e do que aconteceu com Nabucodonosor.
4.5.2. Um urso que se levanta sobre um dos seus lados revelando a superioridade dos persas sobre os medos e com três costelas na boca, indicando as três principais conquistas do império medo-persa (Lídia, Babilônia e Egito).
4.5.3. Noite e mar são dois elementos do grande conflito; noite significa trevas espirituais e mar, povos ou nações.
4.5.4. Um leopardo com quatro asas, representando a velocidade com que o império grego, liderado por Alexandre, dominaria o mundo. Também as quatro asas representam as divisões do seu reino, entre seus quatro generais (Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu) logo após a sua morte.
5. Mas o capítulo 7 se detém por mais tempo no quarto animal indescritível. Ele tem grandes dentes de ferro, devorava tudo, fazia tudo em pedaços, pisava aos pés os que sobravam e tinha dez chifres.
6. Esse animal foi o que mais impressionou a Daniel; principalmente o tema dos dez chifres.
6.1. Entre os dez surgiu um chifre pequeno.
6.2. No surgimento do chifre pequeno, três chifres foram arrancados. Essa parece ser uma referência as mudanças que o chifre pequeno impôs logo após a sua aparição.
6.3. O chifre pequeno tem olhos e boca como se fosse um homem e de sua boca saiam palavras insolentes: desrespeitosas, irreverentes, atrevidas e desaforadas.
7. O quarto animal representa o quarto império mundial, ou seja, Roma. Seu domínio foi um domínio de ferro, marcado pela crueldade; Jesus foi sentenciado à morte de cruz pelo império romano.
8. Na Bíblia, chifre representa poder e o número 10 (dez), totalidade. Portanto o animal com dez chifres representa Roma e seu poder totalitário.
9. O chifre pequeno representa um poder oriundo do poder reinante, mas que surgiria para impor uma nova forma de poder, o poder religioso.
10. Uma característica notória desse poder é que ele surgiria impondo severas mudanças.- Que poder surgiu no meio do império romano? (O império religioso que surgiu a partir de Constantino, Roma religiosa ou papal).
11. Roma papal surgiu lançando por terra três ações:
11.1. A autoridade de Deus: pisando nos mandamentos de Deus.
11.2. Destruindo os santos do altíssimo: perseguindo os cristãos que não aceitassem suas mudanças.
11.3. Mudando os tempos e a lei.- Que outro poder pode ser identificado com essas características?
12. Daniel 7:25 oferece quatro dicas importantes sobre o chifre pequeno:
12.1. “Proferirá palavras contra o Altíssimo”.
12.2. “Magoará os santos do Altíssimo”.
12.3. “Mudará os tempos e a lei”.
12.4. “Os santos do Altíssimo lhe serão entregues por um período profético de 1.200 anos”.- Novamente pergunto: que poder na terra se encaixa perfeita nessa descrição?
13. Após a descrição das ações cometidas pelo chifre pequeno, Daniel 7 introduz uma cena de juízo.
14. Isso quer dizer que Deus julgará e punirá todas as atrocidades do chifre pequeno contra Ele e contra seu povo.
15. Essa cena de juízo indica uma ação de proporções cósmicas que ocorrerá antes da destruição do chifre pequeno.
16. Daniel 7 não descreve o juízo nem apresenta detalhes sobre seu início e fim, mas sugere que ele seria realizado logo após o ataque do chifre pequeno contra Deus e Seu povo. Detalhes sobre o início desse juízo nós vamos encontrar nos próximos capítulos de Daniel e será o tema das próximas lições.
17. Pelo que indica o texto, o juízo ocorre quando entra em cena alguém identificado com o título de Filho do Homem. Esse título é usado na Bíblia para fazer referência a Jesus, que embora sendo Deus, assumiu a condição de filho de um ser humano.- Porque Jesus é o personagem central desse julgamento? (Porque Ele é aquele que representa a raça humana nesse tribunal e, por isso, estamos bem representados).
18. Umas das principais afrontas do chifre pequeno é se colocar como Filho do Homem. O representante do chifre pequeno reivindica para si a condição de único mediador entre Deus e os homens.
19. Paulo é bem claro quando diz que só há um mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5).
20. Daniel 7 resume um conflito cósmico; chamamos esse conflito de o Grande Conflito.
21. O grande conflito, descrito em Daniel 7 envolve:
21.1. O Altíssimo: tendo como personagem central o Filho do Homem.
21.2. Os santos do Altíssimo: uma designação do povo de Deus.
21.3. O chifre pequeno: referência a um poder religioso que faz oposição ao Altíssimo e aos filhos do Altíssimo.- Como você se sente ao ser chamado de filho do Altíssimo?
- Você se recorda de algumas ações realizadas pela ponta pequena que afrontam a Deus?
22. Como podemos ver, o chifre pequeno surgiu do quarto animal ou do quarto mineral ou do quarto império.
- Perguntamos então: que poder surgiu do quarto império, perseguiu o povo de Deus e existe até hoje?
- Como podemos refutar aqueles que dizem que o chifre pequeno foi um poder do passado ou será um poder do futuro?
- Quais as principais lições que você tirou do estudo da lição dessa semana?
28 de fevereiro de 2020 às 21:36 #16079Lição 9: Da contaminação à purificação
1. O tema desta lição é o capítulo 8 do livro de Daniel.
2. Os temas desse capítulo são:
1.1. O dia da expiação celestial.
1.2. O chifre pequeno.
3. Por essa razão, os animais simbólicos que representam os impérios mundiais são o carneiro e o bode; dois animais usados como sacrifícios no Dia da Expiação.
4. A visão do santuário tem como propósito mostrar que não estamos sozinhos; temos um Sumo Sacerdote no santuário celestial ministrando em nosso favor.
4.1. A visão do santuário também aponta para a erradicação final do pecado.
5. O chifre pequeno representa um poder que ataca o santuário de Deus e o Seu povo. Esse poder representa Roma em suas duas fases: pagã e papal.
6. Enquanto que no capítulo 7 o chifre pequeno surge do quarto animal (Roma pagã) no capítulo 8 se origina de um dos pontos cardeais.
7. A ligação desses dois temas se dá exatamente porque o chifre pequeno desfere seu ataque contra o Príncipe do santuário e contra o fundamento do próprio santuário.
7.1. O chifre pequeno apresenta uma contrafação do plano da salvação.
7.2. Ele também ataca a lei de Deus mudando os dois principais mandamentos que exaltam a autoridade de Deus.
8. O capítulo 8 de Daniel amplia a série de sonhos que descrevem o tema do Grande Conflito. O interessante é que cada capítulo deixa claro que haverá um vencedor.
8.1. Em Daniel 2 o vencedor é representado pela pedra lançada sem auxílio de mãos, que representa a segunda volta de Jesus.
8.2. Em Daniel 7 o vencedor é representado pelos santos do Altíssimo, pois eles possuem um advogado no juízo celestial.
8.3. Em Daniel 8 o vencedor é representado pelo Sumo Sacerdote divino, AquEle que faz expiação em nosso favor.
9. Essa série de sonhos oferece um calendário profético que contém no final um cronograma de tempo. Mas antes de falar sobre esse calendário, vamos procurar entender o paralelo que existe entre o santuário terrestre e o santuário celestial.
10. Em Daniel 8 a linguagem e os símbolos mudam porque a visão pretende mostrar a purificação do santuário celestial em conexão com o dia da expiação que ocorria uma vez por ano no santuário terrestre.
10.1. Precisamos entender que o santuário foi o método pedagógico escolhido por Deus para explicar o plano da redenção.
11. O dia da expiação representava para o povo hebreu um dia de acerto de contas. O capítulo 8 de Daniel faz referência a esse dia de acerto de contas numa esfera mais elevada.
12. Por isso, os reinos representados em Daniel 8 ganham novas configurações: um carneiro e um bode.
12.1. Esses dois animais foram escolhidos intencionalmente para lembrar o dia da expiação, que é o foco principal da visão.
13. Seria como se a visão toda tivesse sempre dois planos: vamos chamar de plano [A] e plano [B].
13.1. No plano [A] enxergaremos a ascensão do império Medo-Persa, representado por um carneiro com dois chifres, dando marradas em três direções com o propósito de expandir o seu governo. As três direções apontam para as três maiores conquistas dessa potência mundial.
13.2. No plano [B] o carneiro relembra o santuário onde ocorria o sacrifício diário e anual.
13.3. No plano [A] enxergaremos um bode com um grande chifre, que representa o Império Grego. O fato de que o bode se movia “sem tocar no chão”, significa a rapidez das conquistas de Alexandre. Em Daniel 7, a Grécia foi representada por um leopardo alado. Quando o bode se engrandeceu sobremaneira, “o seu chifre pequeno foi quebrado” e deu lugar a quatro chifres, que se estendiam aos quatro pontos cardeais, uma referência a divisão da Grécia entre os quatro generais após a morte de Alexandre.
13.4. Ainda em relação ao plano [A], o texto bíblico declara que de um dos chifres surgiu um chifre pequeno. Esse chifre pequeno corresponde ao chifre pequeno de Daniel 7 e portanto representa Roma pagã/papal. Nos dois capítulos, o chifre pequeno surge e logo se torna protagonista. Os seguintes detalhes nos permitem enxergar as similaridades entre os chifres:
13.4.1. Ambos são pequenos e se tornam grandes.
13.4.2. Ambos são poderes perseguidores.
13.4.3. Ambos se engrandecem e são blasfemos.
13.4.4. Ambos têm como alvo o povo de Deus.
13.4.5. Ambos têm suas atividades ligadas a um período de tempo profético.
13.4.6. Ambos se estendem até o tempo do fim.
13.4.7. Ambos enfrentarão a destruição sobrenatural.
13.4.8. Por fim, visto que o chifre pequeno de Daniel 7 representa o papado, a expansão vertical do chifre pequeno em Daniel 8 só pode representar o mesmo poder. Portanto, nos três capítulos (2, 7 e 8) o poder final que enfrentará o juízo de Deus é Roma, tanto, pagã quanto papal.
14. No plano [B], o ataque vertical de Roma papal é contra o santuário. No verso 11 o “sacrifício diário” aparece em conexão com o santuário terrestre a fim de designar os aspectos diversos e contínuos dos serviços rituais – incluindo os sacrifícios e a intercessão.
15. O papado substituiu a intercessão de Cristo pela intercessão dos sacerdotes; por meio dessa ação, simbolicamente desferiu um golpe no santuário.
16. O papado também colocou a tradição acima da verdade. O texto bíblico diz o seguinte: “Deitou a verdade por terra e o que fez prosperou”.
17. Portanto, enquanto Daniel 7 descreve a intervenção de Deus nos assuntos humanos a partir de uma perspectiva judicial, Daniel 8 descreve o mesmo evento do ponto de vista do Santuário.
18. O santuário terrestre foi moldado de acordo com sua contraparte celestial e servia para ilustrar os amplos desdobramentos do plano da salvação.
19. No santuário terrestre, os pecadores traziam seus sacrifícios para o santuário para que seus pecados confessados fossem perdoados. Esses pecados eram simbolicamente transferidos para o santuário que ficava contaminado até o dia da expiação, quando eram transferido simbolicamente do santuário para o bode azazel, que era enviado para o deserto. Esse bode representava Satanás que, ao final, terá que arcar com todos os pecados confessados e abandonados.
20. Daniel 8 é a contraparte celestial do serviço terrestre, cuja mensagem fundamental é: como pecadores, necessitamos do sangue do Messias para nos perdoar os pecados e nos habilitar a sobreviver no juízo.
21. Assim, em Daniel 8 podemos perceber que tudo o que Daniel viu:
21.1. Carneiro: simbolizando Medo-Persa.
21.2. Bode: simbolizando Grécia.
21.3. O chifre pequeno e suas ações: simbolizando Roma pagã e papal.- Tudo isso (o carneiro, o bode e o chifre pequeno e suas ações) se estenderia por quantos anos?
22. A resposta do anjo foi: “até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado”.
23. Esse é o período profético mais longo da Bíblia: começa na época do império Medo-Persa, se estende pelos impérios Grego e Romano e avança por milhares de anos.
24. Essa profecia só pode ser explicada se for calculada com base no princípio dia-ano.
25. Como o capítulo 9 nos permite calcular o início, fica fácil calcular também o fim (esse será o tema da lição da próxima semana).
26. A lição também fala de um período profético menor de tempo – 1.260 anos de perseguição do chifre pequeno – período que, para nós, começa em 538 dC. até 1798 dC.
27. É logo após esse período que começará a purificação do santuário; período que conforme nosso método de interpretação nos leva ao ano de 1844.
28. Sendo assim, estamos vivendo agora no período do dia da expiação; período que cessará quando a porta da graça se fechar.
29. Embora pareça um tema complexo, a lição dessa semana nos ajuda a enxergar os bastidores do grande conflito e a vislumbrar com a vitória de Cristo.- Qual a relevância da lição dessa semana para nossa vida espiritual?
Complemento
1. O capítulo 8 continua com a explicação do juízo de Daniel 7 apresentando semelhanças e diferenças através da mesma estrutura:
1.1. Animais e reinos.
1.2. Chifre pequeno.
1.3. O juízo.
2. O foco destas visões está precisamente na expiação ocorrida no santuário terrestre que apontava para a purificação no santuário celestial.
3. Assim como os capítulos 2 e 7, o capítulo 8 apresenta outra visão da ascensão e queda dos impérios mundiais, embora com simbolismos diferentes.
3.1. Daniel 8:4,20:
3.1.1. Carneiro que possuía dois chifres, sendo a Média e a Pérsia.
3.1.2. Marradas em três direções: expansão desse poder, por meio de suas maiores conquistas.
3.2. Daniel 8:5,8,21:
3.2.1. Um chifre, sendo Alexandre Magno.
3.2.2. O chifre se quebrou dando origem a outros quatro: morte prematura de Alexandre e reino dividido entre seus quatro generais.
3.2.3. Se movia sem tocar o chão: expansão rápida por meio de suas conquistas.
4. Os símbolos de um carneiro e de um bode foram utilizados devido à sua relação com o ritual do santuário no Dia da Expiação, que é o foco da visão.- O chifre pequeno surge dos quatro chifres ou dos quatro ventos?
5. Para responder a esta pergunta, vejamos os textos:
5.1. Alexandre Magno: “o primeiro rei” (Daniel 8:21).
5.2. Quatro generais de Alexandre: divisão do reino em quatro (Daniel 8:22).
5.3. Chifre pequeno: Roma pagã e depois Roma papal (Daniel 8:22).
6. Assim, a estrutura gramatical da língua original indica que o chifre pequeno veio de um dos quatro menos (pontos cardeais) e não de um dos quatro chifres.
7. Daniel 8:9 mostra as conquistas territoriais do chifre pequeno aludindo aos pontos cardeais, para os quais ele cresceria. A seguir vem sua primeira ação vertical (Daniel 8:10), uma nova fase de atividade:
7.1. ‘Exército das estrelas’, depois ‘lançou por terra’, seguido de ‘e os pisou’.
7.2. ‘Cresceu até’, depois ‘atingir o’, seguido de ‘exército dos céus’.
8. O chifre pequeno não é capaz de causar dano corporal contra o Principe do exército celestial, mas suas ações atingem o ministério sacerdotal dEle.
9. Ainda que os símbolos sejam diferentes, tanto na cena do capítulo 7, como na cena do capítulo 8 tratam do mesmo julgamento que deveria ocorrer depois das 2.300 tardes e manhãs.
9.1. A obra do chique pequeno no serviço sagrado foi: profanar e usurpar.
9.2. A obra divina no serviço sagrado foi: restaurar e vindicar.
10. O juízo de Daniel 7 ocorre no céu. Isso indica que a “purificação” proclamada em Daniel 8:14 corresponde ao santuário celestial.
11. As 2.300 tardes e manhãs soa o mais longo período de tempo profético. A pergunta “até quando durará a visão?” não diz respeito à sua duração propriamente, mas ao que ocorrerá no fim do período.
11.1. As 2.300 tardes e manhãs equivalem a 2.300 dias, que são 2.300 anos.
11.2. Os 2.300 anos começam em 457 a.C. e vão até 1844 d.C.
12. Em Daniel 8, não há dados suficientes para calcular o início dos 2.300 anos, mas torna-se possível com as informações do capítulo 9.
13. O primeiro ano de Artaxerxes começou em 1º de tishri de 464 a.C. do calendário judaico, equivalente a setembro/outubro. Assim apenas uma parte de 457 a.C. deve entrar na contagem.13.1. Panorama geral das 2.300 tardes e manhãs:
13.1.1. As 2.300 tardes e manhãs indicam 2.330 dias, representando 2.300 anos.
13.1.2. 1/4 do ano (457 a.C.), entre outono e inverno: decreto de Artaxerxes.
13.1.3. 3/4 do ano (27 d.C.), entre outono e invernos: batismo de Jesus Cristo.
13.1.4. 1/4 do ano (31 d.C.), entre primavera e verão: morte de Jesus Cristo.
13.1.5. 3/4 do ano (34 d.C.), entre outono e inverno: morte de Estêvão.
13.1.6. 3/4 do ano (1844), entre outono e inverno: grande decepção.
13.2. 70 semanas:
13.2.1. Cada semana possui sete dias. Então em 70 semanas há 490 dias (70×7), representando 490 anos.
13.2.2. Início em 457 a.C. (1/4 do ano), entre outono e inverno: decreto de Artaxerxes.
13.2.3. Fim em 34 d.C. (3/4 do ano), entre outono e inverno: morte de Estêvão.
13.3. Das 70 semanas, são separadas 69 semanas:
13.3.1. Cada semana possui sete dias. Então em 69 semanas há 483 dias (69×7), representando 483 anos.
13.3.2. Início em 457 a.C. (1/4 do ano), entre outono e inverno: decreto de Artaxerxes.
13.3.3. Fim em 27 d.C., entre outono e invernos: batismo de Jesus Cristo.
13.4. Das 70 semanas, resta 1 semana:
13.4.1. Sendo 3,5 dias + 3,5 dias, totalizando 7 dias, representando 7 anos.
13.4.2. Início em 27 d.C. (3/4 do ano), entre outono e invernos: batismo de Jesus Cristo.
13.3.3. O meio da semana ocorre em 31 d.C. (1/4 do ano), entre primavera e verão: morte de Jesus Cristo.
13.4.4. Fim em 34 d.C. (3/4 do ano), entre outono e inverno: morte de Estêvão.
13.5. Período final:
13.5.1. Dos 2.300 anos, devemos subtrair 490 anos, que totaliza 1.810 anos.
13.5.2. Soma-se ao 1.810, 33 e 3/4, totalizando 1843 e 3/4. Ou seja, 1844.
13.5.3. Início em 34 d.C. (3/4 do ano), entre outono e inverno: morte de Estêvão.
13.5.4. Fim em 1844 (3/4 do ano), entre outono e inverno: grande decepção.
14. Há um paralelismo entre Daniel 2,7 e 8, que se utilizam de símbolos diferentes, para revelar a mesma verdade.
14.1. “Pedra cortada sem auxílio de mãos” (Daniel 2:34 e 44).
14.2. “Os santos recebem o reino (Daniel 7:18).
14.3. “Chifre pequeno é destruído sem auxílio de mãos” (Daniel 8:25).6 de março de 2020 às 21:47 #16081Lição 10: Da confissão à consolação
1. O capítulo 9 do livro de Daniel ressalta a importância da oração intercessora e nos convida a olhar para o futuro sob a perspectiva da volta de Jesus.
2. A visão do capítulo 8 do livro de Daniel apresenta várias peças espalhadas de um quebra-cabeça; essas peças se apresentam espalhadas sobre um tabuleiro profético de tempo.
3. Daniel ficou angustiado pela imprecisão da visão que anunciava uma farta sequência de fatos sem uma aparente conexão.
4. Pelo relato bíblico podemos perceber que ele fez duas coisas:
4.1. Tomou muito tempo para examinar as profecias.
4.2. Tomou bastante tempo para orar.
5. Estudando as profecias, Daniel descobriu, a partir do livro de Jeremias, que o período de cativeiro demoraria 70 anos. Logo ele reconheceu a importância do momento histórico em que vivia.
6. O estudo, além de lhe ajudar a compreender os tempos em que estava vivendo, despertou nele o senso de urgência para pleitear com o Senhor em favor do povo.
7. Através da oração ele enxergou a condição do povo como se fosse sua própria condição e se humilhou diante de Deus, apelando à misericórdia e à graça.
8. Graças a intercessão de Daniel e sua oração fervorosa, os filhos de Deus, de todas as épocas, foram abençoados com verdades preciosas.- O que a experiência de Daniel nos ensina sobre a importância da oração intercessora?
9. A oração intercessora de Daniel abordou dois assuntos principais:
9.1. Os pecados do povo.
9.2. A desolação de Jerusalém, que envolvia tanto o templo quanto o santuário.
10. Deus respondeu os dois pedidos com duas informações:
10.1. O povo seria redimido pela obra do Messias.
10.2. O santuário seria definitivamente purificado pelo verdadeiro Sumo Sacerdote.
11. O que é mais curioso é que as duas petições foram respondidas de maneiras que transcendem o horizonte histórico imediato de Daniel.
12. O resumo da resposta de Deus é que a obra do Messias seria a solução para todos os problemas da humanidade.
13. Os seres humanos de todas as épocas seriam beneficiados pelos méritos que fluem do calvário.
14. Quando o livro de Daniel foi escrito, Jesus não tinha vindo pela primeira vez. Mas o livro já fala sobre a segunda vinda de Jesus.- Você gosta de falar sobre a segunda vinda de Jesus?
- Você aproveita todas as oportunidades para falar que Jesus logo voltará?
15. Ninguém sabe o dia e a hora da segunda vinda de Cristo (Mateus 24:36). No entanto, para a primeira vinda de Jesus Cristo, existe um calendário disponibilizado desde os dias de Daniel.
16. Podemos chamá-lo de o calendário da redenção.
17. O capítulo 9 de Daniel chama nossa atenção para o fato de que Deus estabeleceu uma data no calendário do santuário para viver entre os homens e ensiná-los pessoalmente o caminho da salvação.
18. Pense nisso: o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o único intercessor e o futuro juiz se tornou um de nós.
19. E o cumprimento exato das datas previstas para o batismo e a morte de Cristo autentica a origem divina das profecias do livro de Daniel (Deuteronômio 18:22).
20. Preste atenção nisso: as primeiras setenta semanas da profecia nos levam até Jesus Cristo como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29; 1 Pedro 1:18-20; Apocalipse 5:8-10, 13:8), Ele Quem se ofertou no calvário em lugar do pecador.
21. Foi este sacrifício que descartou definitivamente o santuário terrestre. O véu do templo se rasgou (Mateus 27:51) em duas partes deixando exposto aos olhos da plateia o lugar santíssimo sem o fulgor da presença de Deus.
22. Essa profecia também marcou uma data para a substituição dos sacerdotes humanos imperfeitos pelo único Sacerdote Perfeito e pelo único Mediador entre Deus e os homens (1 Timoteo 2:5; Hebreus 7:25; 1 João 2:1).
23. Desde a morte e ressurreição de Cristo, devido ao nosso fiel Sumo Sacerdote (Hebreus 2:17-8:1 a 3) não mais necessitamos de sacerdotes humanos que adentrem o lugar santo para interceder por nós diante do propiciatório. O próprio filho de Deus assumiu esta tarefa diante do Pai e é Cristo, com vestes sacerdotais, quem desempenha essas funções do lugar santo.
24. Com a profecia das 2.300 tardes e manhãs (dois mil e trezentos anos), Deus marcou uma data para começar a purificação do santuário ou juízo investigativo.
25. Desde 1844, Jesus vem exercendo uma dupla jornada de trabalho no santuário celestial: Ele ainda intercede em nosso favor, usando vestes sacerdotais, porém, assumiu a função de juiz do tribunal divino (João 5:22).
26. Daniel 9 mostra como Deus tratou as angústias de Daniel.
27. O quadro profético dos 2.300 anos é um desafio matemático que não fica sem solução.- O que o estudo dessa semana nos revela sobre a importância da oração e do estudo da Bíblia?
- Que lições você extraiu no estudo dessa semana?
Complemento
1. Em momentos cruciais de sua vida, o profeta Daniel recorreu à oração para enfrentar os desafios que estavam diante dele:
1.1. Desafio: ameaça de morte (Daniel 2:1) x Atitudes: oração por misericórdia (Daniel 2:18).
1.2. Desafio: ameaça de morte (Daniel 6:7) x Atitudes: oração de gratidão (Daniel 6:10).
1.3. Desafio: momento de incerteza (Daniel 9:2) x Atitudes: oração de intercessão (Daniel 9:3).
1.4. Desafio: momento de incerteza (Daniel 10:1) x Atitudes: oração de intercessão (Daniel 10:2,12).
2. Depois de estudar profundamente as Escrituras, o profeta chegou a algumas conclusões (Daniel 9:1,2):
2.1. A duração do exílio: setenta anos (Jeremias 25:11).
2.2. O motivo do exílio: rebeldia do povo (Levíticos 26:14-45).
3. O estudo da Revelação de Deus fez com que Daniel compreendesse os tempos e lhe deu um senso de urgência para pleitear com o Senhor em favor do povo.
4. Em sua oração, Daniel exalta o contraste entre a misericórdia de Deus e o pecado de Israel.
4.1. Exaltação (Daniel 9:3,4):
4.1.1. Deus é grande.
4.1.2. Deus é fiel.
4.1.3. Deus é bondoso.
4.2. Confissão (Daniel 9:5-14):
4.2.1. Israel foi perverso.
4.2.2. Israel foi rebelde.
4.2.3. Israel foi teimoso.
4.3. Petição (Daniel 9:15-19):
4.3.1. Apelo por perdoo.
4.3.2. Apelo por atenção.
4.3.3. Apelo por graça.
5. Em vez de culpar a Deus ou outra pessoa, Daniel se identificou com o povo israelita incluindo-se como culpado.
5.1. Intercessão de Daniel (Daniel 9:5-19): os israelitas precisavam de restauração (v. 18), misericórdia (v.18) e perdão (v. 19).
5.2. Intercessão de Jesus (João 17): os discípulos precisavam de proteção (v. 15), santificado (v.19) e unidade (v. 23).
6. A oração de Daniel foi respondida por meio da descrição da obra do Messias (Daniel 9:24):
6.1. “Fazer cessar a transgressão”: através da morte na cruz (Isaías 53:5-7).
6.2. “Dar fim aos pecados”: através do perdão (1 João 2:2).
6.3. “Expiar a iniquidade”: através da reconciliação (Colossenses 1:19,20).
6.4. “Trazer a justiça eterna”: através da justificação (Romanos 3:24,25).
6.5. “Selar a visão e a profecia”: através do ministério terrestre (Romanos 1:2-4).
6.6. “Ungir o Santo dos Santos”: através do ministério celeste (Hebreus 8:1).
7. Em Daniel 9:24-27, pode-se encontrar dois príncipes: o Ungido (v. 25) – Jesus Cristo, o Messias – e o desolador (v. 26b) – Roma Imperial. Uma análise da estrutura literária pode facilitar a distinção entre eles:
7.1. Vinda do Messias (v. 25a).
7.2. Construção da cidade (v. 25b).
7.3. Morte do Messias (v. 26a).
7.4. Destruição da cidade (v. 26b).
7.5. Aliança e fim dos sacrifícios (v. 27a).
7.6. Destruição do destruidor (v. 27b).
8. A intercalação entre a ênfase no Messias e Jerusalém sugere que o Príncipe Messias é aquele que faz “firme aliança” e faz “cessar o sacrifício” (v. 27).
9. Foi revelado a Daniel que levaria 70 semanas proféticas (490 anos) para que o povo recebesse a salvação de seus pecados e o retorno do verdadeiro exílio.
10. As 70 semanas (Daniel 9:20-27):
10.1. Início das 70 semanas ou 490 anos (Daniel 9:25, Esdras 7): 457 a.C. com o decreto de Artaxerxes.
10.2. Fim das 7 semanas ou 49 anos (Daniel 9:25): 408 a.C. com a restauração de Jerusalém.
10.3. Fim das 63 semanas ou 434 anos (Daniel 9:25; Lucas 3:1): 27 d.C. com o batismo de Jesus Cristo.
10.4. 1ª metade da 70ª semana, ou 3 anos e 1/2 (Daniel 9:26,27): 31 d.C. com a morte de Jesus Cristo.
10.5. Fim das 70 semanas, ou 3 anos e 1/2 (Daniel 9:24; Atos 7): 34 d.C. com o apedrejamento de Estêvão.13 de março de 2020 às 23:17 #16092Lição 11: Da batalha à vitória
1. Três assuntos inter-relacionados merecem consideração em Daniel 10:
1.1. Lamento de Daniel (Daniel 10:2,3).
1.2. Guerreiro divino (Daniel 10:4-6).
1.3. Guerra celestial (Daniel 10:13).
2. Quando oramos, envolvemo-nos no grande conflito (Daniel 10:11). Porém, não estamos sozinhos em nossas lutas; Jesus Se envolve na batalha contra Satanás em nossos favor.
3. Podemos extrair lições valiosas da vida de oração de Daniel:
3.1. Jejum (Daniel 10:3).
3.2. Persistência (Daniel 10:8).
3.3. Intercessão (Daniel 10:12).
3.4. Fortalecimento (Daniel 10:19).
4. Depois de jejuar e orar, Daniel teve uma visão irresistível de Jesus Cristo (Daniel 10:4-9):
4.1. Figura Humana: referência ao Filho do Homem (Daniel 7:13).
4.2. Figura Sacerdotal: referência ao Sumo Sacerdote celestial (Daniel 8).
4.3. Figura Real/Militar: referência ao grande Príncipe Miguel (Daniel 12:1).
4.4. Figura Divina: referência a um Ser sobrenatural (Daniel 3:25).
5. Esse Ser está no controle da história. Por isso, não precisamos temer.
6. A presença de Miguel é seguida pela aparição de Gabriel, que vem com o propósito de tocar e consolar Daniel.
6.1. Primeiro toque: habilitou o profeta a ficar de pé e ouvir as palavras de conforto (Daniel 10:10-12).
6.2. Segundo toque: habilitou o profeta a falar e a expressar seus sentimentos (Daniel 10:16,17).
6.3. Terceiro toque: habilitou o profeta a receber força e encorajamento (Daniel 10:18,19).
7. Com Deus ao nosso lado, podemos ter paz mesmo quando enfrentamos aflições. Seu toque amoroso nos habilita a olhar para o futuro com esperança.
8. Durante os 21 dias em que Daniel esteve orando, foi travado um grande conflito espiritual e cósmico (Daniel 10:13). Tal guerra gora desencadeada pelos poderes das trevas que se opuseram ao plano de Deus para o Seu povo.
8.1. Príncipe Miguel (Apocalipse 12:7) x príncipe da Pérsia (Apocalipse 12:9).
8.2. Anjo Gabriel (Lucas 1:19) x anjos caídos (Efésios 6:12).
8.2. Esdras e Ciro (Esdras 1:1) x samaritanos (Esdras 4:7).
9. A vitória de Miguel sobre o príncipe da Pérsia permanece como sinal da vitória final de Miguel sobre as forças das trevas.
10. Quando Miguel aparece na Bíblia, isso sempre acontece em contextos de conflito.
10.1. Miguel vence o dragão e seus anjos na batalha do Céu (Apocalipse 12:7).
10.2. Miguel vence o digo na disputa pelo corpo de Moisés (Judas 1:9).
10.3. Miguel vence o príncipe da Pérsia no conflito cósmico (Daniel 10:13).
10.4. Miguel vence o tentador na provação do deserto (Mateus 4:1-11).
10.5. Miguel vence Satanás ao morrer na cruz do Calvário (Apocalipse 12:11).
11. E por fim, Miguel Se levantará para livrar Seu povo nas finais do grande conflito (Daniel 12:1).
12. A revelação de Gabriel ocorre em duas etapas sucessivas, uma semelhante à outra, e termina com a evocação de Miguel (Daniel 10).
12.1. Daniel é respondido pelo anjo (v. 9,15).
12.2. Daniel é tocado pelo anjo (v. 10,16).
12.3. Daniel é fortalecido pelo anjo (v. 11,17).
12.4. Daniel é consolado pelo anjo (v. 12,19).
12.5. Miguel intervém na batalha (v. 13,21).20 de março de 2020 às 12:10 #16093Lição 12: Do Norte e Sul à terra gloriosa
1. Para a grande maioria dos eruditos, Daniel 11 é:
1.1. A profecia mais longa da Bíblia.
1.2. A profecia com mais detalhes.
1.3. A profecia de mais difícil interpretação.
1.4. A profecia paralela aos capítulo 2,7, 8 e 9.
1.5. A profecia de reinos sucessivos envolvendo o povo de Deus.
2. O capítulo 11 faz menção aos reinos da antiguidade e seu destino no tempo do fim. Ele aponta batalhas sucessivas entre os reinos do Norte e do Sul, envolvendo o povo de Deus. E por fim, a destruição do reino do norte.
3. Daniel 11 não apresenta símbolos, mas uma descrição literal e paralela à que está nas profecias simbólicas (capítulo 2, 7 e 8) que diz respeito a sucessão dos reinos (Daniel 11:2).
3.1. Bode com um chifre que é quebrado (Daniel 8:8): quatro chifres que nascem no lugar.
3.2. Alexandre Magno com morte prematura (Daniel 11:3-4): quatro generais que dividem o reino.
4. A transição do reino da Pérsia para o reino da Grécia e sua posterior divisão é claramente apresentada no capítulo 11.
5. Preteristas, futuristas e historicistas admitem um conflito (cerca de 150 anos) entre Norte (Síria) e Sul (Egito) em Daniel 11:5-14.
5.1. Síria: ao norte de Judá (Dinastia Selêucida).
5.2. Egito: ao sul de Judá (Dinastia Ptolemaica).
6. As guerras, intrigas e traições entre esses poderes (o Norte e o Sul), de uma ou outra maneira, afetaram os judeus.
7. A entrada de Roma no Mediterrâneo oriental foi gradativa. Em Daniel 11:15, a nação é descrita como o “novo” rei do Norte. Os versículos 16 a 20 descrevem as características de sua fase pagã.
7.1. “Terra gloriosa” (Daniel 8:9): é uma referência a Jerusalém.
7.2. “Cobrador de impostos” (Daniel 11:20): é uma possível referência a César Augusto.
7.3. “Homem vil” (Daniel 11:21): é uma possível referência a Tibério que era um homem vil.
7.4. “Ungido/Príncipe” (Daniel 9:25): é uma clara referência a Jesus.
8. Razões para a mudança de Antíoco III para Roma em Daniel 11:14,15:
8.1. Roma exerce poder permanente e amplo sobre Antíoco.
9.2. Depois do verso 15, não é mencionado o “rei do Norte” até o verso 40.
9. No verso 16, é introduzido um novo poder sob o título “o que vier fará segundo a sua vontade”. Roma toma posse da Judeia quando Antíoco Epifânio a recebeu de seu pai.
10. As principais ações desse “novo” rei do Norte são semelhantes as do chifre pequeno:
10.1. Desafia a Deus e usurpa Seu lugar (Daniel 11:36,37) versus Levanta-se contra o exército dos céus (Daniel 8:10,11,25).
10.2. Profana o santuário e tira sacrifício diário (Daniel 11:31) versus profana o santuário (Daniel 8:11) e tira o sacrifício diário (Daniel 8:12).
10.3. Sitia a “terra gloriosa” (Daniel 11:16,41,25) versus o chifre pequeno cresce até a “terra gloriosa” (Daniel 8:9).
10.4. Persegue o povo de Deus (Daniel 11:35) versus lança por terra (…) as estrelas do céu e as pisa (Daniel 8:10).
10.5. “(…) chegará ao seu fim não haverá quem o socorra” (Daniel 11:45) versus “(…) será quebrado sem esforço de mãos humanas” (Daniel 8:25).
11. Esse poder agiu antes, mas agora se diferencia em alguns aspectos, mesmo que ainda tenha características de seu antecessor.
12. Algumas expressões nos ajudam a compreender Daniel 11:40-45. Por exemplo, “tempo do fim” que é o período de 1898 d.C. (queda do papado) até a ressureição dos mortos (Daniel 12:2). Há outras expressões como:
12.1. “Glorioso monte santo”:
12.1.1. Significado geográfico: Monte Sião, na Judeia.
12.1.2. Significado teológico: Referência ao povo de Deus.
12.2. “Rei no Norte”:
12.2.1. Significado geográfico: Dinastia selêucida, na Síria.
12.2.2. Significado teológico: Contrafação do Deus verdadeiro.
12.3. “Rei no Sul”:
12.3.1. Significado geográfico: Dinastia ptolomaico, no Egito.
12.3.2. Significado teológico: Referência ao ateísmo.
13. Identificados com o sistema religioso dominante, o papado (rei do Norte), o ateísmo e secularismo (rei do Sul), são símbolos de poderes que agirão juntos no tempo do fim.
14. O paralelismo de Daniel 11 com os capítulos 8, 7 e 2 confirma a percepção acerca do poder papal e seus ensinos. Podemos observar claramente o cumprimento dessas profecias na História. O paralelismo pode ser verificado nitidamente entre Daniel 11:31 e Daniel 8:8-13:
14.1. Profanar o santuário versus derrubar o santuário.
14.2. Tirar o sacrifício versus tirar o sacrifício.
14.3. Estabelecer a abominação versus trazer transgressão.27 de março de 2020 às 19:05 #16095Lição 13: Do pó às estrelas
1. No livro de Daniel, é possível contrastar o reino de Nabucodonosor com o reino de Jesus:
1.1. O reino de Nabucodonosor foi de escravidão (Daniel 1:2) versus o reino de Jesus será de libertação (Daniel 12:2).
1.2. O reino de Nabucodonosor foi local (Daniel 1:1) versus o reino de Jesus será global (Daniel 2:35).
1.3. O reino de Nabucodonosor foi temporário (Daniel 5:5) versus o reino de Jesus será eterno (Daniel 2:44).
2. O livro de Daniel começa com Deus permitindo a escravidão do Seu povo (Daniel 2:2), e termina com Jesus libertando o mesmo.
3. Miguel é um Príncipe (Daniel 12:1) que também é chamado de Ungido (Daniel 9:25 cf. Lucas 4:18; Isaías 6:1,2). Esse nome só ocorre na Bíblia apenas em passagens apocalípticas. Miguel é Cristo visto sempre em ação:
3.1. Intercedendo pelo povo de Deus (Daniel 10:13).
3.2. Guerreando ao lado do povo de Deus (Daniel 10:21).
3.3. Libertando o povo de Deus (Daniel 12:1).
3.4. Ressucitando Moisés (Judas 9).
3.5. Derrotando Satanás (Apocalipse 12:7).
4. Nos bancos de dados celestiais contém os nomes e as ações de todo ser humano:
4.1. Livro da Vida: registra o nome dos salvos (Apocalipse 20:11,12).
4.2. Livro Memorial: registra as obras dos salvos (Malaquias 3:16).
4.3. Livro da Morte: registras as obras dos perdidos (Jeremias 2:22).
5. Nossas más ações apagadas do livro da memória garantem proteção no tempo de angústia (Salmos 56:8).
6. Há três relatos de ressurreições no Antigo Testamento, todas nos livros dos Reis; sete no Novo Testamento, cinco relacionadas a Cristo. A afirmação de Daniel 12:2 é peculiar, pois fala de uma ressureição escatológica. São mencionadas três ressurreições distintas na Bíblia:
6.1. Ressurreição dos justos: ressuscitam para a salvação (João 5:29a).
6.2. Ressurreição dos ímpios: ressuscitam para a perdição (João 5:29).
6.3. Ressurreição especial: ressuscitam para ver Jesus voltar (Apocalipse 1:7).
7. Tudo indica que Daniel 12:2 alude a uma ressurreição especial: um grupo de justos e de ímpios levantarão do pó para ver Jesus voltar.
8. A Reforma Protestante (século XVI) tentou abrir o livro de Daniel, mas ele permaneceu selado por séculos. Sua abertura só ocorreu a partir do tempo do fim (século XVIII). Daniel e Apocalipse citam o mesmo livro, com semelhanças e diferenças:
8.1. Ele é visto fechado (Daniel 12:9) versus ele é visto aberto (Apocalipse 10:2).
8.2. Sua compreensão está distante (Daniel 12:7) versus sua compreensão está próxima (Apocalipse 10:6).
8.3. Daniel é desmotivado a interpretar (Daniel 12:9) versus João é estimulado a compreender (Apocalipse 10:9).
9. Esse evento mostra-nos o quanto Deus é onisciente e que a história do mundo não fugiu do Seu controle.
10. Três cronogramas proféticos são mostrados e o primeiro aparece de três formas na Bíblia, respondendo à pergunta: “Quando se cumprirão estas maravilhas?” (Daniel 12:6). Ele se refere às coisas descritas em Daniel 11.
10.1. “(…) um tempo, tempos, e a metade de um tempo” (Daniel 7:25; Apocalipse 12:14).
10.1.1. 1 + 2 + 0,5 = 3,5
10.1.2. Tempo = ano (Daniel 11:13).
10.2. “(…) quarenta e dois meses” (Apocalipse 13:5).
10.2.1. 42 ÷ 12 (1 ano) = 3,5
10.2.2. Dia = ano (Ezequiel 4:6).
10.3. “(…) mil duzentos e sessenta dias” (Apocalipse 11:3; 12:6).
10.3.1. 1260 ÷ 30 (1 mês) = 42.
10.4. Pode-se perceber que todos estes cálculos se referem ao mesmo período:
10.4.1. 3,5 anos = 1260 dias.
10.4.2. 42 meses = 1260 dias.
10.4.3. 1260 dias = 1260 anos.
11. Esse período de tempo corresponde aos 1260 de supremacia papal que se estendeu de 538 d.C. a 1798 d.C. e a mesma perseguição é citada em Daniel 11:32-35 sem mencionar sua duração.
12. Os período de 1.290 anos e 1.335 anos respondem a pergunta de Daniel: “Qual será o fim destas coisas?” (Daniel 12:8). Ambos iniciam com a remoção do “sacrifício diário” e o estabelecimento da “abominação desoladora”.
12.1. Linha do tempo:
12.1.1. 508 d.C.: Clóvis, rei dos francos, vence os visitados (hostis ao papado) e concede poder político à Igreja Católica.
12.1.2. 1798 d.C.: Berthier, general de Napoleão, aprisiona o papa Pio VI, quebrando a supremacia papal.
12.1.3. 22/10/1844: Jesus passa do Santo para o Santíssimo, lugar do santuário celestial para iniciar o juízo investigativo.
12.2. Prazos na linha do tempo:
12.2.1. 1290 dias/anos: 508 d.C. a 1798 d.C.
12.2.2. 1335 dias/anos: 1798 d.C. a 22/10/1844.13. O final desse período foi a época do Movimento Milerita e do estudo renovado das profecias bíblicas. Foi um tempo de esperança na breve vinda de Jesus.
14. A primeira vinda de Cristo, apesar da ampla divulgação profética, foi mal interpretada e a purificação do santuário também.
14.1. Evento: primeiro advento versus purificação do santuário celestial.
14.2. Expectativa: libertação política (Lucas 24:23) versus segundo advento (Daniel 8:14).
14.3. Resultado: acertaram a data e erraram o evento versus acertaram a data e erraram o evento.
15. Mesmo com tantas informações à disposição, o povo de Deus cometeu vários erros de interpretação. É preciso oração para que, ao estudar o livro de Daniel e de Apocalipse, os erros do passado não sejam repetidos. -
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