Como Interpretar as Escrituras
Este tópico contém 13 respostas, possui 1 voz e foi atualizado pela última vez por Agência T7 4 anos, 6 meses atrás.
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1 de abril de 2020 às 09:00 #16098
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3 de abril de 2020 às 17:27 #16100Lição 1: A singularidade da Bíblia
1. “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e, luz para os meus caminhos” (Salmos 119:105).
2. Composta de 66 livros e escrita ao longo de 1.500 anos em três continentes (Ásia, África e Europa), por mais de quarenta autores, a Bíblia é singular. Não há outro livro, sagrado ou religioso, como as Escrituras. E não é de admirar, pois ela é a Palavra de Deus.
3. Ênfase da semana:
3.1. A Palavra viva de Deus.
3.2. Bíblia: história e profecia.
3.3. O Livro que transforma.- Sobre a Palavra viva de Deus, o que os textos a seguir revelam sobre os escritores bíblicos e suas origens? Êxodo 2:10; Amós 7:14; Jeremias 1:1-6; Daniel 6:1-5; Mateus 9:9; Filipenses 3:3-6; Apocalipse 1:9.
4. A Palavra viva de Deus.
4.1. A Bíblia foi escrita por pessoas de origens muito diferentes e em várias circunstâncias. Alguns escreveram em palácios, outros em prisões, alguns no exílio e outros ainda durante suas viagens missionárias para compartilhar o evangelho.
4.2. Esses homens tinham formações e ocupações diferentes. Alguns, como Moisés, estavam destinados a ser reis ou, como Daniel, a ocupar altos cargos. Outros eram simples pastores. Além disso, alguns escritores foram testemunhas oculares dos eventos que relataram.
4.3. Esses homens tinham formações e ocupações diferentes. Alguns, como Moisés, estavam destinados a ser reis ou, como Daniel, a ocupar altos cargos. Outros eram simples pastores. Além disso, alguns escritores foram testemunhas oculares dos eventos que relataram.- Como Moisés descreveu a Palavra de Deus e seu poder na vida dos hebreus prestes a entrar na Terra Prometida? (Deuteronômio 32:45-47).
4.4. O foco dos israelitas deveria permanecer em Deus e em Sua vontade. Deveriam ensinar essas palavras aos seus filhos, assim, de geração em geração o divino plano da salvação seria transmitido. Eles não deveriam escolher as palavras, mas obedecer a “todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 32:46).
4.5. No final da História da Terra, Deus terá um povo que permanecerá fiel a todas as Escrituras; guardarão os mandamentos de Deus e terão a fé de Jesus (Apocalipse 12:17; 14:12). A Bíblia não apenas garante uma vida mais abundante na Terra, mas um destino eterno no lar que Jesus preparou para nós (João 14:1-3).
5. Bíblia: história e profecia.
5.1. A Bíblia é singular quando comparada a outros livros “sagrados” porque é constituída na História. Isso significa que a Bíblia não apresenta meramente os pensamentos filosóficos de um ser humano, mas registra as ações de Deus na História à medida que elas se desenvolvem em direção a promessa de um Messias e a segunda vinda de Jesus.- O que as passagens a seguir nos ensinam sobre a verdade histórica da ressurreição de Cristo e a respeito de seu significado pessoal para nós? (1 Coríntios 15:3-5; 1 Coríntios 51-55; Romanos 8:11; 1 Tessalonicenses 4:14).
5.2. O testemunho dos quatro evangelhos e de Paulo é que Jesus morreu, foi sepultado, ressuscitou dos mortos e apareceu a várias pessoas.Isso foi confirmado por testemunhas oculares que O colocaram no túmulo e posteriormente não O encontraram ali. Testemunhas tocaram Jesus, e Ele partilhou refeição com elas.
5.3. Paulo escreveu que, se o testemunho das Escrituras é rejeitado, nossa pregação e fé são vãs (1 Coríntios 15:14). Outras traduções dizem “inútil” (NVI; NVT).
5.4. A Bíblia também é singular entre outras obras religiosas porque até 30% de seu conteúdo é composto por profecias e literatura profética. A integração da profecia e seu cumprimento no tempo é fundamental para a cosmovisão bíblica.
5.5. O Deus que atua na História também conhece o futuro e o revelou a Seus profetas (Amós 3:7). A Bíblia não é apenas a Palavra viva, ou a Palavra histórica, ela é a Palavra profética.- O que as passagens a seguir nos revelam sobre a vinda do Messias? (Gênesis 49:8-12; Salmos 22:12-18; Isaías 53:3-7; Daniel 9:2-27; Miquéias 5:2; Malaquias 3:1; Zacarias 9:9).
5.6. As passagens nos revelam sobre a vinda do Messias:
5.6.1. Gênesis 49:8-12: Ele viria como leão; o cetro não se apartaria de Judá.
5.6.2. Salmos 22:12-18: O Messias seria cercado por malfeitores
5.6.3. Isaías 53:3-7: Seus pés e mãos seriam traspassados; lançariam sortes sobre as vestes.
5.6.4. Daniel 9:2-27: A vinda e morte do Ungido, quando o sacrifício diário seria cessado.
5.6.5. Miquéias 5:2: O Messias viria de Belém-Efrata.
5.6.6. Malaquias 3:1: O Messias viria como o Anjo da Aliança.
5.6.7. Zacarias 9:9: O Messias Se manifestaria como Rei, montado em um jumentinho.
5.7. O fato dessas profecias do Antigo Testamento terem se cumprido com tanta precisão na vida, morte e ressurreição de Cristo comprova a inspiração e revelação divinas da Palavra. Também indica que Jesus era quem Ele dizia ser e quem os outros diziam que Ele era.
6. O Livro que transforma.
6.1. Um dos mais poderosos testemunhos do poder da Bíblia é uma vida transformada. É a Palavra que entra em nossa mente, mostrando o pecado e depravação humanos e revelando nossa verdadeira natureza e a necessidade de um Salvador.- Por que o rei Josias rasgou as vestes? Como sua descoberta mudou não somente ele, mas toda a nação de Judá? (2 Reis 22:3-20).
6.2. Em 621 a.C., quando Josias tinha cerca de 25 anos, Hilquias, o sumo sacerdote, descobriu “o livro da Lei”. Durante o reinado de seu pai, Amom, e de seu avô mais perverso, Manassés, esse livro havia se perdido em meio à adoração a Baal, Astarote e “todo o exército dos céus” (2 Reis 21:3-9).
6.3. Ao ouvir as condições da aliança, Josias rasgou as vestes em absoluta aflição, pois percebeu o quanto ele e seu povo se haviam distanciado da adoração ao verdadeiro Deus.
6.4. O rei, então, começou uma reforma em todo o país, derrubando os lugares altos em que era praticada a idolatria e destruindo imagens de deuses estrangeiros.
6.5. A descoberta da Palavra de Deus leva à convicção do pecado, ao arrependimento e ao poder para mudar. Essa mudança começou com Josias e, por fim, espalhou-se para o restante de Judá.
7. Como conclusão, podemos verificar que um livro singular como a Bíblia, considerado a Palavra de Deus, constituído na História, imbuído de profecias e com o poder para transformar a vida deve ser interpretado de maneira singular. Não pode ser explicado como outros livros, pois a Palavra viva de Deus deve ser entendida à luz de um Cristo vivo, que prometeu enviar Seu Espírito para nos conduzir “a toda a verdade” (João 16:13).- Quer você hoje aceitar a Bíblia como a Palavra de Deus na sua vida? Um livro constituído na História, imbuído de profecias e principalmente, com um poder sobrenatural para transformar a sua vida?
10 de abril de 2020 às 19:01 #16187Lição 2: Origem e natureza da Bíblia
1. A maneira de ver e compreender a origem e natureza das Escrituras impacta significativamente diversos aspectos desse livro:
1.1. A confiabilidade (Mateus 24:35).
1.2. A credibilidade (2 Pedro 1:20,21).
1.3. Sua autoridade (Hebreus 4:12).
1.4. Seus princípios (2 Timóteo 3:16,17).
2. Para compreender as Escrituras, devemos abordar a Bíblia com fé não com petismo. “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6).
3. Em 2 Pedro 1:19-21, encontramos a verdadeira origem do conteúdo das Escrituras. Com base nessa passagem, podemos tirar as seguintes conclusões acerca da Bíblia:
3.1. Ela é digna de confiança (vs. 19a).
3.2. Ela é como lâmpada que ilumina (vs. 19b).
3.3. Ela é como estrela que brilha (vs. 19c).
3.4. Ela não veio de interpretação dos profetas (vs. 20).
3.5. Ela não surgiu da iniciativa humana (vs. 21).
4. A unidade fundamental observada nas Escrituras se dá porque o mesmo Espírito Santo inspirou todos os escritores (compare Gênesis 3:14,14 com Apocalipse 12:17). A Bíblia:
4.1. Foi inspirada integralmente (2 Timóteo 3:16).
4.2. Não foi ditada palavra por palavra (Deuteronômio 18:18).
4.3. Também foi resultado de pesquisas históricas (Lucas 1:1-13).
4.4. Teve seus escritores inspirados por pensamento (2 Pedro 1:21).
5. “As verdades reveladas são todas inspiradas por Deus, mas estão expressas em palavras humanas.” (Ellen White).- Por que Deus ordenou que Sua revelação e mensagens inspiradas fossem escritas?
6. Deus ordenou a escrita de Sua palavra pelos seguintes momentos:
6.1. Para ser lembrada por todos (Deuteronômio 6:6-8).
6.2. Para ser duradoura (Mateus 24:35).
6.3. Para ser um registro (Êxodo 17:14).
6.4. Para ser ensinada (Esdras 7:10).
6.5. Para ser lida aos outros (Apocalipse 1:11,19).
6.6. Para ser acessível (Salmos 119:130).
7. Existe um paralelo entre Jesus Cristo, o Verbo de Deus que se tornou carne (João 1:14), e a Palavra escrita de Deus:
7.1. A Palavra de Deus Escrita (1 Pedro 1:19-21) e Jesus Cristo (Isaías 7:14): ambos foram concebidos de forma sobrenatural.
7.2. A Palavra de Deus Escrita (João 17:17) e Jesus Cristo (João 8:31,32): ambos representam a verdade.
7.3. A Palavra de Deus Escrita (Hebreus 4:12) e Jesus Cristo (Colossenses 2:9): ambos são reais no tempo e no espaço.
7.4. A Palavra de Deus Escrita (1 Tessalonicenses 2:13) e Jesus Cristo (Atos 4:12): ambos estão disponíveis para todos.
8. Assim como Jesus, a Bíblia é uma união divino-humana singular e inseparável.
9. Não poderemos entender a Bíblia corretamente se a abordarmos com uma atitude de ceticismo. “Sem fé é impossível agradar a Deus.” (Hebreus 11:6).
10. É por isso que a 1ª Crença Fundamental da Igreja Adventista do Sétimo Dia declara:
10.1. É a Palabra de Deus escrita (Hebreus 4:12).
10.2. Foi dada por intermédio do Espírito Santo (2 Pedro 1:20,21).
10.3. Contém o conhecimento para a salvação (2 Timóteo 3:15).
10.4. É a infalível (Salmos 19:7) revelação da vontade de Deus (João 6:38).
10.5. Constituiu o padrão de caráter (2 Timóteo 3:16).
10.6. É a prova da experiência cristã (João 2:22).
10.7. É a reveladora definitiva de doutrinas (João 7:17).
10.8. É o registro fiel dos atos de Deus na história (1 Tessalonicenses 2:13).
11. Sem a influência do Espírito Santo, a Bíblia não teria valor espiritual para nós. O Espírito Santo:
11.1. Ensinará e fará lembrar o que aprendermos (João 14:26).
11.2. Ajudará a guardarmos os mandamentos de Deus (Ezequiel 36:27).
11.3. Acompanhará a todos em todos os lugares (Salmos 139:7,8).
11.4. Falará por intermédio de nós (Mateus 10:19,20).
12. “…o Espírito foi prometido pelo nosso Salvador para esclarecer a Palavra a Seus servos, iluminando e aplicando seus ensinos”.17 de abril de 2020 às 19:03 #16188Lição 3: A visão de Jesus e dos apóstolos acerca da Bíblia
1. A Bíblia não deveria ser vista como ideias ou filosofias humanas, pois Jesus ensinou que as Escrituras hebraicas são a autoridade final (João 10:35). Para os apóstolos, as Escrituras são:
1.1. Vontade divina na linguagem dos homens (Hebreus 11:1; Romanos 3:1-2).
1.2. Luz divina que desfaz as trevas dos homens (2 Pedro 1:19).
1.3. Profecias divinas por intermédio dos homens (2 Pedro 1:21).
1.4. Regras divinas para a vida prática do homem (Tiago 2:8-22).
2. Para as três distintas tentações a resposta de Jesus foi a mesma: “Está escrito”.
2.1. No apetite: a Palavra é melhor que o pão (Lucas 4:4; Deuteronômio 8:3).
2.2. Nas glórias do mundo: a Palavra garante o reino futuro (Lucas 4:5-8; 1 Pedro 3:13).
2.3. Na presunção: a Palavra não confunde (Lucas 4:9-12; 1 Coríntios 14:33).
3. A Bíblia foi o único método que Jesus usou em sua defesa contra os ataques do adversário e deve ser nossa única regra de fé e prática.
4. Jesus não veio revogar a Lei (Antigo Testamento), mas cumprir”. Em Mateus 5:17, o verbo plêroô refere-se a encher volume ou preencher tempo. Jesus em Seus ensinos dedica-Se em:
4.1. Engrandecer a Lei (Isaías 42:21a).
4.2. Tornar gloriosa a Lei (Isaías 42:21b).
4.3. Explicar o que não é a Lei (Mateus 5:21,27,33,38,43).
4.4. Explicar o que é a Lei (Mateus 5:22,28,34,39,44).
5. Jesus anula a interpretação rabínica (“o que foi dito”) explicando sobre a natureza, extensão e validade do Antigo Testamento.
6. Após Sua ressurreição, Jesus usou as Escrituras do Antigo Testamento para explicar o propósito de Seu ministério em três ocasiões:
6.1. No caminho de Emaús: de Moisés aos profetas (todas as Escrituras) (Lucas 24:27).
6.2. Em Jerusalém: Lei, profetas e Salmos (todas as Escrituras) (Lucas 24:44-45).
6.3. Na Galileia: todas as coisas ordenadas (todas as Escrituras) (Mateus 28:18-20).
7. Enredo, personagens, ponto de vista do narrador e o propósito de Deus em salvar são vistos nas narrativas históricas do Antigo Testamento.
7.1. Pessoas reais em acertos e erros (Gênesis 2:21; Mateus 19:5; 2 Samuel 7-12 e Hebreus 11)
7.2. Lugares reais com detalhes geográficos (Gênesis 37:1).
7.3. Eventos reais com desdobramentos históricos (Gênesis 3; Josué 12 e Habacuque 1:6).
8. Os escritores do Novo Testamento usavam as Escrituras hebraicas de diferentes modos confirmando-as como fonte de doutrina, ética e cumprimento profético:
8.1. Explicaram as citações do Antigo Testamento (Mateus 5; Gáltas 3:6-14).
8.2. Atribuíram a Deus as palavras dos escritores do Antigo Testamento (Atos 13:32-36).
8.3. Creditaram com o “está escrito” o Antigo Testamento (Marcos 1:2; Romanos 3:4).
8.4. Confirmaram o cumprimento profético do Antigo Testamento (Lucas 4:21; Atos 2:16).
9. O Espírito Santo conduziu a igreja no primeiro século de tal maneira que os próprios apóstolos já compreendiam que seus ensinos faziam parte do cânon das Escrituras formando o Novo Testamento. Algumas evidências são:
9.1. Havia o crivo da igreja na aceitação dos escritos inspirados (Atos 15).
9.2. Lucas diz que seus livros são os ensinos (Escrituras) de Jesus (Atos 1:3).
9.3. Paulo cita o evangelho de Lucas como Escritura (1 Timóteo 5:18; Lucas 10:7).
9.4. Pedro reconhece as epístolas de Paulo como Escritura (2 Pedro 3:16).
9.5. As igrejas deveriam receber o Apocalipse como Escritura (Apocalipse 1:3).24 de abril de 2020 às 19:06 #16189Lição 4: A Bíblia – a fonte autoritativa de nossa teologia
1. Algumas fontes que podem influenciar na interpretação da Bíblia são:
1.1. A tradição (Marcos 7:7-8).
1.2. A experiência (2 Pedro 1:20,21 e 2 Coríntios 2:14).
1.3. A cultura (Tito 1:10-13).
1.4. A razão (2 Coríntios 4:4).
1.5. A própria Bíblia (2 Pedro 3:16).
2. A prioridade dada a cada uma das fontes que influenciam na interpretação bíblica determina a ênfase e direção da teologia (Colossenses 2:18).
3. A tradição dos ‘anciãos’ (Marcos 7:3,5) na época de Jesus, se desenvolveu ao longo do tempo e acumulou aspectos e detalhes que originalmente não faziam parte da Palavra nem do plano de Deus.
3.1. A tradição é boa quando:
3.1.1. Harmoniza-se com a Palavra de Deus (Josué 24:27; Ester 9:27; 1 Samuel 1:4 e 2 Tessalonicenses 2:15).
3.1.2. Desenvolve estrutura e organização (Rute 4:7; Efésios 2:20; 1 Coríntios 11:2 e Gálatas 1:14).
3.1.3. Conecta às raízes (Gênesis 46:34; Ester 3:18; Atos 24:!4 e 28:17).
3.2. A tradição é ruim quando:
3.2.1. Se opõe à Palavra de Deus (Juízes 2:17; 2 Reis 17:8 e Colossenses 2:8,20).
3.2.2. É igualdade à Palavra de Deus (Levíticos 18:3; 2 Reis 17:33 e Atos 6:14).
3.2.3. Invalida a Palavra de Deus (2 Reis 16:3; Mateus 15:6 e Marcos 7:8).
4. A Bíblia é maior que as tradições (Mateus 15:3) e todas elas devem ser testadas com base nas Escrituras.
5. Os sentimentos e pensamentos podem ser influenciados de forma poderosa através de:
5.1. Beleza dos relacionamentos (Eclesiastes 4:12)>
5.2. Variadas artes (Êxodo 35:30-35).
5.3. Música em louvor (Salmos 81:1,2).
5.4. Maravilhas da criação (Colossenses 1:16).
5.5. Alegria da salvação (Isaías 61:10).
5.6. Poder das promessas (Hebreus 8:6).
6. Toda experiência precisa ser influenciada, moldada e interpretada pelas Escrituras. A verdade bíblica deve estar sempre acima de sensações pessoais.
7. A Bíblia ultrapassa qualquer barreira cultural e pode transformar e corrigir os elementos pecaminosos de todas as culturas.
7.1. A Bíblia surgiu de uma cultura específica (Romanos 9:1-30).
7.2. Alguns elementos culturais podem se alinhar com a Bíblia (Atos 17:22,23).
7.3. Toda cultura está sob o juízo de Deus (Eclesiastes 12:14).
7.4. A fé bíblica apresenta uma contracultura fiel à Palavra de Deus (Atos 17:24-30).
8. Embora as pessoas e sua compreensão da Bíblia possam ser influenciadas pela cultura, a Palavra de Deus está cima de qualquer categoria cultural, étnica ou status social.
9. Algumas pessoas alegam ter recebido “revelações” e instruções especiais do Espírito Santo, mas essas instruções vão contra os ensinos bíblicos. A Palavra está acima das impressões subjetivas.
10. A Bíblia é a autoridade superior sobre:
10.1. A tradição.
10.2. A experiência.
10.3. A cultura.
10.4. A razão.
11. O Espírito Santo, sobre a Bíblia:
11.1. Revelou e inspirou a Palavra (2 Pedro 1:@1; 2 Timóteo 3:!6).
11.2. Não diverge da Palavra (Ezequiel 36:27; Atos 5:32).
12. O ser humano, sobre a Bíblia:
12.1. Não tem autoridade de julgar a Palavra (Tiago 4:11,12).
12.2. É advertido e julgado pela Palavra (Isaías 8:20; 2 Timóteo 3:!6).- É mais fácil defender detalhes de tradições do que ser fiel a Deus
- Quais bençãos e desafios existem nas tradições religiosas?
- Como responder a um sonho ou visão que diverge ada Bíblia?
- De que forma acultura em que se vive influencia nas crenças?
13. “As Santas Escrituras devem ser aceitas como […] a pedra de toque da experiência religiosa”. Toda tradição, cultura e experiência devem ser provadas pela Palavra de Deus (Isaías 8:20).
1 de maio de 2020 às 19:23 #16190Lição 5: Somente pelas Escrituras – Sola Scriptura
1. Existem duas correntes de interpretação bíblica, a teologia católica e a teologia protestante, uma contrária a outra.
2. Teologia católica:
2.1. Interpretação alegórica.
2.2. Filosofia e religião como autoridade.
2.3. Baseada em tradições.
2.4. Fortaleceu fábulas e mitos.
2.5. Fontes influenciadoras diversas.
3. Teologia protestante:
3.1. Interpretação histórico-gramatical.
3.2. Escrituras como autoridade.
3.3. Baseada somente nas Escrituras.
3.4. Fortaleceu as Escrituras.
3.5. As Escrituras como única fonte decisiva.
4. O diferencial da reforma não estava em seus precursores, antes, no poder das Escrituras que deu a força e autoridade ao movimento protestante e não o contrário (João 8:32).
5. Vários personagens bíblicos enfatizavam a unidade a inseparabilidade das Escrituras de diferentes formas:
5.1. Cristo: totalidade (Lucas 24:25).
5.2. Pedro: harmonia (2 Pedro 3:2).
5.3. Paulo: coerência (Atos 24:14).
5.4. Igreja: fundamento (Efésios 2:20).
6. O preceito sola Scriptura evoca o princípio da clareza das Escrituras (Mateus 24:15), o qual rejeita e apoia algumas ideias.
7. Sola Scriptura rejeita:
7.1. Magistério eclesiástico para interpretar.
7.2. Interpretação alegórica.
7.3. Múltiplos significados do texto.
7.4. Significado místico e secreto.
8. Sola Scriptura apoia:
8.1. Sacerdócio de todos os crentes.
8.2. Interpretação literal.
8.3. Significado definido e imutável.
8.4. Significado claro e direto.
9. Martinho Lutero disse: “A Escritura é sua própria luz”. Isso quer dizer que a unidade que é encontrada nas Escrituras é a base para interpretá-las. Por isso, é necessário respeitar:
9.1. O contexto imediato da passagem.
9.2. O contexto geral do livro.
9.3. A intenção do autor.
9.4. A totalidade das Escrituras.
9.5. A metanarrativa das Escrituras.
9.6. A influência do Espírito Santo.
10. Os Escritos de Ellen White compartilham a mesma inspiração das Escrituras (2 Crônicas 20:20), porém sem autoridade doutrinária. Ellen White durante seu ministério se relacionou de modo singular com as Escrituras. Ela:
10.1. Fundamentou seu pensamento teológico nas Escrituras: “O Grande Conflito”, p. 595.
10.2. Confirmou as Escrituras como autoridade superior: “Cristo Triunfante”, p. 330.
10.3. Defendeu o princípio sola Scriptura: “O Grande Conflito”, p. 7.
10.4. Enfatizou o princípio tota Scriptura: “Educação”, p. 190.
10.5. Declarou que a Bíblia é seu próprio expositor: “Fundamentos da Educação Cristã”, p. 187.
10.6. Chamou o povo de volta às Escrituras: “Testemunhos para a Igreja 2”, p. 605.
10.7. Recomendou as Escrituras como única regra de fé e prática: “Primeiros Escritos”, p. 78.
10.8. Elevou as Escrituras acima de sues escritos: “Conselhos sobre Educação”, p. 37.
11. Os adventistas acreditam que assuntos de fé e prática devem ser decididos apenas pelas Escrituras (Hebreus 4:12). Essa crença é uma herança da Reforma Protestante. Mas é vital entendermos que sola Scriptura:
11.1. Não nega o valor de outros recursos que ajudam o entender o texto bíblico.
11.2. Não significa que a Bíblia seja a única revelação disponível.
11.3. Não significa que só a Bíblia tenha verdades.
11.4. Não representa uma negação dos escritos de Ellen White.8 de maio de 2020 às 18:52 #16191Lição 6: Por que a interpretação é necessária?
1. “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam”. (Hebreus 11:6).
- Ler a Bíblia também significa interpretá-la. Mas como fazemos isso? Quais princípios utilizamos? Como lidamos com os diferentes tipos de escrita encontrados ali?
- Por exemplo, como saber se uma passagem que estamos lendo é uma parábola, um sonho profético-simbólico ou uma narrativa histórica?
2. Qualquer texto sem contexto se torna rapidamente um pretexto para nossos próprios interesses e ideias. A definição de uma questão tão importante do contexto das Escrituras envolve, em si, um ato de interpretação.
3. Ênfases da semana:
3.1. Cultura e pressuposições.
3.2. Tradução e interpretação.
3.3. Nossa natureza pecaminosa.
4. Cultura e pressuposições.- A mensagem divina concedida em uma cultura específica transcende essa cultura e fala a todo ser humano? O que acontece se nossa experiência cultural se torna o fundamento e a prova decisiva para nossa interpretação das Escrituras?
- Em Atos 17:16-32, Paulo tentou apresentar a mensagem do evangelho em um novo contexto: a filosofia da cultura grega. Como contextos culturais diversos influenciam a maneira de avaliar a importância de ideias diferentes?
4.1. O apóstolo Paulo apresentou uma perspectiva interessante sobre a realidade que muitas vezes é negligenciada quando lemos esse texto. Ele declarou que Deus fez todos nós a partir de um só.
4.2. Embora sejamos culturalmente muito diferentes, de acordo com a Bíblia, há um elo comum que une todas as pessoas, apesar de suas diferenças culturais, e isso porque Deus é o Criador de toda a humanidade.
4.3. Nossa pecaminosidade e necessidade de salvação não se limitam a uma cultura. Todos precisamos da salvação oferecida a nós pela morte e ressurreição de Jesus Cristo.
4.4. Embora Deus tenha falado a gerações específicas, Ele cuidou para que as futuras gerações que leriam a Palavra de Deus entendessem que essas verdades vão além das circunstâncias locais e limitadas em que os textos da Bíblia foram escritos.- Em Lucas 24:36-45, embora os discípulos estivessem familiarizados com as Escrituras, o que os impediu de enxergar o verdadeiro significado da Palavra, mesmo quando os eventos preditos nela haviam acontecido diante deles?
4.5. Os discípulos tinham suas ideias particulares de quem era o Messias e o que Ele devia fazer, com base nas expectativas daquele tempo. Isso impediu uma compreensão mais clara do texto bíblico, o que explica por que tantas vezes eles compreenderam de maneira equivocada Jesus e os eventos que envolviam Sua vida, morte e ressurreição.
4.6. Sabemos que os intérpretes da Bíblia não podem se despojar completamente de seu passado, de suas experiências, ideias, noções e opiniões preconcebidas. A neutralidade total, ou a objetividade absoluta, não pode ser alcançada.
4.7. A boa notícia é que o Espírito Santo pode esclarecer e corrigir nossas perspectivas e pressuposições limitadas ao lermos a Bíblia com a mente aberta e o coração sincero. Pessoas com origens muito diferentes foram capazes de entender a Palavra de Deus e que o Espírito Santo nos guia “a toda a verdade” (João 16:13).
5. Tradução e interpretação.
5.1. A Bíblia foi escrita em línguas muito antigas: o Antigo Testamento foi escrito, em sua maior parte, em hebraico, com algumas passagens em aramaico, enquanto o Novo Testamento foi escrito em grego koiné.
5.2. Por isso, a Bíblia precisou ser traduzida. Toda tradução envolve algum tipo de interpretação. Algumas palavras em um idioma não têm um equivalente exato em outro. A arte e a habilidade de, cuidadosamente, traduzir e interpretar textos é chamada de “hermenêutica”.
5.3. O principal propósito da hermenêutica: transmitir com precisão o significado dos textos e nos ajudar a aplicar corretamente o ensino do texto à nossa vida.
5.4. Confira, a seguir, dois exemplos de versículos da Bíblia em três diferentes traduções:
5.4.1.1. Almeida Revista e Corrigida (RC).
5.4.1.2. Almeida Revista e Atualizada (RA).
5.4.1.3. Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH).
5.5. Gênesis 1:1-2.
5.5.1. RC: “No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.”
5.5.2. RA: “No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.”
5.5.3. NTLH: “No começo Deus criou os céus e a terra. A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar, e o Espírito de de Deus se movia por cima da água.”
5.6. Mateus 16:24.
5.6.1. RC: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.”
5.6.2. RA: “Então disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz, e siga-me.”
5.6.3. NTLH: “E Jesus disse aos discípulos: Se alguém quer ser meu seguidor, esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe.”
5.7. A mensagem central de cada verso fica clara nas três traduções. Portanto, a leitura de diferentes traduções pode enriquecer o estudo da Bíblia. Se a intenção, no entanto, for a de encontrar “erros”, é claro que esse estudo será tudo menos proveitoso.
6. Nossa natureza pecaminosa.
6.1. É fácil olhar com desprezo para os líderes que rejeitaram Jesus, apesar de evidências tão poderosas. No entanto, precisamos ter cuidado para não nutrir uma atitude semelhante no que diz respeito à Palavra de Cristo.
6.2. O pecado também afeta nossa capacidade de interpretar as Escrituras. Não apenas nossos processos de raciocínio são facilmente empregados para fins pecaminosos, mas nossa mente e pensamentos se corromperam pelo pecado e, portanto, fecharam-se à verdade de Deus.
6.3. As seguintes características dessa corrupção podem ser detectadas em nosso pensamento: orgulho, engano próprio, dúvida, afastamento e desobediência.
6.4. Em vez disso, devemos abordar a Bíblia com fé e submissão, e não com uma atitude de crítica e dúvida. O orgulho, o engano próprio e a dúvida levam a uma atitude de afastamento em relação a Deus e à Bíblia, que certamente levará à desobediência, isto é, à indisposição de obedecer à vontade revelada de Deus.
7. “Não leia a Palavra à luz de opiniões antigas; mas, com a mente livre de preconceitos, busque-a com cuidado e oração. Se, à medida que lê, você se sente convicto a respeito de algo, e nota que suas próprias opiniões não estão em harmonia com a Palavra, não tente adaptá-la a essas opiniões. Ajuste suas opiniões à Palavra. Não permita que suas crenças ou práticas anteriores dominem o entendimento. Deixe a mente receptiva às maravilhas da Lei. Descubra o que está escrito, e então firme os pés na Rocha eterna”. (Ellen White, Mensagens aos Jovens, p. 260).- Em que áreas da sua vida você está tentado a confiar mais em suas pressuposições, na educação recebida ou na sua própria experiência do que na verdade bíblica?
Complemento
1. Para que haja uma boa tradução da Bíblia, algumas condições devem ser atendidas.
1.1. A qualidade do texto original.
1.2. A fidelidade ao texto original.
1.3. O conhecimento da gramática original.
1.4. A clareza do pensamento original.
2. Um tradutor da Bíblia não terá sucesso apenas por uma transferência de uma língua para outra; também deve transferir as formas de pensamento e pressupostos do autor.
3. “Hermenêutica é a ciência e a arte da interpretação bíblica” (H. Virkler).
3.1. É uma ciência: Porque contém regras e princípios que podem ser organizados de forma sistêmica (Lucas 24:27).
3.2. É uma arte: porque uma aplicação mecânica das regras pode distorcer o significado de um texto (2 Timóteo 2:15).
4. Cada gênero literário tem seu conjunto de regras. Usar as mesmas regras das narrativas nas profecias, por exemplo, pode resultar em uma interpretação errônea do texto.
5. Perto de 590 a.C., ocorreu uma praga em Atenas. Epimênides orientou que fizessem um sacrifício. As ovelhas deveriam “escolher” para qual deus seriam sacrificadas. Elas pararam em um lugar vazio. Então edificaram um altar “ao deus desconhecido”.
6. Paulo em Atenas (Atos 17:22-31):
6.1. Observou a cultura local (v. 22).
6.2. Elogiou os atenienses (v. 22).
6.3. Utilizou o altar como ponto de contato (v. 23).
6.4. Contextualizou o Evangelho (v. 24-31).
7. A cultura hebraica e a cultura grega (Atos 17:16-32) diferem em alguns aspectos:
7.1. Cultura Grega:
7.1.1. Separa o racional da religião.
7.1.2. Estimula especulações.
7.1.3. Enfatiza o cognitivo.
7.1.4. Descreve de forma analítica.
7.1.5. Organiza de forma dicotômica.
7.2. Cultura Hebraica:
7.2.1. Une o racional e a religião.
7.2.2. Evita especulações.
7.2.3. Enfatiza o experimental.
7.2.4. Descreve de forma sintética.
7.2.5. Organiza de forma integrada.
8. O orgulho e o ceticismo afetam a aceitação da verdade bíblica. Vemos isso em dois momentos:
8.1. Orgulho em Jerusalém: João 12:37-43.
8.2. Ceticismo em Atenas: Atos 17:32-33.
9. Cinco dicas para estudar a Bíblia:
9.1. As escrituras precisam ser sua própria expositora (Lucas 24:27).
9.2. As parábolas precisam ser usadas como comparações (Mateus 24:32-35).
9.3. As visões precisam ser mencionadas como tais (Daniel 7).
9.4. As literalidades precisam ser interpretadas como tais (Josué 2:18).
9.5. As aplicações precisam de cuidadoso estudo (Êxodo 17).15 de maio de 2020 às 19:13 #16192Lição 7: Idioma, texto e contexto
1. Alguns números interessantes sobres o alcance da Bíblia no mundo:
1.1. Habitantes do mundo: mais de 7,5 bilhões.
1.2. Línguas faladas: mais de 6.000.
1.3. Com acesso à Bíblia: mais de 6 bilhões.
1.4. Línguas traduzidas: mais de 660 completas; mais de 2.500 partes.
2. Ter acesso à Bíblia é um privilégio. Aqueles que a estudam com oração (Tiago 1:5) conhecem o Senhor revelado em suas páginas e recebem a plenitude do Espírito Santo.
3. A Bíblia foi escrita como um instrumento do plano divino de redimir a humanidade caída (2 Timóteo 3:16). O Senhor escolheu fazer isso em linguagem humana:
3.1. Hebraico: maior parte do Antigo Testamento.
3.2. Aramaico: partes de Esdras, Daniel e Jeremias.
3.3. Grego: todos os livros do Novo Testamento.
4. Algumas palavras têm ampla extensão semântica e podem ser entendidas mais profundamente se estudadas em todo o contexto das Escrituras.
4.1. Chesed (misericórdia): pode ser traduzida como amor de Deus, Sua bondade e Seu propósito (1 Reis 3:6; Salmos 57:3; Miquéias 7:20).
4.2. Shalom (paz): pode ser traduzida como plenitude, inteireza e bem-estar (Números 6:24-26).
5. No idioma original hebraico foram desenvolvidas formas diferentes de enfatizar ideias. Por exemplo, a repetição:
5.1. Deus criou o homem (Gênesis 1:27a) versus Estátua criada pelo rei (Daniel 3:2b).
5.2. Deus criou à Sua imagem (Gênesis 1:27b) versus Estátua à imagem do rei (Daniel 3:3b).
5.3. Deus criou homem e mulher (Gênesis 1:27c) versus Estátua em adoração ao rei (Daniel 3:3c).
6. Nas escrituras, cada palavra tem seu contexto. Observe a definição de Adam, dentro de diferentes passagens e contextos (Gênesis 1:27; 2:7; 15-23).
6.1. Adam (humanidade):
6.1.1. Referência genérica à humanidade (Gênesis 1:27).
6.1.2. Aparece 367 vezes na Bíblia hebraica.
6.2. Adam (homem):
6.2.1. Referência ao próprio homem Adão (Gênesis 2:7).
6.2.2. Aparece 140 vezes na Bíblia hebraica.
7. Para entender o significado e a mensagem de um livro, é importante começar com a autoria e o contexto.
7.1. Moisés (autoria): é identificado como autor dos cinco primeiros livros do Antigo Testamento (Josué 8:31,32; Marcos 12:26).
7.2. Deserto de Midiã (contexto): ali, Moisés escreveu o livro de Gênesis enquanto pastoreava seus rebanhos (Êxodo 2:15; Atos 7:29,30).
8. Várias palavras-chave precisam ser examinadas para entender o significado de remanescente ao longo da Bíblia.
8.1. Remanescente histórico: são os sobreviventes de uma catástrofe (Isaías 1:4-9).
8.2. Remanescente fiel: são os que permanecem fiéis e leais a Deus (Gênesis 7:23).
8.3. Remanescente escatológico: são os vitoriosos das tribulações do tempo do fim (Apocalipse 12:17).22 de maio de 2020 às 19:34 #16193Lição 8: A criação: Gênesis como fundamento (parte 1)
1. Das atuais cosmovisões sobre a origem da vida, três se destacam:
1.1. Evolucionismo ateísta: nega a existência divina atribui surgimento da vida à causa espontâneas.
1.2. Evolucionismo teísta: sistemas naturais se desenvolveram sob a direção de um Deus impessoal ou causador inteligente.
1.3. Criacionismo: atribuiu a origem da vida à ação de um sábio Deus criador.
2. “Deus criou” essa é a verdade profunda revelada em Gênesis 1:1. Jesus foi da criação (Hebreus 1:1,2) e tudo foi feito por meio dEle (João 1:3).
3. A teoria da evolução criou uma tendência de se entender a semana da criação como não literal ou metafórica. Porém, cada afirmação ao final do relato das etapas da criação contém quatro elementos: “Então Deus disse: – Haja luz! E houve luz. E Deus viu que a luz era boa e fez separação entre a luz e as trevas. Deus chamou à luz ‘dia‘ e chamou às trevas ‘noite’. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.” (Gênesis 1:3-5).
3.1. O verbo “haver”.
3.2. Aparece a palavra “dia”.
3.3. Menção à tarde e manhã.
3.4. Numeração do dia.
4. Comparando essa fórmula cronológica com outras evidências do Antigo Testamento (Gênesis 33:13; Êxodo 12:18 e Neemias 5:18), fica claro se tratar de um período de luz e trevas de 24 horas que compunha um dia inteiro.
5. O sábado está sob fortes ataques na sociedade secular e nas comunidades religiosas.
5.1. Cronogramas de trabalho.
5.2. Mudanças no calendário.
5.3. Encíclica papal climática.
6. O sábado é muito importante por trazer à lembrança que Deus é o Criador. A obra da criação terminou no sábado, quando Deus:
6.1. Descansou (Gênesis 2:2).
6.2. Abençoou (Gênesis 2:3).
6.3. Santificou (Gênesis 2:3).
7. O ideal de Deus para a família é visto na criação, quando Ele estabeleceu uma estrutura baseada em um casamento heterossexual, monogâmico e vitalício.
8. O casamento deve ser “imagem e semelhança” da trindade (Gênesis 1:27):
8.1. No amor (Efésios 5:25).
8.2. Na unidade (Gênesis 2:24).
8.3. Na santidade (Hebreus 13:4).
9. O fundamento da história da salvação da humanidade, apresenta uma ligação ininterrupta entre a criação perfeita, a queda, o Messias e a redenção.
9.1. A criação (Gênesis 1:1,31): torna-se uma narrativa mitológica se o evolucionismo for aceito.
9.2. A queda (Gênesis 2:17 e 3:16): torna-se um simples conto se a morte não for consequência do pecado.
9.3. A cruz (1 Pedro 1:18-20): torna-se uma loucura, pois se não houve queda não há remissão de pecado.29 de maio de 2020 às 19:55 #16194Lição 9: A criação: Gênesis como fundamento (parte 2)
1. A ciência moderna se desenvolveu na Europa Cristã. A cosmovisão teísta foi a força motriz para a investigação e estudo da natureza. Estão no rol de cientistas cristãos:
1.1. Nicolau Copérnico (1473-1543): astrônomo e matemática; teoria heliocêntrica; pai da astronomia.
1.2. René Descartes (1596-1650): filósofo, físico e matemática; geometria analítica; pai da filosofia moderna.
1.3. Isaac Newton (1642-1727): astrônomo, matemático e teólogo; lei da gravitação universal; pai da física.
1.4. Gregor Mendel (1822-1884): botânico, biólogo e meteorologista; leis da hereditariedade; pai da genética.
2. “A ciência sem religião é manca, a religião sem a ciência é cega” (Albert Einstein).
3. A teoria terraplanista considera a superfície da Terra como sendo plana, usando argumentos, supostamente, bíblicos e científicos.
3.1. Argumento terraplanista:
3.1.1. A Terra possui extremidades (Apocalipse 7:1).
3.1.2. Jesus vê toda a Terra ao subir no monte (Mateus 4:8,9).
3.1.3. Descrição da Terra como sendo um arco sobre um disco plano (Amós 9:6).
3.2. Refutação ao terraplanismo:
3.2.1. Totalidade da superfície da Terra (Apocalipse 7:1).
3.2.2. Simbolismo do reinado universal de Jesus (Mateus 4:8,9).
3.2.3. Referência ao estabelecimento da abóbada de Deus na Terra (Amós 9:6).
4. A Hermenêutica bíblica conduz o estudante ao conhecimento das verdades bíblicas. A hermenêutica do “eu penso”, conduz a “verdades” bíblicas em conformidade com o próprio pensamento.
5. A Epopeia de Atra Asis é um poema sumério datado entre 1150-1015 a.C. Esta obra é uma descrição da criação e do dilúvio que costumava ser recitada na festa do ano novo em honra ao deus pagão Marduk.
5.1. Epopeia de Atra Asis:
5.1.1. Argila e sangue de um deus decaído.
5.1.2. É um des decaído.
5.1.3. Tomar o lugar dos deuses inferiores no serviço aos deuses superiores.
5.2. Livro de Gênesis:
5.2.1. Barro e fôlego de vida (Gênesis 2:7).
5.2.2. Criatura à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:26).
5.2.3. Criados para glória de Deus (Isaías 43:7).
6. A principal diferença entre os relatos é a posição do homem na criação. Em Atra Asis, ele é um escravo oprimido. Na Bíblia, o ser humano é feito à semelhança de Deus para se relacionar com Ele.
7. A Epopeia de Gilgamesh é um antigo poema mesopotâmico escrito por volta do ano 2000 a.C. É apontando como o texto mais semelhante ao Gênesis.
7.1. Epopeia de Gilgamesh:
7.1.1. Matéria-prima: o barro.
7.1.2. Personagens da queda: o casal Enkidu e Shamhat.
7.1.3. Consequências: Enkidu perde a ligação com a natureza.
7.1.4. A serpente: rouba o fruto da imortalidade de Gilgamesh.
7.2. Livro de Gênesis:
7.2.1. Matéria-prima: o barro (Gênesis 2:7).
7.2.2. Personagens da queda: o casal Adão e Eva (Gênesis 2:27).
7.2.3. Consequências: Adão é expulso do Éden (Gênesis 3:23).
7.2.4. A serpente: manipula Eva a comer do fruto (Gênesis 3:4,5).
8. As diferenças entre os relatos é fruto do “telefone sem fio” da tradição oral. Aquele que redigiu, contou a historia com a visão do povo a que pertence.
9. Diversas civilizações registraram suas descrições de como seria a origem do universo. Em muitos casos, estudiosos têm tentando estabelecer pontos de contato e influência entre os textos.
9.1. Poema babilônico Enuma Elish:
9.1.1. Agentes criativos: Apsu, Tiamat e Marduk.
9.1.2. Cronologia da criação: Criação de 6 deuses e um dia de descanso.
9.1.3. Cronograma da criação: Inicia com a luz e termina no homem.
9.1.4. Dia de descanso: Para os deuses.
9.1.5. Propósito do homem: Criado para ser escravo dos deuses.
9.2. Livro de Gênesis:
9.2.1. Agentes criativos: Deus (Gênesis 1:1).
9.2.2. Cronologia da criação: criação em seis dias e um de descanso (Gênesis 2:2,3).
9.2.3. Cronograma da criação: inicia com a luz e finda no homem (Gênesis 1).
9.2.4. Dia de descanso: Deus e toda a criação (Gênesis 2:3).
9.2.5. Propósito do homem: criado livre e semelhante a Deus (Gênesis 1:27).
10. Embora existam similaridades entre os textos, as diferenças são maiores. Isso não deveria levar à conclusão de cópia, mas a múltiplos relatos do mesmo evento.
11. Existem relatos sobre a criação e o dilúvio bem mais antigos que o registro bíblico. Isso apenas mostra que as versões foram registradas antes das histórias originais. Observe:
11.1. Diversificação dos povos: distanciamento e diversificação dos povos após o dilúvio e torre de Babel (Gênesis 7 e 11).
11.2. Tradição oral: surgimento de muitas versões através da tradição oral em várias gerações.
11.3. Registros antigos: registro dos relatos da criação, dilúvio e outros temas pelos povos antigos.
11.4. Registro bíblico: registro bíblico tardio, com o relato das histórias reais com seus personagens reais.
12. Diversos relatos, com similaridades, em vários povos, em diferentes lugares sobre a criação e o dilúvio são, uma evidência de que essas histórias realmente aconteceram.
13. No ato da criação dos corpos celestes, Deus definiu qual seria o papel deles na natureza.
13.1. Objetivos dados por Deus (Gênesis 1:14,15):
13.1.1. Separarem o dia da noite.
13.1.2. Definirem as estações.
13.1.3. Marcarem o tempo.
13.1.4. Iluminarem a Terra.
13.2. Objetivos dados pelos homens (Deuteronômio 17:3):
13.2.1. Serem divindades.
13.2.2. Preverem o futuro.
13.2.3. Definirem a personalidade.
13.2.4. Definirem as acoes das pessoas.
14. O distanciamento da humanidade e Deus acarretou na distorção funcional dos astros, fazendo com que o criado fosse adorado no lugar do Criador.
15. A maioria dos cientistas creem que a Terra exista há 4,5 bilhões de anos através de datação radiometria que usa o decaimento dos materiais radioativos contido nas rochas.
16. Hipótese de dois estágios de criação:
16.1. As rochas são anteriores a semana da criação.
16.2. Gênesis foca na origem da vida e não do planeta.
17. Hipótese da criação da Terra madura:
17.1. O planeta e o seres vivos foram criados maduros.
17.2. As rochas aparentam ter mais idade do que têm.
18. Hipótese da razão funcional:
18.1. Deus acelerou o decaimento dos elementos radioativos pouco antes da vida.
18.2. A abundância de alguns materiais prejudicaria os seres vivos.
19. Para os criacionistas bíblicos, a Terra tem entre 6 e10 mil anos, baseando-se nas cronogenealogias (Gênesis 5 e 11).
20. A interpretação do relato da Criação (Gênesis 1-2) deve ser feito à luz de toda a Bíblia, sendo essencial a aplicação dos princípios hermenêuticos estabelecidos por ela. Deus criou:
20.1. O universo (Gênesis 1:1; Atos 14:15).
20.2. Através do Filho (Colossenses 1:16; João 1:3)
20.3. Através da palavra (Salmos 33:6,9; Tiago 1:18).
20.4. Tudo em 7 dias (Êxodo 20:11).
20.5. O homem à Sua imagem (Gênesis 1:26; Tiago 3:9).
20.6. O homem com Suas mãos (Gênesis 2:27,21, 22).
20.7. A Terra para ser habitada (Isaías 45:18).
21. A lição dessa semana abordou temas bem interessantes e curiosos (Salmos 19:1).
22. Segue abaixo a indicação de alguns livros para aqueles que desejarem saber mais:
22.1. “A História da Vida” (Michelson Borges).
22.2. “Origens” (Ariel Roth).
22.3. “Onze de Gênesis” (Alexandre Kretzschmar).
22.4. “Fomos Planejados” (Marcos Eberlin).
22.5. “Uma Breve História da Terra” (Nahor N. Souza Jr.).
22.6. “Inventando a Terra Plana” (Jeffrey Russel).23. “Deus nunca revelou aos mortais com exatamente realizou a obra da criação em seis dias literais. Suas obras criativas são tão incompreensíveis quanto Sua existência.” (Ellen White, Spiritual Gifts, livro 3, p. 93).
5 de junho de 2020 às 19:16 #16217Lição 10: A Bíblia como História
1. “À luz da Bíblia, a história não é uma mera sucessão de fatos acontecidos, coisas feitas e que não são mais dignas de debate. A Bíblia reflete a revelação de Deus e sua relação com a história.” (Heschel).
1.1. A história é testemunha (João 20:20-31).
1.2. A história é memória (Êxodo 17:14); Deuteronômio 25:17 a 19).
1.3. A história é exemplo (1 Coríntios 10:11).
1.4. A história é fato (Lucas 1:1 a 4).
1.5. A história é esperança (Atos 26:6, 7).
2. A Bíblia tem um propósito historiográfico. Ela relata o evento de forma artística para que o mesmo tenha relevância factual.
3. Durante os reinados de Davi e Salomão, houve a maior expansão territorial e religiosa da história de Israel. A história é a testemunha das promessa feitas a Abraão.
3.1. A concessão da terra (Gênesis 15:18 a 21; 1 Reis 4:21; 2 Coríntios 9:26).
3.2. O engrandecimento do nome (Gênesis 12:2; 2 Samuel 7:9).
3.3. A perpetuidade da descendência (Gênesis 17:7 a 10; 2 Samuel 7:12).
4. Os reis assírios mandavam escrever as memórias de suas vitórias nas fundações dos templos para que seus sucessores encontrassem no futuro Mas, para Deus, a história é a memória de Seus feitos para as gerações futuras. Ela lembra:
4.1. Que Deus ouve Seu povo (Isaías 37:4, 6, 7).
4.2. Que Deus responde Seu povo (Isaías 37:21 a 23, 29).
4.3. Que Deus protege Seu povo (Isaías 37:36 a 38).
5. O livro de Daniel deve ter tido, desde o começo, um lugar de honra nos círculos para o qual foi escrito, além de ter exercida profunda influência no desenvolvimento do pensamento judaico. Em Daniel, a história é exemplo”
5.1. De fidelidade (Daniel 1:8).
5.2. De conduta (Daniel 5:8, 17).
5.3. De juízo (Daniel 5:22, 23).6. “Neste tempo apareceu Jesus, que era um homem sábio, se é que podemos chamá-Lo apenas de homem. Os mais ilustres de nossa nação O acusaram perante Pilatos”. Flávio Josefo nos mostra que a história de Jesus é um fato. Lucas menciona três cenários históricos sobre a época de Jesus:
6.1. Cenário mundial: império romano (Lucas 3:1a).
6.2. Cenário político: governos palestinos (Lucas 3:1b).
6.3. Cenário religioso: sacerdócio judaico (Lucas 3:2a).
7. “Nada temos que recear quando ao futuro, a menos que nos esqueçamos a maneira que o Senhor nos tem guiado no passado.” Na Bíblia, a história é esperança:
7.1. De receber salvação (Hebreus 11:7).
7.2. De receber herança (Hebreus 11:8).
7.3. De receber perdão (Hebreus 11:31).
8. As histórias bíblicas nos encorajam a confiar em Deus obedecendo Sua Palavra e esperando dias melhores.
9. Mais do que o Deus da memória, da existência, da espiritualidade e da comunhão, Apocalipse 1:4, 8 mostra Ele agindo no:
9.1. Passado: “era”.
9.2. Presente: “é”.
9.3. Futuro: “há de vir”.
10. “Os profetas nunca ensinaram que Deus e a história são um só, ou que tudo que acontece reflete a vontade de Deus. Sua visão é do homem desafiando Deus, e Deus buscando o homem para se reconciliar com Ele.” (Heschel).12 de junho de 2020 às 13:05 #16221Lição 11: A Bíblia e as profecias
1. “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Daniel 8:14).
2. As profecias bíblicas são essenciais para nossa identidade e missão. Elas apresentam um mecanismo interno e externo para confirmar a exatidão da Palavra de Deus.- A pergunta crucial é: Como podemos interpretar as profecias corretamente a fim de saber quando elas realmente aconteceram?
3. Durante a Reforma, os reformadores adotaram o método historicista. Esse método é o mesmo que Daniel e João usaram como chave para sua própria interpretação. O método historicista considera as profecias um cumprimento progressivo e contínuo da História, começando no passado e terminando com o reino eterno de Deus.
4. Ênfases da semana:
4.1. O historicismo e as profecias.
4.2. A profecia de Daniel 7 e 8.
4.3. A tipologia como profecia.
5. O historicismo e as profecias.
5.1. O historicismo é o método aplicado pelos Adventistas do Sétimo Dia para estudar as profecias. É a ideia de que as principais profecias da Bíblia seguem um fluxo linear ininterrupto da História, do passado ao presente, e ao futuro.
5.2. Esse método é semelhante à maneira pela qual a História é estudada nas escolas. Adotamos esse método porque a própria Bíblia interpreta as profecias dessa maneira.- Em Daniel 2:27 a 45, quais aspectos do sonho indicam uma sucessão contínua e ininterrupta de poderes ao longo da História?
5.3. O fato de que esses reinos tinham uma sequência, um após o outro, sem quaisquer lacunas, está implícito na própria estátua, pois cada reino é representado em partes de um corpo maior, movendo-se da cabeça aos dedos dos pés. Essas partes estavam conectadas, assim como o tempo e a História estão conectados.
5.4. Eles começam na Antiguidade e atravessam a História até o presente e o futuro, quando Cristo retornará, e Deus estabelecerá Seu reino eterno.
5.5. Uma das chaves interpretativas do historicismo é o princípio do dia/ano. Ao longo dos séculos, muitos estudiosos aplicaram esse princípio às profecias de tempo de Daniel e Apocalipse.- Leia Números 14:34 e Ezequiel 4:6, 7. Nesses textos, como Deus explicou o princípio do dia/ano?
- Nesses textos, vemos muito claramente a ideia do princípio do dia/ano. Cada dia em que os homens haviam espiado a terra seria considerado um ano. Mas como justificamos o uso desse princípio com algumas profecias de tempo, como em Daniel e Apocalipse?
5.6. Justificativas para o uso do princípio dia/ano:
5.6.1. A natureza simbólica dos animais e chifres representando os reinos sugere que as expressões de tempo também devam ser entendidas simbolicamente.
5.6.2. Muitos acontecimentos e reinos descritos nas profecias abrangem um período de muitos séculos, o que seria impossível se as profecias de tempo que as descrevem fossem tomadas literalmente. Aplicando o princípio do dia/ano, o tempo se ajusta aos eventos de maneira precisa, o que seria impossível se as profecias de tempo fossem consideradas literalmente.
5.6.3. As expressões peculiares usadas para designar esses períodos de tempo sugerem uma interpretação simbólica. Não são normais as maneiras pelas quais o tempo é expresso nessas profecias (por exemplo, “2.300 tardes e manhãs”, em Daniel 8:14), mostrando-nos que os períodos de tempo descritos devem ser tomados simbolicamente e não literalmente.
6. A profecia de Daniel 7 e 8.
6.1. Durante séculos, os reformadores protestantes identificaram o poder do chifre pequeno em Daniel 7 e 8 como a igreja romana.- Por quê a identificação do chifre pequeno como a igreja romana por parte dos reformadores protestantes?
- Em Daniel 7:1 a 25 e Daniel 8:1 a 13. Quais são as características comuns do chifre pequeno em ambos os capítulos? Como podemos identificá-lo?
6.2. Podemos elencar algumas características comuns do chifre pequeno:
6.2.1º Ambos são descritos como um chifre.
6.2.2. Ambos são poderes perseguidores (Daniel 7:21, 25; 8:10, 24).
6.2.3. Ambos são blasfemos e exaltam a si mesmos (Daniel 7:8, 20, 25; 8:10, 11, 25).
6.2.4. Ambos têm como alvo o povo de Deus (Daniel 7:25, 8:24).
6.2.5. Ambos têm sua atividade descritos pelo tempo profético (Daniel 7:25; 8:13, 14).
6.2.6. Ambos se estendem até o fim dos tempos (Daniel 7:25, 26; 8:17, 19).
6.2.7. Ambos devem ser destruídos de maneira sobrenatural (Daniel 7:11, 26; 8:25).- Em Daniel 7:9 a 14 e Daniel 8:14 a 26, o que estava acontecendo no Céu?
6.3. Em Daniel 7 e 8, o juízo acontece após o período de perseguição medieval, que terminou em 1798 com a prisão do papa Pio VI pelo general Berthier (Apocalipse 13:3). O juízo ocorre no Céu, onde “assentou-se o tribunal” (Daniel 7:10, 13). Essa cena ocorre depois de 1798, antes da segunda vinda de Jesus.
6.4. O juízo em Daniel 7 está em paralelo com a purificação do santuário (Daniel 8:14). Os dois capítulos falam sobre a mesma coisa. O tempo dessa purificação, que é a terminologia do Dia da Expiação, é de 2.300 tardes e manhãs, ou dias. Com o princípio do dia/ano, esses dias representam 2.300 anos.
7. A tipologia como profecia.
7.1. A tipologia se concentra em pessoas, eventos ou instituições reais do Antigo Testamento, fundamentados em uma realidade histórica, mas que apontam para uma realidade maior no futuro. O único guia para reconhecer um tipo e antítipo é quando um escritor inspirado das Escrituras os identifica.
7.2. Leia as passagens a seguir e veja cada tipo e o seu cumprimento antitípico, conforme descritos por Jesus e pelos escritores do Novo Testamento (Mateus 12:40; João 19:36; João 3:14, 15; Romanos 5:14; João 1:29).
7.3. Em cada um desses casos, Jesus e os escritores do Novo Testamento aplicaram a interpretação de tipo e antítipo que permite que o significado profético se destaque. Dessa maneira, eles apontam para um cumprimento maior da realidade histórica.
8. A profecia bíblica apresenta um mecanismo interno e externo para confirmar a precisão da Palavra de Deus. A profecia que aponta para a esperança do Messias vindouro, a segunda vinda de Cristo, mantém a igreja em ansiosa expectativa. Ela provoca um senso e uma urgência de missão, pois se Jesus voltará em breve, isso chama os crentes a prepararem o mundo para o Seu grande advento.- Que enorme vantagem temos hoje, em relação a alguém que viveu no tempo de Babilônia, considerando que grande parte da história já se passou?
Complemento
1. Em João 14:29, lemos a expressão “disse-vos” que é uma referência ao evento “parousia” (volta de Cristo) no verso anterior. Nesse texto, há três elementos presentes as profecias:
1.1. Evento: “disse-vos”.
1.2. Tempo: “agora”, “antes que aconteça”.
1.3. Propósito: “vós creiais”.
2. Para tirar o foco profético do papado a Contra-Reforma criou os métodos: preterido e futurismo. Mas a Bíblia aponta para um método histórico de interpretação que tem os seguintes elementos:
2.1. A profecia tem um fluxo linear e ininterrupto (Daniel 2).
2.2. A profecia tem um cumprimento progressivo e contínuo (Daniel 2, 7, 8).
2.3. A profecia tem presente (Daniel 9:24), passado (Daniel 9:25) e futuro (Daniel 9:26).
3. O cumprimento do cifre pequeno de Daniel 8 se dá em Roma pagã e Roma cristã. Listamos argumentos:
3.1. Profecia:
3.1.1. Surgiu depois do leopardo (Daniel 7:7, 8).
3.1.2. Surgiu entre os dez chifres (Daniel 7:8).
3.1.3. Surgiu derrubando três reinos (Daniel 7:8).
3.1.4. Perseguiu o povo santo (Daniel 7:25; 8:9).
3.1.5. Perseguiu durante 1260 anos (Daniel 7:25).
3.1.6. Fortaleceu-se para o sul, oriente e terra gloriosa (Daniel 8:9).
3.1.7. Engrandeceu-se contra o princípio do exército (Daniel 8:11).
3.1.8. Deitou abaixo o santuário (Daniel 8:11).
3.2. Cumprimento:
3.2.1. Roma pagã sucedeu a Grécia.
3.2.2. Roma surge entre os dez reinos.
3.2.3. Roma derrotou os Hérculos, Vândalos e Ostrogodos.
3.2.4. Roma pagã e cristã perseguiram o povo de Deus.
3.2.5. Roma cristã perseguiu de 538 d.C. a 1798 d.C.
3.2.6. Roma conquistou Macedônia, Síria e Palestina.
3.2.7. Roma pagã participou da condenação de Cristo.
3.2.8. Roma destruiu o santuário no ano 70 d.C.
4. Daniel 7 e 8 retratam o mesmo evento, uma cena de juízo. Podemos constatar isso pela presença de:
4.1. Tronos (Daniel 7:9).
4.2. Testemunhas (Daniel 7:10a).
4.3. Tribunal (Daniel 7:10b).
4.4. Julgamento (Daniel 7:10c).
4.5. Registros (Daniel 7:10d).
4.6. Vítimas (Daniel 8:12).
4.7. Reclamante (Daniel 8:13a).
4.8. Agressor (Daniel 8:13b).
4.9. veredito (Daniel 8:14).
5. “Tipo” é uma relação representativa onde certas pessoas, eventos e instituições são relacionadas com pessoas, eventos e instituições correspondentes, que ocorrem numa época posterior (João 3:14, 15).
6. Podemos enumerar algumas características do “tipo”, como:
6.1. Deve haver semelhança com seu cumprimento.
6.2. Deve haver evidência de intenção divina.
6.3. Deve prefigurar algo futuro.
6.4. Deve ter um cumprimento pontual (não cíclico).
7. Os tipos podem ocorrer em diversas categorias:
7.1. Pessoas:
7.1.1. Tipo: Adão (Gênesis 3).
7.1.2. Antítipo: Jesus (Romanos 5:14).
7.2. Eventos:
7.2.1. Tipo: Dilúvio (Gênesis 6).
7.2.2. Antítipo: Volta de Jesus (Lucas 17:28 a 30).
7.3. Instituições:
7.3.1. Tipo: Sangue do cordeiro (Levíticos 17:11).
7.3.2. Antítipo: Sangue de Jesus (1 Pedro 1:19).
7.4. Ofícios:
7.4.1. Tipo: Sacerdócio de Melquisedeque (Gênesis 14:18).
7.4.2. Antítipo: Sacerdócio de Cristo (Hebreus 5:6).
8. Deus prefigurou Sua obra redentora no Antigo Testamento e cumpriu-a no Novo Testamento. A prefiguração é chamada “tipo”; o cumprimento chama-se “antítipo”.
7. Pode-se identificar três retratos de Jesus no centro de três profecias do livro de Daniel:
7.1. Cristo como rei (Daniel 7).
7.2. Cristo como sacerdote (Daniel 8).
7.3. Cristo como sacrifício (Daniel 9)
8. A ordem inversa dos fatos ocorre devido ao pensamento semítico de processar do efeito para a causa.19 de junho de 2020 às 18:48 #16234Lição 12: Lidando com passagens bíblicas difíceis
1. Pedro, na conclusão de sua segunda epístola (2 Pedro 3:14 a 18), menciona a salvação do homem e a longanimidade de Deus como sendo temas recorrentes nas cartas paulinas:
1.1. Paulo escreveu: fundamentou-se na sabedoria divina (v. 15, 16a).
1.2. Igreja recebeu: interpretou com dificuldade (v. 16b).
1.3. Ignorantes deturparam: provocaram a própria condenação (v. 16c).
2. Pedro desejou que os irmãos se prevenissem daqueles que pervertiam as Escrituras (v. 17). Para isto, eles deveriam crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo (v. 18).
3. A Bíblia não apresenta contradições. As alegações feitas nesse sentido baseiam-se em erros cometidos pelos críticos (2 Pedro 3:16b). Alguns desses erros são:
3.1. Presumir que a Bíblia é culpada, até provar o contrário.
3.2. Falhar na compreensão do contexto da passagem.
3.3. Ignorara a possibilidade de erros de copistas.
3.4. Basear um ensino em uma passagem “obscura”.
3.5. Esquecer-se que a Bíblia contém características humanas.
4. A Bíblia não apresenta contradições. As alegações feitas nesse sentido baseiam-se em erros cometidos pelos críticos (2 Pedro 3:16b). Alguns desses erros são:
4.1. Assumir que um relato parcial seja um relato falso.
4.2. Assumir que diferentes narrações sejam falsas.
4.3. Presumir que a Bíblia aprova tudo o que ela registra.
4.4. Esquecer-se de que a Bíblia não usa linguagem científica.
4.5. Ignorar que a Bíblia usa diferentes recursos literários.
5. No relato de Atos 17, pode-se notar o contraste entre quem distorce a mensagem do evangelho e aqueles que a recebem com sinceridade.
5.1. Tessalônica:
5.1.1. Conduta vil (v. 5).
5.1.2. Atitude desonesta (v. 7).
5.1.3. Resultado tumultuoso (v. 8).
5.2. Bereia:
5.2.1. Conduta nobre (v. 11a).
5.2.2. Atitude sincera (v. 11b).
5.2.3. Resultado honroso (v. 12).
6. O hábito da investigação humilde é a base de todo crescimento no conhecimento pois gera uma liberdade que naturalmente produz um espírito ensinável.
6.1. Intérprete arrogante (2 Pedro 2:18):
6.1.1. Tem resposta para tudo.
6.1.2. Não admite seus erros.
6.1.3. Usa o conhecimento para ostentação.
6.1.4. Usa o conhecimento para confundir.
6.2. Intérprete humilde (Tiago 3:13):
6.2.1. Não tem todas as respostas.
6.2.2. Admite seus erros.
6.2.3. Usa o conhecimento para edificação.
6.2.4. Usa o conhecimento para esclarecer.
7. Exemplos bíblicos de determinação e paciência:
7.1. Profeta Daniel (Daniel 9): estudo e oração (v. 2 a 20); obteve resposta (v. 21 a 27).
7.2. Eunuco etíope (Atos 8): estudo e oração (v. 27, 28); obteve entendimento (v. 30 a 39).
7.3. Igreja primitiva (Atos 2): ensino e comunhão (v. 42); obteve unidade (v. 46).
8. A Bíblia interpreta a si mesma. Ela possui:
8.1. Autoridade doutrinária (1 Coríntios 4:6).
8.2. Conhecimento salvífico (2 Timóteo 3:15).
8.3. Unidade Temática (Lucas 24:27).
9. A oração não substitui o estudo. Ela conduz:
9.1. À compreensão da verdade (Daniel 9:1 a 19).
9.2. Ao discernimento espiritual (1 Coríntios 2:14).
9.3. À sabedoria divina (Tiago 1:5).
10. Dicas de Leitura:
10.1. “Interpretando as Escrituras”(Gerhard Pfandl (Org.) – CPB.
10.2. “Compreendendo as Escrituras” (George W. Reid (Org.) – Unaspress.
10.3. “Respostas a Objeções” (Francis Nichol) – CPB.
10.4. “Manual de Dificuldades Bíblicas” (Norman Geisler) – Mundo Cristão.
10.5. “Manual Bíblico MacArthur” (John MacArthur) – Thomas Nelson.26 de junho de 2020 às 15:53 #16237Lição 13: Vivendo pela Palavra de Deus
1. A melhor forma de aprender não é quando lemos ou ouvimos, mas sim quando fazemos ou ensinamos aos outros.
1.1. A Pirâmide do Aprendizado de William Glasser mostra como nós aprendemos.
1.1.1. Ler: 10% quando lemos.
1.1.2. Escutar: 20% quando ouvimos.
1.1.3. Ver: 30% quando observamos.
1.1.4. Ver e escutar: 50% quando vemos e ouvimos.
1.1.5. Conversar, perguntar, repetir, debater, enumerar: 70% quando discutimos com outros.
1.1.6. Escrever, expressar, revisar, ampliar, utilizar, praticar: 80% quando quando colocamos em prática.
1.1.7. Explicar, resumir, estruturar, definir, ilustrar, elaborar, generalizar: 95% quando ensinamos aos outros.1.2. Na Bíblia, encontramos a ordem para sermos praticantes (Tiago 1:22) e ensinadores (Mateus 28:19) da Palavra: praticar e ensinar.
2. Por meio do Espírito Santo, Deus “efetua em [nós] tanto o querer como o realizar” (Filipenses 2:13). Sem o Espírito Santo:
2.1. Não há afeição pela mensagem.
2.2. Não há esperança na mensagem.
2.3. Não há confiança na mensagem.
2.4. Não há amor pela mensagem.
3. “Ninguém é capaz de explicar as Escrituras sem o auxílio do Espírito Santo. Mas quando tomamos a Palavra de Deus com o coração humilde e dócil, os anjos de Deus estarão ao nosso lado para impressionar-nos com as evidências da verdade.”
4. Jesus é o nosso maior exemplo sobre como usar a Bíblia. Na tentação no deserto (Lucas 4:1 a 13), Cristo:
4.1. Relacionou os textos da Bíblia (v. 4 e 8).
4.2. Demonstrou o contexto das passagens (v. 4 e 8).
4.3. Aplicou a Palavra de Deus (v. 8).
4.4. Memorizou partes das Escrituras (v. 4, 8. e 12).
5. Jesus compreendia que os que liam as Escrituras podiam chegar a um entendimento correto de seu significado (Lucas 10:26).
6. Longe de enfraquecer a autoridade das Escrituras, Jesus as defendeu como um guia confiável e fidedigno. No sermão do monte, Ele confirmou:
6.1. A validade da Palavra (Mateus 5:17).
6.2. A continuidade da Palavra (Mateus 5:18).
6.3. A seriedade da Palavra (Mateus 5:19).
7. Os Salmos nos ensinam a preciosa verdade de que necessitamos passar tempo tranquilo com Deus. Devemos:
7.1. Descansar e esperar no Senhor (Salmo 37:7).
7.2. Aquietar-se e reconhecer o Senhor (Salmo 46:10).
7.3. Confiar e ter paz no Senhor (Salmo 62:1, 2, 5).
8. Memoriza as Escrituras (especialmente no formato de canções) nos ajuda a:
8.1. Aplicar os textos em novas circunstâncias (Lucas 4:8).
8.2. Instruir e aconselhar na Palavra (Colossenses 3:16).
8.3. Louvar a Deus em nossos corações (Efésios 5:19).
9. “A música faz parte da adoração a Deus nas cortes do Céu, e em nossos cânticos de louvor devemos tentar nos aproximar ao máximo possível da harmonia do coro celestial”.
10. “Partes das Escrituras, até mesmo capítulos inteiros, podem ser memorizadas, a fim de ser repetidas quando Satanás vier com suas tentações”.
11. Sugestões de porções da Bíblia para você começar a memorizar
11.1. Os Dez Mandamentos (Êxodo 20:3 a 17).
11.2. O sermão do monte (Mateus 5).
11.3. As três mensagens angélicas (Apocalipse 14:6 a 12). -
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