A promessa: a aliança eterna de Deus
Este tópico contém 14 respostas, possui 1 voz e foi atualizado pela última vez por Agência T7 3 anos, 10 meses atrás.
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1 de abril de 2021 às 09:00 #16590
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Obs.: Os comentários foram feitos por Carmo Patrocínio Pinto.
1 de abril de 2021 às 09:30 #16594Introdução Geral
O assunto que vamos estudar neste trimestre tem sido objeto de muita especulação no mundo evangélico e merece uma introdução geral. Muitas igrejas manifestam ideias diferentes a respeito. Existe uma corrente que identifica sete alianças distintas na Bíblia como a Adâmica, Noética, Nova, Abraâmica, Mosaica, Palestina ou Palestiniana e Davídica. Os Presbiterianos advogam três alianças: Aliança das Obras, Aliança da Graça e Aliança da Redenção. E tem aqueles que defendem duas alianças, a antiga, Velho Testamento e a nova, o Novo Testamento. Para estes, a nova aliança anula a antiga aliança. Ou, melhor dizendo, o Novo Testamento anula o Velho Testamento. Essa creio, ser a mais aceita no meio protestante. Neste trimestre vamos ver o que a Bíblia ensina.
De princípio, sabemos que todas as alianças propostas por Deus apontam para Cristo e se resumem em uma só: A salvação do homem pela graça na aceitação do sacrifício vicário de Cristo. O cordeiro morto no Éden, o cordeiro oferecido por Abel, o cordeiro sacrificado por Noé após o dilúvio, o cordeiro que salvou a vida de Isaque no monte Moriá e todos os cordeiros sacrificados no Santuário e no Templo representavam Jesus que um dia viria ao mundo morrer pela humanidade.
Ao longo da história, em vários momentos, Deus renovou o Seu pacto com a humanidade, mas sempre focando a salvação pela graça, no Antigo Testamento que, com o nascimento e morte de Cristo, se concretizou no Novo testamento.
Alguns explicam as alianças como se Deus fosse alterando o método de salvação ao longo da história e adaptando-o ao homem. Argumentam que Ele viu que a aliança do Sinai era impossível ao homem, pois nenhum ser humano consegue observar a Lei e que a salvação pela graça veio para sanar esse equívoco divino. A aliança de Deus com o homem é uma só que, em dados momentos, para ser mais compreensível a nós, foi retificada por Ele a Seus filhos.
O plano de salvação, sempre foi um só e, admitir o contrário, seria crer em um Deus falho a procura de alternativas para salvar o homem que Ele criou. A aliança é uma só e é eterna como eterno é o Seu Propositor. Que o Senhor nos ilumine!
2 de abril de 2021 às 08:00 #16861Lição 1: O que aconteceu?
Sábado: O que aconteceu?
Uma lenda indígena fala da criação da Lua e das estrelas. Afirma que o Sol brilhava continuamente e não existia a noite. Mas, alguém tocou no Sol, que era muito frágil, e ele se quebrou. Então, Tupã (deusa da criação) recriou o Sol que passou a girar dando origem à noite. Então ela criou a Lua e as estrelas.
Quando eu era criança, de vez em quando, mamãe me pedia para ir até o armazém comprar um carretel de linha. Ainda me lembro como hoje, a estampa que identificava o carretel mostrava o Atlas carregando o mundo nas costas. Juntando a essa ideia era comum ouvir falar de uma tartaruga gigante sustentando o globo, enquanto outros devotavam ao elefante essa tarefa talvez, por ser ele maior e mais forte. Quanta ideia absurda Satanás imprimiu na mente humana, sem se esquecer dos devaneios de Charles Robert Darwin que em 24 de novembro de 1859 publicou a cartilha do evolucionismo sob o título A Origem das Espécies, uma afronta ao Deus criador.
O que aconteceu? Pergunta o autor da lição. Por que tanta ideia absurda sendo que a Bíblia nos oferece uma clara narrativa da história da criação? A própria Bíblia nos mostra o que aconteceu e relata a origem do homem, criado à imagem e semelhança de Deus e como Satanás tentou e, ainda tenta frustrar o plano divino de ter o homem santo e sem pecado desfrutando do Éden restaurado. A lição deste trimestre nos mostra o empenho de Deus em estabelecer uma aliança eterna com o homem, e restaurar nele a Sua completa imagem e semelhança. E isso não é mito e, sim, uma realidade que em breve terá lugar neste mundo sofrido.
Domingo: Tartarugas do começo ao fim
Durante esta semana vamos estudar Gênesis de 1 a 3 e veremos neste estudo um retrato com acabamento perfeito sobre a nossa origem. A Bíblia é clara e lança as teorias evolucionistas no sexto de lixo. Ela não nos permite ficar divagando no tempo e no espaço à procura de Tartarugas, elefantes ou super-homens que trazem o mundo nas costas. O Livro Sagrado é claro em nos mostrar um Deus que primeiro planejou e depois falou e tudo se fez.
No Salmo 100:3 nos mostra uma verdade que hoje o mundo evolucionista contradiz. Diz o texto: “Sabei que o Senhor é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.” O salmista afirma que foi Deus quem nos criou e não nós a nós mesmos. Mas muitas pessoas deixam a Bíblia de lado e procuram, à semelhança do Israel antigo a água do conhecimento em fontes onde não se encontra água.
Para crer no texto bíblico exige menos fé e menos estudo do que crer que uma Big Bang ou Grande Explosão em português, cujos relatos hipotéticos têm abarrotado bibliotecas do mundo inteiro. E o mais curioso é que essa teoria tem fluído de muitos púlpitos de igrejas em nossos dias.
Já mencionei em outros textos o caso de minha esposa que, quando cursava o nível superior uma professora pediu um trabalho sobre a origem do homem, mas adiantou: “Mas não venham com histórias da Carochinha de que Deus fez o homem do barro e a mulher de uma de suas costelas.” A minha esposa fez o trabalho conforme solicitado e, no final, colocou uma observação que dizia: “Relatei o que a especulação do mundo ensina. Mas eu creio na Bíblia e ela ensina diferente.
A primeira nota da lição de hoje apresenta algumas perguntas que o mundo faz e que, para nós, não é objeto de especulação porque a Bíblia nos responde com clareza. Atentemos para a Palavra do Senhor.
Segunda-feira: À imagem do Criador (Gênesis 1:27)
A lição de hoje traz um comentário que nada mais é do que um forte golpe no machismo predominante na sociedade. Diz o autor da lição: “Tanto o homem quanto a mulher compartilham o incrível privilégio de ter sido feitos à imagem de Deus” Lição do Aluno, p. 8. As mesmas características de Sua pessoa que Deus imprimiu no homem, estão também retratadas na mulher. Ambos foram criados à Sua imagem e semelhança.
O meu netinho caçula tem cinco anos e sempre que ele se apresenta para alguém ele enfatiza: “eu sou filho do pastor”. Para ele, ser filho do pastor, é algo especial que insufla o seu ego infantil. Mas a sua atitude nos leva a uma reflexão: somos filhos de uma explosão que deu origem a uma ameba que, por evoluções inexplicáveis chegou até nós, ou somos filhos do Rei do Universo, e que trazemos as características do nosso Criador?
Hoje o serviço pericial ao examinar um objeto suspeito procura colher as impressões digitais da pessoa que tocou aquele objeto e pode afirmar com precisão que determinada pessoa o manuseou. A Bíblia afirma que para criar todo o Universo Deus falou e tudo se fez sem o uso de Suas mãos. Mas o homem foi criado artesanalmente. Ele moldou um boneco de barro e deu-lhe vida. Claro que nesse barro que somos nós, tem gravada de maneira nítida as Suas digitais.
A principal característica do homem é o raciocínio e, quantos usam essa digital divina para elaborar ideias absurdas quanto a sua origem que os colocam longe do Criador!
Terça-feira: Deus e a humanidade juntos (Gênesis 1:28 e 29)
Deus em Sua sabedoria reservou o sábado, último dia da semana da criação para estar junto com o casal criado. Podemos imaginar que sábado foi aquele! A Bíblia afirma que Deus criou os animais, mas delegou ao homem nomear cada um. Deus deu orientações seguras para o homem. Ele deveria lavrar a Terra e tirar dela o seu sustento. Mas, deu-lhe também uma segunda ordem: guardar. Esse guardar tem causado uma verdadeira guerra no mundo e, infelizmente o homem tem falhado no guardar este presente divino. Hoje a Terra está como relata Isaías: “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna” (Isaias 24:5).
Além deste relacionamento de um dia inteiro com o homem, Deus implantou uma rotina: todos os dias no período da tarde o Senhor lhes fazia uma visita. Os primeiros dias do casal no Éden provavelmente originava muitas interrogações e Deus vinha toda a tarde para estar com eles e sanar as dúvidas que, provavelmente surgiram durante a manhã.
O verso 28 afirma que Deus os abençoou. Ser abençoado por Deus é algo maravilhoso, ainda mais com o domínio sobre todas as criaturas da terra e do mar. Mas creio que a maior bênção era a presença de Deus junto com eles todos os dias. Pena que o homem tenha se afastado deste privilégio edênico. Façamos do sábado um dia de relacionamento íntimo com Deus e que o cultivemos durante a semana para não esquecermos.
Quarta-feira: Junto à árvore
Os cientistas calculam que existem mais de oito milhões de tipos de plantas no mundo e deste total mais de trezentas mil são frutíferas. Afirmam que há milhares de espécies que o homem ainda não conhece. Pelo que parece, Eva tinha uma mesa farta de frutas e que a curiosidade foi a principal razão que a levou a experimentar do fruto proibido.
O homem ao ser criado foi dotado do livre arbítrio. No meio do jardim Deus colocou duas árvores. A árvore da Vida e a arvore da Ciência do Bem e do Mal. Deus criou uma restrição. Não podiam comer da árvore da Ciência do Bem e do Mal. Parece que a árvore da Vida não despertou curiosidade no casal, talvez, pelo simples fato de não haver nenhuma restrição quanto a ela. Caso comessem primeiro da árvore da Vida a morte não teria sido implantada no mundo.
Na nova Terra existirá apenas a árvore da Vida. Apocalipse 2:7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.” Ela será a garantia de que nunca mais seremos assediados pela dor e a morte. Com certeza encontraremos ali Adão e Eva desfrutando da eternidade e saboreando o fruto da árvore da Vida.
O autor da lição nos lembra de que todos os dias nós nos deparamos com testes semelhantes ao que foi submetido Eva e cabe a cada um de nós fazer a escolha. Que o Espírito Santo nos oriente para que as nossas escolhas não nos privem de colhemos os frutos da árvore da Vida no Éden restaurado.Quinta-feira: Rompendo o relacionamento
Após os nossos pais experimentarem o fruto proibido, Deus não alterou a Sua rotina e, mais uma vez, pela viração do dia Ele foi até o jardim para fazer o que fazia em todas as tardes: passear com o casal, mas Ele não os encontrou. A Bíblia diz que a serpente é astuta e usou de toda a sua maestria no diálogo com Eva e repetiu as mesmas palavras proferidas por Deus colocando apenas três letras no meio da frase: “Certamente NÃO morrereis.”
A serpente aguçou a curiosidade de Eva ao dizer: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gênesis 3:5). Em parte, o que Satanás falou era verdade. Jamais eles seriam como Deus. O bem eles já conheciam e depois do pecado realmente conheceram o mal. Mais uma vez as palavras de Satanás: “se abrirão os vossos olhos” se cumpriram: “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais” (Gênesis 3:7).
Satanás, semelhante ao que ele fez com Cristo no deserto da tentação repetiu as palavras de Deus, mas fazendo sutis acréscimos e conduzindo a resultados desastrosos. Jesus Se manteve atento, mas o casal cedeu e perderam as vestes de santidade que os levaram a se esconderam de Deus. Mas aquela voz que soou no jardim naquela tarde era bastante conhecida: “Onde estás?” Felizmente a voz do amor nos alcançou.
Sexta-feira: Estudo adicional
Estudamos durante a semana o afã de Deus em criar o mundo e, especificamente o homem. A cada etapa da criação o Senhor exclamava: “Tudo é bom” ou “muito bom”. Essas exclamações divinas nos dá a ideia de quão perfeita era a criação idealizada por Deus.
Mas o autor da lição, ao ver o casal sendo expulso do jardim, o mundo a gemer sob o peso do pecado produzindo espinhos e cardos, ele recorre a Bíblia para responder essa intrigante pergunta: “O que aconteceu?
O sonho de Deus era manter com o homem um relacionamento amigável, diário e fraterno, mas em determinada tarde ao adentrar o jardim não encontrou o casal, objeto principal de Sua criação. Os dois ao cederem as capciosas insinuações do inimigo se sentiram sem condições de permanecerem diante de um Deus santo.
Adão e Eva se sentiram despidos da roupagem de santidade que, até a pouco os envolviam e fizeram para si túnicas de folhas de figueira. Podemos imaginar o trabalho dos dois unindo as folhas de figueira umas às outras com cipó, numa fracassada tentativa humana de se apresentarem diante de Deus decentemente vestidos. Mas, Deus reprovou os seus dotes de costureiros e o Salvador toma uma atitude inusitada. Pega um cordeiro, talvez o mais lindo do rebanho. O sangue do animal encharca o relvado jardim e da pele do animal inocente o Criador faz túnicas para o casal.
Naquele momento Deus lançou as bases do plano da salvação concebido antes da fundação do mundo e, a custa de sangue estabeleceu a Sua aliança com o homem pecador. Naquele momento Deus já adiantou que da descendência da mulher viria o Salvador que, um dia esmagará a cabeça da serpente e tudo será restaurado, voltando a ser o que era no princípio.
9 de abril de 2021 às 08:00 #16863Lição 1: O que aconteceu?
Sábado: O que aconteceu?
Uma lenda indígena fala da criação da Lua e das estrelas. Afirma que o Sol brilhava continuamente e não existia a noite. Mas, alguém tocou no Sol, que era muito frágil, e ele se quebrou. Então, Tupã (deusa da criação) recriou o Sol que passou a girar dando origem à noite. Então ela criou a Lua e as estrelas.
Quando eu era criança, de vez em quando, mamãe me pedia para ir até o armazém comprar um carretel de linha. Ainda me lembro como hoje, a estampa que identificava o carretel mostrava o Atlas carregando o mundo nas costas. Juntando a essa ideia era comum ouvir falar de uma tartaruga gigante sustentando o globo, enquanto outros devotavam ao elefante essa tarefa talvez, por ser ele maior e mais forte. Quanta ideia absurda Satanás imprimiu na mente humana, sem se esquecer dos devaneios de Charles Robert Darwin que em 24 de novembro de 1859 publicou a cartilha do evolucionismo sob o título A Origem das Espécies, uma afronta ao Deus criador.
O que aconteceu? Pergunta o autor da lição. Por que tanta ideia absurda sendo que a Bíblia nos oferece uma clara narrativa da história da criação? A própria Bíblia nos mostra o que aconteceu e relata a origem do homem, criado à imagem e semelhança de Deus e como Satanás tentou e, ainda tenta frustrar o plano divino de ter o homem santo e sem pecado desfrutando do Éden restaurado. A lição deste trimestre nos mostra o empenho de Deus em estabelecer uma aliança eterna com o homem, e restaurar nele a Sua completa imagem e semelhança. E isso não é mito e, sim, uma realidade que em breve terá lugar neste mundo sofrido.
Domingo: Tartarugas do começo ao fim
Durante esta semana vamos estudar Gênesis de 1 a 3 e veremos neste estudo um retrato com acabamento perfeito sobre a nossa origem. A Bíblia é clara e lança as teorias evolucionistas no sexto de lixo. Ela não nos permite ficar divagando no tempo e no espaço à procura de Tartarugas, elefantes ou super-homens que trazem o mundo nas costas. O Livro Sagrado é claro em nos mostrar um Deus que primeiro planejou e depois falou e tudo se fez.
No Salmo 100:3 nos mostra uma verdade que hoje o mundo evolucionista contradiz. Diz o texto: “Sabei que o Senhor é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.” O salmista afirma que foi Deus quem nos criou e não nós a nós mesmos. Mas muitas pessoas deixam a Bíblia de lado e procuram, à semelhança do Israel antigo a água do conhecimento em fontes onde não se encontra água.
Para crer no texto bíblico exige menos fé e menos estudo do que crer que uma Big Bang ou Grande Explosão em português, cujos relatos hipotéticos têm abarrotado bibliotecas do mundo inteiro. E o mais curioso é que essa teoria tem fluído de muitos púlpitos de igrejas em nossos dias.
Já mencionei em outros textos o caso de minha esposa que, quando cursava o nível superior uma professora pediu um trabalho sobre a origem do homem, mas adiantou: “Mas não venham com histórias da Carochinha de que Deus fez o homem do barro e a mulher de uma de suas costelas.” A minha esposa fez o trabalho conforme solicitado e, no final, colocou uma observação que dizia: “Relatei o que a especulação do mundo ensina. Mas eu creio na Bíblia e ela ensina diferente.
A primeira nota da lição de hoje apresenta algumas perguntas que o mundo faz e que, para nós, não é objeto de especulação porque a Bíblia nos responde com clareza. Atentemos para a Palavra do Senhor.
Segunda-feira: À imagem do Criador (Gênesis 1:27)
A lição de hoje traz um comentário que nada mais é do que um forte golpe no machismo predominante na sociedade. Diz o autor da lição: “Tanto o homem quanto a mulher compartilham o incrível privilégio de ter sido feitos à imagem de Deus” Lição do Aluno, p. 8. As mesmas características de Sua pessoa que Deus imprimiu no homem, estão também retratadas na mulher. Ambos foram criados à Sua imagem e semelhança.
O meu netinho caçula tem cinco anos e sempre que ele se apresenta para alguém ele enfatiza: “eu sou filho do pastor”. Para ele, ser filho do pastor, é algo especial que insufla o seu ego infantil. Mas a sua atitude nos leva a uma reflexão: somos filhos de uma explosão que deu origem a uma ameba que, por evoluções inexplicáveis chegou até nós, ou somos filhos do Rei do Universo, e que trazemos as características do nosso Criador?
Hoje o serviço pericial ao examinar um objeto suspeito procura colher as impressões digitais da pessoa que tocou aquele objeto e pode afirmar com precisão que determinada pessoa o manuseou. A Bíblia afirma que para criar todo o Universo Deus falou e tudo se fez sem o uso de Suas mãos. Mas o homem foi criado artesanalmente. Ele moldou um boneco de barro e deu-lhe vida. Claro que nesse barro que somos nós, tem gravada de maneira nítida as Suas digitais.
A principal característica do homem é o raciocínio e, quantos usam essa digital divina para elaborar ideias absurdas quanto a sua origem que os colocam longe do Criador!
Terça-feira: Deus e a humanidade juntos (Gênesis 1:28 e 29)
Deus em Sua sabedoria reservou o sábado, último dia da semana da criação para estar junto com o casal criado. Podemos imaginar que sábado foi aquele! A Bíblia afirma que Deus criou os animais, mas delegou ao homem nomear cada um. Deus deu orientações seguras para o homem. Ele deveria lavrar a Terra e tirar dela o seu sustento. Mas, deu-lhe também uma segunda ordem: guardar. Esse guardar tem causado uma verdadeira guerra no mundo e, infelizmente o homem tem falhado no guardar este presente divino. Hoje a Terra está como relata Isaías: “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna” (Isaias 24:5).
Além deste relacionamento de um dia inteiro com o homem, Deus implantou uma rotina: todos os dias no período da tarde o Senhor lhes fazia uma visita. Os primeiros dias do casal no Éden provavelmente originava muitas interrogações e Deus vinha toda a tarde para estar com eles e sanar as dúvidas que, provavelmente surgiram durante a manhã.
O verso 28 afirma que Deus os abençoou. Ser abençoado por Deus é algo maravilhoso, ainda mais com o domínio sobre todas as criaturas da terra e do mar. Mas creio que a maior bênção era a presença de Deus junto com eles todos os dias. Pena que o homem tenha se afastado deste privilégio edênico. Façamos do sábado um dia de relacionamento íntimo com Deus e que o cultivemos durante a semana para não esquecermos.
Quarta-feira: Junto à árvore
Os cientistas calculam que existem mais de oito milhões de tipos de plantas no mundo e deste total mais de trezentas mil são frutíferas. Afirmam que há milhares de espécies que o homem ainda não conhece. Pelo que parece, Eva tinha uma mesa farta de frutas e que a curiosidade foi a principal razão que a levou a experimentar do fruto proibido.
O homem ao ser criado foi dotado do livre arbítrio. No meio do jardim Deus colocou duas árvores. A árvore da Vida e a arvore da Ciência do Bem e do Mal. Deus criou uma restrição. Não podiam comer da árvore da Ciência do Bem e do Mal. Parece que a árvore da Vida não despertou curiosidade no casal, talvez, pelo simples fato de não haver nenhuma restrição quanto a ela. Caso comessem primeiro da árvore da Vida a morte não teria sido implantada no mundo.
Na nova Terra existirá apenas a árvore da Vida. Apocalipse 2:7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.” Ela será a garantia de que nunca mais seremos assediados pela dor e a morte. Com certeza encontraremos ali Adão e Eva desfrutando da eternidade e saboreando o fruto da árvore da Vida.
O autor da lição nos lembra de que todos os dias nós nos deparamos com testes semelhantes ao que foi submetido Eva e cabe a cada um de nós fazer a escolha. Que o Espírito Santo nos oriente para que as nossas escolhas não nos privem de colhemos os frutos da árvore da Vida no Éden restaurado.Quinta-feira: Rompendo o relacionamento
Após os nossos pais experimentarem o fruto proibido, Deus não alterou a Sua rotina e, mais uma vez, pela viração do dia Ele foi até o jardim para fazer o que fazia em todas as tardes: passear com o casal, mas Ele não os encontrou. A Bíblia diz que a serpente é astuta e usou de toda a sua maestria no diálogo com Eva e repetiu as mesmas palavras proferidas por Deus colocando apenas três letras no meio da frase: “Certamente NÃO morrereis.”
A serpente aguçou a curiosidade de Eva ao dizer: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gênesis 3:5). Em parte, o que Satanás falou era verdade. Jamais eles seriam como Deus. O bem eles já conheciam e depois do pecado realmente conheceram o mal. Mais uma vez as palavras de Satanás: “se abrirão os vossos olhos” se cumpriram: “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais” (Gênesis 3:7).
Satanás, semelhante ao que ele fez com Cristo no deserto da tentação repetiu as palavras de Deus, mas fazendo sutis acréscimos e conduzindo a resultados desastrosos. Jesus Se manteve atento, mas o casal cedeu e perderam as vestes de santidade que os levaram a se esconderam de Deus. Mas aquela voz que soou no jardim naquela tarde era bastante conhecida: “Onde estás?” Felizmente a voz do amor nos alcançou.
Sexta-feira: Estudo adicional
Estudamos durante a semana o afã de Deus em criar o mundo e, especificamente o homem. A cada etapa da criação o Senhor exclamava: “Tudo é bom” ou “muito bom”. Essas exclamações divinas nos dá a ideia de quão perfeita era a criação idealizada por Deus.
Mas o autor da lição, ao ver o casal sendo expulso do jardim, o mundo a gemer sob o peso do pecado produzindo espinhos e cardos, ele recorre a Bíblia para responder essa intrigante pergunta: “O que aconteceu?
O sonho de Deus era manter com o homem um relacionamento amigável, diário e fraterno, mas em determinada tarde ao adentrar o jardim não encontrou o casal, objeto principal de Sua criação. Os dois ao cederem as capciosas insinuações do inimigo se sentiram sem condições de permanecerem diante de um Deus santo.
Adão e Eva se sentiram despidos da roupagem de santidade que, até a pouco os envolviam e fizeram para si túnicas de folhas de figueira. Podemos imaginar o trabalho dos dois unindo as folhas de figueira umas às outras com cipó, numa fracassada tentativa humana de se apresentarem diante de Deus decentemente vestidos. Mas, Deus reprovou os seus dotes de costureiros e o Salvador toma uma atitude inusitada. Pega um cordeiro, talvez o mais lindo do rebanho. O sangue do animal encharca o relvado jardim e da pele do animal inocente o Criador faz túnicas para o casal.
Naquele momento Deus lançou as bases do plano da salvação concebido antes da fundação do mundo e, a custa de sangue estabeleceu a Sua aliança com o homem pecador. Naquele momento Deus já adiantou que da descendência da mulher viria o Salvador que, um dia esmagará a cabeça da serpente e tudo será restaurado, voltando a ser o que era no princípio.
Lição 2: Os princípios fundamentais da aliança
Sábado: Os princípios fundamentais da aliança
O objetivo de Deus em estabelecer alianças com o Seu povo foi demonstrar o Seu grande amor para com a raça perdida e renovar o Seu intento de prover a salvação de toda a humanidade. Foi assim que Ele Se apresentou a Noé que, a despeito de suas falhas e pecados o amou e renovou o Seu propósito de salvação. Normalmente as alianças envolviam compromissos e promessas da parte de Deus e dos seres humanos.
No verso principal da lição Deus detalha a Sua aliança com Moisés no monte Sinai. O Senhor estava prestes a entregar a Moisés os princípios que orientariam a Sua aliança com o homem. Costumo dizer que Deus é bastante ciumento. Ele não aceita amor dividido. O Seu intento é que sejamos todos Dele e, ao estipular os princípios de Sua aliança Ele expressa o Seu grande amor para conosco.
A aliança apresentada no Sinai nos oferece as diretrizes para um relacionamento íntimo com o nosso Criador. Ele firma um compromisso com Moisés e garante ao Seu servo que: “Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal entre todas as nações…” (Êxodo 19:5). Que promessa! Sendo fiéis aos princípios de Sua aliança seremos Sua propriedade peculiar. É maravilhoso o amor de Deus. Ele pega esse homem que deveria morrer no Éden e o restaura em Sua propriedade particular e passa a cuidar deste homem como a menina de Seus olhos.
Deus deseja tanto que estejamos sempre unidos a Ele que, em vários momentos ele renova o Seu compromisso conosco refazendo a Sua aliança conosco. Em todos os momentos vamos notar que os princípios fundamentais da Sua aliança conosco é o Seu amor devotado a cada um de nós. A Sua aliança conosco é uma estratégia de Deus para nos envolver em um relacionamento com Ele aqui na Terra que nos habilite a vivermos com Ele na eternidade.
Domingo: Fundamentos da aliança
Sempre me causou estranheza o fato de Deus fazer um juramento, ainda mais quando envolve o Seu relacionamento com o ser humano. Penso eu que, pelo simples fato de Deus ser Deus é o suficiente para crermos em Suas palavras. Quando Deus faz um juramento, Ele simplesmente quer que o homem, na sua compreensão finita, entenda o quanto Ele nos ama.
A aliança é estabelecida entre duas partes. Ela define a exclusividade de um pertencer ao outro e é, justamente o que Des espera de nós, um amor total dedicado a Ele. Jamais Deus admite a existência de um triângulo amoroso entre nós e Ele. A aliança não só estabelece responsabilidades dos dois lados, mas deixa claro o quanto Deus nos ama. A Bíblia afirma que uma vez que aceitamos os termos da aliança nos tornamos propriedade exclusiva de Deus e Ele não admite divisão desse amor com pessoas ou coisas.
A aliança é, repetidas vezes, confirmada por Deus, não porque Ele tenha alterado os seus fundamentos, mas para o homem tenha uma compreensão clara de que o Seu amor por nós é eterno e imutável. Essa certeza deve exercitar a nossa fé e nos dar a certeza de que ao atendermos os reclamos da aliança estaremos desfrutando de Seu paternal cuidado.
Segunda-feira: Aliança com Noé
Caso os descendentes de Noé tivessem aceitado os termos da aliança que Deus estabeleceu com o patriarca, lá junto ao altar que ele construiu após sair da arca e, eles não teriam dado início a construção da torre que causou a confusão das línguas no planeta. A parte que Noé e toda a sua geração teriam nessa aliança era aceitar a promessa de que nunca mais a Terra seria destruída pelo dilúvio, e foi justamente aí que os descendentes de Noé falharam. Mas a promessa de Deus feita ali junto do altar permanece firme até hoje pois, com frequência vemos o Seu arco nas nuvens atestando o Seu juramento.
Antes de Deus confirmar a Sua promessa colocando o arco nas nuvens, Noé construiu um altar e ofereceu um cordeiro demonstrando fé na aliança que Deus estabeleceu lá no Éden com Adão e Eva, quando sacrificou o primeiro cordeiro por consequência do pecado do homem. O cordeiro morto lá no Éden e o cordeiro morto no altar de Noé apontavam para o Cordeiro de Deus, que segundo afirma João “tira o pecado do mundo”. Ele é o centro da aliança estabelecida por Deus com a humanidade e a mais profunda demonstração do Seu amor para conosco.
Imagino que, para Deus mostrar o arco nas nuvens Ele deve ter simulado uma chuva, o que poderia sugerir a Noé o início de um segundo diluvio. Provavelmente ele não teve nenhum temor, pois confiou na promessa de Deus de que jamais a terra seria destruída com um dilúvio.
Terça-feira: Aliança com Abraão
Ao Deus pedir para que Abraão saísse de sua terra e de junto de seus parentes, Deus já estava dizendo para o patriarca que, dali para frente ele viveria simplesmente confiando na direção divina, ainda mais que “…sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia” (Hebreus 11:8).
Em todas as confirmações da aliança de Deus com a humanidade, creio que a experimentada por Abraão foi a que mais exigiu fé. Do momento em que o patriarca aceitou o desafio do Criador, ele passou a viver exclusivamente pela fé na providência divina.
Ao mesmo tempo em que caminhava rumo à terra da Promessa, em todas as paradas ao longo do caminho, Abraão construía um altar demonstrando a sua fé no Redentor que um dia viria para salvar o homem. Esses altares, construídos por ele se constituíram em marcos. Assim, qualquer pessoa, que no futuro, saísse de Ur dos caldeus rumo a terra de Canaã não tinha como errar. Era só seguir os altares construídos por Abraão. Em nossa viagem rumo e terra Prometida é necessário que construamos altares ou marcos que sinalizem o caminho para a humanidade.
É interessante que, ao Abraão exercitar a sua fé e aceitar o desafio divino, ele teve que agir. Ao mesmo tempo em que praticava a fé ele ia cristalizando essa fé em obras seguindo as orientações divinas. Somos salvos pela fé e provamos isso produzindo obras que só a fé é capaz de realizar.
Quarta-feira: Aliança com Moisés
Para muitos cristãos a aliança mosaica deixou de existir com o primeiro advento de Cristo. Considerada por muitos como velha aliança que exige a obediência a Lei como meio salvífico, Jesus a anulou na cruz.
É curioso observar que em todas as confirmações da aliança existiam compromissos de obediência e promessas divinas da parte de Deus. Na aliança abraâmica, para que ela se concretizasse, Abraão teve que obedecer deixando a sua Terra e a sua parentela e sair errante mundo a fora sem saber para onde ia. O que o levou a ser obediente foi a sua fé inabalável nas promessas divinas. Abraão praticou as obras oriundas de sua fé.
A aliança Mosaica, aconteceu depois de mais de quatrocentos anos de cativeiro no Egito. Imagine como estava a cabeça dos israelitas, depois de conviverem por mais de quatrocentos anos sendo dominados por uma nação idólatra. Com certeza eles se esqueceram completamente de suas responsabilidades em seu relacionamento com o Deus. Foi necessário que o Senhor elaborasse o decálogo onde estariam os princípios do relacionamento com Deus e com a humanidade ao redor.
O autor da lição apresenta três características da aliança. Ela, em todas as suas confirmações, estabelecia normas para o relacionamento entre o Israel e Deus e sempre tinha um segundo componente: a promessa de serem um grande povo. Até aí todos concordam com a aliança. Mas vem um terceiro adendo que a maioria dos evangélicos se esforçam por ignorarem: eles deveriam ser obedientes. Mas essa obediência só foi exigida depois que Deus demonstrou o Seu amor livrando-os da escravidão.
Quinta-feira: Nova aliança (Jeremias 31:31 a 33)
Depois de uma amarga experiência de cativeiro egípcio e babilônico, por causa de Suas transgressões, Deus promete a Isaías que os Seus filhos não mais seriam escravos. Os seus pecados foram perdoados e depois de tantas manifestações do amor de Deus para com eles a obediência seria um resultado natural. Eles amariam a Deus de tal forma que atender os preceitos da Lei era algo que, dali para a frente, automaticamente brotaria de um coração agradecido (ver Jeremias 31:33 e 34).
Cristo é o centro desta aliança tantas vezes apresentada na Bíblia. Depois que o pecador se depara com o Seu imenso sacrifício em seu favor, ele responde a esse amor com naturalidade como se a Lei estivesse escrita em seu coração. Não se trata de obediência impositiva e sim voluntária, resultante do nosso amor ao sacrifício de Cristo.
O verso 34 afirma que este relacionamento com Deus será tão íntimo e generalizado entre o Seu povo que todos saberão quem é esse Deus salvador, não havendo mais necessidade de professores para lhes mostrar quem é Deus. Muitos afirmam que tem a Lei de Deus gravada no coração e que a obediência a ela Jesus pregou na cruz. Mas veja o verso 36: “Se se desviarem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a semente de Israel de ser uma nação diante de mim, para sempre.”
Infelizmente essa profecia se cumpriu quando Israel se desviou das ordenanças propostas na aliança e deixou de ser a nação eleita. Hoje, Deus Se propõe a estabelecer a Sua aliança com cada ser humano e, quando ela é aceita, a obediência a Sua lei torna-se resultado e não exigência.
Sexta-feira: Estudo adicional
Para alguns comentaristas o conserto do Sinai durou 1.440 anos e se estendeu de Moisés a João Batista. Eles tomam por base Hebreus 10:9 onde lemos: “Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.”
Afirmam que Jesus, ao morrer na cruz, estabeleceu um novo concerto na cruz e que esse concerto selado no Calvário anulou o primeiro. Segundo dizem, o estabelecimento do segundo concerto implica na anulação da Lei Moral dos Dez mandamentos. Fica sem explicação a situação dos pecadores que viveram antes de Moisés. Desde Adão até a morte de Cristo o pecador teria os seus pecados perdoados mediante o sacrifício de um cordeiro que prefigurava Cristo que morreu em nosso lugar.
A rotina de sacrifícios de animais que Deus instituiu no Éden e fez parte de todas as fases da aliança apresentadas por Deus no Velho Testamento, indicavam para Cristo que viria num futuro distante. Ao Ele morrer na cruz o sistema sacrifical instituído por Deus foi anulado pelo sacrifício do Cordeiro de Deus. Realmente tirou o primeiro para estabelecer o Segundo.
A aliança estabelecida por Deus com a humanidade no Éden com a promessa do Cordeiro de Deus – morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8) perdura até hoje na pessoa de Cristo Esta aliança, renovada com outros representantes da raça humana como Noé, Abraão, Moisés e confirmada no Calvário com a morte de Cristo resume o sonho de Deus de salvar toda a humanidade na pessoa de Cristo.
É esta aliança, demonstrada em várias fases desde o Éden até o Calvário, será o objeto do nosso estudo durante este trimestre. Que o Senhor seja pródigo em facilitar a nossa compreensão.
16 de abril de 2021 às 08:00 #16865Lição 3: Para todas as gerações
Sábado: Para todas as gerações
Enquanto vemos pessoas defendendo a existência de duas alianças, a mosaica e a confirmada com a morte de Cristo e, que esta última anulou a primeira, a lição desta semana nos ensina que Deus fez várias alianças com Noé. Essa prática com Noé (Lição professor, p. 26) se repetiu com outros personagens bíblicos desde o Éden até os nossos dias. A aliança foi renovada de pessoa para pessoa focando as necessidades do momento.
Após o pecado de Adão a humanidade foi gradativamente se distanciando de Deus e a aliança é o esforço de Deus em restabelecer o Seu relacionamento com o homem. Deus sonha em voltar a passear conosco pelo jardim do Éden na viração do dia. A aliança é proposta a todas as gerações desde Adão até os nossos dias.
A Bíblia nos apresenta Noé com uma postura invejável. Em meio a uma impiedade alarmante que dominou o mundo de então, ele permaneceu inabalável diante de Deus. Isso é algo fantástico. Diz o relato bíblico a respeito servo de Deus: “Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus” (Gênesis 6:9).
O anúncio de Deus de destruir o mundo com um dilúvio era algo inacreditável pois não ninguém conhecia chuva. Diz a Bíblia: “Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra” (Gênesis 2:5 e 6). Crer que viria um dilúvio de chuva e ainda mais trabalhar 120 anos na construção um barco exigiu de Noé uma fé que transportou montanhas de dúvidas. Uma fé que o levou a se preparar para o dilúvio construindo a arca. As obras produzidas pela fé surgem espontaneamente.
Domingo: O princípio do pecado (Gênesis 6:5)
A lição de hoje apresenta a evolução dramática das consequências do pecado na raça humana. É curioso que a violência predominou os desvarios humanos até que Deus tenha decidido pelo fim de toda raça humana. E mais curioso ainda é que Jesus apresenta os dias de Noé como um retrato do que será a situação do mundo nos últimos dias.
Logo depois que Eva experimentou o fruto proibido ela sentiu o gosto amargo do pecado influenciando os seus descendentes. Viu Caim plantar o primeiro marco da violência humana em nosso planeta tirando a vida de seu irmão.
Lameque, descendente de Caim, parece que fez pior. Além de entrar na história bíblica como primeiro homem polígamo, ele assassinou dois homens e, não sabemos por que razão, fez destes dois crimes um cântico oferecido as suas duas mulheres.
O exemplo polígamo de Lameque influenciou a juventude da época que tomaram as “filhas dos homens” como suas mulheres. Elas não temiam ao Senhor e o resultado foi uma geração de homens violentos a tal ponto de Deus decidir pela destruição do ser humano.
Mas Lameque não teve apenas filhos depravados. Um deles escapou para nos mostrar que, por mais depravado que seja o ambiente que nos rodeia, pela graça de Deus, é possível ter uma vida vitoriosa. Diz a Bíblia; “Noé (filho de Lameque) era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus” e este servo de Deus foi escolhido para oferecer salvação para toda a humanidade de sua época.
Segunda-feira: Noé (Gênesis 6:9)
Noé era filho de Lameque, o primeiro polígamo que a Bíblia apresenta, e o segundo assassino que tirou a vida de duas pessoas. A, quem afirme, que uma de suas vítimas foi Caim que, ao vê-lo de longe, imaginou que fosse um animal e o matou com uma flechada. Ele não conseguiu ver o sinal que Deus colocara em Caim. Lameque ao contar dos assassinatos para as esposas, ele o fez em forma de cântico demonstrando frieza e desprezo.
Filho de um assassino, fazendo parte de toda uma geração violenta e depravada, Noé tinha tudo para dar errado. Mas é assim que a Bíblia o apresenta; “Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus” (Gênesis 6:9). A sua missão foi construir uma arca convidar todos para se salvarem entrando nela. Foram 120 anos de advertências ignoradas. Provavelmente, muitos de seus parentes ouviram a sua mensagem, mas recusaram aceitar o convite e ele salvou apenas sete pessoas de sua família. Ao sair da arca, Noé faz um altar e oferece um cordeiro em sacrifício. Esse momento Deus Se apresenta e renova a Sua aliança com a raça humana. E como sinal de Seu compromisso assumido com Noé e, com toda a humanidade, Ele colocou o arco Íris nas nuvens.
ela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé” (Hebreus 11:7).
Terça-feira: Aliança com Noé
Antes do dilúvio não chovia. Diz a Bíblia: “não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra” (Gênesis 2:5 e 6). Ao ler os relatos destes versos concluímos que Noé foi alguém que exerceu uma fé que representa um desafio para nós. Crer que toda a Terra seria atingida por chuvas torrenciais, e que todas as montanhas seriam cobertas de água realmente é algo desafiante.
Noé creu que a chuva cairia e que toda criatura fora da arca morreria. Ele estava certo de que Deus cuidaria da arca para que ela não sofresse nenhum dano. A sua fé o levou a trabalhar 120 anos construindo e advertindo o povo para se salvar. “Pela fé, Noé creu, quando Deus o avisou de coisas que ainda estavam para acontecer e, consciente da sua gravidade, começou a construir a arca na qual salvou a sua família” (Hebreus 11:7). A fé vivida por Noé o levou a produziu as obras. Construiu a arca, pregou por 120 anos, entrou na arca com a sua família. A fé o levou a obedecer a Deu nos mínimos detalhes.
Ao sair da arca são e salvo, Noé constrói um altar e oferece ali um sacrifício grato a Deus não só pela salvação alcançada, mas pela promessa de que um dia o Cordeiro de Deus Se sacrificaria pela humanidade. (Genesis 7:20 a 22). Foi então que Deus confirmou o concerto feito com ele antes de entrar na arca Gênesis 18;18. “Ao estabelecer Sua aliança com Noé, Deus novamente mostrou a Sua graça” (Lição professor, p. 35).
Quarta-feira: O sinal do arco-íris
O Céu estava limpo e sem nuvens. Mas logo escureceu, os trovões ribombavam no Céu enquanto grandes gotas de chuva começaram a cair. Será outro dilúvio perguntaria qualquer um que presenciasse a sena. Enquanto isso, Noé estava preocupado em fazer um altar e oferecer um sacrifício ao Senhor que lhe poupara a vida. A chuva iniciou macia. Em um momento de alternância de Sol e chuva, um lindo arco colorido brilhou por entre as nuvens. Noé estático contempla aquela maravilha suspensa no Céu.
Em meio ao suspense ele ouve a voz de Deus apontando para o arco-íris que brilhava por entre as gotas de chuva: “E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra. E disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim e entre toda a carne, que está sobre a terra” (Gênesis 9:16 e 17).
Que belo canário. Um arco colorido por entre as nuvens espeças, com a promessa de Deus de que, por mais tempestades que venham a acontecer, o ser humano não será afetado por outro dilúvio. O título da lição anuncia: “para todas as gerações.” Vem-me à lembrança mamãe nos mostrando o arco-íris. Cada vez que isso acontecia ela nos lembrava da aliança de Deus com Noé. Essa é uma linda história que tem passado de pai para filho no transcorrer dos séculos atendendo o pensamento da lição: “para todas as gerações”.
Quinta-feira: “Ficou somente Noé”
Ao sair da arca que senário estranho Noé visualizou. Poucos pássaros cruzavam os céus e os animais que saíram da arca, além de poucos, devem ter saído a procura de matas que ainda não existiam. Conversar com um amigo ou vizinho nem pensar. Todos haviam sido destruídos pelas águas e, a Bíblia confirma: “ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca” (Gênesis 7:23).
Noé e sua família foram os que restaram de uma humanidade corrompida que por cento e vinte anos reusaram o convite para a vida. O patriarca e sua família foram os remanescentes da geração antediluviana. Aparentemente estavam sozinhos em um mundo desolado. Mas para Deus ali estava o centro de Sua atenção. Amparar Noé e ser-Lhe companheiro era a missão dos Céus.
Elias, o profeta de Judá, foragido, cansado e ameaçado de morte por Jezabel, parece que ele tinha chegado ao limite do que o ser humano pode suportar. E desabafa: “Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens” (1 Reis 18:22). E afirma o texto Bíblico: “e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.” (1 Reis 19:4). Para Elias tudo havia terminado. Não havia mais esperança. Quando ele imaginava ser o fim de sua vida ele estava adentrando a eternidade sem experimenta a morte. Diz o texto: “E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
No momento em que escrevo os noticiários anunciam 2.798 óbitos da COVID nas últimas vinte e quatro horas no Brasil. Um casal de primos que moravam em Caldas Novas foi visitar uma filha no Sul e por lá foram sepultados. Em Uberlândia, outro primo e esposa foram internados por COVID. Uma filha foi visitar o pai. Sofreu um infarto fulminante e o pai não sabe que perdeu a filha. É um momento sombrio e de muita angústia. O remanescente Noé teve a companhia permanente de Deus. Estamos no fim de todas as coisas e a nossa força vem do Senhor. Em meio a esse caos vem a promessa: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lucas 21:28). Que o nosso clamor seja: “Amém! Ora, vem, Senhor!”.
Sexta-feira: Estudo adicional
Creio que Noé tinha toda a razão de imaginar ser um pregador fracassado. Durante cento e vinte anos anunciando o dilúvio e apena a sua família aceitou a mensagem. Mas ele foi fiel ao seu ministério e pregou ate que os incrédulos o viram pelas costas entrando na arca.
O verso principal da lição fala de que “Noé encontrou favor aos olhos do Senhor.” Ele alcançou o favor divino ao demonstrar em atos a sua fé na ordem divina: “Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra. Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume” (Gênesis 6:13 e 14).
Revendo o título da lição: “Para todas as gerações” me vem a mente a advertência deixada por Jesus: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mateus 24:37 a 39).
Três lições eu vejo na vida de Noé. Primeiro, a sua fé traduzida em obras. Segundo, o seu empenho em advertir a humanidade. E terceiro, Jesus compara a impiedade e o desatinos dos homens daquela época com o que seria visto nos dias finais da história deste mundo. É importante que, a história de Noé e a misericórdia de Deus sejam divulgados, “Para todas as gerações” de Noé até nós hoje.
23 de abril de 2021 às 08:00 #16867Lição 4: Uma aliança eterna
Sábado: Uma aliança eterna
Já enfatizei na introdução geral da lição deste trimestre que a aliança firmada por Deus com a humanidade no jardim do Éden é eterna e, em vários momentos foi renovada com o ser humano. Tenhamos em mente as palavras de Deus ditas a Abraão: “Estabelecerei a minha aliança como aliança eterna entre mim e você e os seus futuros descendentes, para ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes” (Gênesis 17:7).
Veja que a aliança renovada com a humanidade por meio de Abraão é eterna, ou seja, ela existia antes de Abraão e continuará a existir através de suas gerações. Diz o texto: “Disse Deus a Abraão, guarde a minha aliança, tanto você como os seus futuros descendentes” (Gênesis 17:9).
Em todos os momentos em que ela foi confirmada envolvia direitos e obrigações de ambas as partes. No Éden o casal teve que aceitar Deus matar um cordeiro e, com a sua pele, vesti-los de maneira digna. Ao mesmo tempo deveriam exercitar a fé de que: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15).
A aliança de Deus renovada várias vezes com a humanidade tem como base o amor de Deus por nós, e aponta para o sacrifício de Jesus como o único meio de salvação oferecido ao homem. Por meio de Jesus as consequências da aliança serão eternas nas pessoas dos remanescentes salvos.
Domingo: Yahweh e a aliança abraâmica
Quando o judaísmo se tornou uma religião universal e não meramente local o termo Elohim, que significa Deus, começou a substituir Yahweh a fim de demonstrar a soberania universal do Deus de Israel sobre todos os outros. Ao mesmo tempo, o nome divino era cada vez mais considerado sagrado demais para ser pronunciado. Por esse motivo, foi assim substituído vocalmente no ritual da sinagoga pela palavra hebraica Adonai (Meu Senhor).
A maioria dos estudiosos entende que esse nome vem do verbo hayah, que significa “ser”, “existir” e “vir a ser”. Essa conclusão é apoiada, especialmente, pela passagem bíblica de Êxodo 3:13 e 14, onde Deus Se identifica a Moisés como EU SOU O QUE SOU. Onde o próprio Deus diz a Moisés seu nome. Yahweh, é o nome em hebraico do Deus bíblico do antigo Reino de Israel o profeta Moisés teria revelado ao seu povo.
Podemos dizer que o importante é entender que o significado desse nome, qualquer que seja sua transliteração ou vocalização (Jeová, Javé, Yahweh ou Yehovah), enfatiza a imutabilidade de Deus e sua fidelidade expressas em seu pacto com seu povo. Vale também saber que Jesus utilizou esse mesmo nome para referir-se a si mesmo, afirmando, portanto, sua plena divindade como Deus (João 8:58 e 59).
A verdade é que ninguém sabe exatamente qual a verdadeira pronúncia desse nome. Talvez o principal motivo para isso seja o fato de que, num dado momento, provavelmente no período pós-exílio babilônico em cerca de 300 a.C., os judeus consideraram YHWH um nome tão sagrado que eles deixaram de pronunciá-lo. Assim a aliança estabelecida com Moisés e os demais servos de Deus, partia de um Deus eterno que não muda.
Segunda-feira: ‘El Shaddai
No capítulo 15 de Gênesis Deus apresenta a Abraão como Yahweh, o Deus poderoso capaz de fazer dele uma grande nação e de libertar os seus descendentes do cativeiro egípcio. Já no capítulo 17 Deus Se apresenta como um Deus com poder sem limites e promete mais uma vez que ele será pai de muitas nações e como prova de Sua promessa O Senhor muda o nome de Abrão para Abraão e de Sarai para Sara.
Para Moisés, Deus Se apresentou como Yahweh o Deus que não muda, capaz de cumprir todas as Suas promessas. Já El Shaddai, é um dos nomes em hebraico para Deus, que significa Deus Todo Poderoso. A designação El Shaddai é apenas um dos nomes que enfatiza o poder de Deus, sendo mais abrangente que Elohim, que indica o poder de Deus enquanto Criador. El Shaddai indica um poder de forma mais geral, referindo que não há impossíveis para Deus.
A origem do termo é um tópico muito debatido e não há consenso. Alguns autores afirmam que este nome tem origem na palavra “Shadad”, que significa dominar ou destruir. Assim, Shaddai classifica um Deus onipotente, capaz de dominar e destruir. Apesar disso, alguns autores também afirmam que este termo pode significar “Deus da montanha”, uma referência à montanha sagrada da Mesopotâmia.
Deus sempre Se identificou a Seus filhos como Deus imutável (Yahweh) e poderoso (‘El Shaddai). O nosso Deus é imutável e poderoso. Podemos confiar.
Terça-feira: De Abrão a Abraão (Gênesis 17:4 e 5)
O autor da lição apresenta Deus fazendo a aliança com Abrão em três etapas. Na primeira etapa da aliança Abrão teve que mostrar a sua fé em ação. A ele foi ordenado sair de sua terra natal e partir para um lugar que ele nem sabia o nome e muito menos a distância. Abrão obedeceu e saiu sem saber para onde ia. A sua fé em Deus lhe deu forças para praticar as obras, ou seja, atender de pronto a ordem divina.
Parece que era propósito de Deus que Abrão se desligasse de seus parentes, de seus amigos e conhecidos para cultivar um relacionamento exclusivo com Ele. Longe de sua terra natal, de seus parentes e amigos, caso alguma coisa de errado acontecesse ele não teria a quem recorrer. A sua obediência a Deus era realmente um ato resultante de sua fé.
Ao lhe reafirmar que ele seria pai de uma grande nação e que a sua semente seria escrava em terras estrangeiras, mas que o Senhor a libertaria, Abrão pediu uma confirmação de que aquela promessa seria cumprida. Abrão recebeu a ordem de oferecer sobre o altar uma bezerra, um carneiro, uma cabra com duas aves. Os animais foram partidos ao meio e, ao Abrão fazer isso, a glória do Senhor passou por aquelas metades e confirmou que, qualquer um dos dois que falhasse na aliança seria devorado pelas chamas assim como aconteceu com aquelas metades.
Na terceira parte da aliança Deus muda o nome de Abrão para Abraão e institui a circuncisão. Nessa parte da aliança Deus exigiu algo difícil para Abraão. Disse o Senhor: “Anda em Minha presença e sê perfeito.” Creio que sem as etapas anteriores da Aliança essa terceira seria inviável. Mas o Deus da graça estava dirigindo a vida de Abraão porque ele aceitou ser dirigido por Deus.
Quarta-feira: Etapas da aliança (Gênesis 12:1 e 2)
A aliança entre Deus e Abrão passou por etapas sem mencionar os acontecimentos do monte Moriá. Ao Deus propôs uma aliança com Abraão Ele tinha um propósito: revelar o Seu grande amor pelo homem com a vinda do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Para que as promessas feitas a Abraão se cumprissem ele tinha que demonstrar a sua obediência às recomendações divinas e essa obediência só seria possível acontecer como frutos da fé.
Deus foi aos poucos conduzindo Abraão rumo ao crescimento espiritual. Em Ur dos Caldeus Ele recebeu duas ordens: deixar a sua terra, parentes e amigos para uma viagem sem destino à vista e ser uma bênção para a humanidade. Abrão não sabia para onde estava indo, só tinha a certeza de que estava caminhando junto com Deus e Deus sabia para onde o levaria. Apartado do mundo, Abrão estava em condições de participar da segunda etapa.
A promessa de um filho, talvez tenha sido a mais alvissareira da aliança de Deus com Abraão não só pela oportunidade de ser pai, mas porque este filho daria início a sua descendência da qual viria o Salvador e ser uma bênção para todas as nações da Terra. Ao exigir garantias da parte de Deus de que a Sua palavra se cumpriria, Deus o orientou a ofertar um sacrifício diferente. Devia oferecer três animais e parti-los ao meio. Feito isso o Senhor passou por entre aquelas metades e as consumiu com fogo.
Depois de estar separado do mundo e de estar vivendo confiante na graça divina, Deus lhe faz um desafio: “Anda na minha presença e sê perfeito”.
Quinta-feira: Obrigações da aliança
Já mencionamos em outros comentários que a aliança entre Deus e o homem sempre foi retificada envolvendo promessas e obrigações de ambas as partes. Vamos lembrar que as obrigações por parte de Deus seriam dispensadas porque não foi Ele quem pecou. É pelo Seu imenso amor por nós que Ele Se relaciona conosco como de igual para igual.
Caso Abraão tivesse falhado em sua aliança com Deus, provavelmente Ele teria outro meio de como abençoar a humanidade preparando um meio para o nascimento de Jesus. A promessa de que por intermédio de Abraão todas as nações seriam abençoadas se concretizou porque, de sua descendência, nasceu Jesus o Salvador de todas as nações do mundo que O aceitarem. O mais difícil de Deus cumprir na aliança era a promessa do nascimento e morte de Jesus. Deus foi e é fiel em todos os compromissos com o ser humano. Caso Abraão desobedecesse aos termos da aliança jamais ele teria sido a bênção que foi.
Quando eu era criança me lembro de um quadro ilustrativo que vi numa Revista Adventista. Era uma pessoa em uma canoa empunhando dois remos: Fé e obras. Naquele tempo faltou o complemento de essas obras são obras da fé. Essa era a fé vivida por Abraão. Uma fé que o levava a ser obediente e a praticar a vontade de Deus e é essa mesma fé que nos levara a praticar grandes obras, se necessário transportar montanhas.
Sexta-feira: Estudo adicional
Na aliança de Deus com Abraão está sintetizado o plano da redenção. É curioso que a lição não fala da experiência de Abraão no monte Moriá. A sua decisão de atender a ordem divina de sacrificar o seu filho e a certeza de que Deus estava no comando foi o ápice de sua experiência com Cristo.
Na hora de sacrificar o filho o cutelo lhe cai da mão tremula e aparece um cordeiro que é sacrificado no lugar de Isaque. Abraão teve uma pálida ideia do que representaria para o Céu em oferecer o que havia de melhor, Cristo o Cordeiro de Deus. Alguém escreveu: “Deus poderia ter começado com qualquer pessoa íntegra. Deus não escolheu Abraão por outra razão. Não o escolheu por ser judeu (porque ainda não existia a raça judaica), mas simplesmente porque era honesto e fiel.”
Na Sua aliança com Abraão nós somos resultados do pacto de Deus com aquele patriarca: “Em ti serão benditas todas as nações da Terra.” Eu não sei quem foram os meus ancestrais bíblicos, se eram judeus ou se eram gentios e nem se eram egípcios ou mesopotâmios. De uma coisa eu tenho certeza: Pela graça divina faço parte das nações benditas prometidas por Deus lá num passado distante.
30 de abril de 2021 às 08:00 #16869Lição 5: Filhos da promessa
Sábado: Filhos da promessa
Na conclusão do estudo da semana passada escrevi que, pela graça divina fazemos parte da bênção outorgada a Abraão quando o Senhor prometeu: “Em ti serão benditas todas as nações da Terra.” Todos nós, independente da nacionalidade de nossos ancestrais, fomos alcançados pela promessa feita a Abraão. Graças a Deus todos nós que aceitamos o sacrifício de Cristo somos filhos da promessa.
Ser um filho da promessa é um privilégio outorgado a todos os seres humanos, basta cada um aceitar ser adotado por Deus. Ser filho da promessa é um grande privilégio que envolve uma grande responsabilidade. Muitos por aí entendem que ser filho da promessa é se isentar de todas as exigências de obediência aos princípios divinos. Assim como foi proposto a Abraão a aliança que Deus estabelece conosco tem privilégios e obrigações e, o resultado proposto por Deus, só será alcançado se, pela Sua graça, atendermos às Suas orientações. Um outro detalhe interessante é que, assim como Deus ordenou a Abraão que Ele seria uma bênção para o mundo, Ele espera que nós também sejamos.
Veja o que Deus disse a Abraão: “Tu, porém, guardarás o Meu concerto, tu e a tua semente depois de ti, nas suas gerações” (Gênesis 17:9). Não existe diferença na aliança proposta por Deus a Noé, Abraão, Moises e a qualquer pessoa do passado. Tudo continua o mesmo, uma aliança com bênçãos e deveres. Muitos aceitam as bênçãos, e julgam, por isso, estar isentos de responsabilidades. Ledo engano.
Domingo: O seu escudo
Na lição desta semana e da próxima vamos continuar o nosso estudo sobre a aliança de Deus feita a Abraão. Nesta semana vamos ver a promessa de Deus do nascimento do Messias que viria da descendência de Abraão, como narra a Bíblia: “E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 28:14).
Aceitando o desafio de deixar a sua cidade natal e todos os seus parentes e amigos para viver em íntima relação com Deus o Senhor o abençoou, fazendo do casal estéril uma grande nação e transformando o nome de Abraão em um referencial para as gerações futuras. Ele passou pela vida não como um ignoto, mas com um nome respeitado pelos judeus nos dias de Cristo e a sua vida constitui um desafio para todos nós hoje.
É de impressionar o interesse de Deus por Seus filhos rebeldes. Em nenhum momento Ele Se esqueceu de nós. Tal postura de Deus levou o salmista Davi a exclamar: “Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades” (Salmos 103:10). Ninguém como Davi para falar da misericórdia divina. Ele enlameado no pecado, foi perdoado e se tornou o “homem segundo o coração de Deus.”
Quando aceitamos os princípios da aliança de Deus conosco, Ele promete: “Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão” (Gênesis 15:1). O nosso escudo não é de aço e nem de bronze Ele é o Senhor dos exércitos.
Segunda-feira: A promessa do Messias: parte 1
Sabemos o quanto os líderes judeus dos dias de Cristo se orgulhavam de serem chamados “filhos de Abraão.” E o mais impressionante é como eles imaginavam serem os únicos filhos de Abraão descartando os samaritanos e os demais gentios. Parece que eles nunca leram a história da aliança de Deus com o renomado patriarca, pois lá está bem claro que na descendência de Abraão seriam benditas todas as nações da Terra (Gênesis 28:14).
O maior problema dos judeus é que eles não acreditavam que Jesus fosse o Messias prometido das Escrituras. Embora Jesus fosse judeu eles não O consideravam procedente da descendência de Abraão. Eles ignoravam que o Pai Abraão, que lhes causavam tanto orgulho, era bem mais importante do que eles imaginavam, porque de sua descendência viria Jesus, não para salvar apenas os judeus, mas para salvar toda a humanidade.
Os judeus tinham dois problemas sérios: não acreditavam que Jesus fosse o Messias Salvador e não acreditavam também que fossem pecadores a tal ponto de necessitar de um Salvador. Era um contrassenso, pois os gentios que eram considerados pecadores não mereciam a salvação e eles que não se consideravam pecadores não necessitava de um Salvador. Satanás soube embaralhar bem o meio de campo na Judeia.
O autor da lição afirma: “A promessa da aliança do Salvador do mundo é a maior de todas as promessas de Deus” (Lição professor, p. 60). Pena que os judeus não entenderam e uma grande parte da população mundial ignora que na semente de Abraão serão benditas todas as nações da Terra.
Terça-feira: A promessa do Messias: parte 2
Certa vez participei de um encontro de família na casa de minha sogra. Após um plantão noturno adormeci em um sofá enquanto as crianças brincavam a todo o vapor no quintal. Em dado momento acordei sob o impacto de forte grito de um de meus sobrinhos em meus ouvidos. O pai do garoto viu tudo e não deixou por menos. Deu umas boas palmadas no pequeno e o deixou de castigo isolado dos demais.
Com pena do pequeno me aproximei dele, e falando com os seus botões ouvi ele dizer baixinho: “Eu quero ir para um lugar bem longe.”
Aquele garoto, hoje com 23 anos, desejava ir para um lugar bem longe, onde as palmadas não mais existissem. Um pensamento parecido com o de Thomas Browne apresentado pelo autor da lição. Este lugar existe, mas para quem aceita Jesus como Salvador já passa a desfrutá-lo aqui na Terra. Este Céu prometido aos que aceitam ser salvos pelo Descendente de Abrão, como canta o quarteto Arautos do Rei, pode iniciar aqui na Terra se Jesus está conosco.
Viver em um lugar longe das palmadas que o mundo nos dá é o sonho de todo o ser humano. Pelo sacrifício de Cristo na Cruz este sonho pode ser alcançado. Jesus nos promete um novo Céu e uma nova Terra onde as decepções não mais existirão e os que O aceitam hoje já podem antever esta Terra Feliz aonde iremos, pela graça do Descendente de Abraão, habitar.
Quarta-feira: Uma grande e poderosa nação
Creio que essa promessa a Abraão, de que sua descendência se tornaria uma grande nação tem duplo sentido. Se tornaria uma grande nação literalmente e espiritualmente. Hoje os filhos de Abraão estão espalhados por tudo o mundo.
O propósito de Deus é que Israel seria cabeça e não cauda. Sabemos que Israel não foi o que Deus esperava que fosse. Os líderes da Nação, depois de libertados tantas vezes pela mão divina deixaram de anunciar as maravilhas de Deus para o mundo. Passaram a imaginar que apenas eles, judeus, tinham direito a salvação e, com isso em mente, pregar para quem e por quê?
Veja que muitas das promessas da aliança estavam no condicional. Logo que retornaram do Egito a ordem de Deus era que Israel destruísse por completo as sete nações que ocupavam a Palestina na época. “Quando o Senhor teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu” (Deuteronômio 7:1).
Visando o trabalho forçado de seus inimigos, Israel não os destruiu totalmente foi o que aconteceu com os gibeonitas (Josué 9:27). E esse foi o grande erro do povo de Deus. Em pouco tempo os filhos de Israel estavam se unindo ao mundo em relações conjugais e adorando os antigos deuses de Canaã. Foi justamente isso que Deus queria evitar (Deuteronômio 7:1 a 4). Israel foi uma grande nação, mas poderia ter sido muito diferente. A promessa de Deus de que seriam uma grande nação se cumpriu em parte. Não porque Deus não estivesse mais disposto a fazê-lo, mas porque Israel falhou nos princípios que norteavam a aliança.
Com a rejeição de Cristo, Israel perdeu o seu status de povo especial. Hoje qualquer que aceita o sacrifício de Cristo é admitido nesta grande família e passa a fazer parte do Israel espiritual.
Quinta-feira: Engradecerei o seu nome
A lição de hoje nos lembra dos objetivos da construção da torre de Babel. Os pós diluvianos, temendo um segundo dilúvio propuseram construir uma torre mais alta do que as nuvens onde poderiam se abrigar caso outra inundação acontecesse. E surgiu a proposta: “E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra” (Gênesis 11:4).
A proposta era fazer um nome, ou editar um decreto de que ninguém se afastaria da cidade onde estivesse a torre. Aqui entram dois pontos especiais: Todos seriam obrigados a morar naquela cidade, o que difere do oferecimento da salvação. Entrou na arca quem creu e decidiu se salvar. Um segundo ponto é que todos morassem aglomerados em uma só cidade, quando o plano de Deus era: “Povoai e sujeitai toda a terra” (Gênesis 1:28). Deus já estava prevenindo e evitando grandes aglomerações.
Deus interrompeu o sonho dos pós diluvianos e Seu propósito foi alcançado: “Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade” (Gênesis 11:8). Com Abraão fui tudo diferente. Ele se propôs, ao longo da vida, estar em comunhão com Deus e atender as orientações divinas. Os pós diluvianos gravaram o seu nome na história com um relato de desobediência que chegou ao ponto de surgir a confusão das línguas. Mas Abraão exercitou a sua fé e essa fé o levou a praticar as obras de obediência a Deus.
Abraão cometeu falhas. Mentiu e o nascimento de Ismael foi uma clara demonstração de falta de fé. Mas ele confiou na graça e, o seu nome se tornou o mais respeitado entre os judeus nos dias de Cristo. Ele é considerado o pai da fé. Abraão foi um amigo de Deus (Tiago 2:23). Que vida! Que exemplo! “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” (Gênesis 12:2).
Sexta-feira: Estudo adicional
Na lição de hoje temos as palavras de Ellen G. White: “O lugar mais feliz da Terra para ele (Abraão) seria aquele em que Deus quisesse que ele estivesse” (Patriarcas e Profetas, p. 126). Abraão viveu em função das promessas de Deus. Provavelmente a promessa de uma nova terra centralizava no pensamento de Deus manter vivos em suas mentes os lampejos do Lar edênico e os impulsionassem a viver com os olhos fitos no Céu.
Podemos imaginar o que representou para Abraão viver toda a sua vida na busca de um sonho. A cada dia que surgia, vinha junto com o alvorecer o pensamento de que, mesmo que a sua descendência, se tornasse escrava no Egito, Deus iria levantar um libertador. Esse libertador na pessoa de Moisés seria um tipo de Cristo que viria a esse mundo da primeira vez, libertar o povo do jugo do pecado e na Sua segunda vinda levar os Seus filhos para nova Jerusalém.
Em vários momentos, Deus refez a Sua aliança com Abraão para que ele permanecesse sintonizado com as promessas. Com certeza esse cuidado de Deus em incentivá-lo em cada momento foi fundamental para que Abraão se tornasse o Pai da fé. Creio que Deus faz o mesmo por nós hoje. De diversas maneiras e por circunstâncias que, fogem à nossa compreensão, Ele está tentando estabelecer em cada um de nós um novo Abraão em termos de fé e obediência.
O mesmo convite que Deus fez a Abraão em Ur dos Caldeus, ele faz para nós hoje, com a diferença que Abraão não sabia para onde ia e nós sabemos para onde vamos. Deixar tudo para traz e avançar pela fé foi a decisão do grande patriarca. A lista dos heróis da fé encontrada em Hebreus 11 não está completa. Que no final de nossa carreira, antes do nosso nome venha a solene frase: “Pela fé”.
7 de maio de 2021 às 08:00 #16894Lição 6: A descendência de Abraão
Sábado: A descendência de Abraão
Olhando para imensa multidão com pessoas indo e vindo na Nova Terra podemos imaginar Deus chamar Abraão, Sara e Isaque à parte e dizer: “Aqui tem pessoas de todas as eras e de todas as partes do mundo. Eles aceitaram o convite para se somar à sua família. Eles fazem parte dos benditos de sua descendência.”
Ao participarmos da descendência de Abraão passamos a fazer parte dessa “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus.” Ao fazermos parte deste povo especial, Pedro clareia para nós a nossa responsabilidade: “A fim de proclamar as virtudes Daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.”
Na introdução da lição desta semana o autor conta a história de um famoso relógio que servia de parâmetro de tempo para determinada população e, em dado momento ele parou e centenas de pessoas que olharam para ele chegaram atrasadas em seus compromissos. Isso me faz lembrar que, assim que se converteram, os meus avós caminhavam oito quilômetros para vir à igreja. Certo sábado, ao passarem pela última moradia, próxima à cidade, ouviram que alguém dentro da casa perguntava para o outro: “Quantas horas são?” e veio a resposta: “Eu estou sem relógio, mas creio ser quase nove horas porque os adventistas estão passando.”
A descendência de Abraão deve anunciar ao mundo que está chegando a hora de o Senhor voltar e reunir os Seus filhos de uma à outra extremidade da Terra. Que, pela graça de Cristo, façamos parte deste grupo privilegiado.
Domingo: Escolgidos entre todos os povos
Muitas pessoas questionam Deus ter escolhido Israel para ser o Seu povo e que essa escolha colocava Israel numa situação privilegiada diante de outros povos. Mas é importante lembrarmos de que Deus sempre teve alguém nesse mundo para testemunhar o Seu nome para as nações.
Certa vez me deparei com essa declaração de um teólogo: “Deus escolhe aqueles que serão salvos” e completou: “eleitos de Deus são aqueles que Deus predestinou para a salvação. Estes são os eleitos de Deus.” A partir deste pensamento cada ser humano já nasce predestinado para a salvação ou para a perdição.
A Bíblia ensina que Deus criou todos predestinados para a salvação “e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou” (Romanos 8:30). Porém, nem todos aceitam a salvação oferecida por Cristo. Pedro afirma: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; porém é longânime para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9).
Abraão aceitou ser escolhido por Deus. A sua aceitação do plano divino o levou a obedecer às orientações divinas. Abraão exercitou a sua fé e creu no invisível. Esse é um desafio que, principalmente nos dias de hoje, poucos aceitam encarar. Deus poderia ter escolhido qualquer outra (s) família (s). desde que cada um aceite ser escolhido.
Jesus afirmou: “Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos” (Mateus 22:14). Embora Deus deseje a salvação de todos os homens são poucos os que aceitam o convite para a salvação. Os que aceitam passam ser “geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” e Deus conta conosco para continuar a obra de Abraão: “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
Segunda-feira: O acordo sobre a terra (Gênesis 35:12)
Primeiro notamos quão maravilhoso é ver Deus renovando a mesma promessa de uma Terra especial às famílias dessedentes de Abraão. É a mesma aliança sendo confirmada a pessoas diferentes e em momentos diferentes. Em segundo lugar, vemos como todos que aceitaram as promessas traduziram a sua fé em obras. Tiveram que produzir as obras da fé. “Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:22).
A promessa de receber uma terra especial não foi realizada de maneira automática. Tiveram que exercitar a fé, lutar, vencer inimigos. Falando sobre a fé exercida por Moisés a Bíblia afirma: “Pela Fé, abandonou O Egito, Não Ficando Amedrontado Com A Cólera Do Rei; Antes Permaneceu Firme Como Quem Vê Aquele Que É Invisível” (Hebreus 11:27).
A promessa de uma nova terra permanece viva da parte de Deus. Com a diferença que a terra prometida a nós é nova. Uma terra indescritível. Paulo afirma: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Coríntios 2:9).
É Deus que nos comunica forças para permanecer firmes na fé. “como alguém que vê o invisível”. “Confirmando os ânimos dos discípulos” Jesus nos exorta, a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:22).
Terça-feira: Israel e a aliança
Desde a queda da raça humana, Deus tem procurado estabelecer um relacionamento fraterno com o homem, com o objetivo de atrair os pecadores a Si. É interessante que desde Abraão até os nossos dias a humanidade tem a promessa de uma nova terra semelhante ao Éden que perdemos.
Para aguçar a nossa mente, Deus é bastante didático em nos convidar a um relacionamento estreito com Ele. Parece que Ele tem saudades de Seus passeios com Adão e Eva no Éden naquelas tardes em que o pecado não existia, e ao longo da história humana Ele tem procurado despertar em nós o sonho de herdar essa nova terra.
No trimestre passado estudamos sobre o rei Acaz e ficamos impressionados com a impiedade demonstrada por aquele rei e persistente esforço de Deus para fazê-lo voltar para Si. A vida espiritual de Acaz não foi muito diferente da de Israel como nação escolhida por Deus para anunciar “as virtudes Daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz”.
Israel foi uma sequência ininterrupta de afastamentos de Deus, marcados sempre pela bondade divina em restabelecer os laços rompidos. Para fazer o Seu povo se lembrar do Seu Criador, Deus enviou profetas que os advertiram e, como as advertências foram ignoradas Ele usou tragédias como escravidão, não como ação punitiva, mas educativa.
Fazemos parte do Israel espiritual que caminha rumo a uma nova terra. O Seu desejo é que tenhamos um relacionamento íntimo com Ele a tal ponto de darmos continuidade no lar porvir. Que as amargas lições a nós oferecidas pelo Israel no passado, não sejam olvidadas.
Quarta-feira: O remanescente
Noé e sua família foi o remanescente do mundo antediluviano. Como Deus cuidou desta família! Primeiro oferecendo a Noé o Know-how necessário para construir a arca. Depois o Senhor os guardou com segurança dentro da arca e, ao saírem da arca Deus refez a Sua aliança com aquele remanescente. Depois vemos o Seu cuidado com Abraão, Isaque, Jacó e os demais remanescentes que, em seu tempo, testemunharam de Deus para o mundo.
Em todas as épocas, desde Adão até hoje, Deus contou com um remanescente no mundo. A família de Noé, os patriarcas, os profetas, os heróis da igreja primitiva, os valdenses, os huguenotes, os poucos fiéis depois de 1844. E, o que dizer de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdenego em Babilônia? Deus não só preservou o Seu remanescente, como os encorajou a cumprir a Sua missão na Terra.
Em meio a Babilônia de hoje, Deus conta com um remanescente que procura exaltar o Deus Criador. Pela graça de Cristo, fazemos parte deste remanescente e Deus espera muito de nós. Ele nos considera raça eleita, mas com uma seria responsabilidade: “Para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
Que o magnifico propósito divino se cumpra em nós e, que não decepcionemos a Deus como o Israel do passado.
Quinta-feira: O Israel espiritual
Hoje, nós que aceitamos o sacrifício de Cristo, fazemos parte do cumprimento desta profecia apresentada a Abraão lá em Ur dos caldeus. Disse o Senhor: “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3).
Somos o Israel espiritual que, acreditando na promessa feita a Abraão, nos tornamos coerdeiros da promessa.
Quando Jesus deu a comissão evangélica a Sua ordem foi: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.“ Pregar em Jerusalém seria aceito e até confortável, mas anunciar também em Samaria já era algo impossível de ser praticado, e não ficava só por ai, a pregação tinha que avançar até os confins da Terra. A ordem de Cristo era impossível de ser praticada por um judeu.
Antes de dar a comissão, Jesus fez uma promessa: “Recebereis a virtude do Espírito Santo.” E foi o Espírito Santo que trabalhou com Pedro para que ele aceitasse pregar para Cornélio e foi o Espírito Santo
Que trabalhou com a igreja primitiva abrindo as portas do evangelho para todos os gentios. Os judeus nos dias de Cristo se vangloriavam de ter a Abraão como Pai. Apenas um detalhe: Abraão era pai apenas deles. E agora O evangelho é pregado a toda raça, língua e povo.
João retrata o Israel espiritual lá no Céu. Diz ele: “Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas” (Apocalipse 7:9). Faz parte desta grande multidão peoas de todas as nações, tribos, povos e línguas. Todos hoje, de qualquer parte do mundo, que aceita o sacrifício de Cristo faz parte do Israel espiritual.
Sexta-feira: Estudo adicional
Enquanto João Batista pregava, diz a Bíblia, que Jesus observava que muitos fariseus e saduceus procuravam ser batizados por Joao. Parece que eles eram motivados mais pela adoção como filhos de Abraão do que realmente por uma conversão completa. “E, vendo Ele, muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” (Mateus 3:7).
Jesus os censurou ao afirmar: “E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão” (Mateus 3:))9. Jesus deixou claro fazer parte da família de Abraão era mais solene do que muitos imaginavam. Será que estes que se consideram participantes da descendência de Abraão, estão aptos a desenvolver uma fé robusta como aconteceu com o patriarca?
Em vários momentos Abraão teve que exercitar uma fé, como diz em Hebreus: “vendo o invisível” (Hebreus 11:27). Em um mundo no qual a fé tem sido banalizada e que as pessoas sempre optam pelo imediatismo e o real, cabe a pergunta feita por Jesus: “Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 1:8). Jesus não está afirmando que não existira fé, mas deixa claro que será algo raro.
Ellen G. White nos adverte: “Ter fé nas promessas de Deus, ir à frente pela fé, prosseguir sem ser governado pelas circunstâncias, é uma lição de difícil aprendizado. Entretanto é positiva necessidade que todo filho de Deus aprenda esta lição.” (Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2, p. 533).
14 de maio de 2021 às 08:00 #16896Lição 7: Aliança no Sinai
Sábado: Aliança no Sinai
A renovação da aliança no Sinai, talvez, seja a mais didática de todas as expressões de Deus para estabelecer um vínculo afetivo com o Seu povo. Já mencionamos em outras oportunidades Deus deixo bem claro nos termos da aliança, qual seriam os compromissos dos israelitas para com Deus.
O povo de Deus havia passado quatrocentos anos no Egito e, durante este tempo o seu relacionamento com o Criador foi tremendamente afetado. Lá eles aprenderam a adorar ídolos e, como escravos viviam sem livre arbítrio. Muitas vezes eram coagidos a trabalhos forçados e imperava sobre eles a força e a autoridade dos egípcios.
No Sinai Deus mostrou para Israel o quando os amava. Relembrou todo o Seu cuidado por eles e deu a lei dos dez mandamentos para nortear o relacionamento entre criatura e criador. Sempre que estudo a renovação da aliança no Sinai, costumo associar a entrega da lei a construção do santuário terrestre e toda as orientações de como deveria funcionar.
Deus sabia que para o homem seria difícil atender aos reclamos da lei dos dez mandamentos que, além de obedecê-la, os israelitas deveriam ensinar ela para os povos ao seu redor. Compreendendo essa situação, o Criador orientou para que o santuário fosse construído e ordenou que os sacerdotes oficiantes e as pessoas envolvidas na manutenção e transporte do santuário fossem da tribo de Levi.
O santuário seria o local onde Deus estaria sempre com os Seus filhos. Disse Ele: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” Êxodo 25:8. Segundo os israelitas transgressores da lei não poderiam estar na presença de um Deus santo e seriam eliminados. Assim, o santuário proporcionava a oportunidade de o pecador ter o seu pecado perdoado e o seu relacionamento com Deus restaurado. E em terceiro, A rotina de sacrifícios diários no santuário deveria proporcionar os israelitas uma visão de quão terrível é o pecado, ao ponto de um animal inocente morrer em seu lugar. Essa é a mesma visão que nos leva hoje a evitar o pecado. Ao olharmos o Calvário temos uma ideia de quão terrível é o pecado.
Domingo: Sobre asas de águia
A águia é uma ave que se distingue das demais por vários hábitos que elas mantem ao longo da vida. Elas têm uma visão acurada que lhes permitem, de longe enxergar qualquer coisa que sirva de alimento para ela e para a sua prole. Elas constroem os seus ninhos nos penhascos no alto das montanhas longe do ataque de predadores. Assim, os seus filhotes crescem em segurança. E outra coisa importante: o seu ninho é feito de gravetos espinhosos e depois são forrados com uma camada de material fofo e aconchegante.
Quando os seus filhotes estão em condições de iniciarem os seus voos, ela retira a parte fofa do ninho e ele deixa de ser um alugar aprazível de estar e nesse momento ela os empurra para fora do ninho, atirando-os no precipício. Forçados, para evitar a morte eles necessitam voar. Mas há casos em que o filhote não consegue pairar no ar cai em direção ao solo. Nesse momento a águia que está sempre vigilante, voa e se coloca debaixo do filhote, salvando-o da morte certa.
Deus usou o exemplo da águia para mostrar para aos israelitas o Seu cuidado e que em vários momentos, para que eles não fossem destruídos Ele, semelhante a águia, vinha em seu socorro e com as suas potentes asas os defendia da morte certa. Foi assim para saírem do Egito, livrando-os das pragas e, depois, na travessia do mar Vermelho. O providencial maná os sustentou por muito tempo. E quantas vezes Deus os livrou de inimigos mortais.
O mesmo Deus que cuidou dos filhos de Israel e os protegeu com asas de águia tem o mesmo zelo por Seus filhos hoje. É só confiar. “Mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Isaías 40:31).
Segunda-feira: Padrão de salvação
Deus usou Moisés para mostrar para o povo que era O Senhor criador e iria libertá-los da escravidão egípcia. Daquele momento para frente Israel não teria que prestas serviços orçados. Eles estavam deixando de viver sob o coercitivo império de Faraó para desfrutarem da liberdade ao Criador do Universo.
Uma coisa que sempre me chamou a atenção é que o pacto do Sinai envolveu dois acontecimentos históricos: A entrega da Lei dos Dez Mandamentos e a construção do Santuário Terrestre. Ao apresentar a Lei como norma de procedimento do ser humano diante de um Deus Santo, o Senhor já mostro o que cada um deveria fazer caso ferisse aquele código de conduta.
A cada momento que um ato infracional era cometido, no Santuário um animal inocente representando, o Cordeiro de Deus Cristo, era um dia desceria do Céu para morrer em lugar do pecador. O Céu Se empenhava para não só mostra para o Universo, quão terrível é o pecado, mas ao mesmo tempo como o homem se libertar de suas transgressões.
Ao pedir que o povo construísse um santuário, além dos sacrifícios ali oferecido, era onde Deus se apresentaria permanentemente entre eles. Com a permanente presença de Deus entre eles demonstrando amor e carinho, atendendo as suas necessidades e livrando-os dos seus inimigos os israelitas tinham a noção do grande amor de Deus amor de Deus por eles.
Terça-feira: Aliança no Sinai
Na introdução geral da lição deste trimestre comentei que a aliança De Deus com o ser humano foi estabelecida por Deus com Adão e Eva numa tentativa de manter o relacionamento com a raça humana e eternizá-lo no Éden restaurado. A aliança foi renovada em épocas especiais apresentando características próprias adequando às necessidades do ser humano.
Abordei que a aliança proposta por Deus no Sinai previa restabelecer o relacionamento com um Deus, seriamente afetado pela permanência de Israel no Egito. Deus mostrou aos Israelitas Que eles deveriam se esquecerem da tirania do Egito e, que agora eles eram convidados a servirem um Deus fundamentado no amor. Amor demonstrado no Santuário erguido no deserto. Um Deus, protetor presente no Santuário e que sempre estaria entre eles demonstrando amor e graça.
Pela libertação miraculosa acompanhada de maravilhas nunca vistas, Israel teve uma pálida ideia do Deus que lhes propunha a aliança. Enquanto Israel tinha agora um código de normas que, caso fossem acatadas eles receberiam um status de destaque internacional. Israel seria cabeça e não cauda. Israel podia recordar dos outros aspectos da aliança feita com Adão e Eva e renovada com Noé, Abraão, Isaque e que, em nenhum momento Deus eixou de cumprir a Sua parte.
Estava claro que o Deus da promessa era muito diferente dos deuses egípcios que nunca lhes amenizaram o sofrimento e nem mesmo o de seus próprios adoradores. É somente este Deus que pode dizer: “Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).
Quarta-feira: Deus e Israel
Já falei da grande diferença entre os deuses egípcios e o Deus de Israel. Deuses egípcios, inoperantes e o Deus de Israel, um Deus atuante em favor de Seus filhos promovendo maravilhas sem fim a favor deles. Esse Deus amável Se identifica como o dono de toda a Terra Ele quer salvar a todos os homens e para que essa proposta de salvação alcançasse todas as pessoas do mundo, Ele teve um plano genial: “E vocês serão para mim um reino de sacerdotes” (Êxodo 19:6).
Para mim essa é a parte mais solene e linda do concerto do Sinai. Os filhos de Israel, vivendo no Egito distantes de Deus e o Senhor os resgata de lá e, no que pese as imperfeições de cada um, Deus alimenta um sonho que apenas Ele é capaz de sonhar: fazer de cada israelita, homem ou mulher um sacerdote a Seu serviço em favor do mundo. Apenas um Deus amoroso, compassivo e perdoador pode propor para cada ser humano um sonho tão elevado.
Com um Deus poderoso na direção dos acontecimentos tinha tudo para dar certo. Que impacto não aconteceria no mundo se Israel tivesse sido fiel ao plano divino. Sabemos que Israel falhou em atender a todos os requisitos da aliança proposta no Sinai. Deus continuou sendo o Deus de Israel, mas Israel em vários momentos se afastou desse Deus que abriu o mar Vermelho e fez passar por terra seca um grupo de escravos, debilitados e injuriados pelos egípcios, para, finda a travessia fazer de cada um deles um sacerdote Seu.
Os israelitas não entenderam o sonho de Deus para eles e, esse mesmo sonho, Deus mantém a nosso respeito hoje: “Mas vos sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9). Que o Senhor nos conceda a graça de vê-lo realizado em nossa vida.
Quinta-feira: Promessas, promessas… (Êxodo 19:8)
A renovação da aliança entre a Deus e a raça humana retrata o propósito de Deus em, pelo sangue do Cordeiro, nos restaurar e devolver o Éden perdido a todos os O aceitarem. A aliança envolve compromissos de ambas as partes. Ela vem embasada com promessas a nós feitas pelo nosso Criador.
Em Sua magnitude de amor e compaixão o Senhor faz promessas de restauração e proteção e o Senhor sempre foi muito zeloso com as promessas feitas. O próprio de Israel sempre reconheceu esse fato chegando mesmo a afirmar que: “Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu” (Josué 21:45).
Israel encantado com o grande amor de Deus sempre acolheu com entusiasmo e, uma parcela de euforia, os termos da aliança. Diz o texto bíblico: “Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: “Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo.” O povo sempre assumia o compromisso de fidelidade a Deus, mas nem sempre esse compromisso se tornava prático e, talvez, esse seja o motivo de Deus por tantas vezes renovar a aliança. Diz o salmista: “Portanto Ele conhece a nossa estrutura, lembra-se de que somos pó” (Salmo 103:14).
Pertencemos a um Deus que não desiste de nós e que por mais longe que estejamos Dele o Seu sonho continua vivo a nosso respeito, nos levar de volta ao lar. Por vários milênios Ele tem repetido: “Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).
Sexta-feira: Estudo adicional
A renovação da aliança no Sinai é uma das mais claras manifestações do amor de Deus mostrado ao homem. Deus estava com saudades daquelas tardes, quando Ele vinha ao jardim do Éden e passeava tranquilamente com Adão e Eva. Era o Seu intento tornar real aquelas lembranças. Longe do Egito, onde os Seus filhos não tinham liberdade de escolha Ele os trouxe para junto de Si e lhes propôs a lei da liberdade. Agora eles não eram mais obrigados a obedecer. Eles tinham livre escolha.
Deus esperava que, depois de tantos milagres, tantas manifestações de amor, depois deter livrado eles tantas vezes com Suas potentes asas com águia, os Seus filhos em reconhecimento a esse amor abrasassem a lei com todo o zelo. Embora o povo tenha se prontificado em obedecer e ser fiel não foi isso o que aconteceu.
Deus foi fiel em todos os compromissos assumidos com o Seu povo até os nossos dias. O próprio povo reconheceu isso: “Palavra alguma falhou de todas as boas coisas que o Senhor falou à casa de Israel; tudo se cumpriu” (Josué 21:45). Esse mesmo Deus está ao nosso lado nos conduzindo com segurança.
Hoje a tendência do mundo cristão é ignorar os termos da aliança proposta por Deus no Sinai. Mas é essa lei que será usada no dia do juízo. Sem ela não tem como processar o juízo. Ela foi a norma usada no Éden e sempre será a norma que julgará todos os filhos de Adão.
21 de maio de 2021 às 08:00 #16898Lição 8: A lei da aliança
Sábado: A lei da aliança
Falamos ontem que a lei entregue a Moisés no Sinai será a norma a ser seguida no juízo final. Deus não deu a Moisés uma lei nova ou temporal com prazo de validade agendado que, ao cabo de anos seria anulada. A lei de Deus é eterna como eterno é o Seu Autor. A aliança do Sinai é a parte que nos toca na renovação da aliança. Aliás, essa lei contestada por milhões é a mesma que fundamenta as constituições de todos os países do mundo.
Imaginemos se não tivéssemos nenhuma norma ou princípio que nos norteasse em nossos relacionamentos com as pessoas e com Deus. O mundo seria uma balburdia. Apenas confusão. Imagina o que é meu sendo dos outros e o que é dos outros sendo meu. Um mundo sem regras no qual a força arbitrasse as decisões.
Já escrevi que temos um Deus ciumento e que já pagou caro para nos mostrar o Seu ciúme. Ele não aceita amor dividido Ele espera que o amemos de maneira incondicional, e para que isso aconteça Ele nos deu a Sua lei, um código de conduta irretocável. Davi exclamou: “A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma” (Salmo 19:7).
Para quem advoga que a lei foi anulada na cruz ficam alguns questionamentos: Não havendo lei não existe pecado e se não existe pecado perde o sentido da religião que prega a salvação. Não havendo lei não haverá transgressores e todos estão salvos independentes de suas contas e posturas.
Domingo: A eleição de Isarael (Deuteronômio 7:7)
O Senhor tinha dois objetivos principais ao escolher Israel para ser seu povo. Primeiro Ele precisava preparar o caminho para o nascimento de Jesus, o Salvador do mundo e, em segundo lugar, Ele precisava de um povo que O representasse nesse mundo, mostrando o Seu amor e empenho para que ninguém se perca. O objetivo de Deus é salvar toda a humanidade e deveria existir alguém para desempenhar essa missão especial.
Deus poderia ter escolhido outro povo? Claro que sim! Deus escolheu Israel porque desde o princípio ele se apresentou afinado com os Seus ensinamentos. Desde os descendentes de Abel, passando por Noé, Abraão, Jose e os demais patriarcas demonstraram empenho em cumprir os estatutos da aliança apresentada por Deus no Éden. Foram perfeitos em assumir o papel delegado pelo Céu? Não! Mas era o povo da Terra que mais se aproximava do ideal de Deus.
Parece que antes de Deus escolher Israel, Israel com todas as suas imperfeições escolheu servir ao Criador. Deus não poderia contar com nações idólatras para exercer essa nobre missão. Deus escolheu alguém não pelo seu tamanho e influência no mundo de então, mas escolheu alguém que procurava representá-Lo no mundo. Diz a Bíblia: “O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos” (Deuteronômio 7:7).
Segunda-feira: Laços que unem
Ao Deus propor uma aliança com o homem após o pecado, Ele demonstrou o Seu desejo de restaurar aquele convívio experimentado com o ser humano no Jardim do Éden antes do pecado. Essa aliança firmada diante de um cordeiro morto deveria perdurar por gerações seguidas até a volta de Jesus. Em vários momentos ela foi confirmada obedecendo a situações do momento, mas visando o Seu relacionamento com o homem.
No Éden Deus demostrou mais amor que exigências apresentando o futuro sacrifício de Cristo como o ponto alto da promessa. No caso de Noé Ele exigiu fé na sua promessa de salvação oferecida a toda a humanidade, proporcionando a vida a todos os que aceitassem a salvação oferecida.
Na renovação da aliança com Abraão Deus exigiu uma fé traduzida em obras ao Abraão ser exigido sair de Sua terra para lugar que ele não conhecia.
Já na renovação proposta a Moisés, lembrando que os israelitas saíram de uma terra pagã onde foram escravos por quatrocentos anos. Agora era necessário que Israel tivesse uma noção de quem estava propondo a aliança e Deus inicia o Seu pacto relembrando o povo de todas as maravilhas que Ele operou desde o Egito até aquele momento. Como o povo não estava acostumado a exercer fé e nem normas que pautassem esse relacionamento Ele apresentou as normas escritas nos Dez Mandamento para que o povo mantivesse sempre ligado a Ele
Para que Israel entender o sentido da Lei Ele ordenou a construção do Santuário. O lugar onde o pecador recorria e, com o sacrifício do cordeiro, a aliança era restabelecida. A Lei e o Santuário formavam os elos dessa aliança eterna que perduraria até o Calvário quando, este Laços terão o seu desfecho final. “Ele lhes anunciou a sua aliança, os Dez Mandamentos. Escreveu-os sobre duas tábuas de pedra e ordenou que os cumprissem” (Deuteronômio 4:13).
Terça-feira: A lei dentro da aliança (Deuteronômio 10:12 e 13)
Algumas pessoas interpretam a aliança como uma isenção de responsabilidades. Dizem que na nova aliança Jesus pregou a lei na cruz e extinguiu a sua validade. Para essas pessoas a lei é algo temporal que nasceu com prazo de validade até a morte de Cristo. Não é assim que a Bíblia nos ensina. A lei determina a nossa responsabilidade para com Deus e o próximo.
Em todos os momentos que Deus se propôs a renovar a Sua aliança com a raça humana é porque ou as pessoas haviam se distanciado de Seus princípios ou em face de que isso pudesse acontecer Deus trabalhou de maneira preventiva como no caso de Abraão. Deus o retirou de Ur dos caldeus para preservá-lo integro e fiel aos Seus princípios.
O nome aliança já envolve algum dever ou responsabilidade das duas partes envolvidas. Caso os deveres sejam unilaterais não caracteriza uma aliança. Em um casamento marido e mulher assumem responsabilidades e deveres um para com o outro e, quando essa reciprocidade falta no relacionamento o casamento entra em crise.
O objetivo de Deus manter a lei ou princípios em nossa aliança com Ele ´motivado simplesmente pelo Seu amor para conosco. Os princípios da lei nos mantêm permanentemente unidos a Ele. Caso não existisse a lei na aliança essa aliança deixaria de ser aliança. Que bom temos um Deus que nos ama e o Seu desejo é que sejamos somente Dele por toda a nossa vida. A nossa obediência a lei mensura o quanto O amamos.
Quarta-feira: A estabilidade da lei de Deus
Esse é um assunto polêmico. Como já falamos antes, muitos tem na lei algo com tempo de validade vencido, o que é um triste equívoco. Diz o comentário da lição elaborado pela Casa Publicadora Brasileira: “Antes que a Terra fosse chamada à existência, já existia a lei de Deus. Os anjos são governados pelos princípios divinos, e, para que a Terra esteja em harmonia com o Céu, as pessoas também devem obedecer às leis de Deus. No Éden, Cristo deu a conhecer ao ser humano os preceitos da lei “quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). A missão de Cristo na Terra não era destruir a lei; mas, pela graça de Deus, levar novamente a humanidade à obediência de seus preceitos.”
Se a lei existia antes da criação do mundo e Cristo assegurando que “não veio destruir essa lei, não tem como afirmar que ela foi anulada. Essa é a lei que vai nortear o juízo final. Quando Jesus voltar Ele vai dizer para uma parcela de cristãos: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:22e 23). Caso a lei fosse anulada por Cristo em que base Ele vai condenar os professos cristãos em Sua volta?
O Senhor afirmou: “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois destruídos” (Malaquias 3:6). Deus é imutável e eterno e a Sua lei também é eterna.
Quinta-feira: Se…
Já relatei em outras oportunidades que no início de cada ano o meu pai tinha uma conversa com os seus trabalhadores rurais. Ali era proposta uma aliança. Cada trabalhador que durante todo o ano trabalhasse exclusivamente para o meu pai recebia, recebia, além do salário, seis sacas de arroz que eram entregues na casa de cada um. Esse era um compromisso feito sem nenhuma linha escrita, só de palavra.
O meu pai frisava bem o “se”. “Se vocês trabalharem todo o ano comigo receberão o arroz”, dizia ele. Essa conjunção subordinativa condicional estabelecia os parâmetros para que a promessa da doação do arroz se realizasse. Deus sempre usou esse método em reação ao homem. Em vários momentos em que a aliança com a humanidade foi renovada, essa condicional estava presente.
A conjunção condicional não existia no Egito. Lá eles não tinham escolha. Deus não trabalha assim. Os Seus filhos são dotados do livre arbítrio. Podemos escolher atender as orientações de Deus ou recusá-las. O Senhor nos proporciona liberdade de ação. Posso cumprir ou não os estatutos da aliança.
Quantas vezes Israel se esqueceu das orientações divinas e suas promessas de proteção e amparo foram permutadas por viverem expostos aos caprichos de seus inimigos. Mas com toda a recusa de Israel de fazer a vontade de Deus os atos de Deus em permitir que eles fossem entregues aos seus inimigos, não se tratava de uma ação punitiva e sim educativa. Diz a Bíblia: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Apocalipse 3:19).
A lei da liberdade é eterna e está diante de nós hoje. E a promessa bíblica é: “Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra” (Deuteronômio 18:1).
Sexta-feira: Estudo adicional
O resumo conclusivo de nossa lição esclarece bem esse assunto. Diz o texto: “A lei de Deus era parte integrante da aliança. E assim a aliança era fundamentada na graça. No entanto, isso jamais invalida a necessidade da lei. Ao contrário, a lei é um meio pelo qual a graça é manifestada e expressa na vida dos que recebem a graça” (Lição do Professor, p. 103).
Imaginemos se Deus não agisse conosco por amor. A bíblia diz: “Se o Senhor não estivesse do nosso lado quando os inimigos nos atacaram, eles já nos teriam engolido vivos, quando se enfureceram contra nós” (Salmo 124:1 a 3).
É necessário entendermos que desde a criação Deus sempre procurou manter um relacionamento amável com o homem. Não fomos criados à imagem e semelhança de Deus, para depois vivermos jogados na sarjeta. Deus fez e faz de tudo para interagir conosco, e o Seu propósito em nos dar a Sua lei é fazer com que estejamos sempre unidos a Ele. A lei nos mostra se estamos unidos a Ele ou se estamos distantes de Seu amor. Sem a lei não haveria a aliança.
Graças a Sua misericórdia somos filhos de um Pai que ama a Seus filhos e deseja estar sempre ao nosso lado e é esse desejo incontrolável que levou Deus a estabelecer conosco uma aliança que custou a Sua própria vida.
28 de maio de 2021 às 08:00 #16900Lição 9: O sinal da aliança
Sábado: O sinal da aliança
Alguém que não seja adventista ao ver o tema desta semana poderá estar pensando: “Já vem os adventistas com essa história de sábado logo no estudo da aliança. Não foi o objetivo de Deus tirar de nossos ombros o peso da lei que Ele nos proporcionou a “nova aliança”? Ele pregou a lei na cruz e vem vocês com história de sábado, uma tradição do Velho Testamento.”
Na aliança com Noé Deus colocou o arco Íris nas nuvens como o sinal de Sua aliança com as gerações pós dilúvio. E na sua aliança no Sinai Ele enfatizou a observância do sábado, não porque o sábado não existisse antes do Sinai, lembramos que no término da criação, Deus o instituiu. Ele sempre foi um sinal e sempre será o sinal que identifica os filhos de Deus. Diz o texto bíblico: “E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica” (Ezequiel 20:12).
Esse sábado esquecido, as vezes até debochado por parte de alguns, é o sábado que Deus instituiu lá no Éden e, na Sua lei inicia com uma advertência: “Lembra-te”. Deus sabia que, com o decorrer de milênios a humanidade iria se esquecer do sábado e substituí-lo por preceitos de homens. Quem lembra do sábado está lembrando do Deus criador. Teria melhor sinal do que esse para identificar aqueles que aceitam entrar em aliança com Deus?
Domingo: Origens
Deus termina a criação no sexto dia. Poderia ter ficado tudo por aí, mas Ele dá um passo além e cria mais um dia destinado ao descanso do homem criado. E para enfatizar a importância deste dia Ele descansou, não porque estivesse cansado. Diz a Bíblia: “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento” Isaías 40:28. Ele descansou para nos dar o exemplo e estar vinte e quatro horas com os Seus filhos em seu primeiro dia de vida. E o Criador do sábado quando esteve entre nós foi claro: “Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15).
Há poucos dias eu vi uma reportagem na qual um pastor de uma das igrejas da prosperidade fazia deboches de cristãos que veneram Nossa Senhora. Imaginei comigo, como debochar de alguém que me cedeu um lugar em seu barco? Todo o evangélico que aceita o domingo como dia de guarda, aceitam uma criação Católica e não bíblica. O professor Aquino, grande escritor e palestrante da Igreja Católica, fala da inspiração de santo Agostinho de Hipona que viveu de 354-430 dC ao redigir os mandamentos como se vê no Catecismo Católico. Ele fez a redação dos dez mandamentos segundo a igreja Católica e atendendo também o pensamento do imperador Constantino que em sete de março de 321 proclamou o domingo como dia de descanso, cumprindo a profecia bíblica de Daniel que diz: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo” (Daniel 7:25).
Observar o dia que Deus escolheu para ser o sinal da aliança nos proporciona uma tranquilidade em limites. Estamos em conformidade com o livro sagrado. Assim como a aliança é eterna, o sinal que a identifica também é eterno.
Segunda-feira: O sábado antes do Sinai
Quem já leu meus comentários anteriores deve ter a ideia de que, partindo de mim, o título do estudo de hoje seria: O sábado antes da criação. Toda a criação e, também a semana com o sábado foram criados em função do homem. Primeiro, Deus planejou a semana pensando na criação de homem. Ele poderia ter criado o mundo em um estalar de dedos, mas preferiu fazer de uma forma didática usando períodos de vinte e quatro horas para cada fase da criação. No sétimo e último dia não tinha mais nada para criar e Ele estabeleceu esse dia para interagir com o homem, sua coroa da criação.
A semana da criação foi criada com períodos compostos de dia e noites que se adequariam perfeitamente às atividades do homem. Essas atividades sessariam no sábado. A ciência provou que o homem necessita de um dia semanal para descansar. Em 1792 a França criou a semana de dez dias, mas durou pouco mais de treze anos. A semana de sete dias se adequa ao ser humano “como uma luva.” Apenas um detalhe: o dia de repouso para que ele seja realmente um repouso completo, deve prover descanso físico, intelectual e espiritual. No descanso dominical o indivíduo sai da igreja e passa no supermercado ou na feira envolvendo os seus pensamentos com as coisas desta vida.
Ao instituir o sábado Deus planejou cada detalhe para que ele fosse uma bênção completa para os adoradores. Apenas o descanso sabático conforme orienta a Bíblia proporciona ao homem um verdadeiro refrigério. Diz Isaías: “Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras” (Isaías 58:13).
Terça-feira: Sinal da aliança
Deus estabeleceu um sinal que deve caracterizar os Seus filhos no mundo. E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus” Ezequiel 20:20. E mais: “Entre mim e os filhos de Israel será ele um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério” (Êxodo 31:17).
E para o tempo do fim fala Apocalipse que todos serão assinalados. Os ímpios terão o seu sinal criado pelo homem e os filhos de Deus terão o sinal criado por Deus antes da criação do mundo. Vejamos: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (Apocalipse 13:16 e 17). Paralelo ao sinal dos ímpios, Deus está selando os Seus filhos: “E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel” (Apocalipse 6:3 e 4).
Estudei por alguns anos em escola pública e, com frequência tinha aulas na sexta-feira à noite. Para completar a minha formatura do ensino médio foi marcada para uma sexta feira. No domingo seguinte pedi permissão para visitar o local onde a cerimônia foi realizada. O ambiente estava mesmo para final de festa com muitos papeis esparramados pelo chão. Em meio ao lixo me chamou a atenção um papel enrolado. Eu o apanhei e me emocionei ao ver ali, em meio ao lixo, o meu diploma do curso médio.
O sábado é um sinal de que aceitamos a salvação pela fé. Observamos o sábado não para sermos salvos, mas porque fomos salvos. Além de um sinal ele é uma bênção para os adoradores do Criador do Céu e da Terra.
Quarta-feira: Sinal de santificação
Quando Deus instituiu o sábado a Bíblia afirma que Ele descansou, abençoou e o santificou. Será que se Ele descansou, abençoou e o santificou sendo um simples dia da semana, Ele não vai abençoar e santificar aqueles que observam o Seu santo dia? Claro que sim. Isso não é salvação pelas obras e sim, descansar nas promessas de Deus de que Ele suprirá as nossas necessidades.
O sábado é um sinal externo. Mas ele demonstra aquilo que já aconteceu em nosso coração. Mas as a Sua obra santificadora é uma realidade porque é Ele o Deus criador que promete: “E guardai os meus estatutos, e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos santifica” (Levítico 20:8).
Quando propomos observar o dia do Senhor sinalizamos que estamos dispostos a caminhar nos caminhos do Senhor. Mostramos para Deus e para o mundo que houve uma profunda transformação interna. É uma demonstração de que nos propomos a adorar o Senhor em Espírito e em verdade.
A nota da lição ao falar do fato de uma pessoa conhecer sobre o sábado e decidir observá-lo é uma demonstração clara de que essa pessoa conhece o Senhor do sábado e o que esse Senhor já fez pela nossa salvação. Observar o sábado mais do que obediência é o reconhecimento do que o Deus de amor fez por nós.
Sabemos que se aproxima o dia em que o sábado será o grande divisor de águas entre os que servem a Deus e os que aceitam tradições dos homens. Que o Senhor nos fortaleça para que neste tempo de prova permaneçamos firmes.
Quinta-feira: Lembrando do sábado
Deus conhece o presente e o futuro e Ele sabia que os homens iriam esquecer do Seu santo Dia. Então Em Sua sabedoria Ele iniciou o mandamento com a palavra: “Lembra-te”. E foi realmente esse o mandamento esquecido. Lembrar do sábado, implica em ter ele presente em nossa vida em todos os dias da semana. Desde domingo devemos ter em mente: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra” (Êxodo 20:8 e 9).
Sabemos que existe um movimento mundial e que já está bem adiantado, para estabelecer o domingo como dia mundial de guarda. Governos, sindicatos, entidades sociais e o papado estão caminhando a passos largos nesta direção. Diz Ellen G. White: “A igreja remanescente terá de passar por grande prova e aflição. Aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e de suas hostes. Satanás reputa por súditos seus os habitantes do mundo; adquiriu domínio sobre as igrejas apóstatas; mas eis um pequeno grupo que resiste à sua supremacia” (Eventos finais, p.256).
Que o Senhor nos dê a compreensão necessária para defendermos esse dia santo, se algum dia formos convocados a fazê-lo, e que o Senhor nos conceda a força necessária para mantermos fiéis.
Sexta-feira: Estudo adicional
Sempre que escrevo sobre Isaías 58:13 e 14, afirmo que estes dois versículos seriam suficientes para observarmos o sábado com alegria independente que qualquer mandamento que ordene a sua observância. No verso 13 Deus identifica o sábado como “meu santo dia.” Assim como o dízimo o sábado não é nosso. Ele pertence a Deus e o Senhor o identifica como “santo.”
Antes de Se apresentar como o Senhor do sábado e de afirmar que esse dia é santo ele nos adverte para desviarmos o pé de pisotear o Seu santo dia. E Deus vai mais longe ao nos advertir: “e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia”. Lógico que aqui o profeta está enfatizando dar asas aos interesses materiais.
O Senhor afirma que o sábado é “digno de honra” e você honra este dia “não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras” (Isaías 58:13). Veja as nossas ações neste dia devem estar voltadas exclusivamente para Deus incluindo ações, pensamentos e palavras.
No verso 14 temos a sobremesa: “Então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu Pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse” (Isaías 58:14). Que bênção é reservada para os observadores do sábado! Não é por acaso que a observância do santo sábado faça parte de nosso compromisso na aliança proposta por Deus.
4 de junho de 2021 às 08:00 #17058Lição 10: A nova aliança
Sábado: A nova aliança
A nova aliança é interpretada por muitos como a anulação da velha da aliança. Esse é um ponto delicado e que merece toda a nossa atenção. Abordei na introdução geral da lição deste trimestre de que a aliança de Deus feita com o homem no Jardim do Éden é a mesma até a morte sacrifical de Cristo. A aliança foi apresentada em momentos diferentes para pessoas diferentes considerando a época e as pessoas envolvidas. Mas a mensagem é uma só, porque em todos os momentos Deus enfatizou a salvação do homem e o Seu plano de salvação é o mesmo para Adão, Abraão, Davi e para nós nos dias de hoje.
A aliança proposta por Deus no Jardim do Éden envolveu a morte de um cordeiro que apontava para Jesus que um dia viria a este mundo e morreria em lugar do pecador. Ao Jesus morrer concretizou-se a maior participação de Deus na aliança. Em todos os momentos em que Deus renovou a Sua aliança com os seres humanos, o ponto focal foi a promessa da vinda do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
A promessa de Deus relatada por Jeremias é de que com a morte de Cristo foi confirmada a promessa de Deus feita no Jardim do Éden e repetida ao longo dos séculos. O sacrifício de Cristo substituiu a rotina do santuário terrestre construído nos dias em que a Lei foi repetida no Sinai. Hebreus define como “superior aliança”, não porque Deus tenha alterado o método de salvação. Com a morte de Cristo sessou a lei cerimonial que consistia no sacrifício de animais. Eles apontavam para Cristo é o Cordeiro e ele mesmo é o sacerdote que intercede por nós no santuário celestial. Lógico que Cristo confirmou uma superior aliança.
Domingo: Eis aí vêm dias
Quando Deus fala por intermédio de Jeremias de Ele escreveria a lei no coração é bom lermos Ezequiel 36:26, diz o texto: “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e, em troca, darei um coração de carne.” Alei será escrita no coração transformado pela graça de Cristo. Jeremias quer dizer que depois da conversão o crente tem a lei em seu coração, ou seja, o seu desejo agora é fazer a vontade de Deus expressa na lei.
A nova aliança será firmada mediante a conversão do pecador. Essa nova aliança tem como fundamento o sacrifício de Cristo na cruz. O crente contempla o que o Céu foi capaz de fazer para salvá-lo e se propõe amar a Cristo de todo o seu coração. Essa decisão provoca a alteração de seu coração de pedra em um coração de carne. Feito isso ele está disposto a seguir o Cordeiro por onde quer que Ele vá. Não tem como essa transformação acontecer sem que o pecador aceite a operação do Espírito Santo em sua vida.
Essa transformação de um coração de pedra em um coração de carne deve transformar a religião de boca em religião prática vinda do coração. As pessoas não seriam sepulcros caiados por fora, mas no íntimo emana o desejo de viver “em novidade de vida.”
No desejo de fazer a vontade de Deus, cumpre as palavras de Davi: “A Lei de Deus está no seu coração, e seus passos não vacilam” (Salmos 7:31).
Segunda-feira: Obra no coração
Parece que Deus já estava cansado de propor aliança com o Seu povo e vê-lo afastar-se dos princípios propostos ao homem. Vez após vez o povo fracassou em manter vivo o seu compromisso da aliança. O Senhor esperava que com o sacrifício de Cristo essa postura mudasse. O Seu plano era que ao contemplar o Calvário o pecador teria o seu coração de pedra despedaçado. Isso aconteceu na vida de muitos, mas a liderança judaica não aceitava Jesus como o Messias Salvador.
A troca do coração de Pedra por um coração de carne nem sempre é uma coisa fácil. Podemos ver o que ela custou para Pedro, que só depois daquele olhar fulminante de Jesus por ocasião do julgamento foi capaz de derreter o coração de pedra de Pedro e transformá-lo em um coração de carne. Vemos também o que essa troca causou na vida de Paulo. Cego, humilhado o antigo perseguidor é conduzido a Ananias o seu coração que antes apenas respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor (ver Atos 9:1) teve o seu coração de pedra transformado. E com a lei de Deus no coração Paulo tem uma ideia de quão longe estava a sua vida da lei que agora ele abraçou.
A promessa de Deus em oferecer um poder capaz de transformar um coração perverso em um guardião da Lei de Deus foi apresentada por Oséias, Ezequiel e Jeremias como algo de especial que aconteceria no futuro. Com a morte de Cristo tornou-se possível o pecador, por amor a Ele, amar e fazer a Sua vontade.
Terça-feira: A antiga e a nova aliança
É importante a segunda nota da lição de hoje onde lemos: “Embora a nova aliança seja chamada de ‘superior’, não há diferença nos fundamentos da antiga e da nova aliança” (Lição Professor, p. 126). A nova aliança, como as demais, foi estabelecida com a casa de Israel e sempre foi responsabilidade do Israel de Deus, compartilhar as maravilhas da aliança com o mudo. Lá no início Deus disse a Noé que convidasse todo o povo para participar entrando na arca. Com Abraão Deus disse que ele deveria ser uma bênção para a humanidade. E no Sinai era propósito de Deus que os termos da Aliança fossem conhecidos e praticados em todo o mundo.
A nova aliança é denominada de superior porque ela é o âmago para onde apontavam as demais confirmações firmadas entre Deus e a humanidade ao longo dos milênios. Ou seja, desde o Éden, todas indicavam para Cristo, o Cordeiro de Deus que veio para tirar o pecado do mundo. Ele é superior porque não foi confirmada com sangue de ovelhas, mas com o sangue de Cristo.
Desde o Éden a salvação sempre foi oferecida a todos os homens e na rotina de oferecer um cordeiro o pecador confirmava a aceitação do futuro sacrifício de Cristo. Mas Israel não entendeu assim. Para os judeus os gentios estavam excluídos do plano da salvação e muito menos eles reconheceram Cristo como o Salvador do mundo. Esse procedimento lhes tirou o título de povo especial.
Na nova aliança proposta por Cristo, mais uma vez, Deus convida toda a humanidade a participar. O plano da salvação sempre foi estendido a judeus e gentios. Mais do que nunca a promessa de Deus a Abraão continua sendo real: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3).
Quarta-feira: Aliança superior (Hebreus 8:6)
É difícil ter uma nota da lição que esclareça tanto o assunto do dia como as duas notas que fazem parte do estudo de hoje. Em todas as renovações da aliança apresentadas no Velho Testamento o foco é a fé em um Deus que perdoa nossos pecados, somente por Sua graça.
Desde Adão até a morte de Cristo a aliança foi confirmada com sacrifício de cordeiros que apontavam para Cristo, o Cordeiro de Deus, que um dia viria ao mundo morrer pelo pecador. No Velho testamento o ritual de sacrificar um cordeiro no lugar do pecador, era uma sombra do sacrifício de Cristo, que morreu sem pecado, em favor de todos os homens. Lógico que a renovação da aliança proposta por Cristo é superior porque Ele é cumprimento de todos os momentos em que a aliança foi confirmada.
Hebreus afirma que esta aliança não foi confirmada com sangue de bodes e novilhos, mas por Cristo (ver Hebreus 9:12). Assim ela é superior porque concretiza todas as confirmações anteriores oficializadas com o sangue de animais.
A segunda nota da lição enfatiza: “O problema da antiga aliança não era a aliança em si, mas o fracasso do povo em aceitá-la pela fé” e afirma: “A salvação oferecida na antiga aliança é a mesma oferecida na nova”; completando: “É superior no sentido de que tudo o que havia sido ensinado por meios de símbolos e tipos no Antigo testamento teve o seu cumprimento em Jesus.” (Lição do professor, p. 127).
Quinta-feira: O Sacerdote da nova aliança
No santuário construído por Moisés os sacerdotes oficiavam as cerimônias de sacrifícios e intercediam ao mesmo tempo pelo povo. Nesta cerimônia três coisas estavam em evidência: O sacerdote oficiante, o cordeiro ofertado e o pecador arrependido.
Não sei se você prestou atenção que a palavra Sacerdote no título do tema de hoje inicia com letra maiúscula. O texto fala de um Sacerdote especial e o escritor de Hebreus o qualifica com “Grande Sacerdote”: “Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos” (Hebreus 4:14). Fazem algumas dezenas de anos preparei um sermão, que deve estar perdido por aí na poeira do tempo, no qual tentei mostrar porque Jesus é o Grande Sumo sacerdote.
O Sacerdote da nova aliança difere em vários aspectos dos sacerdotes levíticos que atuavam no santuário terrestre usando sangue de animais. Jesus entrou no santuário celestial com o Seu próprio sangue. Ao mesmo tempo em que Ele intercede por nós Ele é o Cordeiro que morreu para salvar o pecador arrependido.
A nova aliança é superior porque a confirmações da aliança desde Adão Até Cristo apontavam para Ele, o Cordeiro de Deus. A antiga aliança era sombra da realidade instalada com a morte de Cristo. Os termos da aliança continuam os mesmos. Cristo exercendo a Sua parte intercedendo pelo pecador e oferecendo o perdão e o pecador tem a sua parte a desempenhar. Aceitar o sacrifício de Cristo e se tornar uma nova criatura e andar em novidade de vida.
Sexta-feira: Estudo adicional
O resumo da lição nos lembra de que a nova aliança é uma revelação maior, mais completa e superior do plano da redenção. Participamos dela pela fé que se expressa em obediência à lei escrita no coração. Com Cristo morto na cruz o pecador tem uma ideia mais clara do amor de Deus e tenta corresponder esse amor fazendo a vontade de Deus. A lei é gravada em seu coração porque o seu desejo máximo e fazer a vontade de Deus nela expressa.
Ter a lei escrita no coração não quer dizer que o ser humano jamais a vai transgredir. Mesmo com os olhos fitos no sacrifício de Jesus é possível que em algum momento nos desviemos da lei que guardamos no coração. Quando isso acontece temos o conselho de João: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1).
O mesmo Jesus que escreveu a lei em nosso coração e que continua no santuário celestial é o nosso advogado para nos defender junto ao Pai e nos oferecer perdão. Assim com os israelitas tinham o santuário terrestre no meio do acampamento e era para onde se dirigia o pecador arrependido. O pecador de hoje pode e deve se dirigir ao santuário celestial onde o nosso Grande Sumo Sacerdote está como nosso advogado está pronto para interceder por cada pecador arrependido.
11 de junho de 2021 às 08:00 #17060Lição 11: O santuário da nova aliança
Sábado: O santuário da nova aliança
O santuário da nova aliança está no Céu. Ele foi mostrado a Moisés como modelo do santuário terrestre. Na morte de Cristo véu do templo rasgou em dois de cima para baixo, tornando impossível a atuação dos sacerdotes e a sua intercessão em favor do pecador.
Depois da ressurreição, Jesus subiu ao Céu e ocupou o Seu lugar no santuário celestial. Agora o pecador que almeja o perdão não vai mais oferecer um cordeiro. Jesus é o Cordeiro que foi morto, ressuscitou e no Céu está à disposição do pecador arrependido. O escritor de Hebreus encoraja os pecadores a se dirigirem a Ele: “Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno” (Hebreus 4:16).
Jesus teve que Se submeter à morte de cruz para ser o nosso mediador a atuar no santuário celestial da nova aliança. Foi a sua morte na cruz e Sua ressurreição que lhe garantiu este status. Da morte de Cristo dependia a salvação de toda a humanidade desde Adão até os nossos dias. Caso Cristo não morresse estava falido o plano da salvação e não faltou empenho de Satanás para que isso acontecesse. A todos que aceitarem o Seu convite está assegurado a promessa de vida eterna.
Domingo: Relacionamentos
Deus ordenou a Moisés que construísse um santuário e o instalasse no meio do arraial. Além da parte litúrgica que envolveria as atividades no santuário, era objetivo do Criador fazer deste santuário para que Eu “possa andar no meio deles”. E o texto bíblico afirma: “E porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma de vós não se enfadará. E andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo” (Levítico 26:11 e 12). Como pode um Deus santo habitar no meio de pecadores? E ainda promete: “Não Me aborrecerei de vocês”.
Era propósito de Deus manter com o Seu povo um relacionamento parecido como que Ele tinha com Adão e Eva no jardim do Éden, onde todas as tardes Ele passeava com o casal. Como aconteceu no Jardim do Éden onde um cordeiro morto restituiu o relacionamento entre Criador e criatura, no santuário terrestre ocorreria o mesmo.
Ao afirmar que “não mais Me aborrecerei de vocês” Deus estava dizendo que quando o pecador recorresse ao santuário e arrependido oferecesse um cordeiro, o seu pecado seria perdoado e, ele não era mais um pecador, e Deus Se sentiria à vontade em estar com essa pessoa, pois o relacionamento foi restaurado.
Quando conhecemos a Cristo passamos a andar, como disse Paulo, “assim andemos nós também em novidade de vida” (Romanos 6:4). Perseguindo esse ideal vamos aprimorando o nosso relacionamento com Cristo e, assim, nos manteremos próximo do que será na eternidade.
Segunda-feira: Pecado, sacrifícios e aceitação (Hebreus 9:22)
Dentro da arca no santíssimo estava as tabuas da lei de Deus. E a tampa da arca era o propiciatório onde uma vez no ano o Sumo sacerdote oferecia o sacrifício de um bode pelos seus pecados e pelos pecados que os israelitas cometeram durante o ano. Dentro da arca estava a Lei de Deus exigindo a morte do pecador. Os sacrifícios substituíam a morte deste pecador.
João afirma que pecado é a transgressão da lei: “Todo aquele que pratica o pecado transgrede a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei” (1 João 3:4). E Paulo afirma que o pecado acarreta a morte do pecador: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23). Estes servos de Deus apenas repetiram as palavras de Deus a Adão e Eva no jardim do Éden: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:16 e 17).
O pecador arrependido confessava o seu pecado e para obter o perdão oferecia um sacrifício. Era uma cerimônia solene e Deus aceitava a sua confissão. A Bíblia afirma: “e o sacerdote tudo isto queimará sobre o altar; holocausto é, oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor” (Levítico 1:13). A Bíblia ao dizer que o sacrifício era “cheiro suave ao Senhor” (Levítico 1:9) não quer dizer que Deus se comprazia na morte do animal, mas que o sacrifício representava mais um pecador arrependido que voltava para os braços do Pai. É a Bíblia que afirma: “Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se” (Lucas 5:7).
Terça-feira: A substituição
Certa vez encontrei com um senhor que, com um cigarro aceso na mão dizia: “Eu fumo, bebo, participo de noitadas e estou salvo porque Jesus morreu em meu lugar para perdão de todos os meus pecados. Essa é uma compreensão muito limitada da substituição Cristo ao morrer pelo pecador. Ele se esqueceu de que a pessoa que aceita o sacrifício de Cristo passa a “viver em novidade de vida” (Romanos 6:4).
Antes da criação do homem dotado de livre arbítrio Deus tinha um plano B caso o homem pecasse. “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pedro 1:19 e 20).
A Bíblia afirma que Jesus Se ofereceu para substituir eu e você das consequências do pecado que é a morte. Por coincidência estou escrevendo este comentário durante a Páscoa, dias em que os cristãos comemoram a morte de Cristo. Não sei se todos compreendem que o real motivo de Jesus ter morrido foi para que todos os que aceitarem o Seu sacrifício sejam poupados da morte eterna.
Apenas o sangue vertido de um ser justo poderia substituir o sangue de um pecador. A bíblia afirma: “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22).
Quarta-feira: O Sumo Sacerdote da nova aliança
Desde o Éden os pecadores arrependidos ofereceram sacrifícios de animais que, segundo a Bíblia, substituíam a morte destinada aos pecadores. O serviço sacerdotal foi instituído logo que a lei foi entregue no Sinai. Quando dentro da arca no lugar santíssimo ela exigia a morte do transgressor, a morte de um cordeiro satisfaria essa exigência. Existia algumas exigências para alguém ser ungido a sacerdote. O homem não poderia ter defeito físico, como os animais oferecidos também. O sacerdote tinha que ser da tribo de Levi.
Os sacerdotes atuavam no santuário com sangue de animais, o que não acontece com Cristo que entrou no santuário celestial usando o Seu próprio sangue vertido no Calvário. O santuário onde Jesus assumiu o Seu sacerdócio, diz a Bíblia, “não foi feito por mãos de homens” (Atos 17:24).
Jesus fez o sacrifício máximo em favor do pecador e foi esse sacrifício que O credenciou a assumir as Sua função intercessora no santuário celestial. O sacerdócio exercido no santuário terrestre era apenas sombra do verdadeiro e original. É nesse aspecto que a Bíblia fala: “Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo” (Hebreus 10:9).
Alguns aplicam esse texto para pregar a nulidade do Velho Testamento, e que a salvação antes baseada na lei agora é apenas pela graça, pois a lei foi abolida. Sabemos que não tem nada a ver uma coisa com a outra. Se existe a intercessão de Jesus no santuário celestial, Ele só pode estar intercedendo em favor de alguém que transgrediu a lei. E se não houvesse lei não seria necessário a salvação e muito menos pela graça. Jesus é o Sumo Sacerdote da nova aliança. Lembrando que em todos os momentos que Deus renovou a Sua aliança com o Seu povo, era lembrado que um dia Jesus viria como o Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo.
Quinta-feira: Ministério celestial (Hebreus 9:24)
Com a morte de Jesus, o pecador não fica mais à mercê do inimigo. Ele tem a quem recorrer em caso de cometer pecado. E o escritor de Hebreus é enfático ao afirmar: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus 4:16).
É superinteressante o que Paulo escreveu a Timóteo: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” (1 Timóteo 2:5 e 6). Desde o Éden até os nossos dias o único meio de salvação é Cristo Jesus. Deus não teve um método de salvação diferente antes de Cristo. Todos os sacrifícios feitos desde o Éden até a cruz, eram sombras do que Jesus faria no Calvário.
Quem está diante de Deus intercedendo por nós é alguém que passou por este mundo e aprendeu o que é padecer em favor do pecador. Ele comparece diante do Pai apresentando o Seu sangue vertido na cruz e não como diz: “porque é impossível que o sangue de touros e bodes remova pecados” (Hebreus 10:4).
A nota da lição esclarece: “Jesus não apenas pagou a penalidade pelos nossos pecados, tendo-os levado sobre Si na cruz (ver 1 Pedro 2:24), mas agora Ele está na presença de Deus, como Mediador entre o Céu e a Terra, entre a humanidade e a Divindade.” (Lição do Professor, p. 141).
Sexta-feira: Estudo adicional
Nenhum ser criado poderia salvar o homem e, sendo Deus eterno, Ele deveria assumir a forma humana e viver entre nós, e foi isso que Jesus fez. Ele reuniu as credenciais para nos representar diante de Deus no santuário celestial. E Lucas afirma: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).
Hoje muito se fala da salvação pela graça e pouco se fala do santuário celestial, onde Jesus está exercendo o Seu ministério em nosso favor. Ninguém terá o perdão de Seus pecados sem adentrar o santuário celestial. E Paulo nos exorta: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus 4:16).
A Bíblia afirma que Jesus não permanecerá para sempre intercedendo pelo pecador no santuário celestial. Pouco antes de Sua volta a este mundo Ele vai depor as Suas vestes sacerdotais e envergar as Suas vestes de Rei dos reis e juiz. Ele então apresentará para o Universo todos os que recorreram ao Seu sacrifício para se salvarem.
Nos dias do santuário terrestre o pecador arrependido, depois de ofertar o seu sacrifício e confessar o seu pecado, ele era visto por Deus como se nunca tivesse pecado. É isso que Ele nos oferece hoje. Quando recorremos a Ele no Santuário celestial Ele nos acolhe e lança os nossos pecados nas profundezas do mar (Miquéias 7:19).
18 de junho de 2021 às 08:00 #17062Lição 12: Fé da aliança
Sábado: Fé da aliança
Se tinha um povo que poderia se orgulhar de sua religiosidade era o povo de Éfeso. Eles tinham o maior templo do mundo dedicado à sua deusa Diana. Diz o relato histórico que “O edifício ficava em um lote de cerca de um hectare. Ao seu redor, havia 127 colunas sustentando-o, cada uma com 6 metros de espessura e 37 de altura.”, relata o pastor evangélico George Wood. Para estes irmãos oriundos de uma crença de que suas magnificas obras os validavam junto aos seus deuses, Paulo notando que essa postura começava a influenciar os irmãos em Éfeso, ele foi claro: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8 e 9).
A salvação é dom de Deus, e para aceitar esse dom é necessário exercitar a nossa fé. E como modelo de fé a lição nos apresenta Abraão. O que Deus pediu para Abraão não foi coisa fácil. Acomodado em sua terra natal, com suas propriedades em franco progresso, Deus o chama para ser um andarilho, rumo a uma terra que apenas Deus sabia onde estava. Mas ele “saiu sem saber para onde ia”. A fé apresentada por Abraão é algo que nos desafia. Mas é uma fé semelhante que nos vai habilitar para o Céu.
Em sua jornada rumo a terra prometida, Abraão confiou inteiramente em Deus. Foi essa fé exercitada desde a sua mocidade que o levou a responder a difícil pergunta de Isaque: ‘Onde está o cordeiro?” E a resposta veio sem esboçar dúvida: “Deus proverá.”
A promessa de que o Cordeiro de Deus viria ao mundo e seria oferecido no altar do Calvário para salvação de todos os que Nele cressem permeava todas as renovações da aliança proposta por Deus no Éden. Temos que aceitar a grande verdade que as nossas justiças são “trapos de imundícias”. Uma fé inabalável no Jesus que selou a sua aliança conosco no Calvário é o nosso único meio de escape.
Domingo: Reflexões sobre o Calvário
A lição de hoje não tem nenhuma pergunta a não ser a que se encontra no rodapé da página. Parece que a intensão do autor é nos conduzir a uma meditação mais profunda sobre o Calvário e tudo que o envolve. A lição fala que todos nós temos uma dívida para com a lei de Deus. E o autor acrescenta: “Só os que não entendem a gravidade do pecado creem que Deus teria obrigação de nos salvar. Ao contrário,” afirma o autor e acrescenta: “Se existe uma obrigação é a nossa dívida para com a lei transgredida.” Essa dívida está fora do nosso alcance e Jesus a assumiu por nós.
Quanto amor o Calvário nos revela. Um Deus santo, inculpável abriu mão de Sua glória e se propôs assumir a morte de cruz, sendo antes chicoteado, escarnecido, cuspido e humilhado, sim, é Esse Cordeiro que Se apresenta no topo do Calvário, e de braços abertos nos convida para a salvação. É esse Deus que manifesta o Seu desejo de que “todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4).
No Calvário Jesus concretizou tudo que a Seu respeito foi prometido nas diversas vezes que Deus renovou a Sua aliança com o Seu povo. Ali o tipo encontrou o Antítipo. Ali o que era sombra se transformou em luz. Na nota da lição Ellen G. White apresenta algumas de suas citações sobre o Calvário. Compensa conferir.
Segunda-feira: A aliança e o sacrifício
A nossa dívida contraída pelo pecado é impagável com o uso de tesouros terrestres. Conforme palavras de Pedro, prata e ouro não são capazes de nos livrar da dívida. A Bíblia declara que: “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22).
Para que a aliança de Deus com Seus filhos fosse restabelecida tinha que ser resolvido o problema do pecado. Sem a solução deste problema toda a raça humana seria eliminada para sempre. A Bíblia declara: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Neste verso a Bíblia apresenta o resultado do pecado culminando com a morte eterna do pecador, mas ao mesmo tempo apresenta a alternativa do Céu para evitar o extermínio do ser humanos.
Essa possibilidade de perdão e consequente vida eterna é oferecida a todo o pecador. É apenas uma questão de aceitar ou recusar o sacrifício de Cristo em nosso favor. Para muitos aceitar esse favor imerecido é sinal de fraqueza e desprezam a última chance oferecida pelo Céu. Há poucos dias li comentários de algumas pessoas criticando uma mulher porque ela pediu orações para o seu namorado que se encontrava grave com covid. Fatos assim mostram como a rejeição do plano divino de salvação é recusado por milhares no mundo.
O preço do pecado é a vida do pecador, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna oferecida a todos os seres humanos. É apenas uma questão de aceitar ou recusar.
Terça-feira: A fé do patriarca Abraão: parte 1
Por várias vezes, durante este trimestre, estudamos sobre a vida de Abraão, e mais uma vez vamos recordar alguns aspectos de sua vida. O estudo de hoje começa com a enfática afirmação: “Abraão creu no Senhor.” Essa é uma declaração pouco vista na prática nos dias de hoje. Mesmo nós que, no meu caso que fui criado com a Bíblia nas mãos, essa crena em Deus nos moldes de Abraão deixa a desejar.
A crença de Abraão em Deus não era algo que se alterava de acordo com as circunstâncias. Era uma fé sólida e inabalável, provada várias vezes ao longo da vida do patriarca. Não sei qual das provas foi a mais forte, sair de sua terra natal, deixando para trás a sua família, os seus amigos e o seu torrão natal em busca de um lugar que ele mesmo não sabia onde ficava e se existia de verdade; ou se foi a prova do monte Moriá em que Deus exigia que ele sacrificasse o seu filho. Em todos esses momentos podemos ver algo de especial na vida deste patriarca: “Abraão creu no Senhor”.
Essa crença inabalável em Deus levou Abraão a ações ousadas e impensáveis para nós mortais. A Bíblia é clara que ao Deus pedir para que ele saísse de sua terra e de sua parentela, ele não questionou nada e “saiu sem saber para onde ia.” A fé vivida por Abraão lhe proporcionou forças para atender as exigências do Céu. E essa disposição em fazer a vontade de Deus lhe foi imputada como justiça. Deus prometeu e Abraão pela fé obedeceu.
Quarta-feira: A fé do patriarca Abraão: parte 2
“E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça” (Gênesis 15:6). Abraão não merecia o título de justo. Ele mentiu algumas vezes e aceitou a proposta de Sara para ajudar a Deus cumprir a promessa de um filho feita ao casal. Mas Deus viu na vida deste servo uma vontade imensa de fazer o Seus querer. Pela lei Abraão era pecador e a lei lhe imputava a pena de morte. Mas Deus reverteu essa pena de morte e lhe imputou justiça. Deus o considerou justo pela fé que ele exerceu em Suas promessas.
A nota da lição nos ajuda a entender a graça divina: “A maravilhosa verdade – de que somos declarados justos, não por causa de nossos atos, mas unicamente pela fé no que Cristo fez por nós – é a essência da expressão “justificados pela fé”. Não temos justiça a apresentar. Isaías fala que a nossa justiça “é trapo de imundícia”. Mas quando aceitamos o sacrifício de Cristo na cruz ´Ele nos imputa a Sua justiça. Isso é algo maravilhoso.
O pecador que arrependia de seu pecado e procurava o sacerdote em busca de perdão, oferecia um animal. É interessante que a oferta de que tipo de animal seria oferecido tinha a ver com o pecado cometido e a situação financeira do ofertante. Além desses cuidados, Deus orientou claramente o que o sacerdote deveria fazer com o sangue e com o animal sacrificado. O sacrifício ofertado por um pecador era algo bastante sério e deveria seguir as orientações divinas de como fazê-lo pois, ele representava Cristo, o Cordeiro de Deus.
É interessante que durante a viagem de Abraão rumo a terra prometida, em cada parada que ele fazia era construído um altar. Assim, qualquer pessoa que desejasse sair de Ur dos caldeus e se dirigir à terra de Canaã era só seguir os altares construídos por Abraão. Deus espera que em nossa viagem para o lar celestial construamos marcos que facilite o caminho para aqueles que vem depois de nós.
Quinta-feira: Descansando nas promessas
Uma vida livre do peso dos pecados cometidos. Essa é a promessa de Deus para todos os pecadores que aceitam o sacrifício de Jesus na cruz. Mas no cristianismo de hoje, muitos acreditam que os nossos pecados são pagos e não perdoados. Esse pagamento se faz, segundo acredita, por sucessivas reencarnações ou pelo sofrimento e sacrifícios voluntários com o propósito de amortecer a sua conta para com Deus.
As passagens bíblicas agendadas para hoje afirmam que a nossa salvação acontece, não pelos nossos méritos, mas pelo sacrifício de Cristo na Cruz. Essa é uma verdade que todo o ser humano deve conhecer. Quantos corações turbados por aí, vagando sem Deus e sem esperança. Falando de nossa salvação e da ressurreição dos justos Paulo nos adverte: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (1 Tessalonicenses 4:18).
Há poucos dias ouvi de um famoso palestrante católico de que todo o ser humano passa pelo purgatório e, só depois de purgar ali os seus pecados é que irão para o Céu. As pessoas que estão lá tem s seus pecados pelo sofrimento próprio ou pela intercessão dos vivos aqui na Terra. A Bíblia firma que com a morte encerra todo o processo salvífico do ser humano. Diz Paulo que, enquanto estivermos vivos, temos que “desenvolver a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2:12 e 13).
Aqueles que confiam nas promessas bíblicas do perdão descansam na paz que apenas Jesus pode proporcionar.
a sua pátria. Nós vamos retornar à nossa pátria pelos méritos do sangue de Cristo.Sexta-feira: Estudo adicional
Em todos os momentos em que Deus procurou renovar a Sua aliança com o ser humano Ele deixou claro que cabe a nós desenvolvermos fé em Suas promessas. Desde Adão até os nossos dias a salvação é oferecida, única e exclusivamente, pelo sacrifício de Cristo na cruz. Tem pessoas que acreditam que antes de Cristo a salvação era outorgada pela obediência a Lei de Deus e que, agora é oferecida por Cristo. Creiamos, a salvação desde que surgiu o pecado é oferecida unicamente por Cristo.
No verso principal da lição Paulo nos adverte: “E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé” (Gálatas 3:11). Na aliança está explícita a promessa de Deus de salvação para toda a humanidade que aceitar o sacrifício de Cristo, o “Cordeiro de Deus morto desde a fundação do mundo”.
A nossa salvação não depende de sofrimentos e provações que tenhamos experimentado como aconteceu com o guerreiro de Tróia que, depois de muito sofrimento os deuses lhe permitiram retornar a sua pátria. Nós vamos retornar à nossa pátria pelos méritos do sangue de Cristo.
25 de junho de 2021 às 08:00 #17064Lição 13: A vida na nova aliança
Sábado: A vida na nova aliança
Estamos concluindo o estudo do trimestre durante o qual o Senhor nos mostrou o Seu empenho em nos salvar. Das muitas coisas que aprendemos foi ressaltada a paz que envolve aqueles que depositam em Deus a sua esperança. Desde que começou a pandemia temos notado o testemunho de pessoas angustiadas fazendo interrogações sobre tudo o que está acontecendo. Um manto de angústia e apreensão envolve a humanidade. Felizmente a Bíblia nos oferece luz sobre esse momento. Falando dos sinais que anunciarão a breve volta de Jesus a Palavra diz: “Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu” (Lucas 21:11).
Mesmo acossados por tribulações e momentos de provações os que confiam no Senhor permanecem tranquilos e seguros diz a Palavra: “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre” (Salmos 125:1). Essa é a vida de uma pessoa que aceita os termos da nova aliança.
A vida dos que aceitam os termos da nova aliança é repleta de bênçãos que apenas a comunhão com Cristo pode oferecer. Jesus é a fonte de vida e vida com abundância. Disse Ele: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância” (João 10:10).
Não tem como ser diferente com os que estão em Cristo Jesus. A nova aliança que é a confirmação da promessa de Deus lá no Éden é real para nós. Enquanto no passado os pecados eram perdoados quando o pecador punha as suas mãos sobre o cordeiro a ser imolado, confiando que um dia Jesus viria dar a Sua vida em nosso favor, a nova aliança torna aquelas expectativas em realidade.
Domingo: Alegria
João inicia a sua primeira carta esclarecendo que Jesus Se tornou real entre nós. Ele afirma que temos visto, ouvido e que as “nossas mãos tocaram a Palavra da vida. Parece que a sua intensão era tornar a presença de Jesus bem real na vida de seus ouvintes e, quando isso acontecesse, eles seriam tomados de uma grande alegria. Assim se expressa o apostolo: “Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra” (1 João 1:4).
Não há motivos para quem está alicerçado na promessa da nova aliança viver tristonho ou preocupado com as coisas desta vida. Nesse momento me vem a lembrança de uma historinha que ouvi na minha infância. Uma família cristã vivia em uma fazenda. Lá existia um burro que, normalmente, estava de pé com a cabeça voltada para o solo. Um garotinho disse: “O nosso burrinho não está indo para o Céu, pois ele está sempre triste”.
Realmente esse não é o perfil daqueles que estão caminhando rumo a Canaã celestial. Não se sabe quem escreveu o hino 490 (“Caminhando”, do Hinário Adventista). Mas o hino retrata a alegria de quem aceitou o convite de Cristo e abraçou as promessas da Nova aliança. Diz a primeira estrofe: “Alegre eu já vou para o lar celestial, caminhando, caminhando; pois não me encanta mais o prazer terrenal; caminhando para aquele lar”.
Segunda-feira: Livres da culpa
A história fala de Charles Ray Finch, um homem que, depois de ser condenado à morte, lutou por 43 anos para provar a sua inocência. E aos 81 anos de idade foi finalmente libertado. Podemos imaginar a sua emoção de se sentir livre não só da prisão, mas do estigma de um crime que ele não cometeu. O caso é parecido conosco com a diferença que Charles provou que era inocente e nós, realmente merecedores da morte eterna, fomos perdoados.
Escrevendo aos Filipenses, Paulo fala dessa maravilha de sermos filhos de Deus e inculpáveis. Diz o texto: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Filipenses 2:15). Esse título de “inculpáveis” nós não merecemos, ele nos é outorgado quando aceitamos o sacrifício de Cristo em nosso favor.
Podemos imaginar o alívio que sentiu o ladrão na cruz ao ouvir de Jesus “te digo hoje, estarás comigo no paraíso”. Mesmo pendurado na cruz, sofrendo as dores da morte e depois tendo as suas pernas quebradas, o seu coração desfrutava de uma leveza que só o perdão oferecido por Cristo pode proporcionar. Que exclamemos como Davi: “Grande paz têm os que amam a tua Lei: para eles não há tropeço!” (Salmos 119:165).
Terça-feira: Nova aliança e novo coração
Na primeira nota do estudo de hoje temos este comentário do autor: “Nas lições anteriores deste trimestre vimos que, na nova aliança, o Senhor põe a lei em nosso coração (ver Jeremias 31:31 a 33). Não apenas a lei está em nosso coração, mas de acordo com os textos de hoje, Cristo também está, e isso faz sentido, pois Cristo e Sua lei estão intimamente ligados” (Lição do professor, p. 165).
Lembram que comentei em lições anteriores que ao receber a lei no Sinai, No mesmo instante, Deus orientou que Moisés construísse o santuário e que as transgressões da lei poderiam ser perdoadas no santuário, por meio do sacrifício de um cordeiro, cerimônia oficiada pelo sacerdote. O simples fato de os israelitas ver um animal inocente morrer em seu lugar, levaria cada pessoa a fugir do pecado. Paulo faz essa exclamação: “que é Cristo em vós, esperança da glória” (Colossenses 1:27).
Antes da lei estar gravada em nosso coração algo de especial deve acontecer veja: “Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações” (Efésios 3:17). Cristo morando em nosso coração nos oferece a força necessária para observarmos a Sua lei. Aquele que tem Cristo no coração, diz o texto bíblico: “Aquele que roubava não roube mais” (Efésios 4:28). Na nova aliança Cristo é o Cordeiro de Deus sendo oferecido no Calvário, pondo um ponto final não na lei dos dez mandamentos, mas na lei cerimonial. Após a ascensão de Jesus ao Céu, o santuário terrestre deixou de existir. Cristo é o Sacerdote e ao mesmo tempo o sacrifício e faz ali a intercessão por cada pecador arrependido.
Quarta-feira: Nova aliança e vida eterna
Ontem estudamos sobre Nova aliança e coração, hoje o estudo é Nova aliança e vida eterna, e amanhã estudaremos Nova aliança e missão. O autor da lição achou por bem finalizar o estudo deste trimestre ligando a as bênçãos que a aliança nos proporciona ao nosso dever de anunciar esta mensagem para o mundo.
Estudamos durante o trimestre que o sonho de Deus é restaurar o jardim do Éden criando um novo Céu e uma nova Terra e colocando o homem novamente no paraíso. Para que isso aconteça, Deus colocou em ação o plano da redenção. Esse plano centralizado na morte de Cristo, o Cordeiro de Deus, desde Adão até o Calvário foi apresentado ao homem em vários momentos, para que o pecador arrependido pudesse ter os seus pecados perdoados e a certeza de que Deus estava sempre atendo em redimir o pecador.
Desde que o homem perdeu o Éden é propósito da trindade devolver não só o Éden, mas lhe agraciar novamente com a eternidade. Vida eterna e abundante. Vida junto com Jesus e os anjos. Costumo dizer que não me interessa as ruas de ouro da nova terra e nem os seus portais de pérolas. Pois se estamos com Jesus, creio, não haverá tempo e nem interesse em desviar a nossa atenção. Vida eterna! Que vida! Em um lugar onde “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Coríntios 2:9). Quantas surpresas nos esperam! Pela graça de Deus eu quero estar lá.
Quinta-feira: Nova aliança e missão
Não existe maior presente do que a eternidade que Deus espera nos outorgar. É um privilégio nascer em Cristo. Ter um novo coração e uma nova maneira de pensar. Ter um sonho em mente, morar para sempre com Jesus, o Autor e consumador de nossa fé. Hoje mesmo atordoados por epidemia, lutas e aflições, continuamos caminhando firmes, semelhante ao Abraão de outrora, rumo a nossa Canaã celestial.
Comentaristas afirmam que ao longo do caminho de Abraão, centenas de pessoas, ao conhecerem a sua história, foram tocadas pelo seu testemunho de fé e se juntaram a ele, sonhando o mesmo sonho e vivendo a mesma fé.
Esse mesmo quadro Deus espera ver acontecendo em cada um de nós. Ele espera que a nossa alegria nas promessas da nova aliança contagie outras pessoas e seja o mais forte apelo para que elas se juntem a nós. Esse propósito de Deus se firma em dois aspectos: o primeiro é que como pecadores resgatados e envolvidos nas promessas da nova aliança temos muito o que contar para os que estão ao nosso redor. E, em segundo lugar, Deus sabe que essa nossa participação vai nos fortalecer ao longo do caminho.
O recado de Deus para nós é o mesmo que Jesus deu ao homem liberto dos demônios da terra dos gesarenos: “E aquele homem, de quem haviam saído os demônios, rogou-lhe que o deixasse estar com ele; mas Jesus o despediu, dizendo: Torna para tua casa, e conta quão grandes coisas te fez Deus. E ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito” (Lucas 8:38 e 39). Vai e conta quão grandes coisas Deus fez por ti.
Sexta-feira: Estudo adicional
A proposta de aliança que Deus propôs ao homem lá no jardim do Éden e que com o passar dos anos Ele foi renovando com os Seus filhos é o único caminho para a salvação. Podemos até ligar o estudo deste trimestre com o do próximo, pois quem aceita os termos da aliança desfruta de uma paz que o mundo não dá. Jesus ´foi e é o penhor desta aliança. Ele foi prometido no Éden como o Cordeiro de Deus que viria para tirar o pecado de todos aqueles que O aceitam como Salvador. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).
A nova aliança é o cumprimento das promessas de Deus apresentadas ao homem no Éden, a Noé, a Abraão, no Sinai e, por fim no Gólgota onde a promessa se cumpriu de maneira cabal e completa. Ela é caracterizada por um profundo desejo do pecador de obedecer a lei eterna de Deus. Esse desejo leva o pecador a tê-la escrita no coração. Ou seja: quem aceita o sacrifício vicário de Cristo mantem m desejo profundo de atender aos reclamos de Sua lei.
Aceitando o Cordeiro da aliança, o pecador passa a desfrutar de inúmeras bênçãos. Entre elas a lição desta semana destaca quatro. João inicia o seu evangelho mostrando o que Jesus fez por nós. Deixou a Sua glória Se revestiu de nossa humanidade, para cumprir o que Deus havia prometido lá no Éden. Tal atitude nos enche de alegria pois não estamos mais mortos, mas vivificados em Cristo.
Essa alegria se fundamenta na premissa que uma vez aceitando Cristo estamos livres da culpa que nos condenava à morte. O nosso coração de pedra foi transformado em um coração de carne sensível ao amor de Deus. O objetivo da nova aliança é nos proporcionar vida eterna, e essa é uma dádiva que Deus espera que todos os participantes da nova aliança a reparta com toda a humanidade.
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