O Livro de Atos dos Apóstolos
Este tópico contém 7 respostas, possui 1 voz e foi atualizado pela última vez por Agência T7 4 anos, 6 meses atrás.
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1 de julho de 2018 às 09:00 #12643
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27 de julho de 2018 às 16:13 #12646Lição 3: A vida na igreja primitiva
1. A lição dessa semana nos ensina a cultivar um novo relacionamento com Deus, com nossa comunidade e a viver e compartilhar nossa fé.
2. Inicialmente vamos procurar identificar a igreja primitiva, descobrir seus aspectos distintivos, sua visão de futuro e seu modus operandi.
3. Seus aspectos distintivos estão estampados nos versos para memorizar: Atos 2:46 e 47.
4. O primeiro aspecto distintivo da igreja primitiva foi a presença do Espírito Santo. O Espírito Santo guiava a igreja indivíduo e a igreja comunidade. Os discípulos se uniram em oração pedindo a presença do Espírito Santo e Deus ouviu suas orações. Os discípulos passaram a viver sob a influência e direção do poder divino.
5. O Espírito Santo impressionava os discípulos quanto ao modo de viver e pregar o evangelho. Quanto ao modo de viver não tinham mais apego a nada do mundo, compartilhavam todos os seus bens. Isso produziu um profundo senso de unidade e um extraordinário exemplo de amor cristão.
6. Quanto ao modo de pregar o evangelho, isso ocorria através do exemplo pessoal e da exposição da Palavra de Deus.
7. O livro de Atos (2:42) descreve a igreja cristã com essas palavras: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Quatro itens que podem ser resumidos em duas palavras: ensino e comunhão.
8. Quanto ao ensino eles destacavam cinco temas: 1) Jesus era o Messias, 2) Ele morreu e ressuscitou, 3) Ele foi exaltado no céu, 4) Ele voltará, 5) O arrependimento é necessário para o perdão dos pecados.
9. Percebam que a cruz, a ressurreição e o retorno de Cristo era a mensagem Central da igreja primitiva. Ao lado da exposição desses temas estava um forte senso de urgência.
10. O ensino com autoridade, acompanhado por sinais e prodígios, validava a fé e produzia milhares de decisões.
11. A visão de futuro da igreja também merece destaque. Eles acreditavam que o fim estava próximo e que a tarefa mais importante a fazer era pregar o evangelho. O maior desejo da vida dos discípulos era a volta de Jesus e eles estavam dispostos a qualquer sacrifício por amor a essa causa. A vida dos cristãos no primeiro século d.C. podia ser resumida em uma frase: Ser e Fazer Discípulos.
12. O modus operandi nos dias dos discípulos era totalmente diferente do nosso. Hoje, realizamos múltiplas tarefas, gastamos inúmeros recursos e desprendemos muita energia a fim de pregar o evangelho, os crentes da igreja primitiva utilizavam seus recursos para manifestar compaixão e toda energia para transformar seus dons e talentos em ministérios contínuos.
13. Outro aspecto que merece destaque no modus operandi da igreja primitiva era o forte entusiasmo aliado com a realização de milagres. Essas dois argumentos não podiam ser contestados.
14. Quando Pedro e João foram ao templo e curaram o coxo de nascença esse milagre impressionante oportunizou a pregação do evangelho.
15. Algumas igrejas evangélicas são criticadas por que pregam o evangelho e não realizam milagres, no entanto, na igreja primitiva os milagres não foram realizados para validar o evangelho, mas para oportunizá-lo.
16. Deixem-me apresentar uma aspecto contundente: A autoridade da Palavra não depende de sinais e prodígios, mas os sinais e prodígios dependem da autoridade da Palavra. Isso quer dizer que os sinais e prodígios que algumas igrejas realizam não passam de uma grande farsa, pois os mesmos se apresentam dissociados da autoridade da Palavra.
17. A cura do coxo deixou todo o povo admirado e curioso. Pedro aproveitou a oportunidade para declarar que Cristo era o verdadeiro autor do milagre e aproveitou a oportunidade para apresentar o plano da salvação.
18. A cura do coxo se tornou um forte argumento em favor da pregação do evangelho porque ninguém podia questionar o evangelho diante de um fato incontestável.
19. Mas a cura do coxo suscitou oposição por parte de dois grupos.
20. Os saduceus que não acreditavam na ressurreição. Com isso negavam a ressurreição de Jesus e tornavam nulo um dos ensinos preciosos do evangelho.
21. E os fariseus, que não aceitavam a Jesus como Messias porque Ele contrariou suas tradições e expectativas.
22. Eles não acreditavam em Jesus, mas os discípulos em nome de Jesus tinham curado um coxo de nascença.
23. Deve ter sido com base nesse contexto que um membro do próprio sinédrio, por nome Gamaliel, pediu que o grupo tivesse cautela quanto ao modo de agir.
24. Mas, mesmo a oposição, trouxe benefícios para a causa do evangelho. Os discípulos tiveram que fugir para outras regiões e essas regiões tomaram conhecimento do evangelho. Essa fuga dos discípulos para outras regiões recebeu o nome de diáspora (fuga) e o que parecia uma grande derrota tornou-se uma grande vitória para a propagação do evangelho.
25. Diante da oposição dos fariseus e saduceus e do pedido pra que os discípulos ficassem em silêncio, Pedro, num gesto de coragem e eloquência, contestou esse pedido declarando que convinha a eles obedecer antes a Deus do que aos homens.
26. Mas, se por um lado o Espírito Santo imprimia convicção, por outro lado o inimigo tentava depreciar a importância da lealdade a Deus.
27. O inimigo fez isso quando incutiu o engano no coração de Ananias e Safira.
28. O problema fundamental de Ananias e Safira foi inserir o engano e a mentira no contexto da comunidade.
29. A Bíblia fala em dois tipos de pecados: voluntários e involuntários. João afirma que para os pecados voluntários não resta sacrifício (I João 5:16 e 17). Nem por eles se deve rogar. No Antigo Testamento não havia sacrifício para pecados voluntários, também chamados de pecados de rebelião.
30. Os pecados voluntários são aqueles que são cometidos para fazer oposição a Deus.
31. O pecado de Ananias e Safira foi voluntário e poderia depreciar a importância da lealdade ao evangelho. Por isso o Espírito Santo aplicou juízo imediato.
32. Em Atos 4:36 e 37 a experiência de Barnabé é contrastada com a de Ananias e Safira. Os três decidiram doar um dos seus bens para ajudar na pregação do evangelho. Enquanto Barnabé honrou seu voto, Ananias e Safira resolveram enganar os líderes entregando uma quantia inferior ao preço da venda.
33. A gravidade do que eles fizeram está citada em Atos 5:3 e 4: “…não mentiram aos homens, mentiram ao Espírito Santo”. Eles desprezaram a última instância da graça.
34. Podemos concluir que Deus tem zelo por Sua Igreja. Quem quer que se levante contra ela se levanta contra Deus.
35. No livro de Atos dos Apóstolos temos essa citação: “Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre o qual Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual se deleita em revelar Seu poder de transformar corações.”
36. Como Igreja precisamos tirar lições do passado. Estamos vivendo em dias emprestados. O mesmo Espírito que se manifestou no início da igreja primitiva haverá de se manifestar outra vez para que a igreja cumpra a missão que lhe foi confiada.
37. Quando o povo de Deus se unir em oração e amor pedindo a presença do Espírito Santo, Deus ouvirá essa oração, e Seu povo com autoridade e poder completará a missão.- Por que devemos cuidar para não exceder os limites da graça, como esses dois membros da igreja primitiva fizeram?
- Quantas lições vocês aprenderam da lição dessa semana?
- Quais fatores fortalecem ou enfraquecem as relações comunitárias?
- Como podemos fazer parte do corpo de Cristo, apesar das adversidades e das tentações?
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Agência T7.
27 de julho de 2018 às 16:14 #12647Lição 4: Os primeiros líderes da igreja
1. Em todas as épocas da triste e contraditória história humana, Deus tem tido Suas testemunhas.
2. “A igreja é o instrumento apontado por Deus para salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo” (AA p. 9).
3. Embora as igrejas templos ou prédios, ocupem em nossos dias, mais proeminência do que as igrejas indivíduos, Deus escolheu foi pessoas para realizar a tarefa mais solene da terra, que é a pregação do evangelho.
4. O processo de escolha de Deus destoa do padrão humano. Encontramos na Bíblia vários exemplos do modo como Deus escolhe e utiliza pessoas.
5. Nos primórdios da igreja cristã não foi diferente. Jesus escolheu homens simples no lugar dos líderes judeus. Escolheu pessoas humildes e moldáveis para gerenciar o seu projeto.
6. Um fiel exemplo disso vemos no Pentecostes quando Deus usou judeus helenistas para proclamar o evangelho.
7. Seria como dizer que Deus escolheu cristãos de outra denominação para pregar o evangelho em nosso lugar.
8. Os judeus helenistas apresentavam vantagens e desvantagens para executar o plano de Deus.
9. As desvantagens: não conheciam todas as doutrinas e não falavam o idioma popular – o aramaico.
10. As vantagens: Eram menos preconceituosos e estavam mais dispostos a compreender o caráter inclusivo dá fé cristã.
11. No início essas diferenças trouxeram certas desavenças, mas logo essa desavenças foram superadas pelo êxito das campanhas evangelisticas e pelo número crescente de novos conversos.
12. Surgiu então outra desavença – no âmbito social – envolvendo os cristãos helenistas. Eles alegaram que suas viúvas estavam sendo discriminadas. Seria como dizer hoje que o Serviço Social Adventista (ASA) não estava fornecendo auxílio para determinado grupo de cristãos carentes.
13. Pelo desdobramento do problema se percebe que era mais uma questão de gestão do que de discriminação.
14. Seja como for, nesse momento inicial da igreja, qualquer tipo de desavença seria contrário ao espírito evangelho.
15. Uma das principais armas do diabo contra a igreja de Deus é a desavença.
16. Toda desavença produz desunião e inimizade. A inimizade destrói o relacionamento e se transforma em mal testemunho, e o mal testemunho enfraquece a pregação do evangelho.
17. A mão do diabo estava operacionalizando essa desavença.
18. As duas principais frentes de trabalho Evangelístico na época era ação social e pregação do evangelho.
19. Quem cuidava da ação social deveria suprir as necessidades da comunidade no sentido físico e intercessor.
20. Quem cuidava da pregação do evangelho não deveria se envolver com outras atividades.
21. É fácil perceber que o plano do diabo era provocar desunião e distrair o pregadores desviando-os do foco principal que era a pregação da palavra.
22. O Espírito Santo destruiu os planos do diabo. A igreja aprimorou sua gestão e distribuiu melhor a aplicação e o uso dos seus dons e talentos.
23. Os dons foram transformados em ministérios contínuos.
24. A solução proposta pelos apóstolos foi que os helenistas escolhessem sete homens para cuidar da ASA.
25. A função deles seria servir as mesas. Da palavra servir provem a palavra diáconos – aquele que serve.
26. Duas curiosidades: Os primeiros diáconos eram judeus helenistas e a principal tarefa era cuidar da ASA.
27. Os candidatos a função de diáconos deviam ser distinguidos por qualidades morais, espirituais e práticas: deviam ter reputação honrosa e estar cheio do Espírito Santo.
28. Mais duas curiosidades em relação aos diáconos: o primeiro mártir da era cristã foi um diácono e um cristão helenista.
29. Estêvão foi um diácono diferente. Isso prova que qualquer pessoa pode se destacar na sua função. Ele servia a mesa mas também compartilhava o evangelho. Muitos líderes cristãos se acomodam em sua função e pensam: eu já cuido de um departamento, logo não preciso fazer mais nada.
30. Estêvão, corajosamente, compartilhou evangelho deixando claro que a morte de Jesus significava o fim de todo o sistema cerimonial do templo.
31. Essa exposição dos fatos era uma nova luz e sugeria mudanças radicais na forma de culto e na maneira de adoração.
32. Todos nós sabemos o que aconteceu. A insinuação de que as cerimônias mosaicas haviam se tornado obsoletas era verdadeiramente considerada um ataque ao que havia de mais sagrado no judaísmo.
33. Você alguma vez já precisou tomar uma posição firme em favor de Jesus de modo que essa decisão resultou numa grande perda?
35. A certa altura do seu sermão perante o tribunal judaico – chamado de Sinédrio – Estêvão percebeu o custo de sua profissão de fé.
36. Estêvão além de diácono foi um profeta – no sentido real da palavra. Em hebraico um profeta era um nãbî, alguém que falava em nome de Deus. Um profeta geralmente era identificado como profeta quando ele trazia um rîb do Senhor contra uma nação ou pessoa. Rîb era uma mensagem de juízo.
37. No momento que Estêvão apresentou o rîb a teocracia de Israel chegou ao fim, isso significa que a salvação não mais seria mediada pela nação judaica, conforme prometido a Abraão (Gênesis 12:3), mas por meio dos seguidores de Jesus, judeus ou gentios, que logo sairiam de Jerusalém para pregar o evangelho em todo o mundo.
38. Em suas últimas palavras Estêvão – como um rîb – falou sobre outra cena de juízo. Ele viu a glória de Deus e descreveu Jesus em pé à destra de Deus. (7:55 a 57).
39. O livro Atos Apóstolos dá a entender que Estêvão foi linchado, pois “nenhuma sentença legal fora pronunciada contra ele” (AA p. 101).
40. A morte de Estêvão resultou mais tarde na conversão de muitos daqueles que a presenciaram, inclusive de Paulo.
41. Outro benefício que a morte de Estêvão trouxe foi que muitos cristãos tiveram que fugir de Jerusalém e levaram o evangelho para outros lugares. Essa fuga em massa de cristãos recebeu o nome de diáspora.
42. Podemos concluir que a perseguição que sobreveio à igreja de Jerusalém resultou em grande impulso para a obra do evangelho. “Deus permitiu que lhes sobreviesse a perseguição. Expulsos de Jerusalém, os crentes iam por toda parte pregando a Palavra” (AA p. 105).
43. A fuga dos cristãos permitiu que os samaritanos fossem evangelizados, permitiu que Filipe evangelizasse um etíope eunuco e que o evangelho ampliasse suas fronteiras. Só a eternidade revelará o trabalho evangelístico que foi realizado pelo etíope que Filipe batizou.
44. Precisamos concluir o estudo da lição dessa semana com algumas perguntas:- Corremos os mesmos perigos que a igreja primitiva enfrentou em relação à satisfação consigo mesma e com o que havia sido realizado por meio dela?
- Como podemos ter certeza de que não estamos concentrados demais em proteger o que temos, ao contrário de fazer o que realmente deveríamos fazer – alcançar o mundo?
- Como Adventistas do Sétimo dia estamos imune aos preconceitos culturais e étnicos?
- O que a universalidade da morte de Jesus nos ensina sobre o valor infinito do ser humano?
- O que estudamos essa semana pode nos ajudar a cumprir a missão de maneira mais eficaz?
3 de agosto de 2018 às 18:08 #12733Lição 5: A conversão de Paulo
1. Essa semana nós estudamos uma linda história de conversão.
2. A história de Paulo nos convence de que ninguém está além da graça.
3. Para entender melhor a história de Paulo vamos dividi-la em três atos: O Perseguidor – O Convertido – O Apóstolo.
4. O PERSEGUIDOR:
4.1. O Primeiro retrato escrito de Paulo de que se tem conhecimento descreve-o como um homem violento, sanguinário, um perseguidor que matava a sangue frio os cristãos.
4.2. A morte do primeiro mártir da história cristã foi testemunhada por ele. A Bíblia não diz que Paulo participou do linchamento de Estêvão, mas deixa claro que ele apoiou os assassinos.
4.3. Quem era Paulo? Um judeu nascido em Tarso, capital da Cilícia, portanto um judeu helenista. Lembre-se de que os judeus helenistas eram considerados judeus de segunda categoria, eles viviam sob o estereótipo de não levarem a sério as tradições judaicas.
4.4. Os judeus helenistas não eram bem-vistos pelos sacerdotes, não podiam ser membros do Sinédrio e nem adorar no templo junto com os judeus não helenistas.
4.5. No entanto Paulo é uma exceção. Ele era membro do Sinédrio, aluno de Gamaliel, um dos maiorais da cúpula religiosa e um shaliah, um agente oficial nomeado pelo Sinédrio para realizar várias funções religiosas.
4.6. Por que Paulo, um judeu helenista, se tornou um homem de confiança dos sacerdotes judeus?
4.7. Paulo tornou-se um aliado dos sacerdotes na luta contra os cristãos.
4.8. Paulo acreditava que o cristianismo era uma pedra de tropeço para o povo judeu e que Cristo era um impostor.
4.9. Ele comungava com a teoria de que Jesus não se encaixava na tradicional expectativa judaica de um Messias soberano, eles não podiam, de nenhuma maneira, aceitar a ideia de que Aquele que morrera em uma cruz pudesse ser o Messias de Deus, pois as Escrituras declaram que maldito é todo aquele que é pendurado num madeiro.
4.10. Para Paulo, o cristianismo era uma contradição grotesca e os cristãos eram inimigos de Deus.
4.11. Dá pra entender isso? Paulo odiava os cristãos porque os cristãos amavam a Cristo.
4.12. Seu ódio pelos cristãos chegou ao pino quando ele aceitou ser um apóstolo do Sinédrio. Um shalah enviado na língua hebraica.
4.13. Após a morte de Estêvão, outro cristão helenista, que diferente de Paulo, amava a Jesus. Muitos judeus cristãos fugiram pra Damasco.
4.14. Sabendo os sacerdotes que havia em Damasco uma grande concentração de cristãos e que Paulo também odiava os cristãos, contrataram seus serviços.
4.15. Paulo foi enviado para Damasco como um “shaliah” um enviado dos sacerdotes para acabar com os cristãos, usando, se necessário de violência.
5. O CONVERTIDO:
5.1. Essa é a parte da história de Paulo que eu mais gosto.
5.2. Paulo partiu para Damasco com uma missão injusta. Era um homem blasfemo, perseguidor, insolente e violento.
5.3. Mal sabia o que lhe esperava. Ninguém pode lutar contra Deus.
5.4. Você não acha curioso que Paulo julgava-se um reverenciado especialista nas Escrituras, todavia inimigo do Deus que lhe falava por meio delas?
5.5. Poucas conversões na história do cristianismo podem ser comparadas à que aconteceu na estrada de Damasco.
5.6. A misericórdia encontrou Paulo no caminho de Damasco e a viagem criminosa de Paulo sofreu uma interrupção divina.
5.7. Do êxito daquela viagem dependia seu futuro, quem sabe uma função de maior proeminência entre os sacerdotes.
5.8. Quando estava a caminho de engrandecer ainda mais o seu nome, a luz da presença divina o atingiu, deixando-o cego.
5.9. Pense nessa cena: O orgulhoso e auto-suficiente Paulo que não precisava de ninguém, caído no chão, sem enxergar, em completa dependência dos outros.
5.10. Foi quando estava no chão que ele ouviu uma voz: “Por que você me persegue?”.
5.11. Quem é o Senhor? Essa foi a pergunta do Paulo humilhado no pó da terra. A resposta foi imediata: “Eu sou Jesus a quem tu persegues”.
5.12. A auto-apresentação veio seguida de uma ordem quanto ao que ele deveria fazer.
5.13. Depois desse momento e durante todo o seu ministério Paulo resumiria sua reação a esse encontro nessa frase: “Eu não fui desobediente a visão celestial”.
5.14. Depois desse encontro Paulo abandonou suas convicções, sua reputação e carreira e se tornou o apóstolo mais dedicado e produtivo.
6. O APÓSTOLO:
6.1. No capítulo 26:13 a 19 encontramos o novo Paulo contando ao rei Agripa os detalhes de sua conversão.
6.2. Jesus o comparou com um boi selvagem que coiceava a vara com a ponta fina que o instigava a andar e quanto mais reagia assim mais se machucava.
6.3. Talvez a melhor interpretação dessa metáfora indique que Paulo já estava vivendo um conflito espiritual que começou no momento em que ele testemunhou a morte de Estêvão.
6.4. Esse é o novo Paulo, que em vez de perseguir é perseguido, em vez de prender é preso, em vez de humilhar é humilhado, em vez de matar, morre, por que conhece o autor e consumador de sua fé.
6.5. Já ouvimos dizer que o sangue dos mártires foi a semente da igreja, posso dizer que o sangue de Estêvão foi a semente de Paulo.
6.6. Paulo descreve a si mesmo como o menor dos apóstolos e o maior dos pecadores, no entanto, ninguém foi tão influente na pregação do evangelho quanto ele.
6.7. Ninguém cruzou maior número de fronteiras para espalhar o evangelho quanto Paulo, ele estabeleceu a maior parte das igrejas da sua época e escreveu a maioria dos textos da teologia cristã.
6.8. A transformação do mais intenso perseguidor do cristianismo em seu defensor mais apaixonado mostra que a mudança completa está disponível a todos nós.
6.9. A transformação de Saulo, de perseguidor mais temido da igreja para seu defensor mais fervoroso, é uma história sem paralelo.
7. Como podemos ser hoje um instrumento escolhido por Deus na pregação do evangelho?
8. Que coisas nós precisamos abandonar e quais coisas nós precisamos adotar a fim de experimentar a verdadeira conversão?
9. Qual é a função da humildade para que sejamos seguidores e testemunhas eficientes de Jesus?
10. Qual é o seu propósito como cristão?17 de agosto de 2018 às 18:04 #12871Lição 7: A primeira viagem missionária de Paulo
1. O Ministério de Paulo pode ser dividido em três partes ou em três grandes campanhas Evangelísticas.
2. Essa semana estudamos sobre a primeira viagem missionária, que durou cerca de três anos, de 46 a 48 dC. Paulo viajou com dois outros missionários, Barnabé e João Marcos e percorreram 1.513 km.
3. O ponto de partida da primeira viagem missionária foi a cidade de Antioquia da Síria.
4. A rota percorrida foi: Salamina, Pafos, Perge, Antioquia da Turquia, Icônio, Listra e Derbe.
5. Várias bênçãos, provações e riscos acompanharam-nos durante todo o trajeto.
6. Nesse trajeto surgiu a controvérsia se os gentios, que se converteram, deveriam ou não ser circuncidados. Por causa dessa controvérsia foi realizada a primeira Assembleia Mundial da Igreja para tratar desse tema. Essa Assembleia foi realizada em Jerusalém (esse é o tema da lição da próxima semana).
7. Nessa trajetória João Marcos deserdou da missão.
8. Nessa trajetória muitas gentios e judeus se converteram.
9. Nessa trajetória Paulo quase morreu apedrejado. Foi em Listra que Timóteo se converteu tornando-se posteriormente um forte sucessor de Paulo. Timóteo assistiu o apedrejamento de Paulo e ficou impressionado quando ele se levantou logo após ter sido considerado como morto.
10. Uma pergunta cabe nesse momento: Por que Jerusalém não foi o berço da primeira grande campanha missionária do cristianismo? A resposta é óbvia. Jerusalém se desqualificou quando rejeitou o autor do cristianismo e quando manifestou intolerância contra os primeiros cristãos.
11. Antioquia, uma cidade predominantemente habitada por gentios, entrou para os anais da história cristã como o berço das primeiras campanhas missionárias da fé cristã. Foi também nessa cidade que os seguidores de Cristo receberam o nome de cristãos.
12. Os cristãos que fugiram de Jerusalém se concentraram nessa cidade da Síria e logo o evangelho cresceu rapidamente.
13. Barnabé foi enviado para observar o crescimento e ficou tão impressionado que foi buscar Paulo para fortalecer o time.
14. Aproveitando esse contexto quero fazer uma pergunta: Por que, as vezes, as pessoas de outras denominações cristãs são mais difíceis de alcançar com a verdade presente do que aqueles que não possuem nenhuma fé?
15. Em virtude da grande aceitação do evangelho, da ausência das perseguições e das exigências cerimoniais judaicas, a cidade de Antioquia ofereceu condições ideais para ser a capital das missões cristãs do primeiro século.
16. Mas o Espírito Santo tinha planos mais amplos. Ele não queria que os cristãos se concentrassem num só lugar. Foi o Espírito Santo que organizou a primeira viagem missionária.
17. A campanha começou com três missionários e a primeira parada foi nas cidades de Salamina e Pafos no território de Chipre, região natal de Barnabé. De Antioquia da Síria para Salamina são 187 km e de Salamina a Pafos 125 km. Chipre é uma ilha no Mediterrâneo, localizada no sul da Turquia, a oeste da Síria e do Líbano, a noroeste de Israel e da Palestina, ao norte do Egito e ao leste da Grécia. Da cidade de Salamina só existe ruínas hoje.
18. Paulo resolveu começar sua campanha Evangelística na Sinagoga judaica. Paulo julgava da seguinte maneira: visto que Jesus era judeu e era o Messias de Israel, era mais do que natural que a pregação do evangelho começasse entre os judeus.
19. Lucas relata um episódio curioso que aconteceu em Pafos. Sergio Paulo, o governador romano do local, convidou os missionários para lhe dar estudos bíblicos, durante o estudo, um feiticeiro judeu, por nome Elimás, começou a perturbar. Paulo perdeu a paciência e lançou sobre ele uma sentença de juízo e ele ficou cego imediatamente. O governador ficou impressionado com o poder do evangelho é se converteu.
20. Depois de Pafos os três missionários foram para Panfilia e desembarcaram na cidade de Perge. Nessa cidade o trio missionário teve uma baixa, João Marcos desistiu da missão e voltou para casa. (Paulo guardou ressentimento desse episódio por muito tempo.
21. A dupla missionária prosseguiu e foram para Antioquia da Turquia.
22. Paulo, conforme seu costume, começou sua campanha Evangelística na Sinagoga judaica. Deram oportunidade pra ele falar e ele fez um sermão poderoso. Gostaram tanto que colocaram ele na escala para o sábado seguinte.
23. Alguns líderes judeus ficaram enciumados e começaram a desfazer os ensinos de Paulo. Paulo reagiu dizendo: já que vocês estão desprezando a salvação que é de vocês eu vou pregar para os gentios.
24. O sermão de Paulo foi muito profundo, mas também muito ofensivo para os judeus. Eles acreditavam que o perdão e a justificação estavam disponíveis por meio da lei de Moisés. Paulo não invalidou a lei, mas destacou sua incapacidade de realizar o que os judeus esperavam que ela fizesse, a saber, justificar. Paulo foi claro ao afirmar que essa prerrogativa repousava unicamente sobre Jesus Cristo.
25. Isso deixou os líderes judeus enraivecidos e eles expulsaram Paulo e Barnabé.- O que significa o fato de que a salvação ocorre somente por intermédio de Jesus?
- Como conciliar a necessidade de guardar a lei moral com o fato de que a lei não é capaz de justificar?
- Há alguma semelhança entre o que Paulo enfrentou com os líderes judeus e o que nós enfrentamos hoje com os evangélicos em geral?
- Por que a lei é incapaz de justificar? Porque não pode produzir obediência perfeita, e ainda que pudesse, essa obediência não poderia expiar nossos pecados.
- A decisão de Paulo, de priorizar os gentios, trouxe algum benefício para a pregação do evangelho?
26. No mundo antigo diversas práticas judaicas atraiam os gentios: o monoteísmo, o estilo de vida e o descanso sabático, entre outros.
27. Mas a circuncisão era um obstáculo sério. Os gregos e os romanos consideravam essa prática bárbara e repulsiva.
28. A possibilidade de se unir ao judaísmo e participar da salvação sem ter que realizar essa prática atraia os gentios.
29. Quando os líderes judeus rejeitaram o evangelho eles se excluíram da salvação é também liberaram Paulo e Barnabé para que se voltassem para os gentios.
30. Quando os gentios perceberam que eles podiam ser aceitos no plano da salvação sem terem que seguir as tradições judaicas eles receberam o evangelho com avidez.
31. A conversão em massa dos gentios gerou ciúmes nos judeus e eles resolveram perseguir Paulo e Barnabé que tiveram que fugir para Icônio. Os judeus não aceitavam o evangelho e não queria que os gentios aceitassem.
32. Paulo não conseguia entender como os judeus podiam desprezar a salvação que veio por intermédio deles. Tanto, que quando chegou em Icônio, esqueceu sua decisão de pregar só pra os gentios e começou sua campanha Evangelística na sinagoga judaica.
33. Alguns teólogos acham que Icônio é uma cidade da Ásia Menor conhecida pelo nome de Konya.
34. Paulo pregou na sinagoga de Icônio e muitos judeus e gentios se converteram.
35. Mas a perseguição dos líderes logo surgiu. Eles queriam apedrejá-los e eles fugiram para Listra.
36. Ao chegar em Listra Paulo curou um aleijado de nascença e o povo e os líderes da cidade julgaram que eles fossem deuses encarnados. Pensavam que Barnabé era Júpiter e Paulo, Mercúrio.
37. Na mitologia romana Júpiter era o deus da riqueza e Mercúrio o deus do saber e da inteligência.
38. Julgando-os deuses os gentios queriam lhes oferecer sacrifícios e foi com dificuldade que Paulo os impediu.- Como devemos reagir quando as pessoas querem nos dar o crédito do que Deus fez?
39. O que começou bem terminou mal. Os líderes judeus das cidades anteriores por onde eles passaram foram a Listra e inflamaram o povo contra os dois missionários. O povo então apedrejou Paulo.
40. Os mortos por apedrejamento são sepultados fora da cidade, por isso arrastaram o corpo de Paulo para fora da cidade. Entre os que rodearam aquele que parecia morto estava um jovem de nome Timóteo que se tornou um amigo pessoal de Paulo e um grande líder da igreja.
41. Os discípulos rodearam o corpo com tristeza. Porém, Paulo se levantou e entrou com eles na cidade. No dia seguinte viajaram para Derbe.
42. O texto não fala em perseguição em Derbe, fala apenas que eles fizeram muitos discípulos nessa região.
43. Depois de Derbe os dois missionários voltaram pra casa, fazendo o mesmo caminho da ida. Na volta visitaram os novos conversos fizeram eleições de oficiais, fizeram ordenação e oraram e jejuaram em favor das novas congregações.
44. Depois disso voltaram para Antioquia da Síria, para dar um relatório dos três anos de missão.- O que podemos fazer, individualmente e como igreja, para nutrir e fortalecer a fé dos novos conversos?
- Como evitar que tradições e crenças atrapalhem a pregação e o avanço da verdade, a exemplo do que fizeram os opositores de Paulo?
24 de agosto de 2018 às 20:55 #12953Lição 8: O concílio de Jerusalém
1. Vamos começar o estudo desse sábado com uma pergunta: Seja honesto na hora de responder – Você acha difícil ter comunhão com cristãos de outras denominações?
1.1. Se sua resposta foi “SIM” tenho uma nova pergunta: Segundo o evangelho, qual deveria ser nossa atitude em relação aos cristãos de outras denominações?
2. A primeira Conferência Geral da igreja cristã ocorreu na cidade de Jerusalém por volta do ano 49dC.
3. A Assembleia foi convocada para tratar especificamente de um tema doutrinário.
4. Ellen G White resume a problemática com essas palavras: “Os judeus temiam que, se as restrições e cerimônias de sua lei não se tornassem obrigatórias aos não judeus como condição para serem membros da igreja, as peculiaridades da nação judaica, que até então os haviam mantido como um povo distinto de todos os outros povos, acabariam desaparecendo dentre os que recebiam a mensagem do evangelho” (Atos dos Apóstolos, p. 189).
5. Paulo e Barnabé trouxeram na bagagem do relatório da primeira viagem missionária um problema que precisava ser decidido em Assembleia.
6. Muitos gentios tinham se convertido e a questão era a seguinte: Para os judeus, antes de um gentio se tornar cristão precisava se tornar um prosélito judeu.
7. Ou seja: Precisava primeiramente ser circuncidado, para ser considerado um prosélito judeu a fim de fazer parte do povo de Deus e ter comunhão com eles.
8. O problema atingiu um nível crítico e a igreja precisou realizar um Concílio para encontrar uma solução.
9. A unidade da igreja estava sendo ameaçada por um grupo de judeus que queriam impor a circunscisão aos gentios.
10. Tradicionalmente chamados de judaizantes esses indivíduos eram fariseus que se converteram ao cristianismo mas não se sentiam a vontade com a presença de gentios incircuncisos na Igreja.- Como você se sente quando um pentecostal visita nosso templo e profere alguns améns em alto tom?
11. Paulo chama esses judaizantes de perturbadores e falsos irmãos, cuja verdadeira motivação era destruir gradativamente a liberdade espiritual do evangelho e levar os gentios recém-conversos à escravidão do legalismo.
12. O argumento dos judaizantes era o seguinte: A menos que os gentios fossem circuncidados e guardassem todas as demais leis cerimoniais judaicas, eles não poderiam ser salvos.
13. Para os judaizantes a salvação só podia ser encontrada na comunidade da aliança de Deus, porque de acordo com o Antigo Testamento não havia outra maneira de se tornar parte do povo de Deus a não ser por meio da circuncisão.
14. Em suma, os gentios só poderiam ser salvos se eles se tornassem judeus praticantes antes de se tornarem cristãos.
15. A unidade da igreja estava em risco e os irmãos de Antioquia enviaram Paulo e Barnabé para Jerusalém como delegados. Eles precisavam trazer uma solução.- Para uma pessoa ser salva precisa ser adventista?
- Um cristão pode se salvar sem guardar o sábado?
16. Outro argumento dos judaizantes era o seguinte: visto que Jesus era judeu, nenhum gentio poderia se beneficiar de Sua salvação antes de se tornar judeu.
17. Os dois grandes erros dos judeus:
17.1. Considerar a salvação como algo meritório; o que alguém precisa fazer para se salvar. Agindo assim estavam defendendo salvação pelas obras. Estavam distorcendo o evangelho.
17.2. Os judaizantes estavam misturando dois conceitos distintos: aliança e salvação. Ser membro de uma comunidade não garante a salvação.
18. O próprio Abraão não foi salvo pela circuncisão, foi salvo pela fé. Ele foi justificado antes de praticar a circuncisão.
19. A salvação sempre foi pela fé, a aliança foi o meio que Deus escolheu para revelar a si mesmo e o seu plano salvífico.
20. Através dessa exigência os judaizantes estavam impondo a circuncisão como meio de salvação, estavam anulando a graça de Deus, estavam tornando o sacrifício de Jesus de nenhum proveito e negando o caráter universal da salvação.
21. Não encontramos no livro de Atos todos os detalhes do debate, mas temos o discurso de Pedro que foi determinante para elucidar essa questão.
22. Pedro falou de sua experiência com Cornélio, falou de como Deus mostrara Sua aprovação quanto à conversão de Cornélio dando a ele e a sua família o mesmo dom do Espírito que havia concedido aos apóstolos no Pentecostes.
23. Em Sua divina providência, Deus havia preparado Pedro para ser seu advogado nessa hora.
24. Pedro provou que em relação à salvação Deus não fazia distinção entre judeus e gentios.
25. No seu discurso Pedro deixou claro que os gentios cristãos não podiam mais ser considerados impuros, pois o próprio Deus havia purificado o coração deles.
26. A declaração final de Pedro muito se assemelha a alguns discursos posteriores de Paulo. “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram”.
27. Outro que também teve um papel determinante nesse Concílio foi Tiago. Ele disse: “Não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilicitas, da carne de animais sufocados e do sangue”.
28. A proposta de Tiago foi que não deveriam ser impostas aos gentios outras restrições, além daquelas que normalmente seriam exigidas a qualquer judeu.
29. O problema estava resolvido. Visto que a salvação é pela graça, os gentios seriam isentos da circuncisão quando se unissem a igreja.
30. No final foi preparada uma Ata com a resolução tomada. Um documento oficial que refletia a autoridade da igreja.
31. A igreja de Jerusalém também decidiu nomear dois delegados Judas e Silas, para acompanharem Paulo e Barnabé até Antioquia. A tarefa deles era levar uma cópia da Ata para confirmar o conteúdo.
32. A primeira discordância mais grave da igreja primitiva foi, portanto, resolvida, pelo menos em teoria.
33. Ellen G. White declara: “Até mesmo os discípulos não estavam todos preparados para aceitar de boa vontade a decisão do Concílio”. (Atos dos Apóstolos, p. 197).- Pertencer a igreja verdadeira garante a salvação?
- Se estar na Igreja verdadeira não garante a salvação, então, qual é a vantagem de fazer parte dela?
- Existem problemas similares em nossa Igreja hoje?
- Quais situações hoje se assemelham à questão da circuncisão dos gentios na Igreja primitiva?
- Como Adventistas, como podemos evitar um complexo de superioridade e ainda nos considerarmos pessoas privilegiadas?
22 de setembro de 2018 às 00:11 #13254Lição 12: Detenção em Cesareia
1. A lição dessa semana nos convida a pensar sobre o que realmente significa defender a fé.
2. Paulo estava sendo mantido em cativeiro, e quando ele teve a oportunidade de falar, seu objetivo não foi denunciar as muitas incoerências daqueles que estavam lhe julgando. Em vez disso, seu objetivo foi apresentar Jesus de tal maneira que os ouvintes se tornassem cristãos.
3. Em meio ao tumulto que ocorreu logo após a sua chegada a Jerusalém e o seu quase linchamento, Paulo escapou graças a intervenção de uma guarda romana.
4. Diante da ameaça de ser açoitado ele evocou sua cidadania romana. Isso, não só o livrou de ser açoitado, bem como de ser julgado por um tribunal de Jerusalém.
5. Em virtude dessa apelação, e por causa de certas ameaças de morte, ele foi transferido para Cesareia.
6. Sua transferência para Cesareia inaugurou um período de dois anos de prisão no pretório (uma espécie de prisão militar) na residência oficial dos governadores romanos.
7. Durante esse período, Paulo teve várias audiências nas quais compareceu diante de dois governadores romanos (Félix e Festo) e um rei (Agripa II), cumprindo assim a última parte do seu chamado.
8. Vocês lembram para que Paulo foi chamado? “…porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel” (Atos 9:15).
9. Nessas audiências, foram concedidas a Paulo vária oportunidades de testemunhar sobre Jesus e a grande esperança encontrada na promessa da ressurreição.
10. Foram dois anos de confinamento tedioso, profunda ansiedade e indiferença da igreja de Jerusalém em relação a ele.
11. Durante esses dois anos Paulo tentou provar sua inocência diante do tribunal romano, mas, quando se viu acuado e correndo o risco de ser devolvido para Jerusalém, para ser submetido ao julgamento dos judeus, ele apelou para César.
12. Félix era o governador de Cesareia e cinco dias após a chegada de Paulo convocou o acusado e os acusadores para a primeira seção de julgamento.
13. O sumo sacerdote e alguns membros do Sinédrio compareceram diante de Félix com um advogado chamado Tertuliano. Paulo compareceu sozinho.
14. Embora, aparentemente sozinho, Paulo compareceu diante do tribunal acompanhado com o maior de todos os advogados: o Espírito Santo.
15. Tertuliano introduziu sua fala com bajulação e mentira e três acusações contra Paulo.
15.1. Declarou que Paulo era um agitador que constantemente fomentava distúrbios entre os judeus por todo o império.
15.2. Que ele era o líder de um movimento revolucionário identificado pelo nome de a seita dos nazarenos.
15.3. Que havia tentado profanar o templo de Jerusalém.
16. Para se defender Paulo usou dois argumentos fortíssimos.
16.1. Se ele era um agitador que fomentava distúrbios entre os judeus e por todo o império, aonde estavam as testemunhas.
16.2. Se a acusação tinha como base o incidente ocorrido no Sinédrio na semana anterior, então o único argumento para acusá-lo era sua crença na ressurreição dos mortos. Uma crença aceita e defendida por muitos líderes judeus que se declaravam fariseus.
17. Félix, que atuou como juiz, percebeu que não havia nada que justificasse a prisão de Paulo, mas, para não desagradar os judeus, manteve Paulo preso querendo tirar algum tipo de vantagem dessa situação.
18. Félix estava familiarizado com o cristianismo, provavelmente por causa de sua esposa judia, Drusila.
19. Essa reação de Félix revelou muito sobre o seu caráter e Paulo percebeu que tinha poucas chances de ter um julgamento justo com alguém como Félix.
20. Depois de manter Paulo na prisão por dois anos, apenas para ganhar a simpatia dos judeus, Félix foi substituído por Pórcio Festo no governo da Judéia.
21. Sabendo da mudança, os líderes judeus se anteciparam e pediram como favor que Festo mudasse a jurisdição do julgamento de Paulo.
22. Esse pedido, porém, era apenas um disfarce para esconder a verdadeira intenção daqueles líderes: matar Paulo.
23. Felizmente, Festo não aceitou. Ele reabriria o caso, mas o julgamento seria em Cesareia. Talvez Festo também pensasse que Paulo representava uma ameaça para o império.
24. Assim que Festo assumiu convocou o tribunal. Os detalhes desse novo julgamento não estão registrados, mas, com base nas respostas de Paulo, o único fato novo foi a acusação de que Paulo representava uma ameaça para o império.
25. Festo, não agiu de modo diferente de Félix. Para não perder o apoio dos líderes judeus ele não declarou a inocência de Paulo. Festo pensou em atender o pedido dos líderes judeus permitindo que Paulo fosse julgado pelo Sinédrio em Jerusalém.
26. Então, Paulo, valendo-se de suas prerrogativas romanas resolveu apelar para a última instância da justiça romana, que era o imperador.
27. Festo concordou em atender o pedido de Paulo e enviá-lo para Roma.
28. Então, aproveitando a visita do rei Herodes Agripa II e sua irmã Berenice, resolveu pedir sua opinião para fazer um relatório oficial.
29. Agripa pediu para ouvir a Paulo, e Festo introduziu a questão declarando que a acusação contra Paulo não era política e nem criminal, mas sim religiosa, especificamente ligada a certo Jesus, já morto, a quem Paulo declarava que estava vivo.
30. De certa forma Festo reconhecia que Paulo estava sendo acusado por conta de suas crenças religiosas pessoais.
31. Diante do rei Agripa, o prisioneiro foi trazido para apresentar sua defesa.
32. O discurso de Paulo foi, na verdade, o testemunho pessoal de sua conversão.
33. Ele falou de sua condição antes de conhecer a Jesus, de seu encontro com Jesus e de sua nova vida pós-encontro.
34. Paulo, deixou claro em seu discurso, que o motivo de sua prisão não estava ligado a violação de nenhuma lei judaica, mas a sua mensagem que estava em total harmonia com os ensinos bíblicos.
35. Nas entrelinhas, Paulo deixou claro que o motivo de sua prisão eram suas declarações públicas de que os gentios podiam participar igualmente da salvação.
36. Algumas declarações de Paulo incomodaram a Festo por que suas crenças não se harmonizavam com os ensinos de Paulo.
37. Quanto ao rei Agripa, por ser judeu, não podia negar os ensinos de Paulo.
38. A resposta do rei Agripa ao apelo de Paulo foi uma desculpa disfarçada de preocupação. “Você acha que então pouco tempo pode convencer-me a tornar-me cristão?”
39. A resposta de Paulo foi tão espetacular quanto o apelo. “Em pouco ou em muito tempo, o que peço a Deus é que não apenas tu, mas todos os que hoje me ouvem se tornem como eu, porém sem estas algemas”.
40. Paulo podia ter pedido liberdade, a exemplo dos que o ouviam. Em vez disso, pediu que eles fossem como ele, exceto pelas algemas.
41. Que indireta! Estou preso, mas sou livre. Vocês estão livres, mas são presos.
42. O zelo missionário de Paulo ultrapassava grandemente sua preocupação com a própria segurança.
43. Na parte de sexta há uma reflexão sobre o que poderia ter pensado o rei Agripa na hora do apelo de Paulo.- A decisão de Paulo de recorrer a Cézar foi correta?
- Você já fez algum sacrifício por amor ao evangelho?
- Como saber qual é a melhor maneira de compartilhar o evangelho?
- Você tem algum testemunho elaborado para defender a sua fé?
28 de setembro de 2018 às 12:12 #13282Lição 13: Viagem a Roma
1. Chegamos por fim ao último capítulo da vida de um dos personagens mais fascinantes da história do cristianismo.
2. Um homem cuja história pode ser dividida em dois tempos: antes e depois de Cristo.
3. Assim como Jesus Cristo dividiu a história da humanidade em dois tempos, (aC e dC), também podemos dizer que o apóstolo Paulo dividiu a história do cristianismo em dois tempos (aP e dP).
4. Na última semana estudamos sobre a detenção de Paulo em Cesareia (por um período que durou 2 anos) e sobre o desempenho do seu ministério diante de dois governadores e um rei.
5. Nessa ocasião, para não ser enviado de volta para Jerusalém e ser julgado por um tribunal judeu, Paulo, por ter cidadania romana, preferiu apelar para o julgamento de Cesar.
6. Há muito tempo Paulo desejava visitar Roma, mas, certamente, não nessa condição. Mas, às vezes, Deus nos usa para mudar as circunstâncias ou usa as circunstâncias para nos mudar.
7. Sua prisão em Jerusalém mudou seus planos, mas não os planos de Deus.
8. Mesmo quando falhamos com Deus, Ele ainda pode nos dar outra chance, embora nem sempre nos poupe das consequências de nossas ações.
9. A viagem pra Roma foi muito tumultuada por razões climáticas, mas em meio a todos os desafios e contratempos, Deus usou Seu servo Paulo para testemunhar do Seu amor e providência.
10. Os infortúnios da raça humana estão quase sempre ligados ao fato de ignorarem as advertências de Deus, preferindo seguir as próprias inclinações e vontades.
11. As tempestades da vida acabam atingindo todos os que não consideram os sinais de aviso.
12. Em certo sentido, a viajem de Paulo a Roma foi uma saga. Em meio as intempéries, o prisioneiro Paulo interpretou vários papéis.
13. Durante o primeiro trecho da viagem todos os que estavam a bordo do navio perceberam que porque não deram ouvidos as advertências de Paulo todos foram penalizados.
14. Com palavras proféticas Paulo manteve viva a esperança de todos os tripulantes.- Que importância tem as palavras proféticas para sua vida?
15. Os que estavam a bordo, não tinham motivos para confiar em Paulo. A final de contas, quem era Paulo? Para eles um mero prisioneiro, igual aos demais.
16. Mas quando perceberam que a providência divina estava com Paulo, pararam pra lhe dar ouvidos.
17. Diante de um iminente naufrágio e o perigo de fuga dos prisioneiros, as circunstâncias exigiam uma atitude radical para evitar a fuga. E foi dada uma ordem para matar todos os prisioneiros.
18. Isso só não aconteceu porque o testemunho de Paulo já tinha tocado o coração do centurião.
19. O testemunho do cristão é o seu maior argumento. É o seu apelo mais eloquente.
20. Precisamos pregar a todo tempo, quando necessário com palavras. Mas não podemos esquecer que nossa maior pregação é o nosso testemunho.
21. Por fim todas as vidas foram salvas. Agora estavam numa pequena ilha chamada Malta.
22. Enquanto todos desfrutavam da sensação de estar salvo, enquanto Paulo preparava uma fogueira para se aquecer, uma cobra venenosa picou a mão de Paulo.
23. De imediato vieram os julgamentos, escapou da tempestade mas foi picado por uma cobra, o juízo dos deuses não o deixou impune.
24. Paulo, com indiferença sacudiu a cobra para o fogo e nada lhe aconteceu.
25. Quando a cobra picou Paulo, disseram: esse é um criminoso que não conseguiu fugir da ira divina. Quando o tempo passou e nada aconteceu a Paulo, disseram: esse homem é um deus.
26. Você já notou como as pessoas migram de uma opinião para outra em pouco tempo?
27. Durante os dias que permaneceu nessa ilha Paulo desenvolveu seu ministério e curou muitas pessoas. O ministério de Paulo estava onde ele estava.- Você tem um ministério? Ele está onde você está?
28. Não há menção de um único converso em Malta, isso não indica que não houve. Essa omissão pode ser inteiramente ocasional, mas ilustra o fato de que nossa missão no mundo vai além de batismos ou plantio de igrejas.
29. Nossa missão envolve o cuidado desinteressado para com as pessoas e suas necessidades. Esse é o lado prático do evangelho.
30. Depois que o inverno passou, depois de três meses em Malta, puderam prosseguir viagem e chegaram a Roma.
31. A notícia da chegada de Paulo a Roma levou vários cristãos a se deslocarem de vários locais para recebê-lo.
32. Essa demonstração de amor e cuidado certamente reanimou o coração de Paulo.
33. O mundo sofre por carência de amor e solidariedade. Como disse alguém: “Amor é a gota que falta para o mundo transbordar em paz”.
34. Em seu relatório oficial, Festo não teve motivo para acusar a Paulo. Por essa razão, o julgamento de Paulo foi prorrogado por cinco anos e ele teve direito a algumas regalias.
35. É certo, que na condição de prisioneiro, ele precisava ser mantido acorrentado a algum soldado. A tradição romana impunha que todo o prisioneiro já condenado em alguma instância, deveria ser mantido sobre a máxima segurança. Por isso, numa escala de revezamento de 24h por por 42h um soldado era acorrentado ao preso.
36. Fico pensando no privilégio desses soldados e como a vida deles foram impactadas por essa convivência.- Sua vida tem impactado a vida de alguém?
37. Mesmo nessa condição Paulo pregou. Ele não podia ir as pessoas, mas as pessoas vinham a ele. Ele não podia ir a igreja, mas a Igreja vinha a onde ele estava.
38. Quantos se converteram nesse período? Ninguém sabe. Só Deus Sabe a soma dessa matemática.
39. A vida de Paulo representou a vitória do evangelho.
40. “A paciência e o bom ânimo de Paulo durante sua longa e injusta prisão, bem como sua coragem e fé, eram um constante sermão. Seu espírito, tão diferente do espírito do mundo, dava testemunho de que um poder mais alto que o da Terra habitava com ele” (AA 464).
41. Quando o poder e a utilidade de Paulo pareciam aniquilados e, ao que tudo indicava, bem pouco poderia fazer, ele alcançou para Cristo frutos em campos dos quais pareciam inteiramente excluídos. (AA 646).
42. Paulo depôs a vida corajosamente no ano 64 d.C. Por ordem de Nero. Sua morte porém não silenciou sua voz que ainda hoje chega aos nossos ouvidos por meio dos seus escritos que foram preservados pelo Espírito Santo.
43. O livro de Atos termina abruptamente, sem aparente conclusão. Isso indica que esse livro continua sendo escrito com a vida e o testemunho de todos os seguidores de Cristo.
44. Atos dos Apóstolos não é um livro inacabado, é um livro que ainda continua sendo escrito.- Você tem contribuído para escrever esse livro?
- De que forma você tem contribuído?
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