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Lição 3: A Mensagem de Jesus às Sete Igrejas
1. Na semana passada nós tivemos contato com a mensagem de Jesus a primeira igreja.
2. Nessa semana nós tivemos contato com a mensagem de Jesus as outras seis Igrejas.
3. Como vocês já perceberam, por intermédio de João, Jesus enviou sete cartas para o seu povo.
4. Embora essas cartas estivessem relacionadas às igrejas na Ásia dos dias de João, elas também descrevem profeticamente em símbolos a condição da Igreja ao longo da história.
5. Uma análise detalhada dessas cartas mostra que há um padrão hermenêutico entre elas. Elas seguem seis vezes as mesma estrutura.
5.1. Todas começam com Jesus dirigindo-se à igreja específica pelo nome.
5.2. A segunda parte começa com a frase: “Estas coisas diz” na qual Cristo Se apresenta a cada Igreja utilizando descrições e símbolos encontrados no primeiro capítulo. Essas descrições de Cristo foram adequadas às necessidades de cada Igreja. Por meio desse padrão podemos perceber que Jesus mostrou Sua capacidade de resolver as diferentes situações dessas igrejas.
5.3. Ele faz uma avaliação da Igreja em questão.
5.4. Aconselha sobre a maneira de sair da sua tribulação.
5.5. Conclui com um apelo pra ouvir a mensagem do Espírito Santo.
5.6. Oferece uma mensagem ao vencedor.
6. Para as sete Igrejas Jesus ofereceu esperança e respostas às necessidades das igrejas em cada situação. Isso dá a certeza de que Ele também pode atender às nossas necessidades de hoje.
7. As mensagens às sete igrejas têm encorajado o povo de Deus ao longo dos séculos. Elas nos asseguram que Deus está intensamente interessado nas ações de Sua Igreja. Ele conhece todos os seus desafios e anseia apresentar conselhos e preciosas promessas a todos que desejam ouvir.
8. A forma literária das sete cartas se baseia numa lógica hebraica chamada de quiasmo. O quiasmo é uma forma literária que leva os leitores a raciocinarem em círculos.
9. O quiasmo apresenta as ideias do texto na forma de um candelabro. Assim como o candelabro tem sete hastes, sendo três a direita e três a esquerda e uma haste no centro, o quiasmo apresenta ideias semelhantes ou correspondentes nos extremos e um ideia principal no centro.
10. Um exemplo: O primeiro ponto é paralelo ao último; o segundo é paralelo ao penúltimo, e assim por diante, com o clima no centro e não no final.
11. Vejamos a presença do quiasmo nas sete cartas. A carta para Esmirna (segunda carta) compartilha muitas semelhanças com a carta a Filadélfia (sexta carta); ambas são mensagens plenamente positivas. A carta para Pérgamo (terceira) e Sardes (quinta) são para igrejas em declínio acentuado. A carta para Éfeso (primeira) e a carta para Laodiceia (sétima) sugere que essas duas igrejas sofrem de uma deficiência de amor. A carta a Tiatira (a quarta igreja) é duas vezes maior que as outras e é diferente de todas.
12. Um aspecto bem interessante nessa estrutura pode ser observado quando levamos em conta as promessas:
12.1. A primeira Igreja recebe uma promessa: a árvore da vida.
12.2. A segunda recebe duas: a coroa da vida e a libertação da segunda morte.
12.3. A terceira recebe três: o maná escondido, a pedrinha branca e um novo nome.
12.4. A quarta recebe quatro promessas: autoridade sobre as nações, um cetro de ferro, poder para julgar e punir, e a estrela da manhã.
12.5. A quinta, recebe cinco promessas: andarão de branco junto comigo, serão considerados dignos, receberão vestiduras brancas, não apagarei seu nome do livro da vida, confessarei seu nome diante de meu Pai.
12.6. A sexta recebe seis promessas: te guardarei na hora da provação, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, daí jamais sairá, gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, e o meu novo nome.
12.7. A sétima recebe sete promessas: ouro refinado pelo fogo, vestiduras brancas, colírio, entrarei em sua casa, cearei com ele, ele ceara comigo, sentar-se comigo no meu trono.
13. Observe que a medida que a condição espiritual das igrejas declina, a medida que as repreensões de Jesus se tornam mais severas, as promessas aumentam cada vez mais. Quanto pior é a situação, maior é a graça e poder de Deus. Quanto mais profundo são os problemas, mais poderosa é a atuação da graça de Jesus Cristo.- Essa mensagem fala tão poderosamente para nós hoje como falou nos tempos antigos?
14. Agora vamos observar algumas peculiaridades sobres as sete igrejas.
15. Primeiro vamos identificar os períodos que correspondem a cada uma:
15.1. Éfeso = 31 dC. a 100 dC.
15.2. Esmirna = 100 dC. a 313 dC.
15.3. Pérgamo = 313 dC. a 538 dC.
15.4. Tiatira = 538 dC. a 1565 dC.
15.5. Sardes = 1565 dC. a 1740 dC.
15.6. Filadélfia = 1740 dC. a 1844 dC.
15.7. Laodicéia = 1844 dC. até a volta de Jesus.
16. Agora vamos considerar alguns aspectos dessas sete igrejas. Aspectos históricos e proféticos:
16.1. Éfeso se aplica profeticamente à igreja na era apostólica.
16.2. Esmirna se aplica profeticamente à igreja na era pós-apostólica.
16.2.1. Nesse período houve um período de dez dias proféticos, que indicam os dez anos de perseguição promovido pelo imperador romano Diocleciano, de 303 dC. até 313 dC., quando Constantino, o Grande, publicou o Edito de Milão, que concedeu liberdade religiosa aos cristãos.
16.3. Pérgamo retrata um período de grande apostasia na igreja cristã.
16.3.1. A cidade de Pérgamo era o centro de vários rituais pagãos, incluindo o culto a Asclépio, o Deus grego da cura, chamado de Salvador e representado por uma serpente.
16.3.2. Pérgamo tinha um papel de liderança na promoção do culto ao imperador.
16.3.3. Não é de admirar que os cristãos de Pérgamo vivessem na cidade “onde Satanás” habitava e no qual seu trono estava localizado.
16.3.4. Os cristãos de Pérgamo enfrentavam tentações de fora e de dentro.
16.3.5. Duas perseguições de dentro são citadas: A doutrina de Balaão e dos Nicolaítas.
16.3.6. Os Nicolaítas era um grupo de cristãos liderados por um tal de Nicolau, que defendiam a transigência para com o paganismo a fim de evitar as perseguições.
16.3.7. A doutrina de Balãao era formado por um grupo de cristãos que julgavam conveniente fazer algumas concessões em relação a alguns assuntos que envolviam a fé. Por exemplo: comer carne sacrificadas aos ídolos e as chamadas relações sexuais ilícitas.
16.3.8. O termo doutrina de Balaão é uma referência ao profeta que apostatou e incitou os israelitas a pecar contra Deus no caminho para a terra prometida. (Números 31:16).
16.4. Tiatira era uma cidade que não tinha importância política nem cultural naquela época.
16.4.1. Mas era uma cidade paganizada e muitos cristãos foram pressionados a transigir com o ambiente pagão.
16.4.2. A referência a Jezabel (a esposa pagã do rei Acabe) é uma repreensão aos cristãos que estavam adotando ideias e práticas impuras e estavam cometendo adultério espiritual.
16.4.3. Na Igreja de Tiatira a tradição substituiu a Bíblia e um sacerdócio humano de relíquias sagradas substituíram o sacerdócio de Cristo e as obras foram consideradas o meio de salvação.
16.4.4. Pelo ângulo profético podemos entender o elogio que Jesus fez a Tiatira por sua fé e amor, obras e serviço, como uma referência a Reforma Protestante e o começo de retorno a Bíblia.
16.5. A igreja de Sardes estava localizada numa cidade que tinha perdido o prestígio.
16.5.1. Mas viviam de uma fama do passado. A cidade foi construída no topo de um monte e isso a tornava auto-confiante.
16.5.2. Embora nessa carta Jesus tenha reconhecido alguns cristãos como fiéis, a maioria deles estavam espiritualmente mortos.
16.5.3. A mensagem à igreja em Sardes se aplica profeticamente à condição espiritual dos protestantes no período pós-reforma, aproximadamente de 1565 a 1740 dC.
16.5.4. A igreja se degenerava em um formalismo morto e em um estado de complacência espiritual.
16.5.5. O impacto da crescente onda do racionalismo e do secularismo, fizeram o foco da graça salvadora do evangelho e o compromisso com Cristo diminuirem, dando lugar aos argumentos insípidos e relacionados aos credos.
16.5.6. Embora parecesse estar viva, essa Igreja vivia da fama do passado. Parecia viva mas estava morta.
16.5.7. Alguns cristãos falam em termos gloriosos de sua fidelidade a Cristo no passado. Isso não tem nenhum prestígio aos olhos de Deus.
16.6. Filadélfia era uma cidade que ficava numa rota comercial do império. Era um centro de saúde, mas uma cidade insegura em razão de constantes terremotos.
16.6.1. A mensagem a essa Igreja se aplica profeticamente ao grande reavivamento do protestantismo que ocorreu na Grã-Bretanha e na América entre 1740 e 1844.
16.6.2. A referência a “porta aberta” parece ser uma referência a mudança que ocorreria no ministério sumo-sacerdotal de Cristo em 1844 por ocasião do cumprimento da profecia das duas mil e trezentas tardes e manhãs de Daniel 8:14.
16.6.3. A promessa de escrever o nome de Deus nos vencedores indica que o caráter de Deus será visto no seu povo.
16.6.4. Laodiceia era uma rica cidade conhecida por suas fábricas de tecidos, sua especialidade em tratamentos oftalmológicos e suas águas termais.
16.6.5. A prosperidade de Laodiceia enchia seus moradores de autossuficiência e orgulho.
16.6.6. Jesus não repreendeu os cristãos de Laodicéia por um pecado grave. O pecado de Laodiceia era a complacência que levava à letargia espiritual.
16.6.7. Se Declaravam ricos e de nada precisar, no entanto, eram pobres, nus e cegos espiritualmente falando.
16.6.8. A igreja de Laodiceia simboliza a situação espiritual da Igreja de Deus perto do fim dos tempos.
16.6.9. Jesus ressalta as três maiores necessidades de sua Igreja nessa ocasião: “ouro refinado no fogo” que é confiança para suportar as provações que estão por vir; vestiduras brancas” que representam total confiança na justiça de Cristo; “e colírio para que possa discernir” que representa a companhia do Espírito Santo para guiá-los.
16.6.10. A igreja de Laodiceia só tem uma escolha para se salvar: aceitar os conselhos de Cristo.
17. Algumas coisas que devemos conservar em mente sobre o estudo das sete cartas:
17.1. O aumento de promessas, bem como o declínio espiritual, reflete o fato de que, quando o pecado aumenta, a graça aumenta muito mais. (Romanos 5:20).
17.2. Nunca deveríamos nos esquecer dessa citação: “A igreja, enfraquecida e defeituosa como seja, é o único objeto na Terra a que Cristo concede Sua suprema consideração. Ele vela constantemente com solicitude por ela, e fortalece-a por Seu Espírito Santo”.
17.3. Não há como negar que Laodiceia representa a igreja que detém toda a verdade de Deus e representa os cristãos no período final da história da terra.- Como o conceito de estar no mundo, mas não ser do mundo, se aplica aos cristãos de hoje?
- Como podemos prestar atenção à mensagem de Laodiceia?
- Qual foi a maior promessa que Jesus fez à igreja de Laodiceia?
Resumo em tópicos
1. O padrão hermenêutico das 7 cartas. Os seis aspectos presentes nas sete cartas.
2. A forma literária das sete cartas. O modelo candelabro em relação às promessas.
3. Peculiaridades de cada Igreja no contexto contemporâneo e profético.
4. As três maiores necessidades da Igreja no tempo do fim.
5. Lições aprendidas e perguntas para interação.Lição 2: Entre os candelabros
1. Na primeira lição desse trimestre destacamos dois pontos que não podem ser ignorados pelos estudantes do livro do Apocalipse. Os dois pontos são:
1.1. A tabela de conversão.
1.2. O método de interpretação.
2. A tabela de conversão nos permite entender o que cada símbolo significa:
2.1. Animal = rei ou reino.
2.2. Mulher = Igreja.
2.3. Águas = povos.
2.4. Um dia = ano.
2.5. Ventos = guerras.
2.6. Chifre = poder, rei ou reino.
2.7. Tempos = anos.
2.8. Dragão = Satanás ou diabo.
2.9. Cordeiro = Jesus.
2.10. Cauda = falso profeta.
2.11. Estrelas = mensageiros.
3. O método de interpretação que nos permite entender o livro do Apocalipse é o método historicista.
3.1. O método historicista afirma que as profecias se cumprem com o decorrer da história, a partir do momento que o profeta tem a visão e a torna pública.
3.2. Sendo assim, muitas profecias ainda estão se cumprindo ou por se cumprir. A profecia nada mais é do que a história dita de antemão.
3.3. Apocalipse (1:19) destaca o método de interpretação que deve ser usado nas profecias. O texto faz referências às duas coisas que João viu: “as que são” e “as que vão acontecer depois destas”. Portanto, inclui tanto fatos da época quanto fatos que ainda aconteceriam.
4. Existem dois outros métodos de interpretação:
4.1. Preterista: afirma que as profecias são eventos do passado que servem apenas como modelo didático e não como prova de validade profética.
4.2. Futurista: Afirma que as profecias terão seu cumprimento no futuro.
5. Se esses dois pontos forem ignorados nossa compreensão desse livro se transformará num bicho de sete cabeças.
6. O ditado “um bicho de sete cabeças” provém da mitologia grega. Na mitologia grega existia um monstro que era metade de gente e metade de animal. Ele tinha sete cabeças e todas as vezes que se cortava uma, nascia outra no lugar. Era conhecido como a Hidra de Lerna – dessa lenda provém o ditado.
7. O estudo do livro do Apocalipse pode tornar-se uma “Hidra de Lerna” se forem ignorados alguns princípios de interpretação e comparação.
8. O autor da Lição foi muito feliz ao introduzir o tema da segunda lição com o dilema de Asafe.
9. Qual era o dilema de Asafe? Asafe olhava para o presente dissociado do futuro. Ele contrastava o sofrimento do justo com a prosperidade do ímpio.
10. Ele olhava para a vida próspera e tranquila de alguns ímpios em contraste com a vida angustiada e sofrida de alguns justos. Esse contraste lhe deixava angustiado e perplexo.
11. O grande erro de Asafe foi julgar os fatos presentes a partir de uma premissa falsa. O sofrimento do justo, suas lutas e provações, não significava que ele tinha sido desprezado por Deus, tão pouco, a prosperidade dos ricos e sua aparente traquilidade, significava que ele estava sendo abençoado por Deus.
12. Asafe julgava os fatos sem levar em conta a transitoriedade da vida e o julgamento final de Deus.
13. O Senhor não procurou discutir esse tema com Asafe, Ele simplesmente lhe mostrou a cena em que todos (justos e ímpios) terão que comparecer diante do tribunal divino. Asafe viu que enquanto os justos tinham um intercessor no santuário celestial os ímpios não tinham quem intercedesse por eles.
14. No final, todos (justos e ímpios) vão ter que encarar o tribunal divino, e quando essa hora chegar, o que realmente será levado em conta é o que Cristo significou para cada um de nós aqui nessa terra.
15. De certa maneira, o que aconteceu com Asafe, aconteceu com João. Deus revelou a João os mistérios da vida e as lutas que ela trás.
16. As cenas do santuário mostraram a Asafe e a João, que o dia chegará em que todos serão submetidos ao julgamento divino. Todos que comparecerem diante desse tribunal sem ter a Jesus como seu advogado, estarão perdidos.
17. Portanto, as cenas do santuário e as sete mensagens especiais endereçadas coletivamente as sete igrejas, temas das três primeiras lições desse trimestre, passam para todos nós uma mensagem de confiança em Cristo.- Em sua opinião, se Asafe vivesse nos dias de João (sem ter recebido a visão celestial) qual seria a sua queixa?
18. Eu acho que seu argumento seria o seguinte: Como pode, João um homem justo, viver numa colônia penal entre criminosos enquanto os verdadeiros criminosos estão sentados em tronos, usufruindo as regalias que seus títulos lhes conferem?
19. Mas foi exatamente nessa colônia penal que Jesus visitou João e lhe deu as últimas mensagens de advertência para o seu povo.
20. “Ali, afastados das cansativas cenas da vida, e dos ativos labores dos primeiros anos, ele teve a companhia de Deus, de Cristo, dos anjos celestiais, e deles recebeu instrução para a igreja no futuro”. (AA 570).
21. Os seguidores de Cristo, a semelhança de João, podem ter a certeza de que eles nunca serão abandonados.- Existe alguma diferença nos motivos pelos quais sofremos?
- Por exemplo: sofrer por amor a Cristo e sofrer por nossas escolhas erradas significa a mesma coisa?
22. O livro do Apocalipse exige certo conhecimento dos outros livros da Bíblia.
22. Vou dar um exemplo: Apocalipse 1:10 diz que João recebeu a visão no dia do Senhor.
23. Por causa do conhecimento limitado os católicos e alguns evangélicos afirmam que João recebeu a visão do livro do Apocalipse num dia de domingo.
24. A palavra kirius significa senhor no grego. E esse termo era usado para referir-se ao imperador.
25.Logo, se João recebeu a visão no dia do Imperador esse dia foi o domingo.
26. A conclusão parece óbvia, mas está equivocada por várias razões.
27. Primeiro, João não reconhecia o imperador como senhor. Reconheceria João seu algoz como senhor?
28. Segundo: O único dia apresentado na Bíblia e nos evangelhos como dia do Senhor é o sábado. João ouviu Jesus dizer que era o Senhor do sábado.
29. Além disso, João recebeu uma visão acerca do futuro, e no pensamento judaico, o sábado é o único dia da semana que se refere ao futuro. Os judeus consideram o sábado um prenúncio do olam haba, o mundo vindouro.
30. A visão do Apocalipse foi dado a João como uma mensagem de feliz sábado.
31. De Gênesis ao Apocalipse o sábado é o único dia do Senhor.
32. Elen G. White diz o seguinte sobre essa questão: “Foi no sábado que o Senhor da glória apareceu ao exilado apóstolo. O sábado era tão religiosamente observado por João em Patmos como quando estava pregando ao povo nas cidades e vilas da Judéia”. (AA p. 581).
33. Há uma suposição esdrúxula de que “o dia do Senhor” nesse texto, seja uma referência ao dia da vinda de Jesus. Mas essa interpretação não faz o menor sentido, como poderemos entender que João teve uma visão sobre a vinda do Senhor, no próprio dia da vinda do Senhor, visto que o dia da vinda do Senhor está num tempo futuro?.
34. João certamente está se referindo ao dia de sábado um memorial da criação e também da redenção.
35. Nessa visão, dada para João no dia de sábado, Jesus está vestido como sacerdote, caminhando entre os candelabros.
36. As vestes de Sumo Sacerdote representa o papel que Jesus passou a desempenhar depois do cumprimento da profecia de Daniel 8:14 e o andar entre os candelabros é também uma referência ao papel do Sacerdote que incluía manter os candelabros sempre acessos.
37. No livro do Apocalipse os candelabros representam as sete igrejas da Ásia (ou as sete fases da igreja cristã ao longo da história) pra quem a mensagem origina foi enviada.
38. Nos dois primeiros capítulos Jesus se apresenta com títulos que o identificam como vencedor. Ele tem a última palavra nos eventos finais, Ele tem a chave da morte e da sepultura (ou inferno).
39. Assim, nos dois primeiros capítulos, Jesus é apresentado como sendo a solução escatológica da Igreja.
40. As sete diferentes mensagens que Jesus deu as sete igrejas da Ásia são para os cristãos de todas as épocas.
41. Havia muito mais que sete igrejas na Ásia, mas somente essas sete foram escolhidas para receberem essa mensagem.
42. As condições espirituais nas sete igrejas citadas coincidem com as condições espirituais da Igreja de Deus em sete diferentes períodos da história.
43. Assim como todo o livro do Apocalipse foi enviado como uma carta única, que deveria ser lida em todas as igrejas, assim, as sete cartas contém mensagens que podem ser aplicadas as igrejas de Deus de todas as eras.
44. E embora a característica geral do cristianismo hoje seja retratada pela Igreja de Laodiceia, alguns cristãos podem se identificar com as caraterísticas de algumas das outras igrejas.
45. A boa notícia é que, seja qual for a nossa condição espiritual, Deus vai ao nosso encontro para nos ajudar.
46. A primeira carta foi endereçada a igreja de Éfeso.
47. Levando-se em conta que cada carta corresponde a um período da Igreja cristã na história, a primeira carta corresponde ao período em que João estava vivo. Esse período começa no ano 31 e termina no ano 100 dC.
48. Por dois motivos a igreja de Éfeso foi usada para representar o primeiro período da história da Igreja cristã. Por ser a igreja mais influente do momento e provavelmente por ter sido, de todas as igrejas da Ásia, a que teve maior contato com os apóstolos de Cristo.
49. A nota triste nessa carta é que eles estavam abandonando o primeiro amor. A fé estava em declínio.
50. O grande perigo dessa situação é que eles corriam o risco de ver a luz do seu candelabro apagar.
51. Jesus deu pra essa igreja três conselhos: “lembra-te pois, de onde caístes, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras”.
52. Esse conselho foi dado pelo seguinte motivo: A igreja apostólica foi caracterizada por seu amor e fidelidade ao evangelho. Mas no final do primeiro século, ela começou a perder o “fogo” do primeiro amor, afastando-se da simplicidade e da pureza do evangelho.
53. Nos três conselhos estão estampados os três passos que acompanham a conversão: reconhecimento da condição de pecador, arrependimento e confissão e mudança de comportamento.
54. Assim, podemos deduzir que os três conselhos dados à igreja de Éfeso servem para todas as demais igrejas em todas as fases seguintes.- Os três conselhos dados a igreja de Éfeso servem também para os cristãos que estão vivendo no período da Igreja de Laodiceia?
- O que voc aprendeu do estudo da lição dessa semana?
Lição 8: Unidade na fé
1. Nesta semana, examinamos alguns ensinamentos bíblicos fundamentais que moldam nossa unidade.
2. Chamamos esses ensinamentos fundamentais de “Nossas Crenças”.- A propósito, quantas são as nossas crenças fundamentais? (28)
- E nossas doutrinas, quantas são? (6)
- Qual a diferença entre crenças e doutrinas e quais são as nossas 6 doutrinas?
- Como devemos lidar com os de fora de nossa comunidade que não creem em nossas crenças?
- Como chamamos os que frequentam nossa comunidade e não creem em nossas crenças? (dissidentes)
- Como devemos lidar com esses dois grupos?
3. “A atitude hostil de uns contra os outros destruía sua comunhão e amizade e, assim, prejudicava a unidade e a missão da igreja”.
4. Precisamos demonstrar amor uns para com outros até quando discordamos.
5. Temos um conjunto de crenças que também são crenças de outras denominações. Esses são nossos pontos comuns com nossos irmãos evangélicos.
6. Mas, também temos um conjunto de crenças singulares que ninguém mais no mundo tem proclamado. Ou as proclamam de modo diferente do nosso.
7. Essas crenças singulares são nossas verdades distintivas. Elas nos definem como o povo remanescente do tempo do fim.- Sobre o que devemos conversar com os irmãos evangélicos que pensam diferente de nós?
- Vocês se lembram de alguma crença que é uma exclusividade Adventista?
- Vocês se lembram de alguma crença evangélica que também professamos de modo diferente ou com maior ênfase?
8. Há alguma diferença na maneira como nós cremos na morte e na ressurreição de Cristo em relação a outras Igrejas cristãs? Nós a proclamamos no contexto do evangelho eterno, como parte da tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14:6 a 12.
9. Nós a enfatizamos como nenhuma outra religião faz. Não como acontecimentos isolados, mas como parte de um processo de reconciliação denominado de plano da expiação.- Quanto a segunda volta de Cristo: Existe alguma diferença entre o que nós cremos e os demais irmãos evangélicos creem?
- A promessa da segunda vinda de Cristo exerce alguma influência unificadora sobre nós?
- Que lições podemos extrair da parábola das dez virgens? (Há muitas semelhanças em relação a espera e uma grande diferença em relação ao modo de esperar)
- Qual é a nossa crença mais distintiva? (O ministério de Jesus no santuário celestial)
- Qual era o plano de Deus para a construção do Santuário? (Manifestar Sua presença entre o seu povo e por meio dos seus serviços ensinar o plano da salvação para o seu povo e sobre ministério sacerdotal de Jesus no céu
10. Visto que o ministério sacerdotal terrestre apresentava duas fases, o serviço diário e o anual – no lugar Santo e no santíssimo. O ministério de Cristo também está contemplado em duas fases: a segunda fase começou no final da Profecia das 2300 tardes e manhãs a partir de 1844 quando Jesus iniciou sua obra de sumo sacerdote – nessa segunda fase do seu Ministério, Jesus reúne alguns aspectos semelhantes ao do sumo sacerdote no dia da purificação ou dia da expiação.
11. A doutrina desses dois Ministérios ou fases é uma contribuição Adventista singular para a compreensão de todo o plano da salvação.
12. Outra mensagem distintiva da Igreja Adventista do Sétimo Dia é o sábado como dia de repouso.
13. Somente os Adventistas aceitam essa doutrina conforme está na Bíblia. De pôr do sol a pôr do sol – e o sábado como um sinal do povo de Deus.
14. Somente os Adventistas acreditam que na criação três atos distintivos estabeleceram o sábado: o Senhor descansou, abençoou e santificou.
15. Somente os Adventistas acreditam que o sábado confirma Deus como criador e a criação como um processo que durou seis dias. O sétimo foi preparado para celebração.
16. Quando Jesus esteve na terra Ele realizou alguns milagres no sábado para ensinar a dimensão da cura física e espiritual que resulta da celebração do sábado.
17. A observância do sábado simboliza o repouso espiritual em Cristo e a confiança que devemos ter em Seus méritos, e não em obras, para nos salvar do pecado e nos dar a vida eterna.
18. Somente os Adventistas creem que o sábado será o sinal de Deus na última hora em contraste com o domingo como o sinal da besta.
19. Outra crença distintiva dos Adventistas é o estado dos mortos após a morte.
20. Nós cremos que na morte, entramos em um estado de sono e que não há consciência de nada que possa existir.
21. O homem não foi criado imortal, mas candidato a imortalidade. Só Deus é imortal.
22. Quando Jesus morreu e ressuscitou ele venceu a morte e destruiu o seu império. A Bíblia nos assegura que a vida eterna é um dom gratuito de Deus por meio de Jesus Cristo.
23. O Novo Testamento nada fala sobre “almas” que vão para o céu imediatamente após a morte da pessoa; esse ensino tem suas raízes no paganismo, remontando à filosofia dos gregos antigos, e não é encontrada em nenhuma parte da Bíblia.
24. O conjunto de nossas crenças e as práticas que emergem delas, tornam-nos singulares.
25. Assim, nosso amor por Jesus e o que ensinamos sobre Ele nos une com poderosos laços.
26. Nosso nome resume bem o que cremos.
27. Uma parte do nosso nome aponta para criação e a outra para a redenção.
28. O que nós cremos e ensinamos forma nossa identidade e determina os fundamentos de nossa unidade.- A verdade pode ser vista como seletiva e excludente? (Sim, porque uma vez que rejeita o erro e prefere a verdade, não tem como não ser seletiva e excludente.
- Que cuidados precisamos ter em relação a esses dois aspectos em relação aos demais cristãos que creem diferente de nós?
- De que maneira o que estudamos essa semana influenciará nossos relacionamentos com Deus e com o próximo?
Lição 7: Quando surgem conflitos
1. Onde há relações humanas há conflitos.
2. Os conflitos surgem da tensão de interesses incompatíveis e sentimentos opostos.
3. Existem vários tipos de conflitos:
3.1. Cultural
3.2. Religioso
3.3. Econômico
3.4. Político
3.5. Ideológico
3.6. Intrapessoal
3.7. Interpessoal
3.8. Intergrupal
4. De todos os citados resolvi comentar os três últimos.
5. O conflito intrapessoal (interno) ocorre dentro da mente do indivíduo e produz:
5.1. Insatisfação
5.2. Insegurança e ansiedade
5.3. Sentimentos de culpa
5.4. Medo
5.5. Baixa autoestima
5.6. Transtornos e complexos
5.7. Depressão
6. O conflito intrapessoal pode nos destruir ou nos fortalecer, depende de como lidamos com ele.
7. Todos nós podemos transformar dificuldades em oportunidades.
8. O conflito interpessoal (conflito entre pessoas) provém de competições, mal entendidos, comunicação falha e expectativas não satisfeitas; divergências de ideias, pensamentos e crenças.
9. O conflito intergrupal surge em razão de discordâncias entre grupos. Ocorre quando há divergências ou opiniões diferentes em relação a algum assunto.
10. Que tipos de conflitos nós vimos no estudo da lição dessa semana?
11. Nessa semana estudamos como a Igreja primitiva resolveu os conflitos que enfraqueciam sua unidade e ameaçavam sua sobrevivência.
12. Os primeiros cristãos enfrentaram alguns conflitos em decorrência de preconceitos interpessoais e de sérias diferenças de interpretação das histórias e práticas fundamentais do Antigo Testamento.
13. Esses conflitos poderiam ter destruído a igreja logo em seu início, se não fosse pelos apóstolos e líderes zelosos que buscaram a orientação do Espírito Santo e das Escrituras para resolver essas tensões.
14. O primeiro conflito na igreja primitiva foi étnico.
15. Alguns cristãos tinham preconceito contra as viúvas de tradição grega e lhe forneciam menos alimentos do que as viúvas de tradição hebraica.
16. Esse favoritismo trouxe a primeira divergência.
17. Pra resolver esse conflito os apóstolos teriam que deixar de pregar o evangelho pra acompanhar mais de perto essa questão que estava produzindo críticas e divisões.
18. Felizmente eles decidiram dividir o grupo designando algumas pessoas para cuidar da Assistência social enquanto eles (os apóstolos) se dedicariam exclusivamente a pregação do evangelho.
19. O ministério dos apóstolos, que até então tinha sido pregar a Palavra de Deus e distribuir alimento para as viúvas, foi dividido em dois grupos, cada um igualmente valioso à proclamação do Evangelho.
20. Lucas usou a palavra (diakonia) para referir-se aos dois ministérios. Diakonia pois significava servir o evangelho ou servir as mesas.
21. O segundo conflito na igreja primitiva começou com a conversão dos gentios. A conversão dos gentios que deveria ser vista como uma benção passou a ser vista como uma maldição.
22. A conversão dos gentios tornou-se um ponto de discórdia.
23. Alguns judeus convertidos pensavam que a salvação era uma exclusividade deles. Visto que o Messias era o Salvador do povo da aliança.
24. Outros admitiam a inclusão dos gentios desde que eles se tornassem judeus, obedecendo a todos os aspectos das leis cerimoniais judaicas, inclusive a circuncisão.
25. Os judeus tinham tradições rigorosas e isso se tornava uma barreira para a conversão dos gentios.
26. O Espírito Santo escolheu Pedro para derrubar essa barreira, desconstruir essa ideia e acabar com o primeiro conflito teológico.
27. O Espírito Santo privilégiou Cornélio (um gentio) e seus parentes, com os mesmos dons dados aos apóstolos no dia do Pentecostes? Com isso ficou claro que Deus não requeria que os gentios se tornassem judeus antes de se tornarem cristãos.
28. Essa experiência de Pedro tornou-se um argumento poderoso no primeiro Concílio da Igreja cristã.
29. O primeiro Concílio da igreja cristã deve ter sido acalorado.
30. Os judeus protegiam suas crenças com muita paixão para proteger as leis instituídas por Deus eles haviam criado novas leis, leis de fronteira ou de proteção. A conversão dos gentios representava uma ameaça aos seus sistemas de valores e crenças.
31. A primeira viagem missionária revelou-se um sucesso, muitos gentios haviam se convertido sem que as exigências judaicas lhe fossem impostas. Qualquer solução parecia difícil.
32. Felizmente, os argumentos e testemunhos de Pedro e os discursos de Paulo e Barnabé levaram Tiago, como o possível presidente dessa assembleia, a emitir um parecer em harmonia com os propósitos de Deus.
33. Tiago deve ter surpreendido os delegados com a afirmação de que esse propósito de inclusão dos gentios não era algo novo. Na verdade, o chamado de Deus à Abraão incluía uma bênção a todas as nações por meio dele e dos seus descendentes.
34. Em Atos, vemos um exemplo poderoso de como a igreja primitiva, mediante a submissão à Palavra de Deus, juntamente com uma mentalidade de amor, unidade e confiança, evitou, sob a orientação do Espírito Santo, o que poderia ter sido uma enorme crise de unidade.
35. Como resultado de suas deliberações, todos reconheceram que o próprio Deus tinha provido a solução.
36. Entretanto, nem todos ficaram contentes com a decisão. Alguns judeus possuídos de presunção desaprovaram a decisão.
37. Esses se levantaram para fazer oposição aos apóstolos.
38. Desde o início foi assim e o será até o fim.
39. Vimos que os conflitos na Igreja primitiva incluíam tanto questões teológicas quanto de relacionamento, devido às diferentes origens e culturas daqueles que aceitavam a Cristo.
40. Os judeus tiveram que abrir mão de crenças firmemente consolidadas que atingiam o âmago de sua identidade para aceitar que o fato de que os crentes gentios não precisavam se tornar judeus para se tornarem cristãos.- Nossas crenças podem ser um obstáculo para a pregação do evangelho?
- Nesse caso o que podemos fazer? Devemos abrir mão de nossas crenças por amor a unidade?
- Que princípios devemos empregar na resolução de conflitos?
1. Admitir o problema abertamente.
2. Escolher pessoas com experiência para ajudar no processo.
3. Ouvir as partes.
4. Tomar a decisão com base nas Escrituras.
5. Buscar evidência da direção divina.
6. Comunicar a decisão dando razões para ela.- Nossa cultura pode ser um obstáculo para o reconhecimento da direção divina e pode influenciar nossa interpretação da Palavra de Deus?
Lição 3: A fim de que todos sejam um
1. Esta semana estudamos sobre a importância da unidade.
2. A importância desse tema está presente na oração intercessora de Jesus em João 17:1 a 26.
3. Como Adventistas nós entendemos que essa oração tem aplicação direta à unidade da Igreja.
4. Devemos estar unidos para cumprir a missão de anunciar ao mundo as três mensagens angélicas de Apocalipse 14:5 a 12. Essa é a mensagem de Deus para o tempo do fim.
5. Com esse propósito devemos nos aproximar de outros cristãos e nos unir com eles em questões de interesse sociais comuns.
6. Ellen G. White diz que devemos fazer isso sem comprometer nossas crenças nem práticas. Mas, devemos usar essa “unidade” para compartilhar as preciosas verdades com as quais temos sido abençoados.
7. Temos aprendido ao longo dos anos que Deus tem fiéis em todas as igrejas. Esses fiéis precisam ouvir o apelo: “sai dela povo meu”.
8. Precisamos ser cautelosos quanto ao envolvimento em convocações em favor da unidade com outras igrejas, como é visto nos movimentos ecumênicos.
9. Nossa união deve ter como meta questões de saúde, preservação do meio ambiente e valores éticos e morais.
10. Segundo os ensinos de Jesus essa unidade depende da fé e do amor. Ou de uma fé compartilhada em amor.
11. A fé nos ensina a conhecer a Deus e o conhecimento de Deus nos leva a obedecer os Seus mandamentos e a ensiná-los. Jesus nos ensinou que a vida eterna é conhecer a Deus.
12. Alguns cristãos, em nossos dias, ensinam que pra conhecer a Deus não precisamos guardar os seus mandamentos.
13. Nós cremos, que guardar os mandamentos não é uma condição para conhecer a Deus, mas um sinal de que o conhecemos e O amamos.
14. Isso indica que o conhecimento não é apenas teórico, mas nos conduz a uma ação.
15. A fé em Jesus desperta em nós o amor pelo próximo. O novo mandamento de Jesus para amar o próximo, não era novo em si mesmo, era novo em seu modelo, pois ele nos desafia a amar o próximo como Jesus amou”.
16. Precisamos reconhecer então, que a unidade que Jesus evocou tem como referência a unidade divina e como propósito a pregação do evangelho.
17. No centro dessa oração está a preocupação de Jesus pelo testemunho dos discípulos e pelo cumprimento da missão.
18. Essa oração por unidade, também chamada de oração sacerdotal, está dividida em três partes.
19. Em primeiro lugar, Jesus orou por Si mesmo. Ele sabia que tinha chegado a hora do seu sacrifício, precisava de forças para concluir sua missão.
20. Sua aceitação da Cruz não era uma espécie de fatalismo. Em vez disso, era Sua maneira de provar o Seu amor e nos salvar removendo de sobre nós a sentença de morte imposta pelo pecado.
21. Ele não morreu como mártir, mas voluntariamente, para glorificar Seu Pai e cumprir o motivo de Sua encarnação.
22. A unidade que Cristo pede e propõe, sugere um relacionamento significativo e salvífico com o Pai e um relacionamento eficaz para testemunhar da verdade e fazer discípulos.
23. Em segundo lugar, Jesus orou por seus discípulos. Jesus sabia que eles estavam em grave perigo de perder a fé.
24. Jesus sabia o que o inimigo seria capaz de fazer para derrotá-los.
25. Jesus sabia o que o inimigo estava fazendo com Judas e não queria a mesma desdita para os demais discípulos. Por essa razão, Jesus precisou interceder por eles para que o maligno não os derrotasse.
26. Jesus não orou pelo mundo, que jaz no maligno, mas pelos discípulos que realizariam sua missão no mundo.
27. A unidade deles estava fundamentada na unidade do Pai e do Filho, e era um pré-requisito indispensável para o cumprimento da missão.
28. A santificação ou consagração dos discípulos à verdade também era indispensável para o serviço.
29. A obra da graça de Deus nos coração dos discípulos os transformaria.
30. Mas se eles quisessem testemunhar da verdade divina, eles mesmos deviam ser transformados por ela.
31. Em terceiro lugar, Jesus orou pela unidade do Seu corpo, para que os futuros cristãos também estivessem unidos.
32. Assim como as três pessoas da divindade nunca agem independentemente um do outro, mas estão sempre unidos em tudo o que fazem, bem assim os cristãos deveriam agir.
33. A unidade à qual Jesus se referiu nessa oração é uma unidade de amor e propósito, como a que há entre as três pessoas da divindade. Manifestar essa unidade em amor confirmaria publicamente o relacionamento dos discípulos com as três pessoas da divindade.- O que significa “não ser do mundo”?
- O que faz com que não sejamos deste mundo?
- Como podemos alcançar a unidade?
- Guardar os mandamentos é uma condição para conhecer a Deus ou conhecer a Deus é uma condição para guardar os mandamentos?
Lição 1: Criação e Queda
1. Toda tentativa de compreender a natureza da unidade na Igreja deve começar com o plano original de Deus na criação e, em seguida, com a necessidade de restauração após a queda.
2. Na criação Deus se apresenta no singular e plural. Ele se apresenta como um só Deus, mas também se apresenta como três pessoas.
3. Deus é uma unidade formada por três pessoas. Uma unidade sem crise de relacionamento.
4. O primeiro casal foi criado conforme essa semelhança. Dois “eu” (Adão e Eva) que se tornou um “nós” através do casamento (uma só carne) para viver numa sociedade, a semelhança da divindade, sem crise de relacionamento.
5. Antes do pecado Adão e Eva era uma unidade de duas pessoas sem crise de relacionamento (era nós). A semelhança de Deus, que sendo “um” é “três”.
6. Essa condição entre o primeiro casal só prevaleceu enquanto não existia o pecado.
7. Quando o pecado passou a fazer parte da vida deles, eles deixaram de ser “nós” e surgiu dois grandes “eu” trocando acusações.
8. O pecado é a exaltação do “eu”. O pecado acabou com a unidade do “nós” e fez o “eu” se engrandecer.
9. Para salvar a raça humana a unidade trina manifestou o seu amor através de Jesus Cristo.
10. Em Jesus Cristo a divindade manifestou o Seu amor.
11. Cristo é Deus dizendo “nós” queremos salvar abraça humana.
12. O propósito original de Deus na criação incluía a coexistência harmoniosa e a relação interdependente de todas as formas de vida.
13. O belo mundo criado por Deus viveu a experiência do “nós” até a entrada do pecado.
14. A imagem e semelhança de Deus, parece indicar, que há uma relação entre a condição de Deus e a condição do homem, ambos desfrutam de uma unidade plural, desfrutam de um relacionamento sem crise. Antes do pecado só há o reino do “nós”.
15. O princípio que edifica o “nós” é o amor. O amor é o suporte de sustentação do “nós”. É o amor que transforma o plural em singular. O “nós” é o símbolo mais perfeito de unidade.
16. O “nós” representa a unidade produzida pelo amor.
17. A principal consequência do pecado foi a desunião.
18. Após o pecado Adão e Eva fugiram, se esconderam, tiveram medo, se acusaram e acusaram a Deus.
19. O pecado fez brotar o “eu” no coração do primeiro casal. A desobediência rompeu a relação do “nós”.
20. A evolução do “eu” fez o homem fugir de Deus, matar e buscar salvação em si mesmo.
21. A principal iniciativa do “eu” é fugir do nós. E, uma vez que Deus é “nós” os homens tentaram fugir de Deus.
22. A unidade produzida pelo “eu” gera falsidade. A ideia de construir a torre de Babel era a tentativa humana de edificar um monumento ao “eu”.
23. A unidade centrada no “eu” é falsa. Deus acabou com essa pseudo unidade.
24. Em Babel os “eu” se uniram para formar novas civilizações conforme conseguiam se identificar verbalmente.
25. Essas civilizações unidas por interesses egoístas buscaram para si falsos deuses.
26. Deus então tomou a iniciativa de convidar um homem chamado Abraão com o propósito de restaurar o princípio da unidade.
27. O convite exigia fé, sacrifício e renúncia. E oferecia uma grande benção.
28. Por meio de Abraão, Deus se uniria novamente a raça humana e a proposta do “nós” em forma de reconciliação e graça seria oferecida pra todo aquele que nEle crê.
29. O amor de Deus pela humanidade está no centro do chamado de Abraão e da eleição de Israel.
30. Deus não escolheu Abraão ou elegeu a nação de Israel tendo em vista qualquer merecimento.
31. Deus fez um chamado que Abraão obedeceu. Em outras palavras: Abraão confiou nos planos de Deus para salvar a raça humana. Isso fez dele um amigo de Deus.
32. Por meio de Abraão e da nação de Israel, e hoje, através de Jesus Cristo, o plano de Deus continua em execução.
33. Deus tem hoje sobre a terra uma igreja que defende Sua verdade e que se mantém unida por meio dessas mesmas verdades.
34. O segredo dessa união é fortalecido e relembrado por meio das duas instituições criadas antes do pecado. O sábado e a família. Ambas, objetos do ódio de Satanás.
35. O sábado e a família relembram a criação e o elo que deve existir entre marido e mulher.
36. O sábado e a Família relembram nossa semelhança com Deus.
37. O sábado e a família falam de um momento em que só existia o “nós”.
38. Falam também que essa unidade perfeita e essa união sem crise, será restaurada por ocasião da volta de Jesus.- Que evidência do desejo de Deus pela unidade aparece no relacionamento da criação?
- Por que o pecado pode ser descrito como a raiz da desunião?
- Qual é a importância de Abraão no plano divino para restaurar a unidade?
- Como o pecado impacta nossos relacionamentos?
Lição 13: Viagem a Roma
1. Chegamos por fim ao último capítulo da vida de um dos personagens mais fascinantes da história do cristianismo.
2. Um homem cuja história pode ser dividida em dois tempos: antes e depois de Cristo.
3. Assim como Jesus Cristo dividiu a história da humanidade em dois tempos, (aC e dC), também podemos dizer que o apóstolo Paulo dividiu a história do cristianismo em dois tempos (aP e dP).
4. Na última semana estudamos sobre a detenção de Paulo em Cesareia (por um período que durou 2 anos) e sobre o desempenho do seu ministério diante de dois governadores e um rei.
5. Nessa ocasião, para não ser enviado de volta para Jerusalém e ser julgado por um tribunal judeu, Paulo, por ter cidadania romana, preferiu apelar para o julgamento de Cesar.
6. Há muito tempo Paulo desejava visitar Roma, mas, certamente, não nessa condição. Mas, às vezes, Deus nos usa para mudar as circunstâncias ou usa as circunstâncias para nos mudar.
7. Sua prisão em Jerusalém mudou seus planos, mas não os planos de Deus.
8. Mesmo quando falhamos com Deus, Ele ainda pode nos dar outra chance, embora nem sempre nos poupe das consequências de nossas ações.
9. A viagem pra Roma foi muito tumultuada por razões climáticas, mas em meio a todos os desafios e contratempos, Deus usou Seu servo Paulo para testemunhar do Seu amor e providência.
10. Os infortúnios da raça humana estão quase sempre ligados ao fato de ignorarem as advertências de Deus, preferindo seguir as próprias inclinações e vontades.
11. As tempestades da vida acabam atingindo todos os que não consideram os sinais de aviso.
12. Em certo sentido, a viajem de Paulo a Roma foi uma saga. Em meio as intempéries, o prisioneiro Paulo interpretou vários papéis.
13. Durante o primeiro trecho da viagem todos os que estavam a bordo do navio perceberam que porque não deram ouvidos as advertências de Paulo todos foram penalizados.
14. Com palavras proféticas Paulo manteve viva a esperança de todos os tripulantes.- Que importância tem as palavras proféticas para sua vida?
15. Os que estavam a bordo, não tinham motivos para confiar em Paulo. A final de contas, quem era Paulo? Para eles um mero prisioneiro, igual aos demais.
16. Mas quando perceberam que a providência divina estava com Paulo, pararam pra lhe dar ouvidos.
17. Diante de um iminente naufrágio e o perigo de fuga dos prisioneiros, as circunstâncias exigiam uma atitude radical para evitar a fuga. E foi dada uma ordem para matar todos os prisioneiros.
18. Isso só não aconteceu porque o testemunho de Paulo já tinha tocado o coração do centurião.
19. O testemunho do cristão é o seu maior argumento. É o seu apelo mais eloquente.
20. Precisamos pregar a todo tempo, quando necessário com palavras. Mas não podemos esquecer que nossa maior pregação é o nosso testemunho.
21. Por fim todas as vidas foram salvas. Agora estavam numa pequena ilha chamada Malta.
22. Enquanto todos desfrutavam da sensação de estar salvo, enquanto Paulo preparava uma fogueira para se aquecer, uma cobra venenosa picou a mão de Paulo.
23. De imediato vieram os julgamentos, escapou da tempestade mas foi picado por uma cobra, o juízo dos deuses não o deixou impune.
24. Paulo, com indiferença sacudiu a cobra para o fogo e nada lhe aconteceu.
25. Quando a cobra picou Paulo, disseram: esse é um criminoso que não conseguiu fugir da ira divina. Quando o tempo passou e nada aconteceu a Paulo, disseram: esse homem é um deus.
26. Você já notou como as pessoas migram de uma opinião para outra em pouco tempo?
27. Durante os dias que permaneceu nessa ilha Paulo desenvolveu seu ministério e curou muitas pessoas. O ministério de Paulo estava onde ele estava.- Você tem um ministério? Ele está onde você está?
28. Não há menção de um único converso em Malta, isso não indica que não houve. Essa omissão pode ser inteiramente ocasional, mas ilustra o fato de que nossa missão no mundo vai além de batismos ou plantio de igrejas.
29. Nossa missão envolve o cuidado desinteressado para com as pessoas e suas necessidades. Esse é o lado prático do evangelho.
30. Depois que o inverno passou, depois de três meses em Malta, puderam prosseguir viagem e chegaram a Roma.
31. A notícia da chegada de Paulo a Roma levou vários cristãos a se deslocarem de vários locais para recebê-lo.
32. Essa demonstração de amor e cuidado certamente reanimou o coração de Paulo.
33. O mundo sofre por carência de amor e solidariedade. Como disse alguém: “Amor é a gota que falta para o mundo transbordar em paz”.
34. Em seu relatório oficial, Festo não teve motivo para acusar a Paulo. Por essa razão, o julgamento de Paulo foi prorrogado por cinco anos e ele teve direito a algumas regalias.
35. É certo, que na condição de prisioneiro, ele precisava ser mantido acorrentado a algum soldado. A tradição romana impunha que todo o prisioneiro já condenado em alguma instância, deveria ser mantido sobre a máxima segurança. Por isso, numa escala de revezamento de 24h por por 42h um soldado era acorrentado ao preso.
36. Fico pensando no privilégio desses soldados e como a vida deles foram impactadas por essa convivência.- Sua vida tem impactado a vida de alguém?
37. Mesmo nessa condição Paulo pregou. Ele não podia ir as pessoas, mas as pessoas vinham a ele. Ele não podia ir a igreja, mas a Igreja vinha a onde ele estava.
38. Quantos se converteram nesse período? Ninguém sabe. Só Deus Sabe a soma dessa matemática.
39. A vida de Paulo representou a vitória do evangelho.
40. “A paciência e o bom ânimo de Paulo durante sua longa e injusta prisão, bem como sua coragem e fé, eram um constante sermão. Seu espírito, tão diferente do espírito do mundo, dava testemunho de que um poder mais alto que o da Terra habitava com ele” (AA 464).
41. Quando o poder e a utilidade de Paulo pareciam aniquilados e, ao que tudo indicava, bem pouco poderia fazer, ele alcançou para Cristo frutos em campos dos quais pareciam inteiramente excluídos. (AA 646).
42. Paulo depôs a vida corajosamente no ano 64 d.C. Por ordem de Nero. Sua morte porém não silenciou sua voz que ainda hoje chega aos nossos ouvidos por meio dos seus escritos que foram preservados pelo Espírito Santo.
43. O livro de Atos termina abruptamente, sem aparente conclusão. Isso indica que esse livro continua sendo escrito com a vida e o testemunho de todos os seguidores de Cristo.
44. Atos dos Apóstolos não é um livro inacabado, é um livro que ainda continua sendo escrito.- Você tem contribuído para escrever esse livro?
- De que forma você tem contribuído?
Lição 12: Detenção em Cesareia
1. A lição dessa semana nos convida a pensar sobre o que realmente significa defender a fé.
2. Paulo estava sendo mantido em cativeiro, e quando ele teve a oportunidade de falar, seu objetivo não foi denunciar as muitas incoerências daqueles que estavam lhe julgando. Em vez disso, seu objetivo foi apresentar Jesus de tal maneira que os ouvintes se tornassem cristãos.
3. Em meio ao tumulto que ocorreu logo após a sua chegada a Jerusalém e o seu quase linchamento, Paulo escapou graças a intervenção de uma guarda romana.
4. Diante da ameaça de ser açoitado ele evocou sua cidadania romana. Isso, não só o livrou de ser açoitado, bem como de ser julgado por um tribunal de Jerusalém.
5. Em virtude dessa apelação, e por causa de certas ameaças de morte, ele foi transferido para Cesareia.
6. Sua transferência para Cesareia inaugurou um período de dois anos de prisão no pretório (uma espécie de prisão militar) na residência oficial dos governadores romanos.
7. Durante esse período, Paulo teve várias audiências nas quais compareceu diante de dois governadores romanos (Félix e Festo) e um rei (Agripa II), cumprindo assim a última parte do seu chamado.
8. Vocês lembram para que Paulo foi chamado? “…porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel” (Atos 9:15).
9. Nessas audiências, foram concedidas a Paulo vária oportunidades de testemunhar sobre Jesus e a grande esperança encontrada na promessa da ressurreição.
10. Foram dois anos de confinamento tedioso, profunda ansiedade e indiferença da igreja de Jerusalém em relação a ele.
11. Durante esses dois anos Paulo tentou provar sua inocência diante do tribunal romano, mas, quando se viu acuado e correndo o risco de ser devolvido para Jerusalém, para ser submetido ao julgamento dos judeus, ele apelou para César.
12. Félix era o governador de Cesareia e cinco dias após a chegada de Paulo convocou o acusado e os acusadores para a primeira seção de julgamento.
13. O sumo sacerdote e alguns membros do Sinédrio compareceram diante de Félix com um advogado chamado Tertuliano. Paulo compareceu sozinho.
14. Embora, aparentemente sozinho, Paulo compareceu diante do tribunal acompanhado com o maior de todos os advogados: o Espírito Santo.
15. Tertuliano introduziu sua fala com bajulação e mentira e três acusações contra Paulo.
15.1. Declarou que Paulo era um agitador que constantemente fomentava distúrbios entre os judeus por todo o império.
15.2. Que ele era o líder de um movimento revolucionário identificado pelo nome de a seita dos nazarenos.
15.3. Que havia tentado profanar o templo de Jerusalém.
16. Para se defender Paulo usou dois argumentos fortíssimos.
16.1. Se ele era um agitador que fomentava distúrbios entre os judeus e por todo o império, aonde estavam as testemunhas.
16.2. Se a acusação tinha como base o incidente ocorrido no Sinédrio na semana anterior, então o único argumento para acusá-lo era sua crença na ressurreição dos mortos. Uma crença aceita e defendida por muitos líderes judeus que se declaravam fariseus.
17. Félix, que atuou como juiz, percebeu que não havia nada que justificasse a prisão de Paulo, mas, para não desagradar os judeus, manteve Paulo preso querendo tirar algum tipo de vantagem dessa situação.
18. Félix estava familiarizado com o cristianismo, provavelmente por causa de sua esposa judia, Drusila.
19. Essa reação de Félix revelou muito sobre o seu caráter e Paulo percebeu que tinha poucas chances de ter um julgamento justo com alguém como Félix.
20. Depois de manter Paulo na prisão por dois anos, apenas para ganhar a simpatia dos judeus, Félix foi substituído por Pórcio Festo no governo da Judéia.
21. Sabendo da mudança, os líderes judeus se anteciparam e pediram como favor que Festo mudasse a jurisdição do julgamento de Paulo.
22. Esse pedido, porém, era apenas um disfarce para esconder a verdadeira intenção daqueles líderes: matar Paulo.
23. Felizmente, Festo não aceitou. Ele reabriria o caso, mas o julgamento seria em Cesareia. Talvez Festo também pensasse que Paulo representava uma ameaça para o império.
24. Assim que Festo assumiu convocou o tribunal. Os detalhes desse novo julgamento não estão registrados, mas, com base nas respostas de Paulo, o único fato novo foi a acusação de que Paulo representava uma ameaça para o império.
25. Festo, não agiu de modo diferente de Félix. Para não perder o apoio dos líderes judeus ele não declarou a inocência de Paulo. Festo pensou em atender o pedido dos líderes judeus permitindo que Paulo fosse julgado pelo Sinédrio em Jerusalém.
26. Então, Paulo, valendo-se de suas prerrogativas romanas resolveu apelar para a última instância da justiça romana, que era o imperador.
27. Festo concordou em atender o pedido de Paulo e enviá-lo para Roma.
28. Então, aproveitando a visita do rei Herodes Agripa II e sua irmã Berenice, resolveu pedir sua opinião para fazer um relatório oficial.
29. Agripa pediu para ouvir a Paulo, e Festo introduziu a questão declarando que a acusação contra Paulo não era política e nem criminal, mas sim religiosa, especificamente ligada a certo Jesus, já morto, a quem Paulo declarava que estava vivo.
30. De certa forma Festo reconhecia que Paulo estava sendo acusado por conta de suas crenças religiosas pessoais.
31. Diante do rei Agripa, o prisioneiro foi trazido para apresentar sua defesa.
32. O discurso de Paulo foi, na verdade, o testemunho pessoal de sua conversão.
33. Ele falou de sua condição antes de conhecer a Jesus, de seu encontro com Jesus e de sua nova vida pós-encontro.
34. Paulo, deixou claro em seu discurso, que o motivo de sua prisão não estava ligado a violação de nenhuma lei judaica, mas a sua mensagem que estava em total harmonia com os ensinos bíblicos.
35. Nas entrelinhas, Paulo deixou claro que o motivo de sua prisão eram suas declarações públicas de que os gentios podiam participar igualmente da salvação.
36. Algumas declarações de Paulo incomodaram a Festo por que suas crenças não se harmonizavam com os ensinos de Paulo.
37. Quanto ao rei Agripa, por ser judeu, não podia negar os ensinos de Paulo.
38. A resposta do rei Agripa ao apelo de Paulo foi uma desculpa disfarçada de preocupação. “Você acha que então pouco tempo pode convencer-me a tornar-me cristão?”
39. A resposta de Paulo foi tão espetacular quanto o apelo. “Em pouco ou em muito tempo, o que peço a Deus é que não apenas tu, mas todos os que hoje me ouvem se tornem como eu, porém sem estas algemas”.
40. Paulo podia ter pedido liberdade, a exemplo dos que o ouviam. Em vez disso, pediu que eles fossem como ele, exceto pelas algemas.
41. Que indireta! Estou preso, mas sou livre. Vocês estão livres, mas são presos.
42. O zelo missionário de Paulo ultrapassava grandemente sua preocupação com a própria segurança.
43. Na parte de sexta há uma reflexão sobre o que poderia ter pensado o rei Agripa na hora do apelo de Paulo.- A decisão de Paulo de recorrer a Cézar foi correta?
- Você já fez algum sacrifício por amor ao evangelho?
- Como saber qual é a melhor maneira de compartilhar o evangelho?
- Você tem algum testemunho elaborado para defender a sua fé?
Lição 8: O concílio de Jerusalém
1. Vamos começar o estudo desse sábado com uma pergunta: Seja honesto na hora de responder – Você acha difícil ter comunhão com cristãos de outras denominações?
1.1. Se sua resposta foi “SIM” tenho uma nova pergunta: Segundo o evangelho, qual deveria ser nossa atitude em relação aos cristãos de outras denominações?
2. A primeira Conferência Geral da igreja cristã ocorreu na cidade de Jerusalém por volta do ano 49dC.
3. A Assembleia foi convocada para tratar especificamente de um tema doutrinário.
4. Ellen G White resume a problemática com essas palavras: “Os judeus temiam que, se as restrições e cerimônias de sua lei não se tornassem obrigatórias aos não judeus como condição para serem membros da igreja, as peculiaridades da nação judaica, que até então os haviam mantido como um povo distinto de todos os outros povos, acabariam desaparecendo dentre os que recebiam a mensagem do evangelho” (Atos dos Apóstolos, p. 189).
5. Paulo e Barnabé trouxeram na bagagem do relatório da primeira viagem missionária um problema que precisava ser decidido em Assembleia.
6. Muitos gentios tinham se convertido e a questão era a seguinte: Para os judeus, antes de um gentio se tornar cristão precisava se tornar um prosélito judeu.
7. Ou seja: Precisava primeiramente ser circuncidado, para ser considerado um prosélito judeu a fim de fazer parte do povo de Deus e ter comunhão com eles.
8. O problema atingiu um nível crítico e a igreja precisou realizar um Concílio para encontrar uma solução.
9. A unidade da igreja estava sendo ameaçada por um grupo de judeus que queriam impor a circunscisão aos gentios.
10. Tradicionalmente chamados de judaizantes esses indivíduos eram fariseus que se converteram ao cristianismo mas não se sentiam a vontade com a presença de gentios incircuncisos na Igreja.- Como você se sente quando um pentecostal visita nosso templo e profere alguns améns em alto tom?
11. Paulo chama esses judaizantes de perturbadores e falsos irmãos, cuja verdadeira motivação era destruir gradativamente a liberdade espiritual do evangelho e levar os gentios recém-conversos à escravidão do legalismo.
12. O argumento dos judaizantes era o seguinte: A menos que os gentios fossem circuncidados e guardassem todas as demais leis cerimoniais judaicas, eles não poderiam ser salvos.
13. Para os judaizantes a salvação só podia ser encontrada na comunidade da aliança de Deus, porque de acordo com o Antigo Testamento não havia outra maneira de se tornar parte do povo de Deus a não ser por meio da circuncisão.
14. Em suma, os gentios só poderiam ser salvos se eles se tornassem judeus praticantes antes de se tornarem cristãos.
15. A unidade da igreja estava em risco e os irmãos de Antioquia enviaram Paulo e Barnabé para Jerusalém como delegados. Eles precisavam trazer uma solução.- Para uma pessoa ser salva precisa ser adventista?
- Um cristão pode se salvar sem guardar o sábado?
16. Outro argumento dos judaizantes era o seguinte: visto que Jesus era judeu, nenhum gentio poderia se beneficiar de Sua salvação antes de se tornar judeu.
17. Os dois grandes erros dos judeus:
17.1. Considerar a salvação como algo meritório; o que alguém precisa fazer para se salvar. Agindo assim estavam defendendo salvação pelas obras. Estavam distorcendo o evangelho.
17.2. Os judaizantes estavam misturando dois conceitos distintos: aliança e salvação. Ser membro de uma comunidade não garante a salvação.
18. O próprio Abraão não foi salvo pela circuncisão, foi salvo pela fé. Ele foi justificado antes de praticar a circuncisão.
19. A salvação sempre foi pela fé, a aliança foi o meio que Deus escolheu para revelar a si mesmo e o seu plano salvífico.
20. Através dessa exigência os judaizantes estavam impondo a circuncisão como meio de salvação, estavam anulando a graça de Deus, estavam tornando o sacrifício de Jesus de nenhum proveito e negando o caráter universal da salvação.
21. Não encontramos no livro de Atos todos os detalhes do debate, mas temos o discurso de Pedro que foi determinante para elucidar essa questão.
22. Pedro falou de sua experiência com Cornélio, falou de como Deus mostrara Sua aprovação quanto à conversão de Cornélio dando a ele e a sua família o mesmo dom do Espírito que havia concedido aos apóstolos no Pentecostes.
23. Em Sua divina providência, Deus havia preparado Pedro para ser seu advogado nessa hora.
24. Pedro provou que em relação à salvação Deus não fazia distinção entre judeus e gentios.
25. No seu discurso Pedro deixou claro que os gentios cristãos não podiam mais ser considerados impuros, pois o próprio Deus havia purificado o coração deles.
26. A declaração final de Pedro muito se assemelha a alguns discursos posteriores de Paulo. “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram”.
27. Outro que também teve um papel determinante nesse Concílio foi Tiago. Ele disse: “Não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilicitas, da carne de animais sufocados e do sangue”.
28. A proposta de Tiago foi que não deveriam ser impostas aos gentios outras restrições, além daquelas que normalmente seriam exigidas a qualquer judeu.
29. O problema estava resolvido. Visto que a salvação é pela graça, os gentios seriam isentos da circuncisão quando se unissem a igreja.
30. No final foi preparada uma Ata com a resolução tomada. Um documento oficial que refletia a autoridade da igreja.
31. A igreja de Jerusalém também decidiu nomear dois delegados Judas e Silas, para acompanharem Paulo e Barnabé até Antioquia. A tarefa deles era levar uma cópia da Ata para confirmar o conteúdo.
32. A primeira discordância mais grave da igreja primitiva foi, portanto, resolvida, pelo menos em teoria.
33. Ellen G. White declara: “Até mesmo os discípulos não estavam todos preparados para aceitar de boa vontade a decisão do Concílio”. (Atos dos Apóstolos, p. 197).- Pertencer a igreja verdadeira garante a salvação?
- Se estar na Igreja verdadeira não garante a salvação, então, qual é a vantagem de fazer parte dela?
- Existem problemas similares em nossa Igreja hoje?
- Quais situações hoje se assemelham à questão da circuncisão dos gentios na Igreja primitiva?
- Como Adventistas, como podemos evitar um complexo de superioridade e ainda nos considerarmos pessoas privilegiadas?
Lição 7: A primeira viagem missionária de Paulo
1. O Ministério de Paulo pode ser dividido em três partes ou em três grandes campanhas Evangelísticas.
2. Essa semana estudamos sobre a primeira viagem missionária, que durou cerca de três anos, de 46 a 48 dC. Paulo viajou com dois outros missionários, Barnabé e João Marcos e percorreram 1.513 km.
3. O ponto de partida da primeira viagem missionária foi a cidade de Antioquia da Síria.
4. A rota percorrida foi: Salamina, Pafos, Perge, Antioquia da Turquia, Icônio, Listra e Derbe.
5. Várias bênçãos, provações e riscos acompanharam-nos durante todo o trajeto.
6. Nesse trajeto surgiu a controvérsia se os gentios, que se converteram, deveriam ou não ser circuncidados. Por causa dessa controvérsia foi realizada a primeira Assembleia Mundial da Igreja para tratar desse tema. Essa Assembleia foi realizada em Jerusalém (esse é o tema da lição da próxima semana).
7. Nessa trajetória João Marcos deserdou da missão.
8. Nessa trajetória muitas gentios e judeus se converteram.
9. Nessa trajetória Paulo quase morreu apedrejado. Foi em Listra que Timóteo se converteu tornando-se posteriormente um forte sucessor de Paulo. Timóteo assistiu o apedrejamento de Paulo e ficou impressionado quando ele se levantou logo após ter sido considerado como morto.
10. Uma pergunta cabe nesse momento: Por que Jerusalém não foi o berço da primeira grande campanha missionária do cristianismo? A resposta é óbvia. Jerusalém se desqualificou quando rejeitou o autor do cristianismo e quando manifestou intolerância contra os primeiros cristãos.
11. Antioquia, uma cidade predominantemente habitada por gentios, entrou para os anais da história cristã como o berço das primeiras campanhas missionárias da fé cristã. Foi também nessa cidade que os seguidores de Cristo receberam o nome de cristãos.
12. Os cristãos que fugiram de Jerusalém se concentraram nessa cidade da Síria e logo o evangelho cresceu rapidamente.
13. Barnabé foi enviado para observar o crescimento e ficou tão impressionado que foi buscar Paulo para fortalecer o time.
14. Aproveitando esse contexto quero fazer uma pergunta: Por que, as vezes, as pessoas de outras denominações cristãs são mais difíceis de alcançar com a verdade presente do que aqueles que não possuem nenhuma fé?
15. Em virtude da grande aceitação do evangelho, da ausência das perseguições e das exigências cerimoniais judaicas, a cidade de Antioquia ofereceu condições ideais para ser a capital das missões cristãs do primeiro século.
16. Mas o Espírito Santo tinha planos mais amplos. Ele não queria que os cristãos se concentrassem num só lugar. Foi o Espírito Santo que organizou a primeira viagem missionária.
17. A campanha começou com três missionários e a primeira parada foi nas cidades de Salamina e Pafos no território de Chipre, região natal de Barnabé. De Antioquia da Síria para Salamina são 187 km e de Salamina a Pafos 125 km. Chipre é uma ilha no Mediterrâneo, localizada no sul da Turquia, a oeste da Síria e do Líbano, a noroeste de Israel e da Palestina, ao norte do Egito e ao leste da Grécia. Da cidade de Salamina só existe ruínas hoje.
18. Paulo resolveu começar sua campanha Evangelística na Sinagoga judaica. Paulo julgava da seguinte maneira: visto que Jesus era judeu e era o Messias de Israel, era mais do que natural que a pregação do evangelho começasse entre os judeus.
19. Lucas relata um episódio curioso que aconteceu em Pafos. Sergio Paulo, o governador romano do local, convidou os missionários para lhe dar estudos bíblicos, durante o estudo, um feiticeiro judeu, por nome Elimás, começou a perturbar. Paulo perdeu a paciência e lançou sobre ele uma sentença de juízo e ele ficou cego imediatamente. O governador ficou impressionado com o poder do evangelho é se converteu.
20. Depois de Pafos os três missionários foram para Panfilia e desembarcaram na cidade de Perge. Nessa cidade o trio missionário teve uma baixa, João Marcos desistiu da missão e voltou para casa. (Paulo guardou ressentimento desse episódio por muito tempo.
21. A dupla missionária prosseguiu e foram para Antioquia da Turquia.
22. Paulo, conforme seu costume, começou sua campanha Evangelística na Sinagoga judaica. Deram oportunidade pra ele falar e ele fez um sermão poderoso. Gostaram tanto que colocaram ele na escala para o sábado seguinte.
23. Alguns líderes judeus ficaram enciumados e começaram a desfazer os ensinos de Paulo. Paulo reagiu dizendo: já que vocês estão desprezando a salvação que é de vocês eu vou pregar para os gentios.
24. O sermão de Paulo foi muito profundo, mas também muito ofensivo para os judeus. Eles acreditavam que o perdão e a justificação estavam disponíveis por meio da lei de Moisés. Paulo não invalidou a lei, mas destacou sua incapacidade de realizar o que os judeus esperavam que ela fizesse, a saber, justificar. Paulo foi claro ao afirmar que essa prerrogativa repousava unicamente sobre Jesus Cristo.
25. Isso deixou os líderes judeus enraivecidos e eles expulsaram Paulo e Barnabé.- O que significa o fato de que a salvação ocorre somente por intermédio de Jesus?
- Como conciliar a necessidade de guardar a lei moral com o fato de que a lei não é capaz de justificar?
- Há alguma semelhança entre o que Paulo enfrentou com os líderes judeus e o que nós enfrentamos hoje com os evangélicos em geral?
- Por que a lei é incapaz de justificar? Porque não pode produzir obediência perfeita, e ainda que pudesse, essa obediência não poderia expiar nossos pecados.
- A decisão de Paulo, de priorizar os gentios, trouxe algum benefício para a pregação do evangelho?
26. No mundo antigo diversas práticas judaicas atraiam os gentios: o monoteísmo, o estilo de vida e o descanso sabático, entre outros.
27. Mas a circuncisão era um obstáculo sério. Os gregos e os romanos consideravam essa prática bárbara e repulsiva.
28. A possibilidade de se unir ao judaísmo e participar da salvação sem ter que realizar essa prática atraia os gentios.
29. Quando os líderes judeus rejeitaram o evangelho eles se excluíram da salvação é também liberaram Paulo e Barnabé para que se voltassem para os gentios.
30. Quando os gentios perceberam que eles podiam ser aceitos no plano da salvação sem terem que seguir as tradições judaicas eles receberam o evangelho com avidez.
31. A conversão em massa dos gentios gerou ciúmes nos judeus e eles resolveram perseguir Paulo e Barnabé que tiveram que fugir para Icônio. Os judeus não aceitavam o evangelho e não queria que os gentios aceitassem.
32. Paulo não conseguia entender como os judeus podiam desprezar a salvação que veio por intermédio deles. Tanto, que quando chegou em Icônio, esqueceu sua decisão de pregar só pra os gentios e começou sua campanha Evangelística na sinagoga judaica.
33. Alguns teólogos acham que Icônio é uma cidade da Ásia Menor conhecida pelo nome de Konya.
34. Paulo pregou na sinagoga de Icônio e muitos judeus e gentios se converteram.
35. Mas a perseguição dos líderes logo surgiu. Eles queriam apedrejá-los e eles fugiram para Listra.
36. Ao chegar em Listra Paulo curou um aleijado de nascença e o povo e os líderes da cidade julgaram que eles fossem deuses encarnados. Pensavam que Barnabé era Júpiter e Paulo, Mercúrio.
37. Na mitologia romana Júpiter era o deus da riqueza e Mercúrio o deus do saber e da inteligência.
38. Julgando-os deuses os gentios queriam lhes oferecer sacrifícios e foi com dificuldade que Paulo os impediu.- Como devemos reagir quando as pessoas querem nos dar o crédito do que Deus fez?
39. O que começou bem terminou mal. Os líderes judeus das cidades anteriores por onde eles passaram foram a Listra e inflamaram o povo contra os dois missionários. O povo então apedrejou Paulo.
40. Os mortos por apedrejamento são sepultados fora da cidade, por isso arrastaram o corpo de Paulo para fora da cidade. Entre os que rodearam aquele que parecia morto estava um jovem de nome Timóteo que se tornou um amigo pessoal de Paulo e um grande líder da igreja.
41. Os discípulos rodearam o corpo com tristeza. Porém, Paulo se levantou e entrou com eles na cidade. No dia seguinte viajaram para Derbe.
42. O texto não fala em perseguição em Derbe, fala apenas que eles fizeram muitos discípulos nessa região.
43. Depois de Derbe os dois missionários voltaram pra casa, fazendo o mesmo caminho da ida. Na volta visitaram os novos conversos fizeram eleições de oficiais, fizeram ordenação e oraram e jejuaram em favor das novas congregações.
44. Depois disso voltaram para Antioquia da Síria, para dar um relatório dos três anos de missão.- O que podemos fazer, individualmente e como igreja, para nutrir e fortalecer a fé dos novos conversos?
- Como evitar que tradições e crenças atrapalhem a pregação e o avanço da verdade, a exemplo do que fizeram os opositores de Paulo?
Lição 5: A conversão de Paulo
1. Essa semana nós estudamos uma linda história de conversão.
2. A história de Paulo nos convence de que ninguém está além da graça.
3. Para entender melhor a história de Paulo vamos dividi-la em três atos: O Perseguidor – O Convertido – O Apóstolo.
4. O PERSEGUIDOR:
4.1. O Primeiro retrato escrito de Paulo de que se tem conhecimento descreve-o como um homem violento, sanguinário, um perseguidor que matava a sangue frio os cristãos.
4.2. A morte do primeiro mártir da história cristã foi testemunhada por ele. A Bíblia não diz que Paulo participou do linchamento de Estêvão, mas deixa claro que ele apoiou os assassinos.
4.3. Quem era Paulo? Um judeu nascido em Tarso, capital da Cilícia, portanto um judeu helenista. Lembre-se de que os judeus helenistas eram considerados judeus de segunda categoria, eles viviam sob o estereótipo de não levarem a sério as tradições judaicas.
4.4. Os judeus helenistas não eram bem-vistos pelos sacerdotes, não podiam ser membros do Sinédrio e nem adorar no templo junto com os judeus não helenistas.
4.5. No entanto Paulo é uma exceção. Ele era membro do Sinédrio, aluno de Gamaliel, um dos maiorais da cúpula religiosa e um shaliah, um agente oficial nomeado pelo Sinédrio para realizar várias funções religiosas.
4.6. Por que Paulo, um judeu helenista, se tornou um homem de confiança dos sacerdotes judeus?
4.7. Paulo tornou-se um aliado dos sacerdotes na luta contra os cristãos.
4.8. Paulo acreditava que o cristianismo era uma pedra de tropeço para o povo judeu e que Cristo era um impostor.
4.9. Ele comungava com a teoria de que Jesus não se encaixava na tradicional expectativa judaica de um Messias soberano, eles não podiam, de nenhuma maneira, aceitar a ideia de que Aquele que morrera em uma cruz pudesse ser o Messias de Deus, pois as Escrituras declaram que maldito é todo aquele que é pendurado num madeiro.
4.10. Para Paulo, o cristianismo era uma contradição grotesca e os cristãos eram inimigos de Deus.
4.11. Dá pra entender isso? Paulo odiava os cristãos porque os cristãos amavam a Cristo.
4.12. Seu ódio pelos cristãos chegou ao pino quando ele aceitou ser um apóstolo do Sinédrio. Um shalah enviado na língua hebraica.
4.13. Após a morte de Estêvão, outro cristão helenista, que diferente de Paulo, amava a Jesus. Muitos judeus cristãos fugiram pra Damasco.
4.14. Sabendo os sacerdotes que havia em Damasco uma grande concentração de cristãos e que Paulo também odiava os cristãos, contrataram seus serviços.
4.15. Paulo foi enviado para Damasco como um “shaliah” um enviado dos sacerdotes para acabar com os cristãos, usando, se necessário de violência.
5. O CONVERTIDO:
5.1. Essa é a parte da história de Paulo que eu mais gosto.
5.2. Paulo partiu para Damasco com uma missão injusta. Era um homem blasfemo, perseguidor, insolente e violento.
5.3. Mal sabia o que lhe esperava. Ninguém pode lutar contra Deus.
5.4. Você não acha curioso que Paulo julgava-se um reverenciado especialista nas Escrituras, todavia inimigo do Deus que lhe falava por meio delas?
5.5. Poucas conversões na história do cristianismo podem ser comparadas à que aconteceu na estrada de Damasco.
5.6. A misericórdia encontrou Paulo no caminho de Damasco e a viagem criminosa de Paulo sofreu uma interrupção divina.
5.7. Do êxito daquela viagem dependia seu futuro, quem sabe uma função de maior proeminência entre os sacerdotes.
5.8. Quando estava a caminho de engrandecer ainda mais o seu nome, a luz da presença divina o atingiu, deixando-o cego.
5.9. Pense nessa cena: O orgulhoso e auto-suficiente Paulo que não precisava de ninguém, caído no chão, sem enxergar, em completa dependência dos outros.
5.10. Foi quando estava no chão que ele ouviu uma voz: “Por que você me persegue?”.
5.11. Quem é o Senhor? Essa foi a pergunta do Paulo humilhado no pó da terra. A resposta foi imediata: “Eu sou Jesus a quem tu persegues”.
5.12. A auto-apresentação veio seguida de uma ordem quanto ao que ele deveria fazer.
5.13. Depois desse momento e durante todo o seu ministério Paulo resumiria sua reação a esse encontro nessa frase: “Eu não fui desobediente a visão celestial”.
5.14. Depois desse encontro Paulo abandonou suas convicções, sua reputação e carreira e se tornou o apóstolo mais dedicado e produtivo.
6. O APÓSTOLO:
6.1. No capítulo 26:13 a 19 encontramos o novo Paulo contando ao rei Agripa os detalhes de sua conversão.
6.2. Jesus o comparou com um boi selvagem que coiceava a vara com a ponta fina que o instigava a andar e quanto mais reagia assim mais se machucava.
6.3. Talvez a melhor interpretação dessa metáfora indique que Paulo já estava vivendo um conflito espiritual que começou no momento em que ele testemunhou a morte de Estêvão.
6.4. Esse é o novo Paulo, que em vez de perseguir é perseguido, em vez de prender é preso, em vez de humilhar é humilhado, em vez de matar, morre, por que conhece o autor e consumador de sua fé.
6.5. Já ouvimos dizer que o sangue dos mártires foi a semente da igreja, posso dizer que o sangue de Estêvão foi a semente de Paulo.
6.6. Paulo descreve a si mesmo como o menor dos apóstolos e o maior dos pecadores, no entanto, ninguém foi tão influente na pregação do evangelho quanto ele.
6.7. Ninguém cruzou maior número de fronteiras para espalhar o evangelho quanto Paulo, ele estabeleceu a maior parte das igrejas da sua época e escreveu a maioria dos textos da teologia cristã.
6.8. A transformação do mais intenso perseguidor do cristianismo em seu defensor mais apaixonado mostra que a mudança completa está disponível a todos nós.
6.9. A transformação de Saulo, de perseguidor mais temido da igreja para seu defensor mais fervoroso, é uma história sem paralelo.
7. Como podemos ser hoje um instrumento escolhido por Deus na pregação do evangelho?
8. Que coisas nós precisamos abandonar e quais coisas nós precisamos adotar a fim de experimentar a verdadeira conversão?
9. Qual é a função da humildade para que sejamos seguidores e testemunhas eficientes de Jesus?
10. Qual é o seu propósito como cristão?Lição 4: Os primeiros líderes da igreja
1. Em todas as épocas da triste e contraditória história humana, Deus tem tido Suas testemunhas.
2. “A igreja é o instrumento apontado por Deus para salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo” (AA p. 9).
3. Embora as igrejas templos ou prédios, ocupem em nossos dias, mais proeminência do que as igrejas indivíduos, Deus escolheu foi pessoas para realizar a tarefa mais solene da terra, que é a pregação do evangelho.
4. O processo de escolha de Deus destoa do padrão humano. Encontramos na Bíblia vários exemplos do modo como Deus escolhe e utiliza pessoas.
5. Nos primórdios da igreja cristã não foi diferente. Jesus escolheu homens simples no lugar dos líderes judeus. Escolheu pessoas humildes e moldáveis para gerenciar o seu projeto.
6. Um fiel exemplo disso vemos no Pentecostes quando Deus usou judeus helenistas para proclamar o evangelho.
7. Seria como dizer que Deus escolheu cristãos de outra denominação para pregar o evangelho em nosso lugar.
8. Os judeus helenistas apresentavam vantagens e desvantagens para executar o plano de Deus.
9. As desvantagens: não conheciam todas as doutrinas e não falavam o idioma popular – o aramaico.
10. As vantagens: Eram menos preconceituosos e estavam mais dispostos a compreender o caráter inclusivo dá fé cristã.
11. No início essas diferenças trouxeram certas desavenças, mas logo essa desavenças foram superadas pelo êxito das campanhas evangelisticas e pelo número crescente de novos conversos.
12. Surgiu então outra desavença – no âmbito social – envolvendo os cristãos helenistas. Eles alegaram que suas viúvas estavam sendo discriminadas. Seria como dizer hoje que o Serviço Social Adventista (ASA) não estava fornecendo auxílio para determinado grupo de cristãos carentes.
13. Pelo desdobramento do problema se percebe que era mais uma questão de gestão do que de discriminação.
14. Seja como for, nesse momento inicial da igreja, qualquer tipo de desavença seria contrário ao espírito evangelho.
15. Uma das principais armas do diabo contra a igreja de Deus é a desavença.
16. Toda desavença produz desunião e inimizade. A inimizade destrói o relacionamento e se transforma em mal testemunho, e o mal testemunho enfraquece a pregação do evangelho.
17. A mão do diabo estava operacionalizando essa desavença.
18. As duas principais frentes de trabalho Evangelístico na época era ação social e pregação do evangelho.
19. Quem cuidava da ação social deveria suprir as necessidades da comunidade no sentido físico e intercessor.
20. Quem cuidava da pregação do evangelho não deveria se envolver com outras atividades.
21. É fácil perceber que o plano do diabo era provocar desunião e distrair o pregadores desviando-os do foco principal que era a pregação da palavra.
22. O Espírito Santo destruiu os planos do diabo. A igreja aprimorou sua gestão e distribuiu melhor a aplicação e o uso dos seus dons e talentos.
23. Os dons foram transformados em ministérios contínuos.
24. A solução proposta pelos apóstolos foi que os helenistas escolhessem sete homens para cuidar da ASA.
25. A função deles seria servir as mesas. Da palavra servir provem a palavra diáconos – aquele que serve.
26. Duas curiosidades: Os primeiros diáconos eram judeus helenistas e a principal tarefa era cuidar da ASA.
27. Os candidatos a função de diáconos deviam ser distinguidos por qualidades morais, espirituais e práticas: deviam ter reputação honrosa e estar cheio do Espírito Santo.
28. Mais duas curiosidades em relação aos diáconos: o primeiro mártir da era cristã foi um diácono e um cristão helenista.
29. Estêvão foi um diácono diferente. Isso prova que qualquer pessoa pode se destacar na sua função. Ele servia a mesa mas também compartilhava o evangelho. Muitos líderes cristãos se acomodam em sua função e pensam: eu já cuido de um departamento, logo não preciso fazer mais nada.
30. Estêvão, corajosamente, compartilhou evangelho deixando claro que a morte de Jesus significava o fim de todo o sistema cerimonial do templo.
31. Essa exposição dos fatos era uma nova luz e sugeria mudanças radicais na forma de culto e na maneira de adoração.
32. Todos nós sabemos o que aconteceu. A insinuação de que as cerimônias mosaicas haviam se tornado obsoletas era verdadeiramente considerada um ataque ao que havia de mais sagrado no judaísmo.
33. Você alguma vez já precisou tomar uma posição firme em favor de Jesus de modo que essa decisão resultou numa grande perda?
35. A certa altura do seu sermão perante o tribunal judaico – chamado de Sinédrio – Estêvão percebeu o custo de sua profissão de fé.
36. Estêvão além de diácono foi um profeta – no sentido real da palavra. Em hebraico um profeta era um nãbî, alguém que falava em nome de Deus. Um profeta geralmente era identificado como profeta quando ele trazia um rîb do Senhor contra uma nação ou pessoa. Rîb era uma mensagem de juízo.
37. No momento que Estêvão apresentou o rîb a teocracia de Israel chegou ao fim, isso significa que a salvação não mais seria mediada pela nação judaica, conforme prometido a Abraão (Gênesis 12:3), mas por meio dos seguidores de Jesus, judeus ou gentios, que logo sairiam de Jerusalém para pregar o evangelho em todo o mundo.
38. Em suas últimas palavras Estêvão – como um rîb – falou sobre outra cena de juízo. Ele viu a glória de Deus e descreveu Jesus em pé à destra de Deus. (7:55 a 57).
39. O livro Atos Apóstolos dá a entender que Estêvão foi linchado, pois “nenhuma sentença legal fora pronunciada contra ele” (AA p. 101).
40. A morte de Estêvão resultou mais tarde na conversão de muitos daqueles que a presenciaram, inclusive de Paulo.
41. Outro benefício que a morte de Estêvão trouxe foi que muitos cristãos tiveram que fugir de Jerusalém e levaram o evangelho para outros lugares. Essa fuga em massa de cristãos recebeu o nome de diáspora.
42. Podemos concluir que a perseguição que sobreveio à igreja de Jerusalém resultou em grande impulso para a obra do evangelho. “Deus permitiu que lhes sobreviesse a perseguição. Expulsos de Jerusalém, os crentes iam por toda parte pregando a Palavra” (AA p. 105).
43. A fuga dos cristãos permitiu que os samaritanos fossem evangelizados, permitiu que Filipe evangelizasse um etíope eunuco e que o evangelho ampliasse suas fronteiras. Só a eternidade revelará o trabalho evangelístico que foi realizado pelo etíope que Filipe batizou.
44. Precisamos concluir o estudo da lição dessa semana com algumas perguntas:- Corremos os mesmos perigos que a igreja primitiva enfrentou em relação à satisfação consigo mesma e com o que havia sido realizado por meio dela?
- Como podemos ter certeza de que não estamos concentrados demais em proteger o que temos, ao contrário de fazer o que realmente deveríamos fazer – alcançar o mundo?
- Como Adventistas do Sétimo dia estamos imune aos preconceitos culturais e étnicos?
- O que a universalidade da morte de Jesus nos ensina sobre o valor infinito do ser humano?
- O que estudamos essa semana pode nos ajudar a cumprir a missão de maneira mais eficaz?
Lição 3: A vida na igreja primitiva
1. A lição dessa semana nos ensina a cultivar um novo relacionamento com Deus, com nossa comunidade e a viver e compartilhar nossa fé.
2. Inicialmente vamos procurar identificar a igreja primitiva, descobrir seus aspectos distintivos, sua visão de futuro e seu modus operandi.
3. Seus aspectos distintivos estão estampados nos versos para memorizar: Atos 2:46 e 47.
4. O primeiro aspecto distintivo da igreja primitiva foi a presença do Espírito Santo. O Espírito Santo guiava a igreja indivíduo e a igreja comunidade. Os discípulos se uniram em oração pedindo a presença do Espírito Santo e Deus ouviu suas orações. Os discípulos passaram a viver sob a influência e direção do poder divino.
5. O Espírito Santo impressionava os discípulos quanto ao modo de viver e pregar o evangelho. Quanto ao modo de viver não tinham mais apego a nada do mundo, compartilhavam todos os seus bens. Isso produziu um profundo senso de unidade e um extraordinário exemplo de amor cristão.
6. Quanto ao modo de pregar o evangelho, isso ocorria através do exemplo pessoal e da exposição da Palavra de Deus.
7. O livro de Atos (2:42) descreve a igreja cristã com essas palavras: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Quatro itens que podem ser resumidos em duas palavras: ensino e comunhão.
8. Quanto ao ensino eles destacavam cinco temas: 1) Jesus era o Messias, 2) Ele morreu e ressuscitou, 3) Ele foi exaltado no céu, 4) Ele voltará, 5) O arrependimento é necessário para o perdão dos pecados.
9. Percebam que a cruz, a ressurreição e o retorno de Cristo era a mensagem Central da igreja primitiva. Ao lado da exposição desses temas estava um forte senso de urgência.
10. O ensino com autoridade, acompanhado por sinais e prodígios, validava a fé e produzia milhares de decisões.
11. A visão de futuro da igreja também merece destaque. Eles acreditavam que o fim estava próximo e que a tarefa mais importante a fazer era pregar o evangelho. O maior desejo da vida dos discípulos era a volta de Jesus e eles estavam dispostos a qualquer sacrifício por amor a essa causa. A vida dos cristãos no primeiro século d.C. podia ser resumida em uma frase: Ser e Fazer Discípulos.
12. O modus operandi nos dias dos discípulos era totalmente diferente do nosso. Hoje, realizamos múltiplas tarefas, gastamos inúmeros recursos e desprendemos muita energia a fim de pregar o evangelho, os crentes da igreja primitiva utilizavam seus recursos para manifestar compaixão e toda energia para transformar seus dons e talentos em ministérios contínuos.
13. Outro aspecto que merece destaque no modus operandi da igreja primitiva era o forte entusiasmo aliado com a realização de milagres. Essas dois argumentos não podiam ser contestados.
14. Quando Pedro e João foram ao templo e curaram o coxo de nascença esse milagre impressionante oportunizou a pregação do evangelho.
15. Algumas igrejas evangélicas são criticadas por que pregam o evangelho e não realizam milagres, no entanto, na igreja primitiva os milagres não foram realizados para validar o evangelho, mas para oportunizá-lo.
16. Deixem-me apresentar uma aspecto contundente: A autoridade da Palavra não depende de sinais e prodígios, mas os sinais e prodígios dependem da autoridade da Palavra. Isso quer dizer que os sinais e prodígios que algumas igrejas realizam não passam de uma grande farsa, pois os mesmos se apresentam dissociados da autoridade da Palavra.
17. A cura do coxo deixou todo o povo admirado e curioso. Pedro aproveitou a oportunidade para declarar que Cristo era o verdadeiro autor do milagre e aproveitou a oportunidade para apresentar o plano da salvação.
18. A cura do coxo se tornou um forte argumento em favor da pregação do evangelho porque ninguém podia questionar o evangelho diante de um fato incontestável.
19. Mas a cura do coxo suscitou oposição por parte de dois grupos.
20. Os saduceus que não acreditavam na ressurreição. Com isso negavam a ressurreição de Jesus e tornavam nulo um dos ensinos preciosos do evangelho.
21. E os fariseus, que não aceitavam a Jesus como Messias porque Ele contrariou suas tradições e expectativas.
22. Eles não acreditavam em Jesus, mas os discípulos em nome de Jesus tinham curado um coxo de nascença.
23. Deve ter sido com base nesse contexto que um membro do próprio sinédrio, por nome Gamaliel, pediu que o grupo tivesse cautela quanto ao modo de agir.
24. Mas, mesmo a oposição, trouxe benefícios para a causa do evangelho. Os discípulos tiveram que fugir para outras regiões e essas regiões tomaram conhecimento do evangelho. Essa fuga dos discípulos para outras regiões recebeu o nome de diáspora (fuga) e o que parecia uma grande derrota tornou-se uma grande vitória para a propagação do evangelho.
25. Diante da oposição dos fariseus e saduceus e do pedido pra que os discípulos ficassem em silêncio, Pedro, num gesto de coragem e eloquência, contestou esse pedido declarando que convinha a eles obedecer antes a Deus do que aos homens.
26. Mas, se por um lado o Espírito Santo imprimia convicção, por outro lado o inimigo tentava depreciar a importância da lealdade a Deus.
27. O inimigo fez isso quando incutiu o engano no coração de Ananias e Safira.
28. O problema fundamental de Ananias e Safira foi inserir o engano e a mentira no contexto da comunidade.
29. A Bíblia fala em dois tipos de pecados: voluntários e involuntários. João afirma que para os pecados voluntários não resta sacrifício (I João 5:16 e 17). Nem por eles se deve rogar. No Antigo Testamento não havia sacrifício para pecados voluntários, também chamados de pecados de rebelião.
30. Os pecados voluntários são aqueles que são cometidos para fazer oposição a Deus.
31. O pecado de Ananias e Safira foi voluntário e poderia depreciar a importância da lealdade ao evangelho. Por isso o Espírito Santo aplicou juízo imediato.
32. Em Atos 4:36 e 37 a experiência de Barnabé é contrastada com a de Ananias e Safira. Os três decidiram doar um dos seus bens para ajudar na pregação do evangelho. Enquanto Barnabé honrou seu voto, Ananias e Safira resolveram enganar os líderes entregando uma quantia inferior ao preço da venda.
33. A gravidade do que eles fizeram está citada em Atos 5:3 e 4: “…não mentiram aos homens, mentiram ao Espírito Santo”. Eles desprezaram a última instância da graça.
34. Podemos concluir que Deus tem zelo por Sua Igreja. Quem quer que se levante contra ela se levanta contra Deus.
35. No livro de Atos dos Apóstolos temos essa citação: “Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre o qual Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual se deleita em revelar Seu poder de transformar corações.”
36. Como Igreja precisamos tirar lições do passado. Estamos vivendo em dias emprestados. O mesmo Espírito que se manifestou no início da igreja primitiva haverá de se manifestar outra vez para que a igreja cumpra a missão que lhe foi confiada.
37. Quando o povo de Deus se unir em oração e amor pedindo a presença do Espírito Santo, Deus ouvirá essa oração, e Seu povo com autoridade e poder completará a missão.- Por que devemos cuidar para não exceder os limites da graça, como esses dois membros da igreja primitiva fizeram?
- Quantas lições vocês aprenderam da lição dessa semana?
- Quais fatores fortalecem ou enfraquecem as relações comunitárias?
- Como podemos fazer parte do corpo de Cristo, apesar das adversidades e das tentações?
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Agência T7.
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