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Lição 7: Aliança no Sinai
Sábado: Aliança no Sinai
A renovação da aliança no Sinai, talvez, seja a mais didática de todas as expressões de Deus para estabelecer um vínculo afetivo com o Seu povo. Já mencionamos em outras oportunidades Deus deixo bem claro nos termos da aliança, qual seriam os compromissos dos israelitas para com Deus.
O povo de Deus havia passado quatrocentos anos no Egito e, durante este tempo o seu relacionamento com o Criador foi tremendamente afetado. Lá eles aprenderam a adorar ídolos e, como escravos viviam sem livre arbítrio. Muitas vezes eram coagidos a trabalhos forçados e imperava sobre eles a força e a autoridade dos egípcios.
No Sinai Deus mostrou para Israel o quando os amava. Relembrou todo o Seu cuidado por eles e deu a lei dos dez mandamentos para nortear o relacionamento entre criatura e criador. Sempre que estudo a renovação da aliança no Sinai, costumo associar a entrega da lei a construção do santuário terrestre e toda as orientações de como deveria funcionar.
Deus sabia que para o homem seria difícil atender aos reclamos da lei dos dez mandamentos que, além de obedecê-la, os israelitas deveriam ensinar ela para os povos ao seu redor. Compreendendo essa situação, o Criador orientou para que o santuário fosse construído e ordenou que os sacerdotes oficiantes e as pessoas envolvidas na manutenção e transporte do santuário fossem da tribo de Levi.
O santuário seria o local onde Deus estaria sempre com os Seus filhos. Disse Ele: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” Êxodo 25:8. Segundo os israelitas transgressores da lei não poderiam estar na presença de um Deus santo e seriam eliminados. Assim, o santuário proporcionava a oportunidade de o pecador ter o seu pecado perdoado e o seu relacionamento com Deus restaurado. E em terceiro, A rotina de sacrifícios diários no santuário deveria proporcionar os israelitas uma visão de quão terrível é o pecado, ao ponto de um animal inocente morrer em seu lugar. Essa é a mesma visão que nos leva hoje a evitar o pecado. Ao olharmos o Calvário temos uma ideia de quão terrível é o pecado.
Domingo: Sobre asas de águia
A águia é uma ave que se distingue das demais por vários hábitos que elas mantem ao longo da vida. Elas têm uma visão acurada que lhes permitem, de longe enxergar qualquer coisa que sirva de alimento para ela e para a sua prole. Elas constroem os seus ninhos nos penhascos no alto das montanhas longe do ataque de predadores. Assim, os seus filhotes crescem em segurança. E outra coisa importante: o seu ninho é feito de gravetos espinhosos e depois são forrados com uma camada de material fofo e aconchegante.
Quando os seus filhotes estão em condições de iniciarem os seus voos, ela retira a parte fofa do ninho e ele deixa de ser um alugar aprazível de estar e nesse momento ela os empurra para fora do ninho, atirando-os no precipício. Forçados, para evitar a morte eles necessitam voar. Mas há casos em que o filhote não consegue pairar no ar cai em direção ao solo. Nesse momento a águia que está sempre vigilante, voa e se coloca debaixo do filhote, salvando-o da morte certa.
Deus usou o exemplo da águia para mostrar para aos israelitas o Seu cuidado e que em vários momentos, para que eles não fossem destruídos Ele, semelhante a águia, vinha em seu socorro e com as suas potentes asas os defendia da morte certa. Foi assim para saírem do Egito, livrando-os das pragas e, depois, na travessia do mar Vermelho. O providencial maná os sustentou por muito tempo. E quantas vezes Deus os livrou de inimigos mortais.
O mesmo Deus que cuidou dos filhos de Israel e os protegeu com asas de águia tem o mesmo zelo por Seus filhos hoje. É só confiar. “Mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Isaías 40:31).
Segunda-feira: Padrão de salvação
Deus usou Moisés para mostrar para o povo que era O Senhor criador e iria libertá-los da escravidão egípcia. Daquele momento para frente Israel não teria que prestas serviços orçados. Eles estavam deixando de viver sob o coercitivo império de Faraó para desfrutarem da liberdade ao Criador do Universo.
Uma coisa que sempre me chamou a atenção é que o pacto do Sinai envolveu dois acontecimentos históricos: A entrega da Lei dos Dez Mandamentos e a construção do Santuário Terrestre. Ao apresentar a Lei como norma de procedimento do ser humano diante de um Deus Santo, o Senhor já mostro o que cada um deveria fazer caso ferisse aquele código de conduta.
A cada momento que um ato infracional era cometido, no Santuário um animal inocente representando, o Cordeiro de Deus Cristo, era um dia desceria do Céu para morrer em lugar do pecador. O Céu Se empenhava para não só mostra para o Universo, quão terrível é o pecado, mas ao mesmo tempo como o homem se libertar de suas transgressões.
Ao pedir que o povo construísse um santuário, além dos sacrifícios ali oferecido, era onde Deus se apresentaria permanentemente entre eles. Com a permanente presença de Deus entre eles demonstrando amor e carinho, atendendo as suas necessidades e livrando-os dos seus inimigos os israelitas tinham a noção do grande amor de Deus amor de Deus por eles.
Terça-feira: Aliança no Sinai
Na introdução geral da lição deste trimestre comentei que a aliança De Deus com o ser humano foi estabelecida por Deus com Adão e Eva numa tentativa de manter o relacionamento com a raça humana e eternizá-lo no Éden restaurado. A aliança foi renovada em épocas especiais apresentando características próprias adequando às necessidades do ser humano.
Abordei que a aliança proposta por Deus no Sinai previa restabelecer o relacionamento com um Deus, seriamente afetado pela permanência de Israel no Egito. Deus mostrou aos Israelitas Que eles deveriam se esquecerem da tirania do Egito e, que agora eles eram convidados a servirem um Deus fundamentado no amor. Amor demonstrado no Santuário erguido no deserto. Um Deus, protetor presente no Santuário e que sempre estaria entre eles demonstrando amor e graça.
Pela libertação miraculosa acompanhada de maravilhas nunca vistas, Israel teve uma pálida ideia do Deus que lhes propunha a aliança. Enquanto Israel tinha agora um código de normas que, caso fossem acatadas eles receberiam um status de destaque internacional. Israel seria cabeça e não cauda. Israel podia recordar dos outros aspectos da aliança feita com Adão e Eva e renovada com Noé, Abraão, Isaque e que, em nenhum momento Deus eixou de cumprir a Sua parte.
Estava claro que o Deus da promessa era muito diferente dos deuses egípcios que nunca lhes amenizaram o sofrimento e nem mesmo o de seus próprios adoradores. É somente este Deus que pode dizer: “Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).
Quarta-feira: Deus e Israel
Já falei da grande diferença entre os deuses egípcios e o Deus de Israel. Deuses egípcios, inoperantes e o Deus de Israel, um Deus atuante em favor de Seus filhos promovendo maravilhas sem fim a favor deles. Esse Deus amável Se identifica como o dono de toda a Terra Ele quer salvar a todos os homens e para que essa proposta de salvação alcançasse todas as pessoas do mundo, Ele teve um plano genial: “E vocês serão para mim um reino de sacerdotes” (Êxodo 19:6).
Para mim essa é a parte mais solene e linda do concerto do Sinai. Os filhos de Israel, vivendo no Egito distantes de Deus e o Senhor os resgata de lá e, no que pese as imperfeições de cada um, Deus alimenta um sonho que apenas Ele é capaz de sonhar: fazer de cada israelita, homem ou mulher um sacerdote a Seu serviço em favor do mundo. Apenas um Deus amoroso, compassivo e perdoador pode propor para cada ser humano um sonho tão elevado.
Com um Deus poderoso na direção dos acontecimentos tinha tudo para dar certo. Que impacto não aconteceria no mundo se Israel tivesse sido fiel ao plano divino. Sabemos que Israel falhou em atender a todos os requisitos da aliança proposta no Sinai. Deus continuou sendo o Deus de Israel, mas Israel em vários momentos se afastou desse Deus que abriu o mar Vermelho e fez passar por terra seca um grupo de escravos, debilitados e injuriados pelos egípcios, para, finda a travessia fazer de cada um deles um sacerdote Seu.
Os israelitas não entenderam o sonho de Deus para eles e, esse mesmo sonho, Deus mantém a nosso respeito hoje: “Mas vos sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9). Que o Senhor nos conceda a graça de vê-lo realizado em nossa vida.
Quinta-feira: Promessas, promessas… (Êxodo 19:8)
A renovação da aliança entre a Deus e a raça humana retrata o propósito de Deus em, pelo sangue do Cordeiro, nos restaurar e devolver o Éden perdido a todos os O aceitarem. A aliança envolve compromissos de ambas as partes. Ela vem embasada com promessas a nós feitas pelo nosso Criador.
Em Sua magnitude de amor e compaixão o Senhor faz promessas de restauração e proteção e o Senhor sempre foi muito zeloso com as promessas feitas. O próprio de Israel sempre reconheceu esse fato chegando mesmo a afirmar que: “Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu” (Josué 21:45).
Israel encantado com o grande amor de Deus sempre acolheu com entusiasmo e, uma parcela de euforia, os termos da aliança. Diz o texto bíblico: “Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: “Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo.” O povo sempre assumia o compromisso de fidelidade a Deus, mas nem sempre esse compromisso se tornava prático e, talvez, esse seja o motivo de Deus por tantas vezes renovar a aliança. Diz o salmista: “Portanto Ele conhece a nossa estrutura, lembra-se de que somos pó” (Salmo 103:14).
Pertencemos a um Deus que não desiste de nós e que por mais longe que estejamos Dele o Seu sonho continua vivo a nosso respeito, nos levar de volta ao lar. Por vários milênios Ele tem repetido: “Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).
Sexta-feira: Estudo adicional
A renovação da aliança no Sinai é uma das mais claras manifestações do amor de Deus mostrado ao homem. Deus estava com saudades daquelas tardes, quando Ele vinha ao jardim do Éden e passeava tranquilamente com Adão e Eva. Era o Seu intento tornar real aquelas lembranças. Longe do Egito, onde os Seus filhos não tinham liberdade de escolha Ele os trouxe para junto de Si e lhes propôs a lei da liberdade. Agora eles não eram mais obrigados a obedecer. Eles tinham livre escolha.
Deus esperava que, depois de tantos milagres, tantas manifestações de amor, depois deter livrado eles tantas vezes com Suas potentes asas com águia, os Seus filhos em reconhecimento a esse amor abrasassem a lei com todo o zelo. Embora o povo tenha se prontificado em obedecer e ser fiel não foi isso o que aconteceu.
Deus foi fiel em todos os compromissos assumidos com o Seu povo até os nossos dias. O próprio povo reconheceu isso: “Palavra alguma falhou de todas as boas coisas que o Senhor falou à casa de Israel; tudo se cumpriu” (Josué 21:45). Esse mesmo Deus está ao nosso lado nos conduzindo com segurança.
Hoje a tendência do mundo cristão é ignorar os termos da aliança proposta por Deus no Sinai. Mas é essa lei que será usada no dia do juízo. Sem ela não tem como processar o juízo. Ela foi a norma usada no Éden e sempre será a norma que julgará todos os filhos de Adão.
Lição 6: A descendência de Abraão
Sábado: A descendência de Abraão
Olhando para imensa multidão com pessoas indo e vindo na Nova Terra podemos imaginar Deus chamar Abraão, Sara e Isaque à parte e dizer: “Aqui tem pessoas de todas as eras e de todas as partes do mundo. Eles aceitaram o convite para se somar à sua família. Eles fazem parte dos benditos de sua descendência.”
Ao participarmos da descendência de Abraão passamos a fazer parte dessa “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus.” Ao fazermos parte deste povo especial, Pedro clareia para nós a nossa responsabilidade: “A fim de proclamar as virtudes Daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.”
Na introdução da lição desta semana o autor conta a história de um famoso relógio que servia de parâmetro de tempo para determinada população e, em dado momento ele parou e centenas de pessoas que olharam para ele chegaram atrasadas em seus compromissos. Isso me faz lembrar que, assim que se converteram, os meus avós caminhavam oito quilômetros para vir à igreja. Certo sábado, ao passarem pela última moradia, próxima à cidade, ouviram que alguém dentro da casa perguntava para o outro: “Quantas horas são?” e veio a resposta: “Eu estou sem relógio, mas creio ser quase nove horas porque os adventistas estão passando.”
A descendência de Abraão deve anunciar ao mundo que está chegando a hora de o Senhor voltar e reunir os Seus filhos de uma à outra extremidade da Terra. Que, pela graça de Cristo, façamos parte deste grupo privilegiado.
Domingo: Escolgidos entre todos os povos
Muitas pessoas questionam Deus ter escolhido Israel para ser o Seu povo e que essa escolha colocava Israel numa situação privilegiada diante de outros povos. Mas é importante lembrarmos de que Deus sempre teve alguém nesse mundo para testemunhar o Seu nome para as nações.
Certa vez me deparei com essa declaração de um teólogo: “Deus escolhe aqueles que serão salvos” e completou: “eleitos de Deus são aqueles que Deus predestinou para a salvação. Estes são os eleitos de Deus.” A partir deste pensamento cada ser humano já nasce predestinado para a salvação ou para a perdição.
A Bíblia ensina que Deus criou todos predestinados para a salvação “e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou” (Romanos 8:30). Porém, nem todos aceitam a salvação oferecida por Cristo. Pedro afirma: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; porém é longânime para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9).
Abraão aceitou ser escolhido por Deus. A sua aceitação do plano divino o levou a obedecer às orientações divinas. Abraão exercitou a sua fé e creu no invisível. Esse é um desafio que, principalmente nos dias de hoje, poucos aceitam encarar. Deus poderia ter escolhido qualquer outra (s) família (s). desde que cada um aceite ser escolhido.
Jesus afirmou: “Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos” (Mateus 22:14). Embora Deus deseje a salvação de todos os homens são poucos os que aceitam o convite para a salvação. Os que aceitam passam ser “geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” e Deus conta conosco para continuar a obra de Abraão: “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
Segunda-feira: O acordo sobre a terra (Gênesis 35:12)
Primeiro notamos quão maravilhoso é ver Deus renovando a mesma promessa de uma Terra especial às famílias dessedentes de Abraão. É a mesma aliança sendo confirmada a pessoas diferentes e em momentos diferentes. Em segundo lugar, vemos como todos que aceitaram as promessas traduziram a sua fé em obras. Tiveram que produzir as obras da fé. “Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:22).
A promessa de receber uma terra especial não foi realizada de maneira automática. Tiveram que exercitar a fé, lutar, vencer inimigos. Falando sobre a fé exercida por Moisés a Bíblia afirma: “Pela Fé, abandonou O Egito, Não Ficando Amedrontado Com A Cólera Do Rei; Antes Permaneceu Firme Como Quem Vê Aquele Que É Invisível” (Hebreus 11:27).
A promessa de uma nova terra permanece viva da parte de Deus. Com a diferença que a terra prometida a nós é nova. Uma terra indescritível. Paulo afirma: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Coríntios 2:9).
É Deus que nos comunica forças para permanecer firmes na fé. “como alguém que vê o invisível”. “Confirmando os ânimos dos discípulos” Jesus nos exorta, a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:22).
Terça-feira: Israel e a aliança
Desde a queda da raça humana, Deus tem procurado estabelecer um relacionamento fraterno com o homem, com o objetivo de atrair os pecadores a Si. É interessante que desde Abraão até os nossos dias a humanidade tem a promessa de uma nova terra semelhante ao Éden que perdemos.
Para aguçar a nossa mente, Deus é bastante didático em nos convidar a um relacionamento estreito com Ele. Parece que Ele tem saudades de Seus passeios com Adão e Eva no Éden naquelas tardes em que o pecado não existia, e ao longo da história humana Ele tem procurado despertar em nós o sonho de herdar essa nova terra.
No trimestre passado estudamos sobre o rei Acaz e ficamos impressionados com a impiedade demonstrada por aquele rei e persistente esforço de Deus para fazê-lo voltar para Si. A vida espiritual de Acaz não foi muito diferente da de Israel como nação escolhida por Deus para anunciar “as virtudes Daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz”.
Israel foi uma sequência ininterrupta de afastamentos de Deus, marcados sempre pela bondade divina em restabelecer os laços rompidos. Para fazer o Seu povo se lembrar do Seu Criador, Deus enviou profetas que os advertiram e, como as advertências foram ignoradas Ele usou tragédias como escravidão, não como ação punitiva, mas educativa.
Fazemos parte do Israel espiritual que caminha rumo a uma nova terra. O Seu desejo é que tenhamos um relacionamento íntimo com Ele a tal ponto de darmos continuidade no lar porvir. Que as amargas lições a nós oferecidas pelo Israel no passado, não sejam olvidadas.
Quarta-feira: O remanescente
Noé e sua família foi o remanescente do mundo antediluviano. Como Deus cuidou desta família! Primeiro oferecendo a Noé o Know-how necessário para construir a arca. Depois o Senhor os guardou com segurança dentro da arca e, ao saírem da arca Deus refez a Sua aliança com aquele remanescente. Depois vemos o Seu cuidado com Abraão, Isaque, Jacó e os demais remanescentes que, em seu tempo, testemunharam de Deus para o mundo.
Em todas as épocas, desde Adão até hoje, Deus contou com um remanescente no mundo. A família de Noé, os patriarcas, os profetas, os heróis da igreja primitiva, os valdenses, os huguenotes, os poucos fiéis depois de 1844. E, o que dizer de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdenego em Babilônia? Deus não só preservou o Seu remanescente, como os encorajou a cumprir a Sua missão na Terra.
Em meio a Babilônia de hoje, Deus conta com um remanescente que procura exaltar o Deus Criador. Pela graça de Cristo, fazemos parte deste remanescente e Deus espera muito de nós. Ele nos considera raça eleita, mas com uma seria responsabilidade: “Para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
Que o magnifico propósito divino se cumpra em nós e, que não decepcionemos a Deus como o Israel do passado.
Quinta-feira: O Israel espiritual
Hoje, nós que aceitamos o sacrifício de Cristo, fazemos parte do cumprimento desta profecia apresentada a Abraão lá em Ur dos caldeus. Disse o Senhor: “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3).
Somos o Israel espiritual que, acreditando na promessa feita a Abraão, nos tornamos coerdeiros da promessa.
Quando Jesus deu a comissão evangélica a Sua ordem foi: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.“ Pregar em Jerusalém seria aceito e até confortável, mas anunciar também em Samaria já era algo impossível de ser praticado, e não ficava só por ai, a pregação tinha que avançar até os confins da Terra. A ordem de Cristo era impossível de ser praticada por um judeu.
Antes de dar a comissão, Jesus fez uma promessa: “Recebereis a virtude do Espírito Santo.” E foi o Espírito Santo que trabalhou com Pedro para que ele aceitasse pregar para Cornélio e foi o Espírito Santo
Que trabalhou com a igreja primitiva abrindo as portas do evangelho para todos os gentios. Os judeus nos dias de Cristo se vangloriavam de ter a Abraão como Pai. Apenas um detalhe: Abraão era pai apenas deles. E agora O evangelho é pregado a toda raça, língua e povo.
João retrata o Israel espiritual lá no Céu. Diz ele: “Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas” (Apocalipse 7:9). Faz parte desta grande multidão peoas de todas as nações, tribos, povos e línguas. Todos hoje, de qualquer parte do mundo, que aceita o sacrifício de Cristo faz parte do Israel espiritual.
Sexta-feira: Estudo adicional
Enquanto João Batista pregava, diz a Bíblia, que Jesus observava que muitos fariseus e saduceus procuravam ser batizados por Joao. Parece que eles eram motivados mais pela adoção como filhos de Abraão do que realmente por uma conversão completa. “E, vendo Ele, muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” (Mateus 3:7).
Jesus os censurou ao afirmar: “E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão” (Mateus 3:))9. Jesus deixou claro fazer parte da família de Abraão era mais solene do que muitos imaginavam. Será que estes que se consideram participantes da descendência de Abraão, estão aptos a desenvolver uma fé robusta como aconteceu com o patriarca?
Em vários momentos Abraão teve que exercitar uma fé, como diz em Hebreus: “vendo o invisível” (Hebreus 11:27). Em um mundo no qual a fé tem sido banalizada e que as pessoas sempre optam pelo imediatismo e o real, cabe a pergunta feita por Jesus: “Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 1:8). Jesus não está afirmando que não existira fé, mas deixa claro que será algo raro.
Ellen G. White nos adverte: “Ter fé nas promessas de Deus, ir à frente pela fé, prosseguir sem ser governado pelas circunstâncias, é uma lição de difícil aprendizado. Entretanto é positiva necessidade que todo filho de Deus aprenda esta lição.” (Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2, p. 533).
Lição 5: Filhos da promessa
Sábado: Filhos da promessa
Na conclusão do estudo da semana passada escrevi que, pela graça divina fazemos parte da bênção outorgada a Abraão quando o Senhor prometeu: “Em ti serão benditas todas as nações da Terra.” Todos nós, independente da nacionalidade de nossos ancestrais, fomos alcançados pela promessa feita a Abraão. Graças a Deus todos nós que aceitamos o sacrifício de Cristo somos filhos da promessa.
Ser um filho da promessa é um privilégio outorgado a todos os seres humanos, basta cada um aceitar ser adotado por Deus. Ser filho da promessa é um grande privilégio que envolve uma grande responsabilidade. Muitos por aí entendem que ser filho da promessa é se isentar de todas as exigências de obediência aos princípios divinos. Assim como foi proposto a Abraão a aliança que Deus estabelece conosco tem privilégios e obrigações e, o resultado proposto por Deus, só será alcançado se, pela Sua graça, atendermos às Suas orientações. Um outro detalhe interessante é que, assim como Deus ordenou a Abraão que Ele seria uma bênção para o mundo, Ele espera que nós também sejamos.
Veja o que Deus disse a Abraão: “Tu, porém, guardarás o Meu concerto, tu e a tua semente depois de ti, nas suas gerações” (Gênesis 17:9). Não existe diferença na aliança proposta por Deus a Noé, Abraão, Moises e a qualquer pessoa do passado. Tudo continua o mesmo, uma aliança com bênçãos e deveres. Muitos aceitam as bênçãos, e julgam, por isso, estar isentos de responsabilidades. Ledo engano.
Domingo: O seu escudo
Na lição desta semana e da próxima vamos continuar o nosso estudo sobre a aliança de Deus feita a Abraão. Nesta semana vamos ver a promessa de Deus do nascimento do Messias que viria da descendência de Abraão, como narra a Bíblia: “E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 28:14).
Aceitando o desafio de deixar a sua cidade natal e todos os seus parentes e amigos para viver em íntima relação com Deus o Senhor o abençoou, fazendo do casal estéril uma grande nação e transformando o nome de Abraão em um referencial para as gerações futuras. Ele passou pela vida não como um ignoto, mas com um nome respeitado pelos judeus nos dias de Cristo e a sua vida constitui um desafio para todos nós hoje.
É de impressionar o interesse de Deus por Seus filhos rebeldes. Em nenhum momento Ele Se esqueceu de nós. Tal postura de Deus levou o salmista Davi a exclamar: “Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades” (Salmos 103:10). Ninguém como Davi para falar da misericórdia divina. Ele enlameado no pecado, foi perdoado e se tornou o “homem segundo o coração de Deus.”
Quando aceitamos os princípios da aliança de Deus conosco, Ele promete: “Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão” (Gênesis 15:1). O nosso escudo não é de aço e nem de bronze Ele é o Senhor dos exércitos.
Segunda-feira: A promessa do Messias: parte 1
Sabemos o quanto os líderes judeus dos dias de Cristo se orgulhavam de serem chamados “filhos de Abraão.” E o mais impressionante é como eles imaginavam serem os únicos filhos de Abraão descartando os samaritanos e os demais gentios. Parece que eles nunca leram a história da aliança de Deus com o renomado patriarca, pois lá está bem claro que na descendência de Abraão seriam benditas todas as nações da Terra (Gênesis 28:14).
O maior problema dos judeus é que eles não acreditavam que Jesus fosse o Messias prometido das Escrituras. Embora Jesus fosse judeu eles não O consideravam procedente da descendência de Abraão. Eles ignoravam que o Pai Abraão, que lhes causavam tanto orgulho, era bem mais importante do que eles imaginavam, porque de sua descendência viria Jesus, não para salvar apenas os judeus, mas para salvar toda a humanidade.
Os judeus tinham dois problemas sérios: não acreditavam que Jesus fosse o Messias Salvador e não acreditavam também que fossem pecadores a tal ponto de necessitar de um Salvador. Era um contrassenso, pois os gentios que eram considerados pecadores não mereciam a salvação e eles que não se consideravam pecadores não necessitava de um Salvador. Satanás soube embaralhar bem o meio de campo na Judeia.
O autor da lição afirma: “A promessa da aliança do Salvador do mundo é a maior de todas as promessas de Deus” (Lição professor, p. 60). Pena que os judeus não entenderam e uma grande parte da população mundial ignora que na semente de Abraão serão benditas todas as nações da Terra.
Terça-feira: A promessa do Messias: parte 2
Certa vez participei de um encontro de família na casa de minha sogra. Após um plantão noturno adormeci em um sofá enquanto as crianças brincavam a todo o vapor no quintal. Em dado momento acordei sob o impacto de forte grito de um de meus sobrinhos em meus ouvidos. O pai do garoto viu tudo e não deixou por menos. Deu umas boas palmadas no pequeno e o deixou de castigo isolado dos demais.
Com pena do pequeno me aproximei dele, e falando com os seus botões ouvi ele dizer baixinho: “Eu quero ir para um lugar bem longe.”
Aquele garoto, hoje com 23 anos, desejava ir para um lugar bem longe, onde as palmadas não mais existissem. Um pensamento parecido com o de Thomas Browne apresentado pelo autor da lição. Este lugar existe, mas para quem aceita Jesus como Salvador já passa a desfrutá-lo aqui na Terra. Este Céu prometido aos que aceitam ser salvos pelo Descendente de Abrão, como canta o quarteto Arautos do Rei, pode iniciar aqui na Terra se Jesus está conosco.
Viver em um lugar longe das palmadas que o mundo nos dá é o sonho de todo o ser humano. Pelo sacrifício de Cristo na Cruz este sonho pode ser alcançado. Jesus nos promete um novo Céu e uma nova Terra onde as decepções não mais existirão e os que O aceitam hoje já podem antever esta Terra Feliz aonde iremos, pela graça do Descendente de Abraão, habitar.
Quarta-feira: Uma grande e poderosa nação
Creio que essa promessa a Abraão, de que sua descendência se tornaria uma grande nação tem duplo sentido. Se tornaria uma grande nação literalmente e espiritualmente. Hoje os filhos de Abraão estão espalhados por tudo o mundo.
O propósito de Deus é que Israel seria cabeça e não cauda. Sabemos que Israel não foi o que Deus esperava que fosse. Os líderes da Nação, depois de libertados tantas vezes pela mão divina deixaram de anunciar as maravilhas de Deus para o mundo. Passaram a imaginar que apenas eles, judeus, tinham direito a salvação e, com isso em mente, pregar para quem e por quê?
Veja que muitas das promessas da aliança estavam no condicional. Logo que retornaram do Egito a ordem de Deus era que Israel destruísse por completo as sete nações que ocupavam a Palestina na época. “Quando o Senhor teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu” (Deuteronômio 7:1).
Visando o trabalho forçado de seus inimigos, Israel não os destruiu totalmente foi o que aconteceu com os gibeonitas (Josué 9:27). E esse foi o grande erro do povo de Deus. Em pouco tempo os filhos de Israel estavam se unindo ao mundo em relações conjugais e adorando os antigos deuses de Canaã. Foi justamente isso que Deus queria evitar (Deuteronômio 7:1 a 4). Israel foi uma grande nação, mas poderia ter sido muito diferente. A promessa de Deus de que seriam uma grande nação se cumpriu em parte. Não porque Deus não estivesse mais disposto a fazê-lo, mas porque Israel falhou nos princípios que norteavam a aliança.
Com a rejeição de Cristo, Israel perdeu o seu status de povo especial. Hoje qualquer que aceita o sacrifício de Cristo é admitido nesta grande família e passa a fazer parte do Israel espiritual.
Quinta-feira: Engradecerei o seu nome
A lição de hoje nos lembra dos objetivos da construção da torre de Babel. Os pós diluvianos, temendo um segundo dilúvio propuseram construir uma torre mais alta do que as nuvens onde poderiam se abrigar caso outra inundação acontecesse. E surgiu a proposta: “E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra” (Gênesis 11:4).
A proposta era fazer um nome, ou editar um decreto de que ninguém se afastaria da cidade onde estivesse a torre. Aqui entram dois pontos especiais: Todos seriam obrigados a morar naquela cidade, o que difere do oferecimento da salvação. Entrou na arca quem creu e decidiu se salvar. Um segundo ponto é que todos morassem aglomerados em uma só cidade, quando o plano de Deus era: “Povoai e sujeitai toda a terra” (Gênesis 1:28). Deus já estava prevenindo e evitando grandes aglomerações.
Deus interrompeu o sonho dos pós diluvianos e Seu propósito foi alcançado: “Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade” (Gênesis 11:8). Com Abraão fui tudo diferente. Ele se propôs, ao longo da vida, estar em comunhão com Deus e atender as orientações divinas. Os pós diluvianos gravaram o seu nome na história com um relato de desobediência que chegou ao ponto de surgir a confusão das línguas. Mas Abraão exercitou a sua fé e essa fé o levou a praticar as obras de obediência a Deus.
Abraão cometeu falhas. Mentiu e o nascimento de Ismael foi uma clara demonstração de falta de fé. Mas ele confiou na graça e, o seu nome se tornou o mais respeitado entre os judeus nos dias de Cristo. Ele é considerado o pai da fé. Abraão foi um amigo de Deus (Tiago 2:23). Que vida! Que exemplo! “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” (Gênesis 12:2).
Sexta-feira: Estudo adicional
Na lição de hoje temos as palavras de Ellen G. White: “O lugar mais feliz da Terra para ele (Abraão) seria aquele em que Deus quisesse que ele estivesse” (Patriarcas e Profetas, p. 126). Abraão viveu em função das promessas de Deus. Provavelmente a promessa de uma nova terra centralizava no pensamento de Deus manter vivos em suas mentes os lampejos do Lar edênico e os impulsionassem a viver com os olhos fitos no Céu.
Podemos imaginar o que representou para Abraão viver toda a sua vida na busca de um sonho. A cada dia que surgia, vinha junto com o alvorecer o pensamento de que, mesmo que a sua descendência, se tornasse escrava no Egito, Deus iria levantar um libertador. Esse libertador na pessoa de Moisés seria um tipo de Cristo que viria a esse mundo da primeira vez, libertar o povo do jugo do pecado e na Sua segunda vinda levar os Seus filhos para nova Jerusalém.
Em vários momentos, Deus refez a Sua aliança com Abraão para que ele permanecesse sintonizado com as promessas. Com certeza esse cuidado de Deus em incentivá-lo em cada momento foi fundamental para que Abraão se tornasse o Pai da fé. Creio que Deus faz o mesmo por nós hoje. De diversas maneiras e por circunstâncias que, fogem à nossa compreensão, Ele está tentando estabelecer em cada um de nós um novo Abraão em termos de fé e obediência.
O mesmo convite que Deus fez a Abraão em Ur dos Caldeus, ele faz para nós hoje, com a diferença que Abraão não sabia para onde ia e nós sabemos para onde vamos. Deixar tudo para traz e avançar pela fé foi a decisão do grande patriarca. A lista dos heróis da fé encontrada em Hebreus 11 não está completa. Que no final de nossa carreira, antes do nosso nome venha a solene frase: “Pela fé”.
Lição 4: Uma aliança eterna
Sábado: Uma aliança eterna
Já enfatizei na introdução geral da lição deste trimestre que a aliança firmada por Deus com a humanidade no jardim do Éden é eterna e, em vários momentos foi renovada com o ser humano. Tenhamos em mente as palavras de Deus ditas a Abraão: “Estabelecerei a minha aliança como aliança eterna entre mim e você e os seus futuros descendentes, para ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes” (Gênesis 17:7).
Veja que a aliança renovada com a humanidade por meio de Abraão é eterna, ou seja, ela existia antes de Abraão e continuará a existir através de suas gerações. Diz o texto: “Disse Deus a Abraão, guarde a minha aliança, tanto você como os seus futuros descendentes” (Gênesis 17:9).
Em todos os momentos em que ela foi confirmada envolvia direitos e obrigações de ambas as partes. No Éden o casal teve que aceitar Deus matar um cordeiro e, com a sua pele, vesti-los de maneira digna. Ao mesmo tempo deveriam exercitar a fé de que: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15).
A aliança de Deus renovada várias vezes com a humanidade tem como base o amor de Deus por nós, e aponta para o sacrifício de Jesus como o único meio de salvação oferecido ao homem. Por meio de Jesus as consequências da aliança serão eternas nas pessoas dos remanescentes salvos.
Domingo: Yahweh e a aliança abraâmica
Quando o judaísmo se tornou uma religião universal e não meramente local o termo Elohim, que significa Deus, começou a substituir Yahweh a fim de demonstrar a soberania universal do Deus de Israel sobre todos os outros. Ao mesmo tempo, o nome divino era cada vez mais considerado sagrado demais para ser pronunciado. Por esse motivo, foi assim substituído vocalmente no ritual da sinagoga pela palavra hebraica Adonai (Meu Senhor).
A maioria dos estudiosos entende que esse nome vem do verbo hayah, que significa “ser”, “existir” e “vir a ser”. Essa conclusão é apoiada, especialmente, pela passagem bíblica de Êxodo 3:13 e 14, onde Deus Se identifica a Moisés como EU SOU O QUE SOU. Onde o próprio Deus diz a Moisés seu nome. Yahweh, é o nome em hebraico do Deus bíblico do antigo Reino de Israel o profeta Moisés teria revelado ao seu povo.
Podemos dizer que o importante é entender que o significado desse nome, qualquer que seja sua transliteração ou vocalização (Jeová, Javé, Yahweh ou Yehovah), enfatiza a imutabilidade de Deus e sua fidelidade expressas em seu pacto com seu povo. Vale também saber que Jesus utilizou esse mesmo nome para referir-se a si mesmo, afirmando, portanto, sua plena divindade como Deus (João 8:58 e 59).
A verdade é que ninguém sabe exatamente qual a verdadeira pronúncia desse nome. Talvez o principal motivo para isso seja o fato de que, num dado momento, provavelmente no período pós-exílio babilônico em cerca de 300 a.C., os judeus consideraram YHWH um nome tão sagrado que eles deixaram de pronunciá-lo. Assim a aliança estabelecida com Moisés e os demais servos de Deus, partia de um Deus eterno que não muda.
Segunda-feira: ‘El Shaddai
No capítulo 15 de Gênesis Deus apresenta a Abraão como Yahweh, o Deus poderoso capaz de fazer dele uma grande nação e de libertar os seus descendentes do cativeiro egípcio. Já no capítulo 17 Deus Se apresenta como um Deus com poder sem limites e promete mais uma vez que ele será pai de muitas nações e como prova de Sua promessa O Senhor muda o nome de Abrão para Abraão e de Sarai para Sara.
Para Moisés, Deus Se apresentou como Yahweh o Deus que não muda, capaz de cumprir todas as Suas promessas. Já El Shaddai, é um dos nomes em hebraico para Deus, que significa Deus Todo Poderoso. A designação El Shaddai é apenas um dos nomes que enfatiza o poder de Deus, sendo mais abrangente que Elohim, que indica o poder de Deus enquanto Criador. El Shaddai indica um poder de forma mais geral, referindo que não há impossíveis para Deus.
A origem do termo é um tópico muito debatido e não há consenso. Alguns autores afirmam que este nome tem origem na palavra “Shadad”, que significa dominar ou destruir. Assim, Shaddai classifica um Deus onipotente, capaz de dominar e destruir. Apesar disso, alguns autores também afirmam que este termo pode significar “Deus da montanha”, uma referência à montanha sagrada da Mesopotâmia.
Deus sempre Se identificou a Seus filhos como Deus imutável (Yahweh) e poderoso (‘El Shaddai). O nosso Deus é imutável e poderoso. Podemos confiar.
Terça-feira: De Abrão a Abraão (Gênesis 17:4 e 5)
O autor da lição apresenta Deus fazendo a aliança com Abrão em três etapas. Na primeira etapa da aliança Abrão teve que mostrar a sua fé em ação. A ele foi ordenado sair de sua terra natal e partir para um lugar que ele nem sabia o nome e muito menos a distância. Abrão obedeceu e saiu sem saber para onde ia. A sua fé em Deus lhe deu forças para praticar as obras, ou seja, atender de pronto a ordem divina.
Parece que era propósito de Deus que Abrão se desligasse de seus parentes, de seus amigos e conhecidos para cultivar um relacionamento exclusivo com Ele. Longe de sua terra natal, de seus parentes e amigos, caso alguma coisa de errado acontecesse ele não teria a quem recorrer. A sua obediência a Deus era realmente um ato resultante de sua fé.
Ao lhe reafirmar que ele seria pai de uma grande nação e que a sua semente seria escrava em terras estrangeiras, mas que o Senhor a libertaria, Abrão pediu uma confirmação de que aquela promessa seria cumprida. Abrão recebeu a ordem de oferecer sobre o altar uma bezerra, um carneiro, uma cabra com duas aves. Os animais foram partidos ao meio e, ao Abrão fazer isso, a glória do Senhor passou por aquelas metades e confirmou que, qualquer um dos dois que falhasse na aliança seria devorado pelas chamas assim como aconteceu com aquelas metades.
Na terceira parte da aliança Deus muda o nome de Abrão para Abraão e institui a circuncisão. Nessa parte da aliança Deus exigiu algo difícil para Abraão. Disse o Senhor: “Anda em Minha presença e sê perfeito.” Creio que sem as etapas anteriores da Aliança essa terceira seria inviável. Mas o Deus da graça estava dirigindo a vida de Abraão porque ele aceitou ser dirigido por Deus.
Quarta-feira: Etapas da aliança (Gênesis 12:1 e 2)
A aliança entre Deus e Abrão passou por etapas sem mencionar os acontecimentos do monte Moriá. Ao Deus propôs uma aliança com Abraão Ele tinha um propósito: revelar o Seu grande amor pelo homem com a vinda do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Para que as promessas feitas a Abraão se cumprissem ele tinha que demonstrar a sua obediência às recomendações divinas e essa obediência só seria possível acontecer como frutos da fé.
Deus foi aos poucos conduzindo Abraão rumo ao crescimento espiritual. Em Ur dos Caldeus Ele recebeu duas ordens: deixar a sua terra, parentes e amigos para uma viagem sem destino à vista e ser uma bênção para a humanidade. Abrão não sabia para onde estava indo, só tinha a certeza de que estava caminhando junto com Deus e Deus sabia para onde o levaria. Apartado do mundo, Abrão estava em condições de participar da segunda etapa.
A promessa de um filho, talvez tenha sido a mais alvissareira da aliança de Deus com Abraão não só pela oportunidade de ser pai, mas porque este filho daria início a sua descendência da qual viria o Salvador e ser uma bênção para todas as nações da Terra. Ao exigir garantias da parte de Deus de que a Sua palavra se cumpriria, Deus o orientou a ofertar um sacrifício diferente. Devia oferecer três animais e parti-los ao meio. Feito isso o Senhor passou por entre aquelas metades e as consumiu com fogo.
Depois de estar separado do mundo e de estar vivendo confiante na graça divina, Deus lhe faz um desafio: “Anda na minha presença e sê perfeito”.
Quinta-feira: Obrigações da aliança
Já mencionamos em outros comentários que a aliança entre Deus e o homem sempre foi retificada envolvendo promessas e obrigações de ambas as partes. Vamos lembrar que as obrigações por parte de Deus seriam dispensadas porque não foi Ele quem pecou. É pelo Seu imenso amor por nós que Ele Se relaciona conosco como de igual para igual.
Caso Abraão tivesse falhado em sua aliança com Deus, provavelmente Ele teria outro meio de como abençoar a humanidade preparando um meio para o nascimento de Jesus. A promessa de que por intermédio de Abraão todas as nações seriam abençoadas se concretizou porque, de sua descendência, nasceu Jesus o Salvador de todas as nações do mundo que O aceitarem. O mais difícil de Deus cumprir na aliança era a promessa do nascimento e morte de Jesus. Deus foi e é fiel em todos os compromissos com o ser humano. Caso Abraão desobedecesse aos termos da aliança jamais ele teria sido a bênção que foi.
Quando eu era criança me lembro de um quadro ilustrativo que vi numa Revista Adventista. Era uma pessoa em uma canoa empunhando dois remos: Fé e obras. Naquele tempo faltou o complemento de essas obras são obras da fé. Essa era a fé vivida por Abraão. Uma fé que o levava a ser obediente e a praticar a vontade de Deus e é essa mesma fé que nos levara a praticar grandes obras, se necessário transportar montanhas.
Sexta-feira: Estudo adicional
Na aliança de Deus com Abraão está sintetizado o plano da redenção. É curioso que a lição não fala da experiência de Abraão no monte Moriá. A sua decisão de atender a ordem divina de sacrificar o seu filho e a certeza de que Deus estava no comando foi o ápice de sua experiência com Cristo.
Na hora de sacrificar o filho o cutelo lhe cai da mão tremula e aparece um cordeiro que é sacrificado no lugar de Isaque. Abraão teve uma pálida ideia do que representaria para o Céu em oferecer o que havia de melhor, Cristo o Cordeiro de Deus. Alguém escreveu: “Deus poderia ter começado com qualquer pessoa íntegra. Deus não escolheu Abraão por outra razão. Não o escolheu por ser judeu (porque ainda não existia a raça judaica), mas simplesmente porque era honesto e fiel.”
Na Sua aliança com Abraão nós somos resultados do pacto de Deus com aquele patriarca: “Em ti serão benditas todas as nações da Terra.” Eu não sei quem foram os meus ancestrais bíblicos, se eram judeus ou se eram gentios e nem se eram egípcios ou mesopotâmios. De uma coisa eu tenho certeza: Pela graça divina faço parte das nações benditas prometidas por Deus lá num passado distante.
Lição 3: Para todas as gerações
Sábado: Para todas as gerações
Enquanto vemos pessoas defendendo a existência de duas alianças, a mosaica e a confirmada com a morte de Cristo e, que esta última anulou a primeira, a lição desta semana nos ensina que Deus fez várias alianças com Noé. Essa prática com Noé (Lição professor, p. 26) se repetiu com outros personagens bíblicos desde o Éden até os nossos dias. A aliança foi renovada de pessoa para pessoa focando as necessidades do momento.
Após o pecado de Adão a humanidade foi gradativamente se distanciando de Deus e a aliança é o esforço de Deus em restabelecer o Seu relacionamento com o homem. Deus sonha em voltar a passear conosco pelo jardim do Éden na viração do dia. A aliança é proposta a todas as gerações desde Adão até os nossos dias.
A Bíblia nos apresenta Noé com uma postura invejável. Em meio a uma impiedade alarmante que dominou o mundo de então, ele permaneceu inabalável diante de Deus. Isso é algo fantástico. Diz o relato bíblico a respeito servo de Deus: “Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus” (Gênesis 6:9).
O anúncio de Deus de destruir o mundo com um dilúvio era algo inacreditável pois não ninguém conhecia chuva. Diz a Bíblia: “Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra” (Gênesis 2:5 e 6). Crer que viria um dilúvio de chuva e ainda mais trabalhar 120 anos na construção um barco exigiu de Noé uma fé que transportou montanhas de dúvidas. Uma fé que o levou a se preparar para o dilúvio construindo a arca. As obras produzidas pela fé surgem espontaneamente.
Domingo: O princípio do pecado (Gênesis 6:5)
A lição de hoje apresenta a evolução dramática das consequências do pecado na raça humana. É curioso que a violência predominou os desvarios humanos até que Deus tenha decidido pelo fim de toda raça humana. E mais curioso ainda é que Jesus apresenta os dias de Noé como um retrato do que será a situação do mundo nos últimos dias.
Logo depois que Eva experimentou o fruto proibido ela sentiu o gosto amargo do pecado influenciando os seus descendentes. Viu Caim plantar o primeiro marco da violência humana em nosso planeta tirando a vida de seu irmão.
Lameque, descendente de Caim, parece que fez pior. Além de entrar na história bíblica como primeiro homem polígamo, ele assassinou dois homens e, não sabemos por que razão, fez destes dois crimes um cântico oferecido as suas duas mulheres.
O exemplo polígamo de Lameque influenciou a juventude da época que tomaram as “filhas dos homens” como suas mulheres. Elas não temiam ao Senhor e o resultado foi uma geração de homens violentos a tal ponto de Deus decidir pela destruição do ser humano.
Mas Lameque não teve apenas filhos depravados. Um deles escapou para nos mostrar que, por mais depravado que seja o ambiente que nos rodeia, pela graça de Deus, é possível ter uma vida vitoriosa. Diz a Bíblia; “Noé (filho de Lameque) era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus” e este servo de Deus foi escolhido para oferecer salvação para toda a humanidade de sua época.
Segunda-feira: Noé (Gênesis 6:9)
Noé era filho de Lameque, o primeiro polígamo que a Bíblia apresenta, e o segundo assassino que tirou a vida de duas pessoas. A, quem afirme, que uma de suas vítimas foi Caim que, ao vê-lo de longe, imaginou que fosse um animal e o matou com uma flechada. Ele não conseguiu ver o sinal que Deus colocara em Caim. Lameque ao contar dos assassinatos para as esposas, ele o fez em forma de cântico demonstrando frieza e desprezo.
Filho de um assassino, fazendo parte de toda uma geração violenta e depravada, Noé tinha tudo para dar errado. Mas é assim que a Bíblia o apresenta; “Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus” (Gênesis 6:9). A sua missão foi construir uma arca convidar todos para se salvarem entrando nela. Foram 120 anos de advertências ignoradas. Provavelmente, muitos de seus parentes ouviram a sua mensagem, mas recusaram aceitar o convite e ele salvou apenas sete pessoas de sua família. Ao sair da arca, Noé faz um altar e oferece um cordeiro em sacrifício. Esse momento Deus Se apresenta e renova a Sua aliança com a raça humana. E como sinal de Seu compromisso assumido com Noé e, com toda a humanidade, Ele colocou o arco Íris nas nuvens.
ela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé” (Hebreus 11:7).
Terça-feira: Aliança com Noé
Antes do dilúvio não chovia. Diz a Bíblia: “não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra” (Gênesis 2:5 e 6). Ao ler os relatos destes versos concluímos que Noé foi alguém que exerceu uma fé que representa um desafio para nós. Crer que toda a Terra seria atingida por chuvas torrenciais, e que todas as montanhas seriam cobertas de água realmente é algo desafiante.
Noé creu que a chuva cairia e que toda criatura fora da arca morreria. Ele estava certo de que Deus cuidaria da arca para que ela não sofresse nenhum dano. A sua fé o levou a trabalhar 120 anos construindo e advertindo o povo para se salvar. “Pela fé, Noé creu, quando Deus o avisou de coisas que ainda estavam para acontecer e, consciente da sua gravidade, começou a construir a arca na qual salvou a sua família” (Hebreus 11:7). A fé vivida por Noé o levou a produziu as obras. Construiu a arca, pregou por 120 anos, entrou na arca com a sua família. A fé o levou a obedecer a Deu nos mínimos detalhes.
Ao sair da arca são e salvo, Noé constrói um altar e oferece ali um sacrifício grato a Deus não só pela salvação alcançada, mas pela promessa de que um dia o Cordeiro de Deus Se sacrificaria pela humanidade. (Genesis 7:20 a 22). Foi então que Deus confirmou o concerto feito com ele antes de entrar na arca Gênesis 18;18. “Ao estabelecer Sua aliança com Noé, Deus novamente mostrou a Sua graça” (Lição professor, p. 35).
Quarta-feira: O sinal do arco-íris
O Céu estava limpo e sem nuvens. Mas logo escureceu, os trovões ribombavam no Céu enquanto grandes gotas de chuva começaram a cair. Será outro dilúvio perguntaria qualquer um que presenciasse a sena. Enquanto isso, Noé estava preocupado em fazer um altar e oferecer um sacrifício ao Senhor que lhe poupara a vida. A chuva iniciou macia. Em um momento de alternância de Sol e chuva, um lindo arco colorido brilhou por entre as nuvens. Noé estático contempla aquela maravilha suspensa no Céu.
Em meio ao suspense ele ouve a voz de Deus apontando para o arco-íris que brilhava por entre as gotas de chuva: “E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra. E disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim e entre toda a carne, que está sobre a terra” (Gênesis 9:16 e 17).
Que belo canário. Um arco colorido por entre as nuvens espeças, com a promessa de Deus de que, por mais tempestades que venham a acontecer, o ser humano não será afetado por outro dilúvio. O título da lição anuncia: “para todas as gerações.” Vem-me à lembrança mamãe nos mostrando o arco-íris. Cada vez que isso acontecia ela nos lembrava da aliança de Deus com Noé. Essa é uma linda história que tem passado de pai para filho no transcorrer dos séculos atendendo o pensamento da lição: “para todas as gerações”.
Quinta-feira: “Ficou somente Noé”
Ao sair da arca que senário estranho Noé visualizou. Poucos pássaros cruzavam os céus e os animais que saíram da arca, além de poucos, devem ter saído a procura de matas que ainda não existiam. Conversar com um amigo ou vizinho nem pensar. Todos haviam sido destruídos pelas águas e, a Bíblia confirma: “ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca” (Gênesis 7:23).
Noé e sua família foram os que restaram de uma humanidade corrompida que por cento e vinte anos reusaram o convite para a vida. O patriarca e sua família foram os remanescentes da geração antediluviana. Aparentemente estavam sozinhos em um mundo desolado. Mas para Deus ali estava o centro de Sua atenção. Amparar Noé e ser-Lhe companheiro era a missão dos Céus.
Elias, o profeta de Judá, foragido, cansado e ameaçado de morte por Jezabel, parece que ele tinha chegado ao limite do que o ser humano pode suportar. E desabafa: “Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens” (1 Reis 18:22). E afirma o texto Bíblico: “e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.” (1 Reis 19:4). Para Elias tudo havia terminado. Não havia mais esperança. Quando ele imaginava ser o fim de sua vida ele estava adentrando a eternidade sem experimenta a morte. Diz o texto: “E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
No momento em que escrevo os noticiários anunciam 2.798 óbitos da COVID nas últimas vinte e quatro horas no Brasil. Um casal de primos que moravam em Caldas Novas foi visitar uma filha no Sul e por lá foram sepultados. Em Uberlândia, outro primo e esposa foram internados por COVID. Uma filha foi visitar o pai. Sofreu um infarto fulminante e o pai não sabe que perdeu a filha. É um momento sombrio e de muita angústia. O remanescente Noé teve a companhia permanente de Deus. Estamos no fim de todas as coisas e a nossa força vem do Senhor. Em meio a esse caos vem a promessa: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lucas 21:28). Que o nosso clamor seja: “Amém! Ora, vem, Senhor!”.
Sexta-feira: Estudo adicional
Creio que Noé tinha toda a razão de imaginar ser um pregador fracassado. Durante cento e vinte anos anunciando o dilúvio e apena a sua família aceitou a mensagem. Mas ele foi fiel ao seu ministério e pregou ate que os incrédulos o viram pelas costas entrando na arca.
O verso principal da lição fala de que “Noé encontrou favor aos olhos do Senhor.” Ele alcançou o favor divino ao demonstrar em atos a sua fé na ordem divina: “Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra. Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume” (Gênesis 6:13 e 14).
Revendo o título da lição: “Para todas as gerações” me vem a mente a advertência deixada por Jesus: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mateus 24:37 a 39).
Três lições eu vejo na vida de Noé. Primeiro, a sua fé traduzida em obras. Segundo, o seu empenho em advertir a humanidade. E terceiro, Jesus compara a impiedade e o desatinos dos homens daquela época com o que seria visto nos dias finais da história deste mundo. É importante que, a história de Noé e a misericórdia de Deus sejam divulgados, “Para todas as gerações” de Noé até nós hoje.
Lição 1: O que aconteceu?
Sábado: O que aconteceu?
Uma lenda indígena fala da criação da Lua e das estrelas. Afirma que o Sol brilhava continuamente e não existia a noite. Mas, alguém tocou no Sol, que era muito frágil, e ele se quebrou. Então, Tupã (deusa da criação) recriou o Sol que passou a girar dando origem à noite. Então ela criou a Lua e as estrelas.
Quando eu era criança, de vez em quando, mamãe me pedia para ir até o armazém comprar um carretel de linha. Ainda me lembro como hoje, a estampa que identificava o carretel mostrava o Atlas carregando o mundo nas costas. Juntando a essa ideia era comum ouvir falar de uma tartaruga gigante sustentando o globo, enquanto outros devotavam ao elefante essa tarefa talvez, por ser ele maior e mais forte. Quanta ideia absurda Satanás imprimiu na mente humana, sem se esquecer dos devaneios de Charles Robert Darwin que em 24 de novembro de 1859 publicou a cartilha do evolucionismo sob o título A Origem das Espécies, uma afronta ao Deus criador.
O que aconteceu? Pergunta o autor da lição. Por que tanta ideia absurda sendo que a Bíblia nos oferece uma clara narrativa da história da criação? A própria Bíblia nos mostra o que aconteceu e relata a origem do homem, criado à imagem e semelhança de Deus e como Satanás tentou e, ainda tenta frustrar o plano divino de ter o homem santo e sem pecado desfrutando do Éden restaurado. A lição deste trimestre nos mostra o empenho de Deus em estabelecer uma aliança eterna com o homem, e restaurar nele a Sua completa imagem e semelhança. E isso não é mito e, sim, uma realidade que em breve terá lugar neste mundo sofrido.
Domingo: Tartarugas do começo ao fim
Durante esta semana vamos estudar Gênesis de 1 a 3 e veremos neste estudo um retrato com acabamento perfeito sobre a nossa origem. A Bíblia é clara e lança as teorias evolucionistas no sexto de lixo. Ela não nos permite ficar divagando no tempo e no espaço à procura de Tartarugas, elefantes ou super-homens que trazem o mundo nas costas. O Livro Sagrado é claro em nos mostrar um Deus que primeiro planejou e depois falou e tudo se fez.
No Salmo 100:3 nos mostra uma verdade que hoje o mundo evolucionista contradiz. Diz o texto: “Sabei que o Senhor é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.” O salmista afirma que foi Deus quem nos criou e não nós a nós mesmos. Mas muitas pessoas deixam a Bíblia de lado e procuram, à semelhança do Israel antigo a água do conhecimento em fontes onde não se encontra água.
Para crer no texto bíblico exige menos fé e menos estudo do que crer que uma Big Bang ou Grande Explosão em português, cujos relatos hipotéticos têm abarrotado bibliotecas do mundo inteiro. E o mais curioso é que essa teoria tem fluído de muitos púlpitos de igrejas em nossos dias.
Já mencionei em outros textos o caso de minha esposa que, quando cursava o nível superior uma professora pediu um trabalho sobre a origem do homem, mas adiantou: “Mas não venham com histórias da Carochinha de que Deus fez o homem do barro e a mulher de uma de suas costelas.” A minha esposa fez o trabalho conforme solicitado e, no final, colocou uma observação que dizia: “Relatei o que a especulação do mundo ensina. Mas eu creio na Bíblia e ela ensina diferente.
A primeira nota da lição de hoje apresenta algumas perguntas que o mundo faz e que, para nós, não é objeto de especulação porque a Bíblia nos responde com clareza. Atentemos para a Palavra do Senhor.
Segunda-feira: À imagem do Criador (Gênesis 1:27)
A lição de hoje traz um comentário que nada mais é do que um forte golpe no machismo predominante na sociedade. Diz o autor da lição: “Tanto o homem quanto a mulher compartilham o incrível privilégio de ter sido feitos à imagem de Deus” Lição do Aluno, p. 8. As mesmas características de Sua pessoa que Deus imprimiu no homem, estão também retratadas na mulher. Ambos foram criados à Sua imagem e semelhança.
O meu netinho caçula tem cinco anos e sempre que ele se apresenta para alguém ele enfatiza: “eu sou filho do pastor”. Para ele, ser filho do pastor, é algo especial que insufla o seu ego infantil. Mas a sua atitude nos leva a uma reflexão: somos filhos de uma explosão que deu origem a uma ameba que, por evoluções inexplicáveis chegou até nós, ou somos filhos do Rei do Universo, e que trazemos as características do nosso Criador?
Hoje o serviço pericial ao examinar um objeto suspeito procura colher as impressões digitais da pessoa que tocou aquele objeto e pode afirmar com precisão que determinada pessoa o manuseou. A Bíblia afirma que para criar todo o Universo Deus falou e tudo se fez sem o uso de Suas mãos. Mas o homem foi criado artesanalmente. Ele moldou um boneco de barro e deu-lhe vida. Claro que nesse barro que somos nós, tem gravada de maneira nítida as Suas digitais.
A principal característica do homem é o raciocínio e, quantos usam essa digital divina para elaborar ideias absurdas quanto a sua origem que os colocam longe do Criador!
Terça-feira: Deus e a humanidade juntos (Gênesis 1:28 e 29)
Deus em Sua sabedoria reservou o sábado, último dia da semana da criação para estar junto com o casal criado. Podemos imaginar que sábado foi aquele! A Bíblia afirma que Deus criou os animais, mas delegou ao homem nomear cada um. Deus deu orientações seguras para o homem. Ele deveria lavrar a Terra e tirar dela o seu sustento. Mas, deu-lhe também uma segunda ordem: guardar. Esse guardar tem causado uma verdadeira guerra no mundo e, infelizmente o homem tem falhado no guardar este presente divino. Hoje a Terra está como relata Isaías: “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna” (Isaias 24:5).
Além deste relacionamento de um dia inteiro com o homem, Deus implantou uma rotina: todos os dias no período da tarde o Senhor lhes fazia uma visita. Os primeiros dias do casal no Éden provavelmente originava muitas interrogações e Deus vinha toda a tarde para estar com eles e sanar as dúvidas que, provavelmente surgiram durante a manhã.
O verso 28 afirma que Deus os abençoou. Ser abençoado por Deus é algo maravilhoso, ainda mais com o domínio sobre todas as criaturas da terra e do mar. Mas creio que a maior bênção era a presença de Deus junto com eles todos os dias. Pena que o homem tenha se afastado deste privilégio edênico. Façamos do sábado um dia de relacionamento íntimo com Deus e que o cultivemos durante a semana para não esquecermos.
Quarta-feira: Junto à árvore
Os cientistas calculam que existem mais de oito milhões de tipos de plantas no mundo e deste total mais de trezentas mil são frutíferas. Afirmam que há milhares de espécies que o homem ainda não conhece. Pelo que parece, Eva tinha uma mesa farta de frutas e que a curiosidade foi a principal razão que a levou a experimentar do fruto proibido.
O homem ao ser criado foi dotado do livre arbítrio. No meio do jardim Deus colocou duas árvores. A árvore da Vida e a arvore da Ciência do Bem e do Mal. Deus criou uma restrição. Não podiam comer da árvore da Ciência do Bem e do Mal. Parece que a árvore da Vida não despertou curiosidade no casal, talvez, pelo simples fato de não haver nenhuma restrição quanto a ela. Caso comessem primeiro da árvore da Vida a morte não teria sido implantada no mundo.
Na nova Terra existirá apenas a árvore da Vida. Apocalipse 2:7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.” Ela será a garantia de que nunca mais seremos assediados pela dor e a morte. Com certeza encontraremos ali Adão e Eva desfrutando da eternidade e saboreando o fruto da árvore da Vida.
O autor da lição nos lembra de que todos os dias nós nos deparamos com testes semelhantes ao que foi submetido Eva e cabe a cada um de nós fazer a escolha. Que o Espírito Santo nos oriente para que as nossas escolhas não nos privem de colhemos os frutos da árvore da Vida no Éden restaurado.Quinta-feira: Rompendo o relacionamento
Após os nossos pais experimentarem o fruto proibido, Deus não alterou a Sua rotina e, mais uma vez, pela viração do dia Ele foi até o jardim para fazer o que fazia em todas as tardes: passear com o casal, mas Ele não os encontrou. A Bíblia diz que a serpente é astuta e usou de toda a sua maestria no diálogo com Eva e repetiu as mesmas palavras proferidas por Deus colocando apenas três letras no meio da frase: “Certamente NÃO morrereis.”
A serpente aguçou a curiosidade de Eva ao dizer: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gênesis 3:5). Em parte, o que Satanás falou era verdade. Jamais eles seriam como Deus. O bem eles já conheciam e depois do pecado realmente conheceram o mal. Mais uma vez as palavras de Satanás: “se abrirão os vossos olhos” se cumpriram: “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais” (Gênesis 3:7).
Satanás, semelhante ao que ele fez com Cristo no deserto da tentação repetiu as palavras de Deus, mas fazendo sutis acréscimos e conduzindo a resultados desastrosos. Jesus Se manteve atento, mas o casal cedeu e perderam as vestes de santidade que os levaram a se esconderam de Deus. Mas aquela voz que soou no jardim naquela tarde era bastante conhecida: “Onde estás?” Felizmente a voz do amor nos alcançou.
Sexta-feira: Estudo adicional
Estudamos durante a semana o afã de Deus em criar o mundo e, especificamente o homem. A cada etapa da criação o Senhor exclamava: “Tudo é bom” ou “muito bom”. Essas exclamações divinas nos dá a ideia de quão perfeita era a criação idealizada por Deus.
Mas o autor da lição, ao ver o casal sendo expulso do jardim, o mundo a gemer sob o peso do pecado produzindo espinhos e cardos, ele recorre a Bíblia para responder essa intrigante pergunta: “O que aconteceu?
O sonho de Deus era manter com o homem um relacionamento amigável, diário e fraterno, mas em determinada tarde ao adentrar o jardim não encontrou o casal, objeto principal de Sua criação. Os dois ao cederem as capciosas insinuações do inimigo se sentiram sem condições de permanecerem diante de um Deus santo.
Adão e Eva se sentiram despidos da roupagem de santidade que, até a pouco os envolviam e fizeram para si túnicas de folhas de figueira. Podemos imaginar o trabalho dos dois unindo as folhas de figueira umas às outras com cipó, numa fracassada tentativa humana de se apresentarem diante de Deus decentemente vestidos. Mas, Deus reprovou os seus dotes de costureiros e o Salvador toma uma atitude inusitada. Pega um cordeiro, talvez o mais lindo do rebanho. O sangue do animal encharca o relvado jardim e da pele do animal inocente o Criador faz túnicas para o casal.
Naquele momento Deus lançou as bases do plano da salvação concebido antes da fundação do mundo e, a custa de sangue estabeleceu a Sua aliança com o homem pecador. Naquele momento Deus já adiantou que da descendência da mulher viria o Salvador que, um dia esmagará a cabeça da serpente e tudo será restaurado, voltando a ser o que era no princípio.
Lição 2: Os princípios fundamentais da aliança
Sábado: Os princípios fundamentais da aliança
O objetivo de Deus em estabelecer alianças com o Seu povo foi demonstrar o Seu grande amor para com a raça perdida e renovar o Seu intento de prover a salvação de toda a humanidade. Foi assim que Ele Se apresentou a Noé que, a despeito de suas falhas e pecados o amou e renovou o Seu propósito de salvação. Normalmente as alianças envolviam compromissos e promessas da parte de Deus e dos seres humanos.
No verso principal da lição Deus detalha a Sua aliança com Moisés no monte Sinai. O Senhor estava prestes a entregar a Moisés os princípios que orientariam a Sua aliança com o homem. Costumo dizer que Deus é bastante ciumento. Ele não aceita amor dividido. O Seu intento é que sejamos todos Dele e, ao estipular os princípios de Sua aliança Ele expressa o Seu grande amor para conosco.
A aliança apresentada no Sinai nos oferece as diretrizes para um relacionamento íntimo com o nosso Criador. Ele firma um compromisso com Moisés e garante ao Seu servo que: “Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal entre todas as nações…” (Êxodo 19:5). Que promessa! Sendo fiéis aos princípios de Sua aliança seremos Sua propriedade peculiar. É maravilhoso o amor de Deus. Ele pega esse homem que deveria morrer no Éden e o restaura em Sua propriedade particular e passa a cuidar deste homem como a menina de Seus olhos.
Deus deseja tanto que estejamos sempre unidos a Ele que, em vários momentos ele renova o Seu compromisso conosco refazendo a Sua aliança conosco. Em todos os momentos vamos notar que os princípios fundamentais da Sua aliança conosco é o Seu amor devotado a cada um de nós. A Sua aliança conosco é uma estratégia de Deus para nos envolver em um relacionamento com Ele aqui na Terra que nos habilite a vivermos com Ele na eternidade.
Domingo: Fundamentos da aliança
Sempre me causou estranheza o fato de Deus fazer um juramento, ainda mais quando envolve o Seu relacionamento com o ser humano. Penso eu que, pelo simples fato de Deus ser Deus é o suficiente para crermos em Suas palavras. Quando Deus faz um juramento, Ele simplesmente quer que o homem, na sua compreensão finita, entenda o quanto Ele nos ama.
A aliança é estabelecida entre duas partes. Ela define a exclusividade de um pertencer ao outro e é, justamente o que Des espera de nós, um amor total dedicado a Ele. Jamais Deus admite a existência de um triângulo amoroso entre nós e Ele. A aliança não só estabelece responsabilidades dos dois lados, mas deixa claro o quanto Deus nos ama. A Bíblia afirma que uma vez que aceitamos os termos da aliança nos tornamos propriedade exclusiva de Deus e Ele não admite divisão desse amor com pessoas ou coisas.
A aliança é, repetidas vezes, confirmada por Deus, não porque Ele tenha alterado os seus fundamentos, mas para o homem tenha uma compreensão clara de que o Seu amor por nós é eterno e imutável. Essa certeza deve exercitar a nossa fé e nos dar a certeza de que ao atendermos os reclamos da aliança estaremos desfrutando de Seu paternal cuidado.
Segunda-feira: Aliança com Noé
Caso os descendentes de Noé tivessem aceitado os termos da aliança que Deus estabeleceu com o patriarca, lá junto ao altar que ele construiu após sair da arca e, eles não teriam dado início a construção da torre que causou a confusão das línguas no planeta. A parte que Noé e toda a sua geração teriam nessa aliança era aceitar a promessa de que nunca mais a Terra seria destruída pelo dilúvio, e foi justamente aí que os descendentes de Noé falharam. Mas a promessa de Deus feita ali junto do altar permanece firme até hoje pois, com frequência vemos o Seu arco nas nuvens atestando o Seu juramento.
Antes de Deus confirmar a Sua promessa colocando o arco nas nuvens, Noé construiu um altar e ofereceu um cordeiro demonstrando fé na aliança que Deus estabeleceu lá no Éden com Adão e Eva, quando sacrificou o primeiro cordeiro por consequência do pecado do homem. O cordeiro morto lá no Éden e o cordeiro morto no altar de Noé apontavam para o Cordeiro de Deus, que segundo afirma João “tira o pecado do mundo”. Ele é o centro da aliança estabelecida por Deus com a humanidade e a mais profunda demonstração do Seu amor para conosco.
Imagino que, para Deus mostrar o arco nas nuvens Ele deve ter simulado uma chuva, o que poderia sugerir a Noé o início de um segundo diluvio. Provavelmente ele não teve nenhum temor, pois confiou na promessa de Deus de que jamais a terra seria destruída com um dilúvio.
Terça-feira: Aliança com Abraão
Ao Deus pedir para que Abraão saísse de sua terra e de junto de seus parentes, Deus já estava dizendo para o patriarca que, dali para frente ele viveria simplesmente confiando na direção divina, ainda mais que “…sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia” (Hebreus 11:8).
Em todas as confirmações da aliança de Deus com a humanidade, creio que a experimentada por Abraão foi a que mais exigiu fé. Do momento em que o patriarca aceitou o desafio do Criador, ele passou a viver exclusivamente pela fé na providência divina.
Ao mesmo tempo em que caminhava rumo à terra da Promessa, em todas as paradas ao longo do caminho, Abraão construía um altar demonstrando a sua fé no Redentor que um dia viria para salvar o homem. Esses altares, construídos por ele se constituíram em marcos. Assim, qualquer pessoa, que no futuro, saísse de Ur dos caldeus rumo a terra de Canaã não tinha como errar. Era só seguir os altares construídos por Abraão. Em nossa viagem rumo e terra Prometida é necessário que construamos altares ou marcos que sinalizem o caminho para a humanidade.
É interessante que, ao Abraão exercitar a sua fé e aceitar o desafio divino, ele teve que agir. Ao mesmo tempo em que praticava a fé ele ia cristalizando essa fé em obras seguindo as orientações divinas. Somos salvos pela fé e provamos isso produzindo obras que só a fé é capaz de realizar.
Quarta-feira: Aliança com Moisés
Para muitos cristãos a aliança mosaica deixou de existir com o primeiro advento de Cristo. Considerada por muitos como velha aliança que exige a obediência a Lei como meio salvífico, Jesus a anulou na cruz.
É curioso observar que em todas as confirmações da aliança existiam compromissos de obediência e promessas divinas da parte de Deus. Na aliança abraâmica, para que ela se concretizasse, Abraão teve que obedecer deixando a sua Terra e a sua parentela e sair errante mundo a fora sem saber para onde ia. O que o levou a ser obediente foi a sua fé inabalável nas promessas divinas. Abraão praticou as obras oriundas de sua fé.
A aliança Mosaica, aconteceu depois de mais de quatrocentos anos de cativeiro no Egito. Imagine como estava a cabeça dos israelitas, depois de conviverem por mais de quatrocentos anos sendo dominados por uma nação idólatra. Com certeza eles se esqueceram completamente de suas responsabilidades em seu relacionamento com o Deus. Foi necessário que o Senhor elaborasse o decálogo onde estariam os princípios do relacionamento com Deus e com a humanidade ao redor.
O autor da lição apresenta três características da aliança. Ela, em todas as suas confirmações, estabelecia normas para o relacionamento entre o Israel e Deus e sempre tinha um segundo componente: a promessa de serem um grande povo. Até aí todos concordam com a aliança. Mas vem um terceiro adendo que a maioria dos evangélicos se esforçam por ignorarem: eles deveriam ser obedientes. Mas essa obediência só foi exigida depois que Deus demonstrou o Seu amor livrando-os da escravidão.
Quinta-feira: Nova aliança (Jeremias 31:31 a 33)
Depois de uma amarga experiência de cativeiro egípcio e babilônico, por causa de Suas transgressões, Deus promete a Isaías que os Seus filhos não mais seriam escravos. Os seus pecados foram perdoados e depois de tantas manifestações do amor de Deus para com eles a obediência seria um resultado natural. Eles amariam a Deus de tal forma que atender os preceitos da Lei era algo que, dali para a frente, automaticamente brotaria de um coração agradecido (ver Jeremias 31:33 e 34).
Cristo é o centro desta aliança tantas vezes apresentada na Bíblia. Depois que o pecador se depara com o Seu imenso sacrifício em seu favor, ele responde a esse amor com naturalidade como se a Lei estivesse escrita em seu coração. Não se trata de obediência impositiva e sim voluntária, resultante do nosso amor ao sacrifício de Cristo.
O verso 34 afirma que este relacionamento com Deus será tão íntimo e generalizado entre o Seu povo que todos saberão quem é esse Deus salvador, não havendo mais necessidade de professores para lhes mostrar quem é Deus. Muitos afirmam que tem a Lei de Deus gravada no coração e que a obediência a ela Jesus pregou na cruz. Mas veja o verso 36: “Se se desviarem estas ordenanças de diante de mim, diz o Senhor, deixará também a semente de Israel de ser uma nação diante de mim, para sempre.”
Infelizmente essa profecia se cumpriu quando Israel se desviou das ordenanças propostas na aliança e deixou de ser a nação eleita. Hoje, Deus Se propõe a estabelecer a Sua aliança com cada ser humano e, quando ela é aceita, a obediência a Sua lei torna-se resultado e não exigência.
Sexta-feira: Estudo adicional
Para alguns comentaristas o conserto do Sinai durou 1.440 anos e se estendeu de Moisés a João Batista. Eles tomam por base Hebreus 10:9 onde lemos: “Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.”
Afirmam que Jesus, ao morrer na cruz, estabeleceu um novo concerto na cruz e que esse concerto selado no Calvário anulou o primeiro. Segundo dizem, o estabelecimento do segundo concerto implica na anulação da Lei Moral dos Dez mandamentos. Fica sem explicação a situação dos pecadores que viveram antes de Moisés. Desde Adão até a morte de Cristo o pecador teria os seus pecados perdoados mediante o sacrifício de um cordeiro que prefigurava Cristo que morreu em nosso lugar.
A rotina de sacrifícios de animais que Deus instituiu no Éden e fez parte de todas as fases da aliança apresentadas por Deus no Velho Testamento, indicavam para Cristo que viria num futuro distante. Ao Ele morrer na cruz o sistema sacrifical instituído por Deus foi anulado pelo sacrifício do Cordeiro de Deus. Realmente tirou o primeiro para estabelecer o Segundo.
A aliança estabelecida por Deus com a humanidade no Éden com a promessa do Cordeiro de Deus – morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8) perdura até hoje na pessoa de Cristo Esta aliança, renovada com outros representantes da raça humana como Noé, Abraão, Moisés e confirmada no Calvário com a morte de Cristo resume o sonho de Deus de salvar toda a humanidade na pessoa de Cristo.
É esta aliança, demonstrada em várias fases desde o Éden até o Calvário, será o objeto do nosso estudo durante este trimestre. Que o Senhor seja pródigo em facilitar a nossa compreensão.
Lição 1: O que aconteceu?
Sábado: O que aconteceu?
Uma lenda indígena fala da criação da Lua e das estrelas. Afirma que o Sol brilhava continuamente e não existia a noite. Mas, alguém tocou no Sol, que era muito frágil, e ele se quebrou. Então, Tupã (deusa da criação) recriou o Sol que passou a girar dando origem à noite. Então ela criou a Lua e as estrelas.
Quando eu era criança, de vez em quando, mamãe me pedia para ir até o armazém comprar um carretel de linha. Ainda me lembro como hoje, a estampa que identificava o carretel mostrava o Atlas carregando o mundo nas costas. Juntando a essa ideia era comum ouvir falar de uma tartaruga gigante sustentando o globo, enquanto outros devotavam ao elefante essa tarefa talvez, por ser ele maior e mais forte. Quanta ideia absurda Satanás imprimiu na mente humana, sem se esquecer dos devaneios de Charles Robert Darwin que em 24 de novembro de 1859 publicou a cartilha do evolucionismo sob o título A Origem das Espécies, uma afronta ao Deus criador.
O que aconteceu? Pergunta o autor da lição. Por que tanta ideia absurda sendo que a Bíblia nos oferece uma clara narrativa da história da criação? A própria Bíblia nos mostra o que aconteceu e relata a origem do homem, criado à imagem e semelhança de Deus e como Satanás tentou e, ainda tenta frustrar o plano divino de ter o homem santo e sem pecado desfrutando do Éden restaurado. A lição deste trimestre nos mostra o empenho de Deus em estabelecer uma aliança eterna com o homem, e restaurar nele a Sua completa imagem e semelhança. E isso não é mito e, sim, uma realidade que em breve terá lugar neste mundo sofrido.
Domingo: Tartarugas do começo ao fim
Durante esta semana vamos estudar Gênesis de 1 a 3 e veremos neste estudo um retrato com acabamento perfeito sobre a nossa origem. A Bíblia é clara e lança as teorias evolucionistas no sexto de lixo. Ela não nos permite ficar divagando no tempo e no espaço à procura de Tartarugas, elefantes ou super-homens que trazem o mundo nas costas. O Livro Sagrado é claro em nos mostrar um Deus que primeiro planejou e depois falou e tudo se fez.
No Salmo 100:3 nos mostra uma verdade que hoje o mundo evolucionista contradiz. Diz o texto: “Sabei que o Senhor é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.” O salmista afirma que foi Deus quem nos criou e não nós a nós mesmos. Mas muitas pessoas deixam a Bíblia de lado e procuram, à semelhança do Israel antigo a água do conhecimento em fontes onde não se encontra água.
Para crer no texto bíblico exige menos fé e menos estudo do que crer que uma Big Bang ou Grande Explosão em português, cujos relatos hipotéticos têm abarrotado bibliotecas do mundo inteiro. E o mais curioso é que essa teoria tem fluído de muitos púlpitos de igrejas em nossos dias.
Já mencionei em outros textos o caso de minha esposa que, quando cursava o nível superior uma professora pediu um trabalho sobre a origem do homem, mas adiantou: “Mas não venham com histórias da Carochinha de que Deus fez o homem do barro e a mulher de uma de suas costelas.” A minha esposa fez o trabalho conforme solicitado e, no final, colocou uma observação que dizia: “Relatei o que a especulação do mundo ensina. Mas eu creio na Bíblia e ela ensina diferente.
A primeira nota da lição de hoje apresenta algumas perguntas que o mundo faz e que, para nós, não é objeto de especulação porque a Bíblia nos responde com clareza. Atentemos para a Palavra do Senhor.
Segunda-feira: À imagem do Criador (Gênesis 1:27)
A lição de hoje traz um comentário que nada mais é do que um forte golpe no machismo predominante na sociedade. Diz o autor da lição: “Tanto o homem quanto a mulher compartilham o incrível privilégio de ter sido feitos à imagem de Deus” Lição do Aluno, p. 8. As mesmas características de Sua pessoa que Deus imprimiu no homem, estão também retratadas na mulher. Ambos foram criados à Sua imagem e semelhança.
O meu netinho caçula tem cinco anos e sempre que ele se apresenta para alguém ele enfatiza: “eu sou filho do pastor”. Para ele, ser filho do pastor, é algo especial que insufla o seu ego infantil. Mas a sua atitude nos leva a uma reflexão: somos filhos de uma explosão que deu origem a uma ameba que, por evoluções inexplicáveis chegou até nós, ou somos filhos do Rei do Universo, e que trazemos as características do nosso Criador?
Hoje o serviço pericial ao examinar um objeto suspeito procura colher as impressões digitais da pessoa que tocou aquele objeto e pode afirmar com precisão que determinada pessoa o manuseou. A Bíblia afirma que para criar todo o Universo Deus falou e tudo se fez sem o uso de Suas mãos. Mas o homem foi criado artesanalmente. Ele moldou um boneco de barro e deu-lhe vida. Claro que nesse barro que somos nós, tem gravada de maneira nítida as Suas digitais.
A principal característica do homem é o raciocínio e, quantos usam essa digital divina para elaborar ideias absurdas quanto a sua origem que os colocam longe do Criador!
Terça-feira: Deus e a humanidade juntos (Gênesis 1:28 e 29)
Deus em Sua sabedoria reservou o sábado, último dia da semana da criação para estar junto com o casal criado. Podemos imaginar que sábado foi aquele! A Bíblia afirma que Deus criou os animais, mas delegou ao homem nomear cada um. Deus deu orientações seguras para o homem. Ele deveria lavrar a Terra e tirar dela o seu sustento. Mas, deu-lhe também uma segunda ordem: guardar. Esse guardar tem causado uma verdadeira guerra no mundo e, infelizmente o homem tem falhado no guardar este presente divino. Hoje a Terra está como relata Isaías: “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna” (Isaias 24:5).
Além deste relacionamento de um dia inteiro com o homem, Deus implantou uma rotina: todos os dias no período da tarde o Senhor lhes fazia uma visita. Os primeiros dias do casal no Éden provavelmente originava muitas interrogações e Deus vinha toda a tarde para estar com eles e sanar as dúvidas que, provavelmente surgiram durante a manhã.
O verso 28 afirma que Deus os abençoou. Ser abençoado por Deus é algo maravilhoso, ainda mais com o domínio sobre todas as criaturas da terra e do mar. Mas creio que a maior bênção era a presença de Deus junto com eles todos os dias. Pena que o homem tenha se afastado deste privilégio edênico. Façamos do sábado um dia de relacionamento íntimo com Deus e que o cultivemos durante a semana para não esquecermos.
Quarta-feira: Junto à árvore
Os cientistas calculam que existem mais de oito milhões de tipos de plantas no mundo e deste total mais de trezentas mil são frutíferas. Afirmam que há milhares de espécies que o homem ainda não conhece. Pelo que parece, Eva tinha uma mesa farta de frutas e que a curiosidade foi a principal razão que a levou a experimentar do fruto proibido.
O homem ao ser criado foi dotado do livre arbítrio. No meio do jardim Deus colocou duas árvores. A árvore da Vida e a arvore da Ciência do Bem e do Mal. Deus criou uma restrição. Não podiam comer da árvore da Ciência do Bem e do Mal. Parece que a árvore da Vida não despertou curiosidade no casal, talvez, pelo simples fato de não haver nenhuma restrição quanto a ela. Caso comessem primeiro da árvore da Vida a morte não teria sido implantada no mundo.
Na nova Terra existirá apenas a árvore da Vida. Apocalipse 2:7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.” Ela será a garantia de que nunca mais seremos assediados pela dor e a morte. Com certeza encontraremos ali Adão e Eva desfrutando da eternidade e saboreando o fruto da árvore da Vida.
O autor da lição nos lembra de que todos os dias nós nos deparamos com testes semelhantes ao que foi submetido Eva e cabe a cada um de nós fazer a escolha. Que o Espírito Santo nos oriente para que as nossas escolhas não nos privem de colhemos os frutos da árvore da Vida no Éden restaurado.Quinta-feira: Rompendo o relacionamento
Após os nossos pais experimentarem o fruto proibido, Deus não alterou a Sua rotina e, mais uma vez, pela viração do dia Ele foi até o jardim para fazer o que fazia em todas as tardes: passear com o casal, mas Ele não os encontrou. A Bíblia diz que a serpente é astuta e usou de toda a sua maestria no diálogo com Eva e repetiu as mesmas palavras proferidas por Deus colocando apenas três letras no meio da frase: “Certamente NÃO morrereis.”
A serpente aguçou a curiosidade de Eva ao dizer: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gênesis 3:5). Em parte, o que Satanás falou era verdade. Jamais eles seriam como Deus. O bem eles já conheciam e depois do pecado realmente conheceram o mal. Mais uma vez as palavras de Satanás: “se abrirão os vossos olhos” se cumpriram: “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais” (Gênesis 3:7).
Satanás, semelhante ao que ele fez com Cristo no deserto da tentação repetiu as palavras de Deus, mas fazendo sutis acréscimos e conduzindo a resultados desastrosos. Jesus Se manteve atento, mas o casal cedeu e perderam as vestes de santidade que os levaram a se esconderam de Deus. Mas aquela voz que soou no jardim naquela tarde era bastante conhecida: “Onde estás?” Felizmente a voz do amor nos alcançou.
Sexta-feira: Estudo adicional
Estudamos durante a semana o afã de Deus em criar o mundo e, especificamente o homem. A cada etapa da criação o Senhor exclamava: “Tudo é bom” ou “muito bom”. Essas exclamações divinas nos dá a ideia de quão perfeita era a criação idealizada por Deus.
Mas o autor da lição, ao ver o casal sendo expulso do jardim, o mundo a gemer sob o peso do pecado produzindo espinhos e cardos, ele recorre a Bíblia para responder essa intrigante pergunta: “O que aconteceu?
O sonho de Deus era manter com o homem um relacionamento amigável, diário e fraterno, mas em determinada tarde ao adentrar o jardim não encontrou o casal, objeto principal de Sua criação. Os dois ao cederem as capciosas insinuações do inimigo se sentiram sem condições de permanecerem diante de um Deus santo.
Adão e Eva se sentiram despidos da roupagem de santidade que, até a pouco os envolviam e fizeram para si túnicas de folhas de figueira. Podemos imaginar o trabalho dos dois unindo as folhas de figueira umas às outras com cipó, numa fracassada tentativa humana de se apresentarem diante de Deus decentemente vestidos. Mas, Deus reprovou os seus dotes de costureiros e o Salvador toma uma atitude inusitada. Pega um cordeiro, talvez o mais lindo do rebanho. O sangue do animal encharca o relvado jardim e da pele do animal inocente o Criador faz túnicas para o casal.
Naquele momento Deus lançou as bases do plano da salvação concebido antes da fundação do mundo e, a custa de sangue estabeleceu a Sua aliança com o homem pecador. Naquele momento Deus já adiantou que da descendência da mulher viria o Salvador que, um dia esmagará a cabeça da serpente e tudo será restaurado, voltando a ser o que era no princípio.
Introdução Geral
O assunto que vamos estudar neste trimestre tem sido objeto de muita especulação no mundo evangélico e merece uma introdução geral. Muitas igrejas manifestam ideias diferentes a respeito. Existe uma corrente que identifica sete alianças distintas na Bíblia como a Adâmica, Noética, Nova, Abraâmica, Mosaica, Palestina ou Palestiniana e Davídica. Os Presbiterianos advogam três alianças: Aliança das Obras, Aliança da Graça e Aliança da Redenção. E tem aqueles que defendem duas alianças, a antiga, Velho Testamento e a nova, o Novo Testamento. Para estes, a nova aliança anula a antiga aliança. Ou, melhor dizendo, o Novo Testamento anula o Velho Testamento. Essa creio, ser a mais aceita no meio protestante. Neste trimestre vamos ver o que a Bíblia ensina.
De princípio, sabemos que todas as alianças propostas por Deus apontam para Cristo e se resumem em uma só: A salvação do homem pela graça na aceitação do sacrifício vicário de Cristo. O cordeiro morto no Éden, o cordeiro oferecido por Abel, o cordeiro sacrificado por Noé após o dilúvio, o cordeiro que salvou a vida de Isaque no monte Moriá e todos os cordeiros sacrificados no Santuário e no Templo representavam Jesus que um dia viria ao mundo morrer pela humanidade.
Ao longo da história, em vários momentos, Deus renovou o Seu pacto com a humanidade, mas sempre focando a salvação pela graça, no Antigo Testamento que, com o nascimento e morte de Cristo, se concretizou no Novo testamento.
Alguns explicam as alianças como se Deus fosse alterando o método de salvação ao longo da história e adaptando-o ao homem. Argumentam que Ele viu que a aliança do Sinai era impossível ao homem, pois nenhum ser humano consegue observar a Lei e que a salvação pela graça veio para sanar esse equívoco divino. A aliança de Deus com o homem é uma só que, em dados momentos, para ser mais compreensível a nós, foi retificada por Ele a Seus filhos.
O plano de salvação, sempre foi um só e, admitir o contrário, seria crer em um Deus falho a procura de alternativas para salvar o homem que Ele criou. A aliança é uma só e é eterna como eterno é o Seu Propositor. Que o Senhor nos ilumine!
Lição 13: A renovação do planeta Terra
Sábado: A renovação do planeta Terra
A renovação do planeta Terra sendo transformado em um mundo novo e especial é o sonho de todos que confiam nas promessas de Deus mostradas no Velho e no Novo testamentos. Veja como o profeta João parece que plagiou as palavras de Isaías 65:17. O profeta apocalíptico ao afirmar que, o passado não virá mais a nossa mente, faz coro com Isaias que afirma: “e as coisas passada não serão mais lembradas: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse 21:4).
Os últimos capítulos do livro de Isaías nos mostram a criação de uma nova Terra e o fim dos homens ímpios, final parecido com os últimos capítulos do Apocalipse, onde João também fala da destruição dos ímpios e restauração de uma nova Terra. A Bíblia é um livro sem similar, e é assim porque foi inspirada por Aquele, que segundo Tiago: “em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17).
O final do estudo deste trimestre é um alento para este mundo afligido por essa pandemia. Ele nos mostra que em breve estaremos em um mundo onde não mais haverá dor, morte nem mesmo lembranças das agonias de agora.
Domingo: Novos céus e nova Terra (Isaías 65:17 a 25)
Imagino como será a nova Terra para os israelitas que viveram no Norte de Israel nas terras de Zebulon e Naftali. Possuindo terras férteis eles plantavam lindas lavouras que, na época da colheita, eram invadidas e saqueadas pelos inimigos. Agora na nova Terra diz a Bíblia diz: “E edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o seu fruto” (Isaías 65:21).
Isaías e João se esforçaram para nos mostrar as belezas e encantos dessa Terra por vir. Mesmo inspirados, o Espírito Santo lhes revelou apenas o que a sua capacidade humana teria condições de absorver. Paulo afirma: “Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Coríntios 2:9). E nós só vamos entender por que antes de entramos nela seremos transformados (1 Coríntios 15:52).
Isaías afirma: “O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor” (Isaías 65:25). Ao falar sobre este texto o autor da lição comenta: “Para que carnívoros como os leões se tornem vegetarianos, é necessário muito mais que uma aula de culinária vegetariana. Isso requer uma recriação para restaurar o mundo ao seu estado ideal, como ele era antes da introdução da morte por meio do pecado no Éden” (Lição do Professor, p. 164).
É interessante que Deus usa o método didático da repetição para nos ensinar e o que temos em Isaías 65:25 é um resumo de tudo que o profeta falou em Isaías 11: 6 a 8 onde lemos: “E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo.” Que pela graça de Cristo estejamos lá.
Segunda-feira: Ímã divino (Isaías 66:1 a 19)
Um dia me encontrava em uma oficina mecânica de carros de um amigo e me deparei com uma haste de uns cinquenta centímetros com um pedacinho de metal na ponta. Intrigado perguntei se ela tinha alguma serventia em seu trabalho e ele me respondeu: “Este pedacinho de metal que está na ponta é um ima, e quando uma peça pequena cai no meio do motor, as vezes eu não consigo vê-la e muito menos pegá-la. Então eu uso esta haste e a peça é atraída e se prende no ima, então a retiro com facilidade.”
Cada um de nós somos uma pequena peça, uma porca, arruela ou parafuso perdido no meio da engrenagem complexa deste mundo, mas Jesus, o Ima divino, veio em nosso auxílio. Ele mesmo afirma: “Mas Eu, quando for levantado da terra, atrairei todas as pessoas para mim” (João 12:32).
Isaías 66 clareia bem o resultado desse Ima divino. Diz o texto: “E porei entre eles um sinal, e os que deles escaparem enviarei às nações, a Társis, Pul, e Lude, flecheiros, a Tubal e Javã, até às ilhas de mais longe, que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória; e anunciarão a minha glória entre os gentios. E trarão a todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por oferta ao Senhor, sobre cavalos, e em carros, e em liteiras, e sobre mulas, e sobre dromedários, trarão ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o Senhor; como quando os filhos de Israel trazem as suas ofertas em vasos limpos à casa do Senhor” (Isaías 66:19 e 20).
Em breve os redimidos de todos os lugares da Terra e de todos os tempos, estes que agora estão sendo atraídos pelo grande Ima, Cristo, serão atraídos mais uma vez para fora deste mundo corrupto e levados para uma nova Terra isenta de pecado e dor.
Terça-feira: Missionários e líderes de adoração (Isaías 6:19 a 21)
Nos versos 15 a 17 Isaías apresenta Deus agindo com justiça sobre os ímpios que recusaram a Sua mensagem de salvação e, representando estes ele menciona os que comem carne de porco. Geralmente a Bíblia apresenta o porco como símbolo das coisas impuras, as quais Deus abomina. Esses juízos de Deus no passado representam o momento em que Deus vai agir com justiça eliminando os ímpios do mundo.
Depois Isaías apresenta o evangelho sendo apresentado ao povo gentio de todo o mundo e o profeta vai mais longe. Ele afirma que dentre estes estrangeiros Deus escolheria alguns como sacerdotes. Ou seja, haverá um esforço final para a pregação do evangelho do qual todos os povos serão convidados a participar. Depois da morte de Cristo o sacerdócio levítico deixou de existir, mas esses líderes estrangeiros participariam da pregação do evangelho.
É interessante que Isaías menciona pessoas da Grécia como Pul e Pute descendentes de Cam, filho de Noé anunciando a mensagem de salvação em todos os lugares habitados daquela época. Essa profecia teve o seu cumprimento na Igreja primitiva quando a mensagem de salvação foi pregada a todo o mundo e se cumprira de novo agora no fim por ocasião do derramamento da chuva serôdia.
Quarta-feira: Comunidade de fé (Isaías 66:21)
Os judeus imaginavam ser melhores do que os outros povos da Terra e consequentemente, os únicos que teriam direito à salvação. Jesus trabalhou muito para fazê-los entender que a graça salvadora é extensiva a todo o pecador. Paulo um dos mais fervorosos pregadores aos gentios afirmou: “Não pode haver diferença entre judeu e grego” (Gálatas 3:28). A sua declaração provocou muita discussão em seu tempo.
Isaías viu o triunfo da pregação do evangelho a todo o mundo. Essa era uma das profecias difíceis para o povo judeu aceitar. Eles mantinham inúmeras tradições as divisões entre judeus e gentios eram fortemente acentuadas.
Cornélio é considerado como o primeiro gentio a aceitar o cristianismo. Sabemos que Deus teve de trabalhar duro com Pedro para que ele clareasse a mensagem de salvação a Cornélio. Um judeu conversar, ou mesmo entrar na casa de um gentio era considerado uma coisa grave, pois o judeu se contaminaria e eram considerados imundo. Essa foi uma das mais serias acusações contra Cristo: “Por que ceia o vosso mestre com publicanos e pecadores?” (Mateus 9:11). Cornélio foi um daqueles mencionado por Isaias: “E trarão a todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por oferta ao Senhor” (Isaías 66:20).
Essa profecia de Ezequiel sobre Judá e Israel: “Eu mesmo os constituirei uma só nação sobre a terra, nos montes de Israel. Haverá um único rei sobre todo o meu povo, e nunca mais serão duas nações, tampouco estarão divididos em dois reinos” (Ezequiel 37:22), pode ser bem aplicada ao sonho de Deus em reunir os Seus filhos de todas as partes da Terra.
Quinta-feira: A posteridade e o nome dos salvos (Isaías 69:22 a 24)
Isaías finaliza o seu livro apresentando mais uma vez a criação de um novo Céu e de uma nova Terra. E usando as suas palavras Deus afirma que assim como esse novo Céu e essa nova Terra estarão para sempre diante Dele, os Seus filhos, vindos de todas as partes da Terra também estarão para sempre com Ele nesse Lar eterno.
Preparando esta lição me deparei com um comentarista que, falando sobre “de um sábado a outro virá toda carne a adorar o Senhor” ele disse: “Nos reuniremos de um domingo a outro porque o sábado foi mudado para o domingo.” Provavelmente este senhor não leu o último verso de Isaías falando dos que estarão na nova Terra: “E sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim” (Isaías 66:24).
Durante esta semana eu ouvi o professor Felipe Aquino, grande escritor e palestrante católico, afirmar que o lago de fogo será eterno, porque Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança e, assim como Ele (Deus) é eterno, o homem também é e os perdidos viverão eternamente entre as chamas. Quanta pregação absurda existe por aí. Sabemos que os resultados do fogo é que serão eternos. Sodoma e Gomorra foram destruídas com fogo eterno e não estão queimando até hoje (ver Judas 1:7).
Sexta-feira: Estudo adicional
No estudo de sexta feira o autor da lição nos leva a ver o futuro risonho que Deus está reservando para os Seus filhos fiéis. Um mundo sem pecado. Imagino como foi para Isaías, depois de lutar tantos anos, quase que debalde, no afã de convencer reis e povos de que Deus é o único Senhor digno de adoração, depois de tantos anos vivendo e convivendo com os pecados e apostasia de seu povo, contemplar um mundo restaurado povoado por pessoas santas e dedicadas ao Senhor. Um mundo completamente diferente do que viu por tantos anos!
Longe do pecado e de suas funestas consequências o profeta e todos nós, pela graça de Deus, vamos experimentar “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Coríntios 2:9).
Ellen G. White escreve: “Toda criatura que há no Céu e sobre a Terra, debaixo da Terra e sobre o mar, e tudo o que neles há. Dirá: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 5:13; O Grande Conflito, p. 678).
Nota: Hoje 03 de fevereiro de 2021, às 6:23, pela graça de Deus, concluí o comentário da Lição do 1º trimestre de 2021. Obrigado Senhor por esta bênção!
Lição 12: O Desejado de todas as nações
Sábado: O Desejado de todas as nações
Ao ler a nota introdutória de nossa lição me veio à mente uma grande verdade: eu sou um grande pecador e Jesus é um Grande Salvador. Essa frase dita por muitos pregadores nos dias de hoje merece uma pequena alteração: Jesus não só é o Grande Salvador, Ele é também o único Salvador.
O profeta apresenta Jerusalém como a propagadora de luz e que sob essa luz caminharão as nações. Lendo com atenção os dois primeiros versículos do capítulo 60 de Isaías vemos que a luz irradiada de Jerusalém vem da fonte das luzes, o Senhor Jesus. Jesus, a Luz do mundo, ao nascer espargiria a Sua luz sobre Jerusalém, a cidade eleita por Deus.
Isaías apresenta o futuro de Jerusalém reconstruída e livre do cativeiro. O profeta apresenta um quadro comovente: “Certamente as ilhas me aguardarão, e primeiro os navios de Társis, para trazer teus filhos de longe, e com eles a sua prata e o seu ouro, para o nome do Senhor teu Deus, e para o Santo de Israel, porquanto ele te glorificou” (Isaías 60:9). Quantos de seus filhos que partiram para o exílio voltarão “voando como nuvens” (verso 8).
No restante do capítulo o profeta apresenta alguns flashs mostrando a glória da nova Jerusalém. Diz ele: “Nunca mais te servirá o sol para luz do dia nem com o seu resplendor a lua te iluminará; mas o Senhor será a tua luz perpétua, e o teu Deus a tua glória. Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará; porque o Senhor será a tua luz perpétua, e os dias do teu luto findarão. E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado” (Isaías 60:20 e 21). Sabemos que esse lugar onde todos serão justos acontecerá apenas no Céu.
Esse mesmo propósito que Deus tinha para com Jerusalém Ele tem para conosco hoje, que cada um de nós reflita a glória do Desejado de todas as nações para um mundo envolvido em trevas espirituais.
Domingo: Os efeitos do pecado (Isaías 59)
Antes do alvorecer risonho para o povo de Deus, que mostra o capítulo 60 abordado na introdução, o capítulo 59 apresenta uma realidade sombria vivida por Israel como um todo. O capítulo inicia mostrando o quanto Deus está interessado em nossa salvação. Afirma que a Sua mão está sempre estendida para salvar o pecador, e o verso dois apresenta a situação miserável da raça humana. Diz o texto: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Isaías 59:2).
O verso um nos dá a entender que o povo sentia essa separação de Deus, mas não entendia o porquê e no verso dois ele esclarece a o porquê, um retrato claro do que aconteceu no jardim do Éden quando Adão e Eva sentiram as consequências do pecado: separação de Deus. Desde então o pecado separou toda a humanidade de seu contato direto com Deus.
Seria necessário Alguém capaz de resolver o problema do pecado. O Cordeiro de Deus morto desde a fundação do mundo passou a ser o Desejado de todas as nações aguardado por milênios e representado pelo o cordeiro no Santuário terrestre. E Malaquias afirma que Ele virá “trazendo salvação nas suas asas” (Malaquias 4:2). Existem milhões, ou bilhões de pessoas no mundo que procuram a salvação por outros caminhos e cabe a nós lhes mostrar que a única solução para o pecador é aceitar O Desejado de todas as nações.
Segunda-feira: Quem é perdoado? (Isaías 59:15 a 21)
No início de minha vida profissional trabalhei em um hospital situado em uma cidade paulista. Ali, a maioria das casas de saúde era destinada ao tratamento da tuberculose. Para os três primeiros meses iniciei ganhando trinta por cento menos do que os demais enfermeiros da região e, alguns deles me procuraram para que decorrido os três primeiros meses eu solicitasse paridade no meu salário. A direção do hospital não gostou e poucos meses depois eu fui despedido.
De minha parte a questão salarial foi tratada sem esperteza ou malicia e, mesmo assim, causou um grande desconforto na direção do hospital que se voltou contra mim. A situação moral e espiritual de Judá era bem pior. Quem se propunha a ser honesto corria o perigo de ter os seus bens sequestrados. Uma situação impensável, ainda mais se tratando de ser o povo escolhido de Deus. O verso 15 esclarece: “Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado” (Isaías 59:15). E se o povo de Deus estava nestas condições imaginemos como estava o mundo ao seu redor.
O verso 16 afirma que não havia um Intercessor. Essa declaração era verdadeira não porque Deus recusasse salvá-los, mas a verdade é que eles não procuravam a salvação. Prova é que logo depois, no verso 18, o profeta afirma: “Conforme forem as obras deles, assim será a sua retribuição.”
Paulo apresenta o trabalho de o Desejado de todas as nações no Santuário Celestial. Ali Ele Se encontra intercedendo por cada um que se chega a Deus em busca de perdão. Ele é claro em afirmar que todos os seres humanos pecaram e carecem de salvação. O Desejado de todas as nações o único Salvador do homem desde a fundação do mundo: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8).
Terça-feira: Apelo universal (Isaías 60:1 e 2)
Antes que a verdadeira Luz surgisse Isaías exorta o povo de Deus a se levantar e resplandecer. O povo Judeu foi agraciado com a dádiva de receber Jesus, a Luz do mundo, e eles deveriam proclamar essa mensagem por toda a Terra. A Lição não aborda, mas podemos imaginar os três reis magos vindos de uma terra distante para conhecer o Infante de Belém, a verdadeira Luz do mundo (Isaías 60:3). Pena que a nação onde Jesus nasceu O rejeitou: “Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (João 1:11).
Foi em um momento de trevas espirituais que Jesus nasceu. Veja os líderes religiosos daquele tempo pegaram doutrinas básicas da Bíblia e as revestiu de tradições fazendo delas um fardo insuportável para o povo. E mais: os judeus chegaram ao cumulo de pensar que a salvação seria apenas para eles. Assim todos que não fossem judeus estariam para sempre perdidos. Uma situação realmente conflitante para Cristo e Ele tentou clarear essa complicada situação. As Suas ações foram de encontro com a liderança de Seu tempo que resolveu decretar a Sua morte.
Existe uma clara relação entre Isaías 60:3 e Gênesis 12:1 e 2. Lá no passado Deus prometeu a Abraão que na sua descendência seriam benditas todas as nações da Terra, pois de sua linhagem viria o Desejado de todas as nações e Ele ofereceria salvação para todas as nações. Diz Isaías: “E as nações caminharão à Tua luz, e os reis, ao esplendor que te nasceu” (Isaías 60:3).
A mensagem de Isaías: “Levanta-te e resplandece” tem atravessado os séculos e chega até nós e nos responsabiliza em anunciar a última mensagem de salvação para o mundo.
Quarta-feira: O ano aceitável do Senhor (Isaías 61:2)
Eu tenho um irmão, já com 84 anos, que espera realizar um sonho antes de morrer. Ele quer visitar os lugares onde ele passou a sua infância. Hoje, outras pessoas vivem ali e, provavelmente algum ranchinho não exista mais. Nos dias de Israel existia um ano denominado de Jubileu. Nesse ano todas as pessoas que entregaram as suas propriedades em pagamento de dívidas as recebiam de volta. Era um ano de muita emoção. Quantos foram forçados a renunciar as terras que pertenceram aos seus pais e avós e agora poderiam recebê-las de volta e reviver os sonhos que um dia a inocência lhes prodigalizou.
Isaías retrata esse ano especial como o “ano aceitável do Senhor”. A mensagem de Cristo proclamando liberdade aos cativos, cura aos quebrantados de coração e consolo aos enlutados seria algo maravilhoso que faria de Seu ministério, tanto na Terra como no Céu, um tempo comparado ao ano jubilaico dos dias do Velho Testamento. O trabalho retentivo de Cristo inunda de alegria infinda o coração dos sofredores pois, lhes garante a esperança de receber de volta o antigo Éden de onde um dia partiram chorando.
Lucas mostra O Desejado de todas as Nações inaugurando esse “ano aceitável do Senhor” diz o texto: “E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4:17 a 19). Felizes somos nós pois, a Sua graça nos alcançou.
Quinta-feira: O dia da vingança do nosso Deus (Isaías 61:2)
Conheci um colportor que, lá pela década de setenta, andando pela cidade em meio a prédios, carros e grandes estruturas industriais dizia: “Veja tudo isso está preparado para o fogo do Malaquias” se referindo a Malaquias 4:1, onde lemos: “Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo”.
Realmente Deus tem um dia especial para um acerto com os homens. Diz Pedro: “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão” (2 Pedro 3:10). Mas isso não quer dizer que Deus deseja a destruição dos pecadores: “Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?” (Ezequiel 33:11).
Todos nós nascemos condenados à morte, porque a morte é o salário do pecado e todos nós somos pecadores. Enquanto para aqueles que aceitam o sacrifício de Cristo, o Desejado de todas as nações, nasce o Sol da Justiça, os que rejeitam o Seu sacrifício serão eliminados. A bem da verdade Deus não destrói ninguém, mas o homem fazendo uso de seu livre arbítrio escolheu ser destruído.
Sexta-feira: Estudo adicional
O escritor da lição mostra Isaías 60 e 61 como a parte mais otimista do livro. Ele fala de maravilhas que o povo de Deus experimentaria num futuro próximo com a chegada de o Desejado de todas as nações. Ele seria a Luz que brilharia, a começar nas partes mais escuras do planeta representada pelas tribos do norte Naftali e Zebulon. Essas tribos foram as que mais sofreram em mãos inimigas chegando ao ponto de perderem a sua identidade como povo judeu.
Zebulon e Naftali representa todos os oprimidos pelo pecado no mundo e que seriam alcançados com as Bênçãos de Emanuel, Deus conosco. Nestes capítulos Isaías deixa claro que a Luz que o Messias irradiaria e que de nós também necessitamos refletir não parte de nós mesmos e nem de Jesus na forma humana. Ela provém de Deus.
Um detalhe curioso. A Lua reflete a luz do Sol, mas existe momentos em que, dependendo da posição em que ela esteja não recebe por completo a luz do Sol e isso dá origem às fazes da lua. O Sol continua o mesmo brilhando em toda a sua intensidade, mas é a Lua que, em dados momentos, foge do seu foco. Para que possamos refletir a luz de Cristo temos que estar focados Nele e em contínua comunhão com a Sua pessoa.
Assim como os judeus tiveram o privilégio de ver Jerusalém restaurada, nós, e também eles, veremos um novo Céu e uma nova Terra quando Cristo Se manifestar. Até que esse risonho futuro se faça presente importa que mantenhamos de pé fazendo brilhar a nossa luz.
Lição 11: Amor em ação
Sábado: Amor em ação
A lição desta semana chama a nossa atenção para a prática do amor ao próximo. Jesus deixou um desafio para nós: “Dei-vos um exemplo para que, como Eu vos fiz, também vós o façais” (João 13:15). E Isaías completa: “E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam” (Isaías 58:10 e 11).
Jesus deixa claro que se o nosso amor a Ele não nos aproxima do próximo tem algo de errado em nós. O amor que recebemos dEle na vertical deve fluir na horizontal onde está o nosso próximo. No Início do capítulo 58 antes, de Isaías nos aconselhar a abrir o coração para os necessitados, ele fala de uma religião que envolve minuciosas práticas litúrgicas, mas deixam os seus praticantes vazios e desanimados. Isaías é bem claro em apresentar as causas. Veja: “Dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho” (Isaías 58:3).
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar-se de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono” (Salmos 127:12).
Parafraseando Isaías 58 de nada adianta ir para i igreja de madrugada e trabalhar incansavelmente pelo Senhor se não estamos em estreita comunhão com Ele e, consequentemente com o próximo.
Domingo: Comprar de graça? (Isaías 55:1 a 7)
Lá pelos idos de 1950 a nossa pequena igreja de Monte Alegre de Minas recebeu a notícia de que teríamos a visita de um pregador que não conhecíamos e, ele enviou o título do sermão: “Mercadoria sem dinheiro.” Como criança fiquei curioso sobre o tema e, comentei com o meu pai. Papai respondeu que provavelmente o pregador falaria sobre Isaías 55. Creio que, em toda a minha vida, tenha sido o sermão que me causou mais expectativa.
Em capítulos anteriores Isaías apresenta o Messias, desde o Seu nascimento até a Sua morte de Cruz. E em todos as oportunidades o profeta apresenta o porquê da vinda do Messias e do Seu imenso sacrifício na cruz: salvar a humanidade perdida.
Pelo que parece, Isaías notou que o povo padecia de fome e sede espirituais. Nessas condições o povo procurou satisfazer as suas necessidades de alimento espiritual gastando o seu dinheiro com aquilo que não é pão e buscado águas em cisternas rotas. Naquela época escreveu Jeremias: “Porque o Meu povo fez duas maldades: a Mim Me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas” (Jeremias 2:13). No início de Seu livro Isaias aborda a vida vazia que os filhos de Deus tinham em seus dias. Eles eram zelosos das rotinas e, desempenhavam de seus deveres eclesiásticos com um zelo especial, mas se sentiam famintos e vazios.
Isaías apresenta a verdadeira situação do povo de Deus. Disse ele: “Sua terra está cheia de deuses que nada valem. Curvam-se diante do trabalho das suas próprias mãos, diante do que os seus próprios dedos fizeram. A fome espiritual tinha a sua razão de ser. O povo se esqueceu de buscar o verdadeiro alimento de quem tinha para oferecer de graça. Jesus é o Pão dos Céus oferecido de graça a todo o pecador. Ele nos diz: “Vinde, então, e argui-Me” (Isaías 1:18), é de graça.
Segunda-feira: Pensamentos e caminhos elevados (Isaías 55:6 a 13)
Um Deus semelhante ao nosso não existe. Ele é único no Universo. Enquanto por aqui temos pensamentos maliciosos e rasteiros, marcados por diferenças pessoais que envolvem o nosso minúsculo terreiro, Deus nos mostra que os Seus pensamentos estão muito acima dos nossos. A comparação que Ele faz é realmente fantástica. Não conseguimos calcular a altura dos Céus, portanto nos é impossível definir quão elevados são os pensamentos de Deus a nosso respeito.
Usando Jeremias Deus especifica que os Seus pensamentos elevados estão centralizados em Suas criaturas que somos nós. Diz o profeta: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jeremias 29:11). E mais um detalhe: Deus está pensando em como nos proporcionar o fim que todos nós almejamos que é a salvação.
A nossa salvação faz parte dos pensamentos de Deus e essa salvação que Ele nos oferece na pessoa de Jesus é o tema de estudo dos anjos e fará parte dos estudos dos remidos por toda a eternidade. Um assunto tão profundo que fala do imenso amor de Deus por nós que é objeto de estudo dos anjos e dos mundos não caídos, é tratado de maneira tão superficial e, às vezes até leviana por nós os pecadores que mais necessitamos e entender.
Os Seus pensamentos e os Seus caminhos não são os nossos. Enquanto o ser humano leva uma vida de indiferença e desprezo para com a vida eterna, todo o Universo está empenhado em nossa salvação. A Bíblia afirma: “ele é longânimo para conosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pedro 3:9).
Terça-feira: Companheiros de jejum (Isaías 58:1 a 8)
No primeiro capítulo de seu livro Isaías descreve o culto hipócrita apresentado pelo povo de Deus em seu tempo. O povo se esmerava em oferecer sacrifícios, mas segundo afirma o profeta eram ofertas oferecidas debalde, pois o coração de cada um estava sempre maquinando o mal. “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios?” E Deus admoesta: “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembleias; não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene” (Isaías1:11 a 13).
Parece que este sermão não fez diferença na vida espiritual do povo. Não sabemos o espaço de tempo entre a advertência de Isaías no capítulo 1 com a reprimenda encontrada no capítulo 58. Nele é o povo que reclama da indiferença de Deus para com os seus sacrifícios litúrgicos. O profeta descreve um povo aparentemente feliz em fazer a vontade de Deus, zelosos em oferecer jejuns e ofertas, mas diante da indiferença de Deus fazem a pergunta: “Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho” (Isaías 58:3).
Deus deixa bem claro porque Ele rejeitava o jejum e a aparente dedicação de Seu povo. Diz Ele: “Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto” (Isaías 58:4). E o profeta prossegue descrevendo que tipo de adoração Deus aceita. Ao ler os versos seguintes Deus mostra que o verdadeiro jejum passa pela casa dos necessitados e se apartem da iniquidade. A adoração que funciona só na vertical irrita o Senhor. Ela deve ser vertical e horizontal alcançando o nosso próximo necessitado.
Quarta-feira: Jejum para contendas (Isaías 58:1 a 12)
Israel era zeloso nos rituais do Santuário, mas estava longe de viver um cristianismo prático e essa atitude ambígua afastava Deus de suas solenidades. Os israelitas não estavam longe dos religiosos nos dias de Cristo, quando ele os assemelhou a sepulcros caiados por fora, mas por dentro tudo putrefato.
Enquanto jejuavam os israelitas, longe de meditar em sua vida espiritual estavam envolvidos em seus afazeres do dia a dia e, não sabemos os motivos, brigavam uns com os outros ao ponto de partir para agressões pessoais. Veja o verso de Isaías 58:4 na tradução King James Atualizada: “Ora, o motivo está em que o vosso jejum sempre termina em discussão e rixa; em brigas violentas, com socos e outras brutalidades. Não é possível que continues a jejuar deste modo e ainda espereis que a vossa voz venha a ser ouvida nos altos céus”.
O autor da lição nos admoesta: “O Senhor busca uma igreja, um povo que pregue a verdade ao mundo.” Ele apresenta como alcançar sucesso em nossa pregação. Diz ele: “Estrita adesão às leis alimentares ou disposição para ajudar os famintos?” e mais: Descanso estrito no sábado ou a disposição para gastar o seu tempo e energia ajudando os necessitados?” Aqui entra o conselho de Jesus aos religiosos de Seu tempo que demonstravam ser exigentes na devolução dos dízimos, mas se esqueciam do mais importante: exercitar o juízo, a misericórdia e a fé. Disse o Mestre: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas” (Mateus 23:23).
Pelo histórico bíblico notamos que este “cristianismo sem Cristo” sempre foi comum entre os filhos de Deus. É um bom momento para avaliarmos como está a nossa adoração a Deus. Uma adoração vazia ou impregnada de atos de amor para com o próximo.
Quinta-feira: Um tempo para nós (Isaías 58:13 e 14)
Já escrevi certa vez que antes de Deus criar o mundo Ele criou a semana com sete dias de vinte e quatro horas. A ideia de criar o mundo surgiu com o pensamento de criar o homem. O ciclo semanal foi criado para que o homem, uma vez formado, imprimisse uma rotina de vida dentro de suas forças e saudável à sua vida. Planejada a semana, toda a criação seguiu o seu cronograma. Deus sabia que, ao ser criado, o homem necessitaria de trabalho e de descanso e fez tudo sob medida. O Criador poderia ter feito tudo com um estalar de dedos, mas Ele preferiu criar tudo de uma forma didática.
O mesmo mandamento que orienta sobre a observância do sábado é o mesmo que nos ordena trabalhar seis dias. Parece que tanto é pecado trabalhar no sétimo dia como não trabalhar nos seis dias restantes. O descanso sabático bíblico abrange o físico, o intelectual e o espiritual. Ele é completo e atende todas as necessidades de saúde do homem. Costumo dizer que, felizmente fomos criados por um Deus de inteligência máxima.
Existem mais de quatrocentos versículos na bíblia que nos orientam sobre a guarda do sábado. Mas, para mim, Isaias 58:13 e 14 nos dão subsídios suficientes para observar o sábado com alegria e sem qualquer discussão contrária. Embora pareça que estes dois versículos estejam voltados para o sábado cerimonial, eles são de uma beleza que nos contagia.
Meditemos pausadamente no texto bíblico: “Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras, então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse” (Isaías 58:13 e 14).
Sexta-feira: Estudo adicional
O capítulo 58 inicia com uma ordem a Isaías de que Ele deveria clamar com voz de trombeta e mostrar ao povo a sua transgressão. Neste capítulo Deus simplificou a Sua cartilha para nós. Ele pediu que o profeta advertisse o povo de que uma vida religiosa, por mais completa que seja em cerimônias e ritos, se não praticamos o amor ao próximo, o zelo se torna revoltante para Deus.
O profeta continua a sua advertência de que, uma vez ligada a teoria à prática para com o próximo teremos a garantia da direção divina para a nossa vida e, então, fortificados e restaurados estaremos em condições de restaurar o que a insensatez do homem destruiu. “E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar” (Isaías 58:12).
Depois de nos colocar como restaurador de roturas, Deus nos apresenta o sábado como uma grande bênção para o ser humano e, curiosamente foi substituindo o sábado pelo domingo que o homem danificou o principal fundamento da criação que deve ser restaurado. Empenhados nesse ministério seremos reparadores de roturas e restaurador de veredas. Que privilégio foi outorgado ao Israel antigo e confirmado a nós hoje!
Lição 10: Fazendo o impensável
Sábado: Fazendo o impensável
A ideia que temos de servo é de um ser humano que, às vezes, sem remuneração faz a vontade de seu Senhor com dedicação e presteza. Esse é o caso de Jesus, o Servo que veio que veio a este mundo fazer a vontade do seu Senhor. A sua tarefa não foi fácil porque de Sua vida nesse mundo estava em jogo a salvação de toda a humanidade.
Na introdução do estudo desta semana temos a comovente história de Lough Fook, um empresário chinês que no afã de evangelizar os seus escravos se vendeu como escravo e passou cinco anos nas minas africanas pregando para os trabalhadores. Duzentas pessoas aceitaram a Jesus. A Bíblia firma Jesus Se tornou um de nós, tomando a forma humana Ele viveu entre nós anunciando a salvação que apenas Ele pode oferecer.
O título do estudo desta semana “Fazendo o impensável” nos mostra Jesus abrindo mão de Sua glória para vir a este mundo salvar os pecadores que, segundo afirmação do apostolo Paulo eu e você somos os principais. O que Ele fez apenas o amor explica pois só o amor é capaz de fazer o impensável.
Que ao estudarmos um pouco da vida deste Servo durante esta semana que não fiquemos apenas com o conhecimento teológico de Seu grande feito, mas que este estudo nos leve para mais junto dEle e nos faça viver em novidade de vida.
Domingo: A difícil verdade de Isaías (Isaías 50:4 a 10)
Em vários momentos em Seu livro, Isaías descreve o Messias como Alguém vindo do Céu com a missão de salvar as pessoas, mesmo se submetendo a situações ridículas como apresenta o estudo de hoje. Quando Isaias fala que Deus deu ao seu Servo uma língua erudita, podemos imaginar que ele, depois de ter os lábios purificados com a brasa do altar, sabia muito bem o que isso significa.
O objetivo de ter uma língua erudita tinha um objetivo especial: “Para que eu saiba dizer, a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado.” Esse objetivo foi plenamente alcançado por Cristo. Ao ouvi-Lo pregar viam em Sua voz uma autoridade que não existia nas palavras dos líderes religiosos de Seu tempo: “E admiravam a sua doutrina porque a sua palavra era com autoridade” Lucas 4:32. Certa vez um grupo de soldados foi enviado para prender Jesus, mas voltaram de mãos vazias e, ao serem interrogados porque não O trouxeram eles responderam: “Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem” (João 7:46).
A Sua palavra era com autoridade porque Jesus falava o que vivia. Quando Ele disse que se alguém lhe bater na face direita ofereça também a esquerda, Ele estava dando um testemunho próprio quando afirmou: “As minhas costas ofereci aos que me feriam, e a minha face aos que me arrancavam os cabelos; não escondi a minha face dos que me afrontavam e me cuspiam” (Isaías 50:6).
Na nota do rodapé da página o autor da lição, firmado no estudo de hoje sobre esse Jesus incomparável, nos admoesta: “Em quais áreas você (eu) precisa melhorar?” Comparando a minha vida com a do Messias vejo quão longe estou desse patamar idealizado pelo Céu. Paulo nos da um sábio conselho: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:13 e 14).
Segunda-feira: O poema do Servo sofredor (Isaías 52:13 a 15; Isaías 53:1 a 12)
Alguns estudiosos identificam o Servo como sendo Ciro, o profeta Isaías, o próprio Israel. Ciro, que já fora mencionado em 41:1 e nos versículos seguintes, seria: O pastor de Deus para o seu povo (44:28); O ungido de Deus (45:1); Aquele a quem Deus levantaria (45:13) e, por último: O aliado escolhido de Deus contra a Babilônia (48:14). Ciro foi tudo isso para atender o projeto de Deus de livrar Israel do cativeiro babilônico. Ciro foi ungido para um momento especial e exerceria uma missão política e com essas características ele representou um tipo de Jesus que redimiria não só a nação de Israel, mas todo o mundo.
O profeta Isaías é apresentado como servo e ele usa essa identificação em vários sentidos como Os servos do Rei geral (Isaías 37:5); Os adoradores de Deus (Isaías 22:20); Os profetas em geral (Isaías 41:8 e 9) e o próprio Israel também é apresentado como servo no qual o plano salvador seria executado. Isaías 52:13 a 53:12 descreve o “Servo do Senhor” realizando uma obra que nenhum outro personagem, senão Cristo, realizou.
Paulo, em Filipenses 2:5 a 11, faz um resumo da vida de Cristo, praticamente dando vida ao Messias profetizado por Isaías. Paulo faz uma ressalva, ele não afirma ser Jesus um servo, mas que Ele tomou a forma de servo. Sim, Jesus abriu mão de Sua glória e tomou a forma de servo. Passou por humilhações e vexames para prodigalizar a salvação para todo aquele que crer.
Terça-feira: Quem creu? (Isaías 52:13 a 15; Isaías 53:1 a 12)
O profeta Isaías continua descrevendo o Servo do Senhor dizendo que, devido ao sofrimento que lhe foi infligido Ele Se tornou quase irreconhecível. Diz o texto: “Como pasmaram muitos à vista dele, pois o seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens” (Isaías 52:14). Aqui Isaías já está se referindo ao sofrimento e morte do Messias.
Isaías faz um lamento que muitos afirmam se referir a Cristo. Diante da aparência desfigurada de Cristo muitos começaram a questionar e até mesmo descrer de ser Ele o Filho de Deus. Diante do descrédito, quase que coletivo, Isaías pergunta: Mas creio que se refere aos dois. Ele faz uma pergunta: “Quem deu crédito à nossa pregação?” (Isaías 53:1). E com essa pergunta ele apresenta uma sequência de situações deprimente de Cristo, e afirma: “E, olhando para Ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos” verso 2 e no final do verso 3, ele completa: “E não fizemos Dele caso algum”.
Com todo esse sofrimento pelo qual passou o Messias poucos O reconheceram como Salvador. Mesmo com a rejeição de muitos, uns poucos O reconheceram como Salvador. Mas estes poucos que aceitaram ser escolhidos será o Seu grande triunfo diante do Universo. O profeta assegura: “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si” (Isaias 53:11). Que pela Sua graça façamos parte deste grupo de resgatados
Quarta-feira: Os inalcançáveis somos nós! (Isaías 53:3 a 9)
Certa vez eu conversava com um senhor sobre o sacrifício de Cristo na cruz. Depois de ouvir algumas colocações de minha parte, aquele Senhor, que no momento fumava, disse em tom bem exaltado: “Eu já aceitei o sacrifício de Cristo por mim. Todos os meus pecados foram perdoados. Hoje eu fumo, bebo e faço as minhas noitadas pois eu sei que Jesus já pagou tudo por mim. E acrescentou: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1). “Por mais que eu tentasse fazê-lo entender que “Aquele que roubava não roube mais; pelo contrário, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o necessitado” (Romanos 8:1). Ele se mostrava irredutível.
É impressionante o trabalho de Satanás. Primeiro ele procura convencer as pessoas que pecado não existe, mas se individuo crê que é um pecador Satanás o convence de buscar a salvação pelas suas próprias obras. Mas se este pecador aceita o sacrifício de Cristo em seu favor, o inimigo o leva para outro extremo de que pode continuar pecando pois não existe mais pecado. Ou seja, o pecador dá voltas e voltas e continua na mesma situação: Carente da graça de Deus.
Alguém escreveu: “Quando aceitamos jesus, somos transportados de um reino para outro, saímos de um reino de trevas para um reino de luz. Antes estávamos debaixo da autoridade de satanás, depois passamos a fazer parte do reino e autoridade de Jesus. Temos que decidir sair do domínio e autoridade do reino das trevas, desejar do fundo de nossos corações” (João 1:5). Depois de nosso encontro com o Mestre não tem como continuar a viver em pecado.
Os inalcançáveis são os seres humanos que colocam como prioridade as suas próprias conclusões e as transformam em barreiras para aceitar o sacrifício de Cristo e a transformação que Ele opera em nós. Realmente Ele tomou as nossas enfermidades e, uma vez restaurados, vamos viver em novidade de vida.
Quinta-feira: Uma transformadora oferta de reparação (Isaías 23:10 a 12)
Isaías foi bastante claro ao dizer: que Jesus fez expiação pelos nossos pecados e que o Servo do Senhor o Justo, justificará a muitos, porque levou as nossas iniquidades. Todos os escritores do Novo Testamento enfatizam o valor do sacrifício de Cristo na cruz para a remissão de nossos pecados.
A oferta de Cristo em nosso favor foi completa, mas essa é uma verdade que deve ser aceita por completo. Hoje, Satanás tem levado muitas pessoas a buscar outros caminhos para se salvar e leva muitos a pensarem que o sacrifício de Cristo na cruz não é suficiente para a nossa salvação. A salvação pelas obras tem levado muitas pessoas a se submeter a flagelos a fim de conseguir a graça de Deus, só que aí a graça não é mais graça.
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8:1). Esse é o resultado para aqueles que aceitam o sacrifício de Jesus para remissão de seus pecados. O sacrifício de Jesus foi completo. O plano da salvação foi elaborado pela Trindade antes da fundação do mundo. Elaborado por Deus ele é completo e não necessita de reparos.
Sexta-feira: Estudo adicional
No final da lição desta semana o autor nos menciona Isaías 42:21 onde lemos: “Foi do agrado do Senhor, por amor da sua justiça, engrandecer a lei e torná-la gloriosa” e faz o questionamento: “O que tem a ver a morte de Cristo com a perpetuidade da Lei? Essa é uma pergunta tem causado muita confusão no mundo cristão.
É comum ouvirmos de pregadores de que a Lei foi pregada na cruz e, portanto, foi anulada. Não sei que ideia estas pessoas têm do juízo divino tantas vezes mencionado na Bíblia. Pois se a lei foi abolida não existe pecado e o juízo não tem razão de existir. A Bíblia afirma que “Todo aquele que pratica o pecado transgrede a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei” (1 João 3:1). Se existe pecado é porque existe uma lei que foi transgredida.
Caso a Lei de Deus pudesse ser anulada deveria ser anulada antes da morte de Cristo, Lhe pouparia o imenso sacrifício. Em consequência do pecado, todos nós nascemos condenados à morte eterna e só o sacrifício de Cristo pode nos livrar de morrer.
Aqueles que afirmam que a Lei foi pregada na cruz estão perdendo tempo em frequentar alguma igreja. Não existindo Lei a religião se torna inútil. Vamos a Igreja porque nos sentimos pecadores, mas se alei foi abolida não existe pecado e a religião se torna algo obsoleto.
Isaías afirma que a morte de Cristo engrandeceu a Lei e a fez gloriosa: “Foi do agrado do Senhor, por amor de sua retidão, tornar grande e gloriosa a sua lei” (Isaías 42:21). Com a morte de Cristo, Deus provou para os seres humanos e para todo o Universo que a Sua Lei é eterna, portanto, imutável.
Lição 9: Servir e salvar
Sábado: Servir e salvar
A lição desta semana apresenta dois libertadores em meio a uma gama deles que Deus usou ao longo dos tempos. Lógico que Jesus é o libertador prometido pelos profetas como “Maravilhoso Conselheiro, Deus forte e Pai da eternidade e Príncipe da paz. (Isaias 9:6). Jesus é o libertador da humanidade desde Adão até os nossos dias. Mas dentro do planejamento divino Deus contou com alguns libertadores que atuaram no mundo em momentos específicos.
É conhecida a história Bíblica de José. Por intermédio dele Deus livrou o mundo de então morrer de fome. Temos também a história de Moisés que por milagre da providência libertou os israelitas do Egito. E Isaías fala de um rei pagão que Deus usou e, mais do que isso, o ungiu com o objetivo de salvar Israel do cativeiro babilônico.
Creio que se perguntássemos aos israelitas cativos em Babilônia, quem provavelmente os libertaria, jamais eles iriam depositar a sua confiança em um rei pagão vindo de uma dinastia de opressores. Mas Deus foi bem claro: “Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu eleito, eu te chamei pelo teu nome, pus o teu sobrenome, ainda que não me conhecesses” (Isaías 45:4).
Enquanto Ciro libertaria o povo do jugo babilônico Jesus, o Messias, livraria o mundo inteiro da morte eterna. O Messias prometido em Isaías 42 seria luz para os cegos, ouvido para os surdos e liberdade para os presos. É sobre esse Jesus maravilhoso que veio para Servir e salvar é que vamos estudar nesta semana.
Domingo: Nação serva (Isaías 41)
A Bíblia apresenta a palavra servo para identificar Jesus, o Messias enviado do Céu com uma missão especial. Deus O identifica como o Seu servo que fará aqui na Terra toda a vontade do Pai. Interessante que esse Servo Divino veio a este mundo realmente na qualidade de Servo. Sofreu, padeceu e morreu por nós. Em um momento especial Jesus afirmou; “Não vim para ser servido, mas para servir.” (Mateus 20:28).
O mesmo título de servo é dado ao povo de Deus. Disse o Senhor: “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo” (Isaias 41:8). Mas o curioso é que sempre que Deus usa a expressão servo Se referindo a Israel, Ele o faz dedilhando expressões de carinho e apreço. No verso oito Ele diz que Ele elegeu a semente de Jacó e de Abraão, e aqui ele faz um complemento “meu amigo.”
Conheci um senhor que trabalhou a vida toda nas lavouras de meu pai. Era um amigo para todas as horas e papai gostava muito dele. Lembro da casa que construímos para ele das sacas de arroz que papai deixava em sua casa depois de cada colheita. Por fim, papai o aposentou com dinheiro do próprio bolso. Em dados momentos o senhor Francisco parecia mais um homem de igual para igual do que um peão prestando serviço. Meu pai o tinha como bichinho de estimação como Deus comparou Israel: “Não temas, ó bichinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o Teu redentor é o Santo de Israel” (Isaías 21:14).
Em nenhum momento, nestas passagens, Deus trata o Seu povo como um servo realmente. O qualificativo servo e bichinho no linguajar de Deus são expressões de amor e carinho.
Segunda-feira: O Servo anônimo (Isaías 42:1 a 7)
Umas das primeiras lições que aprendi nos cursos de colportagem era demonstrar carinho para com um bichinho de estimação que porventura a pessoa visitada tivesse. Essa atitude era uma das armas usadas para quebrar gelo e, ao mesmo tempo, conquistar o dono deste animal. E muitas vezes funcionava. A Bíblia afirma que quem toca nos filhos de Deus toca na menina de Seus olhos, assim, quem demonstra carinho para com Seus filhos se tornam pessoas estimadas pelo Altíssimo. Não é por acaso que o Senhor nos considere como um servo ou bichinho de estimação.
Mas no caso de Jesus ser considerado um Servo já é um pouquinho diferente. Esse servo faz toda a vontade do Senhor. É um servo submisso, sofredor que sabe o que é padecer. Trata-se de um servo, dentre outras coisas, curaria os doentes, daria vista aos cegos, restauraria os surdos e punha os coxos para andar. Mas, por praticar essas ações que só o amor é capaz de realizá-las, esse Servo seria ultrajado, humilhado e, finalmente morto.
Mateus relata o encontro de Jesus com um homem que tinha uma das mãos mirradas. Jesus o restaurou em pleno sábado. Para os líderes religiosos daquele tempo Jesus, transgrediu o sábado e deveria morrer. O Servo do Senhor teve que Se retirar dali rapidamente para não antecipar a Sua morte.
Esse Servo é comparado a uma cana que recebe pancadas, mas não se quebra e a um pavio fumegante que parece prestes a se apagar, mar tem a Sua chama reavivada. Os propósitos deste Servo de origem divina serão realizados e, um dia, junto ao mar de vidro “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre si” (Isaías 53:11).
Terça-feira: Messias persa (Isaías 44:26 a 28; Isaías 45:1 a 6)
Por mais que os cativos em Babilônia sonhassem com a liberdade, jamais eles iriam entender que um rei pagão vindo do Norte, de onde só vinha tribulações, seria usado por Deus para lhes proporcionar a liberdade tão sonhada. Mas foi isso que Deus fez. Usou Ciro, um rei pagão e, ainda mais, o ungiu para o ministério de salvar os cativos. Esse é o nosso Deus, proveu um rei pagão e o ungiu para ser o tipo do Messias. (ver Meditação Reavivar a Esperança de 19 de janeiro de 2021).
Normalmente os adventistas acompanham com muito interesse o que acontece nos Estados Unidos e no Vaticano. Quando Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos com a promessa de anular a emenda Johnson que separa igreja e estado tudo estava desenhado para um breve cumprimento de Apocalipse 13. Por dois votos o seu projeto foi rejeitado no congresso americano e o presidente saiu de sena. Agora assume Joe Biden, o segundo presidente católico dos Estados Unidos. Ele, como o Papa Francisco, é um fervoroso defensor do controle do clima. Com um papa que defende fervorosamente um dia mundial de guarda para proteger o planeta, parece que está desenhado o cumprimento profético.
Mas lembremos de um detalhe: para Deus fazer cumprir as Suas profecias ele não depende deste presidente ou daquele papa. No momento certo as coisas acontecerão. Mais do que nunca é oportuno para nós o conselho de Lucas: “E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lucas 21:34).
Assim como Ciro livrou os israelitas das mãos de Babilônia. Jesus, o Servo e Senhor, nos livrará do cativeiro de Satanás que afligirá o povo de Deus nos dias finais.
Quarta-feira: Esperança antecipada
A história de Ciro relatada por Isaías duzentos anos antes que ele viesse a existir é algo que intriga alguns historiadores que não acreditam na inspiração profética. O autor da lição afirma que alguns desses historiadores defendem a existência de outro profeta Isaías que viveu na época de Ciro e se encarregou de relatar a sua história.
Já mencionei no comentário de ontem que, provavelmente muitos israelitas ao ler as palavras do profeta achassem tudo tão absurdo que, talvez lhes escapasse a esperança de libertação. Nestes momentos me vem à mente a história da samaritana que ao se deparar com um judeu entabulando assunto com ela perguntou intrigada: “Como pode?” Sim, como pode um rei vindo do Norte e, que dominou a grande Babilônia libertar uma meia dúzia de judeus e lhes proporcionar a oportunidade de retornarem à sua terra e reedificar Jerusalém e o templo? São ações do Deus poderoso que adoramos.
Provavelmente os israelitas mais crédulos ficassem matutando como aconteceria a sua libertação, já que o senário não projetava nenhuma réstia de esperança para o futuro. Mas o profeta Isaías elimina todas essas dúvidas. Ele afirmou que o Deus poderoso iria na frente de Ciro como que aplainando o caminho. Veja o relato do que Deus falou por intermédio do profeta: “Assim diz o Senhor ao seu ungido a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão. Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros escondidos, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome” (Isaías 45:1 a 3).
“Como pode?” Sim com esse Deus poderoso tudo pode. “Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis” (2 Crônicas 20:20).
Quinta-feira: Um Servo compassivo e sofredor (Isaías 49:1 a 12)
“Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer. Porei nele o meu Espírito, e ele trará justiça às nações. Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça” (Isaías 42:1 a 3). Gostei dessa tradução porque ela fala de Jesus e do próprio Israel como um “caniço rachado.” Essa tradução clareia mais a situação de Israel e de Jesus. Israel, que por causa dos seus pecados, se fragilizou e Cristo como aquele que “…foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Isaías 53:2 a 3).
Há uma referência ao Servo do Senhor na qual Ele desabafa: “Porém eu disse: Debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças; todavia o meu direito está perante o Senhor, e o meu galardão perante o meu Deus” (Isaías 49:4). Ao ver a incredulidade de Seu povo o Servo Se apresenta desapontado com o resultado do Seu esforço para redimir o Seu povo. Ele acrescenta: “mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Isaías 49:4).
É curioso que nem todos os cativos aceitaram o convite de Ciro para retornar à sua pátria. Podemos imaginar Ciro tendo os mesmos pensamentos de Cristo: “Debalde tenho trabalhado.” Provavelmente você já tenha experimentado ter dado estudos bíblicos para uma pessoa que no final se recusou decidir por Cristo, e as vezes, esse mesmo pensamento vem à mente: “Debalde tenho trabalhado.” O trabalho de Ciro, de Jesus e o nosso jamais será em vão.
Sexta-feira: Estudo adicional
O resumo da lição encontrado na página 121 clareia bem o estudo que fizemos nesta semana. Diz o texto: “A libertação requer um libertador. A nação que servia a Deus seria libertada por dois resgatadores: Ciro, que livraria os cativos do exílio babilônico, e um Servo anônimo, cuja identidade como o Messias é progressivamente revelada. Esse servo restauraria a justiça e traria de volta a Deus a comunidade de sobreviventes.”
Deus sabe fazer as coisas. Ciro livrou o povo de Deus do exílio político. Mas de nada adiantaria o livramento político sem o livramento espiritual. Ai entra em ação o Servo do Senhor que proveu esse livramento não só para os exilados em Babilônia, mas para todas as pessoas que em todos os tempos o aceite como libertador da sentença que o pecado nos impinge.
Deus tomou todas as providências para que esse servo rebelde, mas amado e acariciado por Ele, que somos nós, se restaure e se torne um “restaurador de roturas”. O propósito de vida do rei Ciro foi semelhante ao de Cristo e o nosso propósito de vida deve ser semelhante ao propósito dos dois: “Servir e Salvar.” Que o Senhor nos conceda esse privilégio!
Lição 8: Consolem o Meu povo
Sábado: Consolem o Meu povo
Sempre que leio Isaias 40:1 e 2 me vem à lembrança o pastor José Dias Campos que lá pelos idos de 1955 pastoreava o distrito de Ituiutaba em Minas. Embora Monte Alegre não fosse parte de seu distrito, distava apenas uns cinquenta quilômetros de sua sede. O pastor Campos nos visitava com frequência e, me vem à lembrança como hoje, um de seus sermões pregados em nossa igreja: “Consolai, Consolai o Meu povo.” Ao apresentar a mensagem ele chorava muito e parecia que ele estava necessitando mais de consolo do que o próprio povo de Deus.
Depois dos perrengues com Israel, Síria e Assíria, o senário futuro de Judá continuava sombrio por causa da conduta inadequada do rei Ezequias ao receber a visita dos embaixadores de Babilônia. Depois de mostrar para os visitantes os tesouros e nada falar sobe o Deus protetor que o amparou durante toda a sua vida, veio a sentença: “Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor dos Exércitos: “Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado para babilônia; não ficará coisa alguma, disse o Senhor: E até de teus filhos, que procederem de ti, e tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do rei de babilônia” (Isaías 59:5 a 7).
Diante deste futuro incerto, Deus sabia muito bem das aflições que o Seu povo passaria nas garras de Babilônia e para amenizar esse sofrimento futuro veio a recomendação: “Consolai, consolai o Meu povo.” Judá deveria ser consolado com a certeza de que a noite escura iria passar e que o Sol da Justiça em breve brilharia. “Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria” (Malaquias 4:2).
Deus prometeu que, mesmo depois de estar sob o domínio de Babilônia, Ele não se esqueceria de Seu povo. Para os momentos difíceis Judá deveria ser consolado com a promessa: “Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (Isaías 40:29 a 31).
Domingo: Consolo para o futuro (Isaías 40:1 e 2)
A trajetória do povo de Deus na Terra sempre foi marcada por deslizes, afastamento de Deus e apostasia. E o relato bíblico nos mostra que em todas as situações vemos Deus demonstrando o Seu amor tentando recolocar o homem em Seus caminhos. Em todas as situações vemos Deus usando os próprios inimigos de Seu povo para corrigi-los e fazê-los voltar.
Sabemos que as correções impingidas ao Seu povo é motivo de conforto pois nos dá a certeza de que Ele nos ama e não quer que ninguém se perca. Isaías é um dos profetas que mais falou do amor de Deus e de Seu interesse em trazer os Seus filhos errantes de volta.
O povo do Senhor sofreu nas mãos dos egípcios dos siros, dos assírios, dos babilônios, do poder romano e sabemos que uma situação muito difícil está por vir. Mas em todas as situações podemos manter a certeza em duas coisas: O Senhor nos ama e sempre estará disposto a nos livrar.
Isaías lança os holofotes para o futuro e mostra não só a restauração de Israel após o domínio babilônico, mas vai mais além clareando para nós o livramento final do povo de Deus. Ele fala do livramento que alcançamos com a morte de Cristo e, também no final de todas as coisas.
É interessante que Deus não nos promete um mar de rosas. O próprio Jesus nos adiantou: “Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16:33). Portanto “Consolai-vos, portanto, uns aos outros com estas palavras. Isaías argumenta que um dos motivos do consolo para Jerusalém é que ela já recebeu em dobro da mão do Senhor por todos os seus pecados. Sim, Ele promete perdão, paz e salvação em dobro.
Segunda-feira: Presença, Palavras e preparação do caminho (Isaías 40:3 a 8)
Essa mensagem de Isaías “preparai o caminho do Senhor” me faz lembrar de uma adolescente que morava em um lugar distante de onde tínhamos um ponto de pregação. Em seu primeiro contato conosco me fez prometer várias vezes de que lhe faria uma visita. Ela faleceu pouco depois sem que a visita acontecesse. Em desespero, fui à sua casa. Os pais me mostraram sua Bíblia com várias passagens sublinhadas a lápis, todas as lições do curso A Bíblia Fala respondias e a mãe completou: “Em todas as sextas feiras ela varria a estrada até depois da primeira curva e dizia”: “Ele virá amanhã e a minha igreja não pode passar por uma estrada suja e esburacada.”
Não seu como essa adolescente teve uma visão assim de nossa igreja. Mas é triste ver que pessoas simples, mas impregnadas do amor a Cristo, nos considerem pessoas especiais que não podem passar por caminhos sujos e esburacados e, com suor e afinco, preparam o caminho para a nossa passagem, são decepcionadas e, as vezes morrem sem receber a nossa visita. Tenho certeza de que se alguém ficar fora do Céu não será aquela jovem.
Nos versos 6 a 8 do capítulo 40 Isaías fala da brevidade e incerteza da vida e da necessidade de que a mensagem de consolo seja apresentada ao mundo. Diz o verso 9: “Tu, ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um monte alto. Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas novas, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus” (Isaías 40:9). É o nosso dever que, à medida que somos consolados, repartir esse consolo com uma geração angustiada e temerosa.
Terça-feira: A origem do evangelismo (Isaías 40:9 a 11)
Não sabemos por quanto tempo Moisés anunciou para os Israelitas escravizados no Egito que Ele estava lá para os libertar. Não sabemos como a notícia alcançou cada pessoa. Não havia redes sociais, nem aparelhagem de som, mas a o anúncio foi tão bem feito que mesmo um grupo de egípcios resolveu acompanhá-los. (Números 14:7).
Isaias convoca a todos para anunciar o futuro risonho de Jerusalém após a libertação do cativeiro babilônico. O seu apelo era que Jerusalém fosse consolada em meio ao cativeiro com a certeza da libertação do jugo babilônico. Mesmo sob cativeiro o povo não estava, como se diz hoje “ao Deus dará.” Eles recebiam mensagens de esperança e conforto por intermédio dos profetas.
É usual aplicar a mensagem de Isaías 40:9 a 11 ao nascimento e ministério do Messias oferecendo liberdade para todos os oprimidos do Diabo. O povo judeu não entendeu bem essa liberdade, pois imaginavam que seriam libertos do jugo romano. Mas neste texto o profeta lança luz não só para libertação espiritual que Jesus oferecia, mas também a libertação deste mundo de pecado com um novo Céu e uma nova Terra tudo centrado no ministério de Cristo.
O desafio proposto por Isaías é algo maravilhoso e é destinado a cada um de nós que aceitamos o Seu sacrifício e aguardamos a Sua vinda. Diz o profeta: “Você, que traz boas novas a Sião, suba num alto monte. Você, que traz boas novas a Jerusalém, erga a sua voz com fortes gritos, erga-a, não tenha medo; diga às cidades de Judá: “Aqui está o seu Deus! O Soberano Senhor vem com poder! Com seu braço forte ele governa. A sua recompensa com ele está, e seu galardão o acompanha. Como pastor ele cuida de seu rebanho, com o braço ajunta os cordeiros e os carrega no colo; conduz com cuidado as ovelhas que amamentas suas crias” (Isaías 40:9 a 11).
Ao vermos, ao longo de séculos e milênios o empenho de Deus em salvar os perdidos compreendemos que esse evangelho de salvação é realmente eterno como fala Apocalipse 14.
Quarta-feira: Criador misericordioso (Isaías 40:12 a 31)
Isaías enaltece a misericórdia e o poder de Deus e o autor da lição traça um paralelo entre essas duas qualidades da Trindade divina. Numa tentativa de esclarecer quem é o Deus que faz tão preciosas promessas de salvação, Isaias usa de palavras semelhantes às que Deus usou para mostrar a Jó o Seu poder e magnificência. (Jó 38 a 41). Tudo para mostrar que esse Deus Criador, Poderoso e Misericordioso é o Senhor que nos promete um futuro sem sofrimento.
Isaías faz uma pergunta que, se para muitos parece estranha e absurda para os filhos de Deus naquela época era oportuna e necessária. Um povo cujos líderes, na maioria das vezes, erguiam altares a deuses estranhos mais do que nunca era uma pergunta que envolvia um raciocínio mais profundo sobre o objeto de adoração deles. Isaias quer deixar claro que nenhum deus usou de misericórdia e demonstrou amor como o Deus Criador.
Quando estudamos a vida de Acaz tivemos uma noção do grande amor de Deus por Seus filhos por mais rebeldes que estes sejam. Alguns pais afirmam que o filho mais amado geralmente é aquele que lhes proporciona mais trabalho e dedicação. No caso de Acaz Ele não abandonou o rei no meio do caminho, o amou como Cristo “Até o fim.”
O verso 27 afirma que muitos agem convictos de que Deus desconhece as suas intenções e, sabemos que nada está oculto a esse Deus onisciente e onipresente. A Bíblia afirma que “Deus é amor” e nenhum deus dispensa amor aos seus adoradores. Deus é incomparável
Quinta-feira: O problema da idolatria (Isaías 40:19 e 20)
Isaías afirma que nenhuma criatura no Universo se compara a esse Deus em poder, amor e interessado em nos redimir. O alerta de Isaías sobre a idolatria tem razão de ser. Toda a história do povo de Deus está mesclada de adoração a falsos deuses. Isso aconteceu na adoração de Caim e quando Moisés subiu ao monte Sinai. Quantos reis de Israel e Judá se inclinaram a outros deuses. Temos a dramática luta de Elias com os profetas de Baal. São relatos que nos mostram quão fácil era para o povo adorar falsos deuses. Esse pecado ainda persiste entre nós. Facilmente somos tentados a idolatrar dons, talentos, riquezas e pessoas.
A lição mostra o costume idolatra daqueles tempos. Diz a nota da lição: “Os idólatras antigos acreditavam que adoravam poderosas divindades por meio de imagens ou símbolos dessas divindades.” Hoje acontece semelhante. Os declaradamente adoradores de imagens afirmam que adoram o que elas representam.
A maioria de nós tem a propensão de adorar falsos deuses. Quantos devotam quase que uma declarada adoração a um jogador de determinado esporte. Outros idolatram atores de cinema, cantores, políticos e assim por diante já não falando dos nossos egocentrismos em endeusar talentos e dons que Deus nos concede. O verso 27 afirma que muitos agem convictos de que Deus desconhece todas as suas intenções e sabemos que nada está oculto a esse Deus onisciente e onipresente. Podemos até imaginar que alguns o fazem desapercebidamente.
Sexta-feira: Estudo adicional
Vivemos dias difíceis que identificam bem com as profecias de Jesus falando de sua volta. Com a pandemia cresceu a incerteza e a vida de muitas pessoas foram mergulhadas em uma situação de angústia com a perda de familiares ou amigos próximos. Se a mensagem de Isaías de consolar o Seu povo era oportuna naquela época hoje, mais do que oportuna, ela é necessária.
Muitos caminham pelo mundo sem um norte definido. Estão à mercê das ondas de desconfiança e suspense. O medo de contrair uma doença que pode ser fatal é generalizado entre as pessoas. Não há dúvidas de que vivemos dias de angústia e expectativa. Lucas fala desse momento com muita propriedade. Disse: “Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão abalados” (Lucas 21:26).
Em plena pandemia o dia quatorze de janeiro foi mais sombrio que os demais para a cidade de Manaus. A notícia de que a falta de oxigênio nos hospitais estaria antecipando a morte de muitas pessoas por asfixia correu o mundo. Naquela semana uma autoridade política afirmava que só em um determinado hospital vinte e oito pessoas morreram sufocadas por falta de oxigênio. Nas ruas ver pessoas se descabelando dava a dimensão da tragédia que se abateu. A situação caótica levou muitos a dizer que estávamos vivendo senas de um Apocalípticas de horror.
Nunca o mundo necessitou tanto do consolo divino como agora, enquanto as profecias se cumprem com exatidão. Isaías, como que prevendo essa situação, nos admoesta: “Tu, ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um monte alto. Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas novas, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus Isaías 40:9.
Neste momento angustiante para o mundo parece que Mardoqueu está dizendo para nós hoje: “Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Ester 4:12).
Lição 7: A derrota dos assírios
Sábado: A derrota dos assírios
Acaz com a sua idolatria havia conduzido o reino de Judá ao caus. Ezequias, seu filho o sucedeu no trono e, ao ver os tristes resultados que o reino colhera com o afastamento do seu pai dos caminhos de Deus, ele propôs fazer o contrário e servir a Deus com inteireza de coração. Em um momento de angústia, diante das cartas injuriosas de Rabisaqué o rei vai ao templo e apresenta a situação conflitante para Deus. No estudo desta semana veremos como Deus ouviu essa oração.
Senaqueribe, entusiasmado com o pequeno resultado de sua invasão a um bom número de cidades do Sul, enviou Rabisaque para convencer os judeus a se entregarem voluntariamente para não haver derramamento de sangue em Jerusalém. Ezequias e todo o povo se angustiou, mas Isaías trouxe a promessa de Deus de que as tropas de Senaqueribe seriam destruídas e assim aconteceu.
O estudo dessa semana é maravilhoso. Deus prometeu que os exércitos do rei da Assíria não entrariam em Jerusalém e por mais que Senaqueribe planejasse o ataque, Deus agiu em favor de Seu povo, e o inimigo se retirou, não diante de um exército, mas da ação de um único anjo.
Em dado momento de aflição, tendo contraído uma doença incurável Ezequias faz uma segunda oração implorando cura e mais uma vez Deus o ouviu. O Senhor atendeu e ofereceu um sinal de compromisso. Ezequias dificultou mais o sinal. Na proposta divina o Sol adiantaria, mas Ezequias pediu que o Sol retrocedesse, o que aconteceu tornando aquele dia maior trinta e nove minutos. Pena que ao testemunhar desse milagre para os babilônios, o rei falhou. Mesmo assim Deus não permitiu que o mal acontecesse em seus dias.
Domingo: Amarras (Isaías 36:1)
O rei da Assíria invadiu o reino de Judá e tomou um grande número de cidades fortes e o seu grande sonho era invadir Jerusalém e tomar todo o reino. Mas Ezequias, orientado por Deus usou de uma estratégia. Jerusalém era bem servida de água. Lembram do tanque de Siloé onde Jesus pediu para o cego ir e lavar os olhos? Essas águas eram consideradas sagradas e vinham de fontes fora da cidade.
A fonte Giom era uma das principais, que tinha como objetivo abastecer a cidade, caso ela fosse sitiada pelos inimigos (2 Reis 20:20). Para que os Assírios não tivessem acesso a essas águas, Ezequias fez um mutirão de voluntários e cobriu as fontes que ficavam na parte externa de Jerusalém, construindo um duto de mais de seiscentos metros de extensão. Assim, mesmo que a invasão acontecesse os inimigos não teriam acesso às fontes das águas e o povo teria água para beber, mesmo sob um ataque inimigo.
Diante das alianças de Israel com a Síria e de Judá com a Assíria, Deus faz um lamento: “Porquanto este povo desprezou as águas de Siloé que correm brandamente, e alegrou-se com Rezim e com o filho de Remalias, Portanto…” (Isaías 8:6 e 7, ACF). Beber as águas de Siloé significava aceitar a promessa do “Enviado ou Remetente” (Jesus) e uma demonstração de confiança no livramento de Deus.
Ezequias não só orou ao Senhor, mas fez também a sua parte. Diz Ellen G. White: “No entanto, o rei de Judá estava determinado a fazer a sua parte para resistir o inimigo; e havendo feito tudo que estava ao alcance da energia e do planejamento humano, reuniu os seus exércitos e os animou a ser fortes e corajosos” (Profetas e Reis, p. 351). Por mais débeis que sejam os nossos esforços, Deus os aceita e opera maravilhas por intermédio de Seus servos, aparentemente inúteis.
Segunda-feira: Propaganda (Isaías 36:2 a 20)
Primeiro Rabisaque imaginou que Zedequias estivesse apoiado pelo Egito, segundo ele, “um bordão de cana quebrada”. Depois menosprezou Zedequias oferecendo dois mil cavalos para o rei de Judá, caso ele tivesse soldados para montá-los. Rabisaque chegou a afirmar que o rei da Assíria estava agindo sob ordens do Deus de Ezequias.
Os líderes de Judá pediram que eles falassem em siríaco para que o povo não entendesse. Como o objetivo era impor o medo Rabisaque continuou falando em judaico e em voz mais alta para que todo o mundo ouvisse. O seu apelo era para que o povo se aliasse a Assíria e eles receberiam grandes recompensas. Por fim, o mensageiro da Assíria fez algumas perguntas difíceis de responder como: “Onde estão os deuses das cidades de vocês que nós dominamos? O rei Ezequias havia passado uma ordem para que o povo de Judá não respondesse ao mensageiro da Assíria.
Estamos em uma batalha cósmica e Satanás usa de todos os meios para impor medo ao povo de Deus. Ele desenha a derrota do bem como se já tivesse acontecido. Acena com benesses que o mundo pode oferecer. Os seus argumentos têm convencido milhões que, infelizmente tem cedido aos seus argumentos e estão aceitando “os cavalos e as terras férteis” que o mundo pode oferecer.
Rabsaqué chegou ao cúmulo de dizer que Ezequias destruiu os altares dos deuses estranhos, e isso realmente ele fez, portando os deuses estavam irados e jamais iria socorrê-lo. Sabemos que o último embate entre o bem e o mal se dará a adoração. Façamos como os filhos de Judá confiar no Senhor e não discutir com o inimigo.
Terça-feira: Abalado, mas não abandonado (Isaías 36:21 e 22; Isaías 37:1 a 20)
Rabisaqué conseguiu difundir o desespero no reino de Judá. Ao ouvir as ameaças do rei da Assíria os líderes de Judá se humilharam sob um manto de angústia. Estavam realmente pasmos diante das ameaças da Assíria. Em condições deploráveis eles se dirigiram a Ezequias e partilharam com ele a angústia que experimentavam. O ataque parecia iminente pois as ameaças e injúrias foram proferidas com o exército inimigo junto à porta.
Humanamente a desgraça estava desenhada e não havia escape para Judá. Podemos imaginar a angústia pela qual estava experimentando a casa de Davi ao ver mais de quarenta cidades sob o domínio do rei da Assíria. Diante da destruição já feita, invadir Jerusalém não significaria grande esforço. Veja as palavras de Rabisaqué diante das conquistas alcançadas: “Quanto a Ezequias, o judaico, ele não se submeteu ao meu jugo. Eu montei cerco em 46 de suas cidades fortificadas e em incontáveis pequenas aldeias; a tudo conquistei usando rampas de acesso que nos colocaram perto das muralhas (…). Eu expulsei 200.150 pessoas, jovens e velhos, homens e mulheres, cavalos, mulas, jumentos, camelos, gado grande e pequeno além da conta, e a tudo considerei como pilhagem de guerra. Ele mesmo eu o fiz prisioneiro em Jerusalém, na sua residência real, como um pássaro numa gaiola. (…) Suas cidades que eu saqueei, eu as tomei de seu país e as dei todas a Motinti, rei de Asdode, a Padi, rei de Eglom, e a Silibel, rei de Gaza. Dessa maneira, eu reduzi seu país, mas ainda aumentei meu tributo”.
Rabisaque estava completamente enganado. Diante de um país praticamente destruído veio a promessa divina: “Porque o que escapou da casa de Judá, e restou, tornará a lançar raízes para baixo, e dará fruto para cima. Porque de Jerusalém sairá o restante, e do monte Sião o que escapou; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. Portanto, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela flecha alguma; tampouco virá perante ela com escudo, nem levantara contra ela trincheira alguma. Pelo caminho por onde vier, por ele voltará; porém nesta cidade não entrará, diz o Senhor. Porque eu ampararei a esta cidade, para a livrar, por amor de mim e por amor do meu servo Davi” (2 Reis 19:30 a 34). O nosso Deus é maravilhoso!
Quarta-feira: O restante da história (Isaías 37:21 a 38)
Já mencionamos que, com um saldo de quarenta e seis cidades nas mãos dos Assírios, Judá estava praticamente destruída e a queda de Jerusalém era indiscutível. Quando tudo parecia perdido veio o socorro. “Sucedeu, pois, que naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram cadáveres. Então Senaqueribe, rei da Assíria, partiu, e se foi, e voltou e ficou em Nínive” (2 Reis 19:35 e 36). Além da destruição causada por um único anjo se cumpriu a profecia de Isaías ao falar sobre o Rei da Assíria: “Voltará pelo mesmo caminho que veio.”
A Bíblia relata que o rei da Assíria fez uma exposição de quadros relatando a tomada das cidades de Judá. Mas ele não exibiu nenhum quadro mostrando a sua derrota final. A sua euforia foi parcial. Comemorar o que com cento e oitenta e cinco mil soldados mortos? Esse foi o grande milagre resultante da grande crise experimentada por Judá. Senaqueribe não contou o restante desta história, pois tudo terminou com a sua derrota. Há um ditado popular de que: “Quem ri por último ri melhor.”
Essa não foi a única vez que, de maneira sobrenatural, Deus livrou o seu povo das mãos de seus inimigos. Quando vemos Deus chamando um jovem agricultor para livrar Israel das mãos dos midianitas, um menino frágil vencendo um Golias, a destruição dos exércitos de Faraó no Mar Vermelho, podemos ter uma ideia de como será o livramento final do povo de Deus.
Quinta-feira: Na doença e na riqueza (Isaías 38; Isaías 39)
A história da surpreendente cura de Ezequias faz parte de um conjunto de histórias bíblicas que aprendemos desde criança. A sua cura se tornou conhecida no mundo de então por causa do milagre atmosférico que a acompanhou. Afinal, foram dois milagres efetuados por Deus ao mesmo tempo, para mexer com a cabeça dos opositores de Israel.
Tanto a Assíria como Síria, Babilônia, Egito e outros povos foram testemunhas do milagre da cura. O sinal pedido por Ezequias chamou a atenção das nações daquele tempo e, caso fosse bem aproveitado por Ezequias, não só se transformaria em um sinal de respeito ao povo de Deus, como seria um testemunho claro de um Deus Criador agindo em favor de Seus filhos.
O rei foi acometido de uma doença que lhe causou uma grande ferida, que desde o início, se apresentava incurável. Como Ezequias era um homem de oração, ele implorou a Deus para ser curado e Deus ouviu a sua oração lhe concedendo mais quinze anos de vida. Esse milagre por mais espantoso que tenha sido impactou não só o povo de Judá. Deus queria algo que mexesse com as nações da época.
O Senhor ofereceu a Ezequias um sinal como prova de que a sua cura era real. O Sol deveria se deter por mais de trinta minutos. Mas Ezequias pediu algo mais concreto. Ele queria que o Sol se voltasse por quase meia hora e o Senhor atendeu. Com certeza este sinal foi visto por todo o mundo de então e se tornou o foco de estudos para os cientistas da época.
O rei de Babilônia vendo o sinal e, sabendo da causa, enviou uma comitiva para parabenizar Ezequias. Ao invés de mostrar aos babilônios o Deus que o curou, ele mostrou as riquezas do reino de Judá e isso despertou a cobiça do poder babilônico que, pouco tempo depois da morte de Ezequias, invadiu Jerusalém e sequestrou não só o povo, mas também toda a riqueza existente. Ezequias perdeu uma grande oportunidade de exaltar o Deus Criador e, talvez, poupar o seu povo das garras de Babilônia.
Sexta-feira: Estudo adicional
Considerando os resultados finais da história de Ezequias, de como Deus trabalhou em favor do Seu povo durante todo o seu governo, e depois o seu testemunho trágico ao receber a comitiva de Babilônia, poderia mudar o título da lição desta semana para “A derrota de Judá.” Porque, depois de presenciar tantos milagres de livramento e atuação de Deus em sua vida, Ezequias deixou de glorificar a Deus. O texto de Romanos 1:21 é bastante forte, mas identifica bem a atitude de Ezequias: “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.”
Durante esta semana tivemos uma pálida ideia do afã de Satanás em destruir o povo de Deus, e de como Deus agiu em todos os momentos para livrar o Seu povo. O que vimos é uma clara demonstração do conflito cósmico no qual estamos inseridos. Aprendemos que, por mais que a vitória do inimigo seja aparente, no final ele será destruído.
A nota da lição de sexta feira esclarece bem o deslize de Ezequias ao mostrar aos visitantes todas as suas riquezas, tornando o reino de Judá objeto de cobiça por paste dos Babilônios e, eles só não invadiram Judá nos dias de Ezequias porque Deus não permitiu. (Isaías 39:3 a 7).
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