Ave Branca realiza programação em comemoração ao cinquentenário
Evento contou com a presença de todos os ex-diretores do Clube
No último final de semana, 4 e 5 de novembro, a Igreja Adventista Central de Taguatinga comportou, em todo o seu perímetro, a história dos 50 anos do Clube de Desbravadores Ave Branca. Nas paredes externas do templo foi montado um grande mural de fotografias que retratou os momentos marcantes vividos pelo clube. No ginásio do CEAT (Escola Adventista de Taguatinga) foi montado um telão para transmitir a programação que ocorria na nave da igreja e, em seu pátio, foi exposta uma vitrine com todos os uniformes que o clube já usou.
No sábado, o evento teve início com a participação do Coral Jovem de Taguatinga. A congregação e os desbravadores também regaram o culto com seus louvores. O Hino Oficial do Clube e o Hino Nacional Brasileiro também foram entoados, sendo seguidos pela declaração dos ideais dos desbravadores.
O Ave Branca, que hoje é o segundo maior clube de desbravadores da América do Sul, com 230 membros, entrou ordenadamente pelo centro da igreja assumindo seus lugares à frente. Uma guarda de honra se postou no corredor para a entrada dos aspirantes a líder e líder máster. Esses momentos foram ministrados pelo pastor Udolcy Zukowski e o ex-diretor Álvaro Leme.
Na ocasião, o pastor Udolcy apresentou à congregação a nova Bíblia dos Desbravadores. E, como lembrança dos 50 anos do clube, os membros presentes receberam uma revista do Jubileu de Ouro, contendo relato de todas as programações comemorativas que o Ave Branca realizou no ano do cinquentenário, além de toda a história do clube (A versão digital da revista pode ser acessada pela sessão “Publicações” de nosso portal). Todos ganharam ainda um broche com a insígnia dos desbravadores e do Ave Branca.
Pessoas levadas a Cristo
Na manhã de sábado, quinze pessoas desceram às águas batismais. Dentre elas, o ex-diretor do clube e líder, Waldir Gonçalves da Costa, de 57 anos. Quando ele tinha apenas um ano de idade, sua mãe tornou-se adventista, o que o levou a crescer na igreja. Assim como muitos jovens da denominação, estudou em colégio interno, no Ipae (Instituto Petropolitano Adventista de Ensino) e no Iasp (Instituto Adventista de São Paulo). Mesmo sendo da igreja, só veio a conhecer os desbravadores muitos anos mais tarde.
Em 1992 e 1993, entrou para a liderança do clube Ave Branca. “Em 2000, por motivos pessoais, eu me afastei da igreja e durante 16 anos andei vagando por este mundo. Eu não gostava de ouvir falar de igreja e muito menos de desbravadores, porque isso me machucava muito”, conta Waldir.
Contudo, a mãe dele era uma mulher de muita oração. À hora do almoço e às madrugadas, o filho sempre estava em suas preces. “Eu podia acordar todas as madrugadas que eu sabia que ela estava orando por mim”, diz Waldir.
Há um ano e meio, Waldir se programou para participar de um encontro de ex-alunos no Iasp. Depois de 35 anos que ele estava fora da igreja, encontraria agora as pessoas de sua época de colégio. Mas, chegando lá, ele recebeu a notícia de que sua mãe havia falecido. “Enquanto todos comemoravam o dia do ex-aluno, eu estava velando a minha mãe”, emociona-se Waldir.
Antes de morrer, já com 87 anos de idade, em uma conversa de mãe e filho, a mãe de Waldir disse estar cansada. Contou ainda que queria descansar, mas, no dia em que seu anjo a chamasse na sepultura, a primeira coisa que ela gostaria de ver era o rosto de Jesus, depois o de Waldir e de sua irmã, que, na ocasião, também estava fora da igreja. Se isso não acontecesse, o céu não valeria a pena.
Depois do falecimento de sua mãe, essas palavras e os conselhos que ela lhe dera começaram a voltar à mente de Waldir. “Um dia, conversando com a minha irmã, eu disse a ela que não podia decepcionar a minha mãe. Minha irmã, que estava há 40 anos fora da igreja, acabou voltando antes de mim. Só faltava eu”, comenta.
Waldir se sentia vulnerável e desprotegido espiritualmente depois da morte de sua mãe, por saber que não podia contar mais com as orações dela. Nesse período, o clube Ave Branca começou a convidá-lo para retornar aos desbravadores. E foi em um Campori que um pastor encontrou as palavras certas para acalmar o coração dele. “Ele me disse: irmão, não se preocupe, a irmã White diz que no trono de Deus ecoam, pela eternidade, a voz de pais e mães que oram pelos seus filhos. Você não está desprotegido”, relembra.
Isso lhe deu forças para um dia ir à igreja, sem saber que estava tendo início uma semana se oração. Ele se propôs a ir todos os dias e, nesta semana de oração, ele se deu conta de que seu lugar era ali, na casa de Deus.
Após o seu batismo na manhã deste último sábado, o pastor Eduardo devolveu-lhe uma coisa que nunca deveria ter saído de seu pescoço: o seu lenço de líder.
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